Estava ajudando a irmã do bugado a colocar os pratos na mesa, achando tudo aquilo muito estranho, porque lá em casa era só ir no fogão e jogar a comida neles e ir pra sala assistir tv enquanto comia. Nátali era legal, parecia a tia Hannah, mas eles queriam me convencer que eu era da família, que piada. Minha mãe me falou para dar uma chance, mas eu sempre desconfiava das pessoas legais demais, melhor eu ficar com um pé atrás. Então um garoto quase do meu tamanho, bem magro e branquelo, usando óculos veio direto em sua direção e estendeu a mão. Logo de cara houve uma conexão. Então ele disse: — Muito prazer, eu sou o Erick, meus sentimentos pela sua mãe e quero dizer que é um muito bom ganhar mais uma tia. Espero que você goste da gente e façamos com que você se sinta menos triste e sozinha. Eu sabia que a mamãe ia falar comigo de alguma forma, mas até agora eu só tinha ouvido coisas agradáveis para “parecer” aceita. Ninguém falou algo de como eu realmente me sentia, quem chegou ma
Os policiais fizeram todo tipo de pergunta, várias vezes sobre o que tinha acontecido naquela noite. — Senhor, eu estou exausta, já está quase amanhecendo e vocês já fizeram as mesmas perguntas mil vezes e eu respondi…– parei e comecei a chorar novamente, sem lágrimas claro, porque não dava para ficar me desidratando a madrugada inteira. —... eu perdi minha esposa hoje, acabaram de levar o corpo dela e ainda tenho que pensar no funeral. — Tudo bem, mas tem que entender que houve uma cena de crime aqui e a senhora não pode sair da cidade e vai ter que dormir em outro lugar. Provavelmente no instituto que a senhora cumpre pena, agora que sua tutora não está mais presente. Vou só esperar o documento da sua internação e eu mesmo vou levá-la para lá. — Eu não posso ir dormir em um hotel? Isso é um absurdo, eu não quero voltar para o instituto. O doutor que cuida do meu caso, ele me deixava o dia livre para trabalhar. — Eu também vou entrar em contato com ele, com esse agravante que hou
Depois de ter uma boa conversa no carro com a diabinha, estava indo buscar a Hannah para irmos fazer comprar no shopping. O tempo que estava dirigindo fiquei imaginando como ia ser vê-la depois do nosso beijo. Na verdade não foi nada do que eu me lembrava do beijo da época da escola. Da primeira vez, fiquei muito tempo lembrado daquele sentimento de medo e prazer que senti enquanto eu a tinha nos meus braços. Pareciam que tinham fogos de artifício no meu estômago, e olha que eu já tinha beijado algumas meninas da escola. Mas nenhuma me fez sentir o que a Hannah fez. Também fiquei pensando como seria bom contar com ela se fossemos um casal, e pudesse estar indo buscar ela como minha namorada. Acho que daria muito certo, já que ela se deu tão bem com minha irmã. “Minha irmã.”— Chegamos, vou ligar para ela. Gabriela colocou o braço na minha frente e buzinou duas vezes. — Garota, deixa de ser inoportuna. Sabia que tem gente descansando nessa hora. — E você para de ser chato, credo
— Bom dia Sra. Solto, me chamou? — Rodolfo, eu admiro o que você está fazendo, tomando a decisão de ser independente. Eu o escolhi sim por ser alguém que já conhecia, mas isso é porque preciso de alguém que conheço seus antecedentes de perto, não porque sou amiguinha da família ou algo assim. E você veio no momento certo. Dito isso, não espero menos que responsabilidade e compromisso da sua parte. — Sim, senhora. — Eu gerencio de perto todos os setores desta empresa e aos poucos preciso passar alguns para alguém de confiança, vão ser meus olhos, veja bem, não quero abandonar esses setores, apenas preciso que resuma em um relatório para ficar mais simples e eficaz. Tudo que conversar vai ser sigiloso, já deve saber disso, então isso tudo é porque vou abrir mais uma empresa no exterior e tenho que fazer algumas viagens. Jade não tem faro para os negócios, nem preciso dizer. “Aos poucos vou treinando você para tudo que preciso, por isso vai começar como meu secretário particular. Já
No final do expediente, combinei com Simão de nos encontrarmos no hospital. Quando cheguei lá, ele já me esperava na sala da recepção. — Olá, como está se sentindo? — Estou nervosa, nunca fiz uma cirurgia antes, o Rafael foi parto natural. Não faço ideia de como é tomar uma anestesia. — Não se preocupe tanto, eu já tive que tirar o apêndice e você dorme e acorda sem nem sentir que o tempo passou. Vai dar tudo certo com a Graça de Deus. — Amém!!Fui procurar a enfermeira Marlucci, ela estava me aguardando. — Ele é seu acompanhante? — Sim, meu namorado. – Simão deu um sorriso de mostrar os dentes, aqueles que os olhos brilham. — Então os dois podem entrar para eu explicar como vai ser o procedimento. Depois que ela conversou conosco, eu fui para sala de preparação. — Depois eu ainda posso vê-la antes de vocês a levarem? — Pode sim. Eu te chamo. Depois que eu estava de camisola e na maca, chamaram o Simão. — Posso fazer uma oração antes de você ir. — Claro. Ele orou baixinh
Quando acordei a Lili me contou o que a louca da Sara tinha feito com ela, a polícia já a tinha levado e eu fui me preparar para ir trabalhar, afinal o mundo não para por conta dos psicopatas. — Bom dia, Antonella. — Tem duas ligações esperando nas linhas 5 e 6. E ela estalou os dedos apontando para minha mesa. Então começou meu dia, podem não acreditar mais eu amava isso. — São 12:15 pode ir almoçar, aproveite e vá a papelaria e ao cartório. Não quero esses documentos nas mãos dos estagiários. Ela me entregou uma lista de todas as coisas que tinha que comprar e o que tinha que fazer nos cartórios. — Júlia está te esperando, ela vai levar você onde precisar. Vocês podem almoçar nesse período. Eu ia perguntar sobre como eu ia pagar…— Aqui está o cartão corporativo, já te passei a senha no seu celular. Traga todas as notinhas, do almoço das duas também. Júlia sabe como funciona. Só ia perguntar se ela queria que trouxesse algo para ela, mas ela estalou os dedos e atendeu uma li
Depois da conversa que eu tive com o Rodolfo, senti que não havia mais dúvidas que eu queria uma mudança nos meus planos. Incluindo ele em seu novo modo de vida, tinha que fazer novos cálculos, mas no fim, acredito que dava para chegar perto da vida que eu imaginava pra mim… quer dizer, agora, para nós. A semana passou voando, nos encontramos todos os dias. Ele insistiu muito em marcar de se encontrar no sábado à tarde em um clube para conhecer o irmão e a mãe dele. Achei muito prematuro, mesmo porque estávamos nos conhecendo ainda, mas com o Rodolfo tudo é muito intenso. Aliás, ele insistiu em esperar a noite perfeita para ser a minha primeira vez, e ainda não fizemos nada. Depois do trabalho no sábado, eu fui ao salão da Berê e fiz unhas e selante. Em casa escolhi ir com um conjuntinho de linho esporte fino, cor de rosa bebê, sendo um short e um blazer. Por baixo, uma camisa branca de viscose transparente, para combinar com meu corpete branco. Meu scarpin Cecconello pink, já fazi
Lilith diz: Xodó, depois do horror que eu passei nas mãos daquela psicopata da Sara e do tarado do Christian, eu merecia uma boa de umas férias. Então peguei parte das minhas economias e convidei Diego para ir viajar comigo. Adivinha onde eu estou? Hannah diz: “Claro que é nas Maldivas, você nunca parou de falar que ia um dia.”Lilith diz: “Isso mesmo amiga, claro que desejava que você viesse comigo um dia, mas não estou reclamando nenhum pouco da minha companhia.”(emoticons de corações)Hannah diz: “Aproveita, você merece muito, manda beijo pro Diego.”Hannah diz: “Me manda fotos, quero morrer de inveja.”Lilith diz: (emoticons de beijos) (batidas na porta)— Já estou indo. Quando abri, Nicolas estava incrível com uma camisa branca branca , alguns botões abertos e uma bermuda cargo bege. Porque será que estou reparando nessas coisas aqui, longe de casa? — Uau, você está linda. Vamos nos divertir? — É o lema da noite. Eu tinha pesquisado e vi que perto do hotel tinha um evento c