Liguei pra Sabrina e ela não atendia, pelo jeito ainda estava sendo expulsa da festa. Resolvi mandar uma mensagem:Karla diz: “Quando puder me liga”Uns cinco minutos depois o telefone tocou e eu atendi de pronto. Mas não era a Danetti, era Tabita:Alô, magrela, o que você quer?Só me faltava discutir aquela hora por causa de Juscelino, ninguém merece.Você está com o Lino?Jussssssssssssceli…Pronto, não falei? Vou provocar um pouquinho.Karla, ele pegou o Rafa.Ela parecia tão preocupada, meu coração quebrantou quando falava de criança.Não, nem sei dele, só o vi mais cedo. O que houve?Passou na casa da minha mãe e pegou ele para levar em um jogo de futebol.Ele nem era doido de levar o menino nas recolhas.Já ligou?Várias vezes, mas está desligado. Dacinho deve saber dele.Eu tenho do Dacinho, você quer que eu te passe?Quero para salvar aqui, mas acho que ele não vai me falar nada.Ele tinha isso mesmo, só falava com a atual. Menino besta, cheio de frescura, acha que aquela porc
— Oi, Diego, você veio. Claro que sim, o que eu tô falando, eu pedi para vir. Estou parecendo uma colegial. — Sim, como combinamos. Ainda bem que Hannah está aqui. — Bom, vou deixar vocês sozinhos…— Não precisa, pode ficar. – Só me faltava a xódo querer subir justo agora, vou agarrar o braço dela, quero ver ela fugir. — Solta meu braço. O que ela tá sussurrando? — Mas é que vai ser rapidinho a proposta que tenho pra fazer pro Diego. — Tchau Diego, prazer, fique à vontade. Deixa ela comigo mais tarde. Ela me paga. — Tchau, pessoa. — HANNAH!!! MEU NOME!!!— O nome dela é Hannah. – eu repeti isso, não acredito. Preferia ser assaltada de novo. — Eu e o quarteirão ouvimos. Ele deu um sorriso tão espontâneo, acho que todos esses meses trabalhando com ele, e não tinha notado isso. Diego era assim, ele mesmo o tempo todo. Sem jogos, sem máscaras, espontâneo. — Quer um cafezinho? — Adoraria. — Vou colocar uma barrinha de chocolate, a xodó adora. — Quem é? — A louca que subiu
Será que ela não podia ouvir primeiro que ele veio a negócios. Que sem noção. Agora o rapaz vai ficar todo sem graça. Mas, enfim, isso não é problema meu. — Faz tempo que você chegou? — Não, muito, eu estou a negócios. — Que legal, vai trabalhar com a Lili. Gente será que essa a Sara não consegue entender a palavra “negócios”. Ele está sendo específico. Ahhh, coitada, estou com vergonha alheia. — Tomara que sim. Então ele olhou para mim, com ela agarrada no pescoço dele. Mas quem é inocente como ela é carente talvez, seja assim mesmo. — Sara, você deve estar com fome, já comeu alguma coisa? Vamos ver se ela se toca e vai preparar algo. — Sim, a Hannah faz um macarrão com queijo que é uma delícia. Mas vou deixar vocês trabalhando, eu vim mesmo ver se você queria alguma ajuda com a loja. Agora me senti mal. Pelo menos ela se tocou e vai embora. — Foi bom você ter descido, assim posso te levar até a escada e te dar mais um beijo. O que? Mas o que Diego está fazendo? Que cara
Depois que acabamos de fazer aquele sexo incrível, ficamos ali sentados alguns minutos em silêncio, até que Diego falou a primeira frase: — Sara, vamos voltar, a amiga da Day já vai nos expulsar daqui. — Vamos sim. – peguei a mão dele quando estávamos levantando. Acredito que agora estamos ficando. Se bem que nem sei se ele tem namorada. Melhor soltar. — Você tem namorada? Porque estou totalmente livre agora.— Não, eu odeio traições. Acredito que se você quiser entrar em um relacionamento fechado, é porque quer ficar com aquela pessoa, exclusivamente. Claro que tem alguém que estou gostando, mas ela é comprometida, então, já era. Então eu segurei a sua mão novamente e ele me deu um sorriso. Isso era com certeza um sim ao “estamos ficando.”E vou fazer ele esquecer essa garota rapidinho. Quando chegamos ao anfiteatro a galera estava deitada no palco morrendo de rir. Com certeza todos pra lá de bêbados. — E pensar que Mila está dirigindo, olha o estado dela. — Se quiser posso te le
— Boa tarde, meu nome é Dr. Nicolas Nicolai, sou representante legal da detenta, menor infratora Gabriela Mesquita. Ela está nesta DP desde hoje cedo por tentativa de assalto. — Só um minuto. A delegacia estava um caos, eu nunca ia até lá. Nem era nossa área, lidamos só com empresas. Mal sabia como fazer com esses casos, estava agindo com o que lembrava da faculdade. Já meu pai teve que passar por isso muitas vezes, ele herdou sua fortuna, mas quis atuar em todas as áreas para montar uma empresa que disponibilizasse tudo o que o cliente necessita. Isso deu a ele contatos em todos os lugares que envolviam a lei. — Por aqui doutor. Um jovem policial administrativo foi me guiando até a sala do delegado. Quando chegou lá ele bateu na porta e abriu. — Por favor, pode entrar e ficar à vontade. Ele já vai falar com o senhor. O delegado estava ao telefone muito nervoso. — Não me interessa, eu não quero saber dessa sujeira que você aprontou, preste atenção. O senhor só pisa nessa delega
— Sra. Mesquita, entendeu o que falei? Se continuar com essa vida desregrada vai acabar perdendo essa criança, estou cansada de avisá-la. Se aparecer novamente aqui neste estado, serei obrigada a chamar as autoridades. Sabia que existe uma lei que protege o embrião, o feto que a senhora está carregando? — Tem água por aqui? Estou com sede.— Não deve nem estar ouvindo. Pode se vestir, vou pedir para enfermeira vir ajudar a senhora. — E a minha água? Antes da médica sair da sala, ainda disse: — Ahhh, é uma menina. Minha cabeça latejava muito, a noite passada tinha sido daquelas. Só não digo que foi orgia porque nem todos queriam participar. Mas as partes que eu me lembro, fizeram de tudo comigo. Talvez essa rabugenta tivesse razão. Estava na hora de parar. O que ela disse mesmo no final? — Sra. Mesquita, aqui está sua receita do pré natal, por favor, passe na farmácia aqui do posto e pegue as vitaminas. — Ela disse menina. — Sim, a senhora vai ter uma linda princesinha. Que me
— Acassio meu amigão, já vamos nessa. — Nem morta que vão embora, sem tirar aquela selfie das estrelas. Vem aqui seus lindos. Christian foi de um lado e eu abracei ele do outro. Depois de algumas poses, Acassio nos levou até a entrada da casa. — Nossa, foi um prazer te conhecer pessoalmente. Vamos manter contato. — Com certeza, bobinho, eu vou na estreia da peça entrar ao vivo no canal. — Vai ser uma honra. Chris jogou todo charme para cima do meu amigo, e fez muito bem, ele tinha milhões de seguidores e muitos deveriam gostar de teatro. — Acássio amigão, eu sei que você passou por cima de muita gente falando para não me convidar, por isso sou eternamente grato. — Pode parar por aí. Rodolfo, você sabe que eu sofri muito preconceito quando comecei a ser youtuber, exatamente pela classe social. Você é meu amigo em qualquer escala global de money, gênero ou religião. Sempre esteve do meu lado, eles que se danem. Ele me deu um abraço sincero, porque nessas festas o que tem é falsi
Depois que Juscelino foi embora, ainda fiquei ali na calçada sentada no degrau da entrada de casa. Não queria lidar com mãe gritando onde eu estava, filho me mostrando a porcaria da bola que a porcaria do pai que comprou e a disgreta do nódulo que apareceu na minha cabeça. — Mãe, olha o que eu aprendi a fazer, o pai que ensinou, olha, olha…Ele tentava fazer embaixadinhas e a bola caia toda hora. Evidente que precisava ainda de muito treino, e isso significava que eu ia ouvir isso a semana toda. — Tabita, o que você está fazendo aí sentada que nem mosca morta. Ficou pra rua o dia todo agora quer descansar… E vi algumas ex amigas, da escola, todas da minha idade passando na rua, todas arrumadas para curtir a vida de “sem filhos” ou “minha mãe que cuide”. Tinha umas que colocavam o namorado pra dentro de casa, e curtiam com os filhos. Cada um na sua. Eu não era assim. Tinha preconceito, como minha mãe tinha. — E aí Tabi, como você está? — De boa, e vocês? — Vamos pra um lance no D