A dor era insuportável.
Amélia não conseguia se concentrar em mais nada e tudo que estava no quarto, menos a cama onde Megan estava, foi lançado contra as paredes com um grito silencioso de Amélia. Ela estava novamente usando seus poderes sem nem perceber. Tudo estava fora de seu controle. Ela não chegara a tempo e agora tinha outras coisas para se preocupar.
Megan morreu.
Uma gota fina de sangue escorria de seu nariz, manchando sua pele pálida. Seus olhos haviam perdido o brilho da vida e, agora que estava morta, Amélia conseguia ver seu real estado. Ela estava muito magra por não ter comido nada nos últimos dias e seus olhos estavam com bolsas escuras.
As mãos de Amélia tremiam e ela não conseguia se mexer, e quase não conseguia respirar também.
Era como se ela estivesse sentindo toda a dor de Megan. Amélia até tentou entrar na cabeça da garota, mas não havia nada lá. Era como um precipício escuro, sem vida e sem fim.
Amélia tentou c
Dava para ouvir a luta toda de dentro do salão na ala Leste. Os três Guardiões que foram solicitados para guardar o corpo de Megan estavam sentados em um banco, sem nada para fazer. Um deles se levantou e andou de um lado para o outro por um bom tempo, outro se levantou e ficou perto da porta, para ouvir caso alguém se aproximasse e o terceiro foi para a janela, tentar ver um pouco da ação lá fora. Se pudessem, os três estariam lá fora lutando, como devia ser, mas eles não podiam deixar seus postos apenas para poderem se divertir matando alguns vampiros. Eles tinham que ficar ali com a garota morta. - Quanto tempo acham que isso vai demorar? – perguntou o que estava na janela, seu nome era Eliel e ele era Hunter Guardião há quase dez anos. Seus amigos, Gael e Noah, o olharam de onde estavam. - Da última vez durou mais de três horas – disse Noah, sentado ao lado da porta. - É, mas da última vez não era tantos vampiros assim – interveio Gael, an
Havia muitos corpos no chão, mas ainda não havia acabado. Horas haviam se passado e todos estavam cansados e feridos, mas os vampiros não davam trégua, mesmo muitos deles já estando mortos. Amélia já havia perdido sua espada há muito tempo no meio daquela tempestade e pilhas de corpos. Ela achou uma arma no chão que ainda estava cheia de balas e começou a atirar para todo lado, tentando não acertar nenhum Guardião ou instrutor sem querer. Ela quase caiu em cima de um lobisomem morto. O corpo ainda não havia voltado ao normal, mas não demoraria muito. Raios e trovões soavam acima de sua cabeça. Amélia matou o último vampiro e caiu de joelhos no chão, cansada. Connor estava com um corte feio no braço e se aproximou dela, achando que estava ferida. Os Guardiões e instrutores que conseguiam andar se aproximaram de Amélia para saber qual seria o próximo passo. Amélia respirou fundo e se assustou quando uma cabeça de vampiro veio voando e caiu aos seus pés.
※※※※ DEDICATÓRIA: ※※※※ Dedico este livro ao meu namorado Roberto, à minha mãe Rosângela e à minha irmã Stephani (Teti). Obrigada pelo apoio e por todo o entusiasmo para conhecer esta história. Espero que gostem. Quando minhas sobrinhas tiverem idade para ler este livro, espero que elas gostem também. ※※※※ AGRADECIMENTOS : ※※※※ Quero agradecer a minha mãe que, mesmo não me dando muito apoio no início, disse que se esse fosse o meu sonho, ela faria de tudo para me ajudar a realizá-lo. Te amo mãe. Obrigada por tudo o que a senhora fez por mim. Também quero agradecer ao meu namorado Roberto, que me deu o meu primeiro notebook para que eu pudesse escrever o livro ao invés de continuar escrevendo em um caderno escolar. Você foi quem mais me deu apoio e eu te amo muito por isso. Minha irmã Stephani (Teti) e meus amigos, Gustavo e Gabriela. Amo todos vocês. ※※※※ SIGNIFICADO DA CORUJA: ※※※
Cerca de mil anos atrás, o primeiro vampiro e o primeiro lobisomem surgiram. O vampiro se chamava Abaddon, o estripador. Ele era um assassino. Matou milhares de pessoas, inocentes ou não, apenas porque gostava de ver o sangue jorrar dos pescoços das suas vítimas. Como ele se transformou? Nem meu povo conseguiu descobrir. Mas a partir de seu sangue ele começou a criar outros vampiros. Os Vampiros Criados queimavam ao sol, portanto eles eram chamados de Filhos da Noite. Mas em um certo momento Abaddon, de alguma forma, engravidou uma humana. A pobre moça morreu durante o parto, mas seu filho nasceu com a força de Abaddon e se tornou o seu sucessor após sua morte, dando origem aos Vampiros Nascidos. Os Filhos do Dia. Já o lobisomem, um completo covarde chamado Baruch que, mesmo tendo a força do lobo na forma humana, ainda trabalhava para os humanos, sendo escravo deles como outro qualquer. Ninguém sabia seu sobrenome, ele ainda é desconhecido pelo meu povo. Nós
Aquela sexta-feira à noite estava calma demais. Os únicos sons que se podia ouvir era o ronco de George em uma das celas próximas da sala da policial Callie, que fora preso por ter sido pego dirigindo embriagado, e o tic-tac do relógio. Callie começou a cochilar depois das onze horas da noite, ela estava cansada, mas prometera ao xerife que passaria a noite toda na delegacia. O sono a venceu depois de duas horas sem ter o que fazer. Sentada em uma cadeira de frente para sua mesa super organizada, ela deitou a cabeça sobre os braços cruzados e adormeceu. O telefone ao seu lado começou a tocar e ela levantou a cabeça, assustada. Esfregando o rosto, Callie pegou o telefone. - Policial Johnson. Em que posso ajudar? - perguntou ela. O telefone chiou por uns segundos antes de uma voz feminina falar: - Oi Callie, aqui é Vanessa Franklin. - Oi Vanessa. Tudo bem? - perguntou Callie apoiando o rosto em uma das mãos e bocejando. - Creio que não. Sabe aqu
No hospital, Stella esperava pacientemente na sala de espera enquanto aguardava alguém vir informá-la do estado de sua sobrinha. Pareceu demorar séculos até que uma enfermeira apareceu na porta com uma prancheta em mãos. Seus olhos não diziam nada além de que ela estava cansada de tanto trabalhar. Stella se levantou de onde estava sentada e deu dois passos à frente parando em frente a mulher de meia idade. - Como ela está? A enfermeira ergueu uma das sobrancelhas delineadas, não era a primeira vez que ela lidava com pessoas apressadas e impacientes. - A paciente acaba de ser sedada, ela está dormindo no momento… - Posso vê-la? – Stella interrompeu a enfermeira sem querer ser mal-educada. A enfermeira respirou fundo e acompanhou Stella até um quarto particular. - Você tem cinco minutos - avisou ela. Stella entrou no quarto e ofegou. Sua sobrinha tinha quebrado uma das pernas na queda e agora estava engessada. Seu braço d
A dor invadia meu corpo e minha mente a registrou como consequência da queda. Eu mal sentia o meu corpo, mas sentia a dor. Os remédios que me deram não estavam fazendo tanto efeito quanto eu desejava que estivessem. Eu ouvia aquela máquina ao lado da cama hospitalar que registrava os batimentos do meu coração. Esse era o único som que eu ouvia, pelo menos até a porta do quarto ser aberta e uma mulher usando um jaleco branco entrar e sorrir para mim. Minha cabeça parecia que tinha entrado em um redemoinho. Eu não estava conseguindo focar a visão na mulher, minha vista estava ficando embaçada e o quarto parecia girar. Pisquei várias vezes para tentar enxergar apenas uma pessoa ao invés de quatro. - Oi, Megan - disse ela. A mulher que segurava uma prancheta nas mãos puxou uma cadeira que estava encostada na parede do quarto para perto da minha cama e se sentou. Voltou a sorrir pra mim e continuou:- Meu nome é Verônica Carter, sou assistente social. Verônica era
Uma vez eu amei alguém, mais do que amo a mim mesma. Essa pessoa era tudo para mim. Melanie sempre foi a pessoa que faria tudo por mim e eu por ela. A dor que eu senti ao saber da sua morte ainda queimava em meu peito, tanto que as vezes era impossível respirar, como se eu estivesse vivendo a sua morte. Enquanto eu pensava nela, meu peito doía com a saudade. Quando minha irmã gêmea, e melhor amiga morreu, era como se ela tivesse levado consigo uma parte de mim. Ela e eu sempre fomos ligadas e eu senti a dor dela quando ela morreu, mas naquele dia eu achei que era só o medo que ela sentiu na hora, ou que havia se machucado. Nunca se passou pela minha cabeça que ela tivesse sido consumida pelas chamas enquanto tentava me salvar. Eu sentia como se a culpa pela sua morte fosse toda minha. Eu não deveria tê-la deixado sair do quarto sem mim. Cinco anos havia se passado desde a sua morte e a dos meus pais. Cinco anos havia se passado desde a minha morte. A