Um mês depois — É hoje Andrei, ainda nem acredito! — Exclamei andando de um lado para o outro no apartamento de Andrei, nervoso e ansioso, não sabia dizer qual sentimento predominava mais, se era o pânico ou a felicidade. Não, com toda certeza é a felicidade! Sinto pânico me invadir por dentro só em imaginar que alguma coisa pode dar errado, tudo foi pensado nos detalhes, mas a felicidade em mim, é tanta que até isso fica em segundo plano. Depois de um mês inteiro turbulento, com Elisa passando mal a todo tempo e eu com dificuldades em me perdoar pelo que havia acontecido com Vânia. Algo que acredito está longe de acontecer, mas estou sobrevivendo, e decidi viver um dia de cada vez. Como Elisa me pediu. Minha deusa diz que isso é um processo, ela mesma demorou quase cinco anos, um dia eu também chego lá! Assim espero… Anseio! Muitas vezes, quando paro para me culpar, sinto raiva de mim outra vez, de minhas atitudes, minhas negligências, mas em seguida me lembro das palavras d
Assim como eu, Andrei era um colecionador, mas diferente de mim que coleciono armas, Andrei costuma colecionar tecnologias antigas. Em sua casa tinha três estantes abarrotadas de trecos, como disquetes de 8, 5,25 e 3,5 polegadas e muitos outros, alguns Walkie Talkie que foram desenvolvidos durante a Segunda Guerra Mundial, jogos, pager, até a primeira câmera Polaroide ele tem em sua coleção, coleção essa que não foi nada barato. — Para quê você guarda essas coisas mesmo, Andrei? Essas coisas só fazem acumular poeira. — Comentei tentando puxar um assunto que me faça esquecer o nervosismo por alguns minutos. — Ei, deixe os meus bebês em paz, eles não tem culpa que você está aí todo nervosinho. — Isso não responde a minha pergunta… — Voltei a dizer impaciente. — É para me lembrar que a tecnologia muda a todo momento, mas que preciso ter controle sobre ela e não ela sobre mim… além disso, eu aprendo sempre que mexo em algumas dessas coisas. — Emendou. — Hum, não faz sentido para mim
— Elisa, por favor, você precisa sorrir, se não a maquiagem não ficará legal. — Ouço Nanda dizer em mais uma tentativa de me fazer sorrir. Acho que está sendo uma tarefa difícil para ela, mas eu não queria está dando tanto trabalho. Olhei de relance para Nanda e ela segurava a base e o corretivo nas mãos com se decidisse o que usaria primeiro.Mas perdida que eu quando Kátia disse que eu não precisava de iluminador e eu nem sabia o que era isso. Penso e Sorriu ao lembrar as gargalhadas de Kátia naquele dia, mas o sorriso não durou muito e a vontade de chorar volta outra vez. Eu não estou sem vontade de sorrir em pleno dia de meu casamento porque quero, hoje acordei meio “para baixo”, então não consigo sorrir sem vontade. É hoje é o meu casamento… HOJE É O MEU CASAMENTO! Gritei em pensamento escondendo a minha frustração.Eu deveria estar “rasgando” sorrisos por aí, mas parece que tem algo faltando e não tão fundo assim, eu sei o que está faltando.Kátia. Minha mente me lembrou…Mal
— Estou rodeada de pessoas lindas e elegantes. — Cometei rindo, em seguida abraçando aos dois em simultâneo, com meu avô no lado esquerdo e minha avó no direito. — Os senhores são mais lindos ainda pessoalmente. — Retribuindo ao abraço, eles rir e o som de suas risadas voltaram a encher o meu coração de alegria.— Você me lembra a sua mãe. — Meu avô sussurrou em meu ouvido.— Engraçado o senhor dizer isso. — Sussurrei de voltar. — Pensei o mesmo ao vê-los. — Completei com a voz de riso.— Você tem o sorriso de nossa Eloisa. — Minha avó murmurou. — O melhor presente que ela nos deixou! Eu… Sabemos que… Que erramos, mas…— Sem mais, vó. — A interrompi me afastando do abraço e segurando nas mãos direita de cada um. — Deixaremos o passado no passado, a gente recebeu uma nova chance, então quero os dois fazendo parte de minha vida. Os meus bebes vãos nascer daqui a uns meses e quero os dois fazendo parte da vida deles também… Ah, vovó, não chore, borrará a sua maquiagem.— É… A prova… D'ág
Após Kátia terminar de fazer a minha maquiagem, foi à vez de pentear meus cabelos. Rapaz, não foi nada fácil. Foi preciso desfazer todos os meus cachos maravilhosos… Aff! Como prometi, Kátia fez o coque abacaxi e enfeitiçou com um, porta coque feito de renda com estampa de flores. Em seguida foi a vez de conhecer o meu vestido de casamento. Nada havia me preparado para esse momento. Que o olhasse sem a saia, diria que ele parecia um vestido comum de festa. Todo feito em renda na cor branco gelo com detalhes de flores, seu comprimento chegava até os meus joelhos. O vestido trazia um decote em V frente e verso com alças retas que se moldava com perfeição aos meus seios, mesmo com a minha barriga avantajada, não pude deixar de me sentir bem… De me sentir bonita! O vestido ficou perfeito em meu corpo, sem tecido sobrando, nem apertado e nem folgado demais. A minha barriga ficou tão redondinha no tecido que a minha vontade era transbordar em lágrimas, mas Kátia reclamou tanto que a
Estava entre o grupo Vladimir, O presidente Iuri, Nanda, a presidenta Liliane, Andrei, a doutora Vassiliev, o chefe de segurança do ministro, Serguei, meu tio Marcelo e Ania. Todos me encaravam com expectativa e satisfação e eu voltei me senti uma rainha com tanta atenção. Assim que chegamos enfrente a todos, Kátia foi logo me apresentando a Liliane, no grupo eu conhecia a todos, menos ela. — Agradeço, pelo convite em ser a sua madrinha, Elisa. — Ela disse em português. — A gratidão é reciproca, senhora presidenta. — Falei com admiração. — Me chame de Liliane, por favor, futuras amigas não se tratam formalmente. Puta merda, A presidenta Liliane quer ser minha amiga? — Eu… — Desembucha deusa. — Kátia diz achando graça. — A deusa é a sua fã, Liliane, mesmo morando aqui na Rússia ela acompanha o seu trabalho. — Claro, Kátia, não é sempre que a gente ver uma mulher ocupando um cargo que até pouco tempo só homens poderiam. Ela é uma mulher preta no poder executivo, claro que sou
Eu já vi muitas mulheres lindas nesses meus 33 anos de vida, mulheres essas que já fiquei por uma noite ou duas, mas nenhuma, nenhuma delas se comparou a beleza de minha deusa. Ao ver, Elisa entrando na tenda vestida de noiva foi uma sensação tão boa, foi como me apaixonar por ela novamente. A cada vez que eu a vejo admiro o seu olhar doce, seu jeito de andar, sorrir, falar, eu me apaixono mais ainda por ela. Não sei como isso é possível. Mesmo de longe eu podia ver seus olhos brilhando ao olhar para todos os lados com curiosidade. Ela olhava tudo e todos na tenda sem perder o seu belo sorriso. Quando os nossos olhos se encontraram, sentir o ar me faltar por um instante. Ela me olhou com o seu olhar apaixonante alargando o seu sorriso para mim e eu retribuir não conseguindo conter a emoção. Discretamente, limpei as lágrimas que caíram em minha face e sinto a presença de Andrei ao meu lado. — Ela está linda, Dmi. — Olho de relance para ele e o vejo sorrindo. Ele tem razão, a El
— O jeito que nos conhecemos foi totalmente inesperado para mim, mas inesperado ainda fui eu ter me encantado por alguém que foi tão desagradável. — Levantei minhas sobrancelhas ao ouvir as suas palavras. — Não me olhe assim, Andrei está de prova que você foi desagradável. — Encarei Andrei e ele balançava a cabeça concordando. — Mas isso não vem ao caso, ministro. — Olho em sua direção mais uma vez. — Eu não mudaria nada! Hoje enfrente aos nossos amigos e familiares, prometo não apenas ser a sua esposa, mas também a sua amiga, amante, prometo ser carinhosa e paciente, te abraçar quando você precisar… Ou quando você não precisar também, pois amo está em seus braços…— Deusa, eu entendi o duplo sentido. — Ouço Kátia falar e a encaro. — Safadinha. — Ela completou em português, fazendo Elisa sorrir e piscar em sua direção e eu ficar sem entender nada.— Ministro, eu sei que teremos muitas jornadas difíceis. — Ela diz ainda sorrindo. — Às coisas não serão fáceis. Nunca foi e nunca será! Ma