Como explicarei a ela que eu não vim dar uma explicação e sim pedir perdão? Volto a me perguntar em pensamento pela “milésima” vez, avaliado pelo seu olhar bravo. Um olhar que costumo dar e não receber.Elisa é uma mulher teimosa! E seu olhar determinado me diz que ela está disposta a obter uma explicação, por mais que eu não posso dar o que ela quer.— Está me ouvindo, ministro, se você veio aqui para me dar uma explicação, começou muito mal. — Volto a mim com ela parada a minha frente. Eu não tinha nem notado que estava petrificado.Agora tenho certeza! Minha deusa é a minha kryptonita… Uma kryptonita muito gostosa e, eu não me importo em ser atingido por ela, essa é a mais pura verdade. Olho a sua boca pressionada uma na outra e a minha vontade é desgrudá-las com minha língua.Mas opto em focar a minha mente outra vez em nossa conversa, olho em seus olhos e perco a concentração de novo.— Eu… Eu… Sinto muito, minha deusa, por tudo! — Pedir me atrapalhando nas palavras.Chertov! Par
— Por que ele faria isso? — Ele está preocupado com você! — E o que foi que ele te disse? — O mesmo que você. — Por isso você não pareceu surpresa. — Expressei meu pensamento em voz alta. — Antes de você chegar, estava assimilando as palavras dele. — Hum… Andrei é muito intrometido. O que mais ele te disse? — Que você não me gritou por que quis, você estava atordoado pela volta de sua ex-esposa e principalmente pela esperança de ter a sua filha de novamente. — Isso não justifica a minha conduta. — Declarei sentindo minha garganta se fechar. Eu não quero voltar a falar de Vânia, é doloroso demais. — Não justifica, mas explica! — Minha deusa, não quero falar sobre isso. — Mas você precisa! Eu não quero te forçar a nada, mas como o senhor Medvedev é seu melhor amigo e se preocupa com você, eu também sou a sua melhor amiga e desejo o seu bem. — Eu… Ela morreu… Não posso! — Tentei falar, mas a minha voz saiu embargada pelo choro que estou me segurando para não deixar cair. —
Eu me sinto tão estressada! Parece que depois que vi o resultado do teste, meu corpo começou a criar motivos para me fazer chorar. Sinto dores nas mamas, no abdômen e instabilidade no humor. Quando conversava com o ministro, sentia vontade de abraçá-lo, morder seus lábios, gritar, socar sua belíssima cara, mas agora desejo imensamente fazer amor com ele. Uma coisa que eu não esperava era essa reação dele, quando contei meu medo sobre a gravidez. Eu ia chamá-lo para ir ao médico comigo, quando ele voltasse, a gente conversasse e no dia seguinte após eu contar sobre a gravidez, fossemos ao médico, mas ele chegou mais cedo do que eu imaginava e meus planos todos mudaram. No momento em que o senhor Medvedev me ligou e me contou o motivo do ministro está tão transtornado e agindo estranho, eu fiquei sentida, sentir tanto por ele, eu me derramei em lágrimas e os hormônios não foram apenas o culpado. Meu Deus, aquilo me deixou arrasada… Como não ficar? Quando o vi, sabia que se não o pr
— Nada da cintura para baixo. — A enfermeira por nome Nikita Pavlova, de estatura mediana, cabelos loiros cortados até o ombro e um olhar cansado, diz assim que entramos na sala da médica que ainda está atrasada. Séria, a enfermeira, entregou um lençol azul a Elisa, que parecia está bastante nervosa. E eu nem conseguia disfarçar minha impaciência. — Senhor, ministro, a doutora pediu desculpas pela demora, ela já está a caminho. — Ok! Obrigada! — Com a sua licença. — A enfermeira Pavlova voltou a dizer e saiu para nos dá privacidade. A Elisa tirou a sua bolsa e me entregou, em seguida, tirou o casaco ficando apenas com uma blusa de alça na cor branca que mostrava claramente os bicos de seus seios eriçados pelo frio. Não tem como não olhar. — Ministro, você tem uma mania de ficar olhando meus seios. — Elisa disse me entregando o casaco. — Infelizmente, no momento eu só posso olhar. — Respondi não escondendo minha excitação. Ela gargalhou e imediatamente retirou seu tênis, calça
— O quê? Não é nada disso, minha deusa…— Você quase teve um treco quando a doutora disse que eu possa estar grávida de dois bebês.— Tive o quê?— Um piripaque… Quase bateu as botas… quase bateu a caçoleta… Aff, ministro, tá difícil viu? Estou dizendo que você quase morreu quando a doutora disse que teremos gêmeos.— Não é mais fácil você dizer logo isso? Fica falando esses termos que não entendo. — Falei exasperado. — Você pensa que só porque desse meu episódio de agora pouco eu não quero os nossos bebês?— Sim!— Você faz tão pouco de mim assim, minha deusa?— Não é isso, é que eu… — A gente nunca está preparado para os grandes momentos e esse foi um grande momento para mim, nunca esquecerei o dia que quase tive um enfarto ao descobrir que serei pai de gêmeos… Ou gêmeas. — Sorriu ao dizer e ela sorrir em meio às lágrimas. — Estou tão feliz que você nem imagina.— Eu também! — Ela diz e eu a abracei acariciando o topo de sua cabeça.— Voltei! — A doutora entrou na sala outra vez tr
Amar alguém que você ainda não viu é extremamente inexplicável. Agora sei o porquê a minha mãe dizia: eu te amo de graça Lisa e te amarei eternamente. Eu me sinto da mesma forma com meus bebês. Sinto um amor que não tem explicação, preço, ou obrigação, sinto uma necessidade imensa de protegê-lo, mesmo eles estando ainda em meu ventre do tamanho de uma uva. Serão meninos ou meninas? Tenho me perguntado isso desde que descobrir o resultado. Mas, a verdade é que não importa, de todo jeito, já os amo demais, sejam meninas, meninos ou ambos. Estou ansiosa por demais e completamente mergulhada no medo. Eu não sei cuidar de crianças, nunca cuidei, agora terei duas para cuidar. “É de cair o cu da bunda”. Com toda certeza Kátia pensaria o mesmo que eu. Kátia? Se ela contar como criança, talvez eu já tenha cuidado de uma. Riu com esse pensamento, mas logo desfaço o sorriso ao olhar a fisionomia do ministro. Estávamos no carro de volta para casa, algo que eu ansiava imensamente que aconte
— Você quer trocar? — Indagou ainda sério. — Desculpe, eu não… — Parei de falar, pois eu não sabia o que dizer. Eu realmente estava secando o sanduíche dele, após mandá-lo fazer o próprio. — Você quer trocar? — Faz a pergunta outra vez. — Ou se quiser pode ficar com os dois. Fiquei encarando os seus olhos, o gesto dele é tão fofo, já sentia vontade de chorar de novo. Não conseguindo conter as lágrimas, comecei a chorar. — Por que está chorando minha deusa? Não gosto de vê-la assim. — Eu… Eu… Não con… Consigo parar. — Falei em meio aos soluços. — Shii, tudo bem! — Ele me abraçou e alisou a minha nuca. Meus cabelos estavam presos facilitando o seu acesso, retribuo ao abraço fungando. Isso me fez ficar mais calma e o choro havia cessado. — Ministro, por que você fez isso outra vez? Você prometeu que não me esconderia mais nada. — Deixa eu me explicar, minha deusa, por favor? — Tudo bem! Explique. — Peço suspirando e me afastando de seu abraço. Ele não me deixa se afastar, ao inv
IURIFrustração definiu-me nesse momento. Está tão perto de Iolanda e não poder se quer tocar na mesma… Chertov!Ela está chateada comigo, ou com raiva, no momento me parece tudo a mesma coisa. Acredito que o meu episódio na cozinha mais cedo tenha contribuído com essa falta de cordialidade, esse silêncio constrangedor e os suspiros desgostosos que ela começou a dar desde que nos sentamos para jantar.Sei que fui errado em falar com ela asperamente, mas foi mais pela surpresa. Eu não esperava chegar na cozinha e vê-la abaixada mostrando o que é meu assim.De início meu pensamento foi agarrar ela por trás e fazer amor com ela ali mesmo, mas logo a minha mente lembrou-me: assim como fui eu que entrou na cozinha e a pegou daquela forma, poderia ter sido um dos seguranças, até mesmo Volkova ou Medvedev.Então, com o ciúme falando mais alto do que deveria, terminei sendo rude com ela, a ponto de ela me afastar da cozinha quase que aos gritos, a chegada de Ania amenizou a situação. Sair de