— Estamos! — Abaixou a cabeça chateada.— Faço isso para o seu bem, Ania. A TV não vai te levar a nada, muito menos as redes sociais, ou o Youtube. Você precisa criar responsabilidades. Todos os dias recebem um relatório seu e vejo que você fica grudada demais nesse celular.— Eu não fico nas redes sociais, o ministro explicou ser muito perigoso no momento.— Sim, é muito perigoso, as pessoas que querem te fazer mal podem usar isso para chegar até você.— Eu sei! Eu só fico mais no WhatsApp, ou no Youtube, papai, não tem nada de bom para fazer aqui.— O que não falta é espaço para brincadeiras, Ania. Amanhã pedirei a um dos seguranças para comprar uma Bike para você, você quer?— Não sei andar de Bike. — Respondeu emburrada.— Aprenda a andar, tempo é que não falta, ou você tem algum compromisso que eu não saiba?— Tá bom, papai…— Está zangada comigo?— Não, talvez um pouco chateada, Nanda pega em meu pé o tempo todo, agora o senhor também.— A gente pega em seu pé porque te amamos e
— Eu sei! Peço que me perdoe, mas preciso conversar com você, isso não acontecerá se você continuar a me evitar. Tento escolher as palavras certas, mas fica difícil com a Iolanda me fita feito uma tigresa disposta a me atacar a qualquer momento. — Não estou te evitando. — Ela respondeu fuzilando-me com seu olhar zangado. — Não minta para mim! — Gruir com a voz quase em um sussurro. — Ao menos posso me vestir? — Não precisa! — Rebati me levantando da poltrona. — Se quiser tirar a toalha para ficar mais à vontade, não me importarei. — Já estava perto dela quando ela me fez estacar no lugar. — Nem mais um passo, o que você quer falar? Pode dizer que estou escutando. — A fitei com desejo, ela olhou-me em silêncio, de braços cruzados. — É você tem razão! — Concordei colocando as minhas mãos no bolso de minha calça social e escondendo o riso. — Como diz Ania: eu não passo frio, senhor presidente, estou sempre coberta de razão. — Debochou e eu a encarei com as sobrancelhas franzidas.
— Por que se masturbar se você tem mulheres disposta a fazer isso por você? Deve a ver muitas bocas para beijar a sua boca. — Ela afirmou passando sua mão direita em meus lábios. — Muitos corpos para te dá prazer. — Tocou em meu peito por cima da camisa social. — Por que não aproveitar? — A fitei profundamente notando a sua insegurança mascarada por um olhar divertido. — Você tem toda razão! — Concordei, ela entortou a boca e parou de me tocar, colocando as suas mãos ao lado do corpo. — Tenho muitas bocas para beijar, mas é a sua que quero beijar todos os dias, tenho muitos corpos dispostos a me dar prazer, no entanto, é o seu corpo que desejo e imagino ansiando pelo meu. — Respondi com sinceridade. — Realmente, senhor presidente, você é ótimo com as palavras. — Sorrir mostrando seus dentes perfeitos, me beijando em seguida. Sua boca carnuda me envolveu em um beijo doce, quente e molhado, que faz ainda mais desejá-la para mim. Parece loucura, mas a Iolanda não sai de minha mente,
Será que alguém já se sentiu constrangido em presenciar uma demonstração de carinho entre alguém? Talvez por nunca ter tido o mesmo, ou por não, ser algo frequente em sua vida?Foi assim que me sentir quando li a carta de meus avós e logo depois liguei para eles. O ministro não saiu de meu lado em nenhum momento e isso me deu mais coragem ainda para ligar para eles.Eles são uns amores, a minha vó me lembrou a minha mãe, seu jeito educado, sua graça e leveza ao sentar. Meu avô, por sua vez, não ficava atrás, lindo e elegante, a toda hora ele acariciava as mãos de minha vó, fitando-a apaixonadamente e eu ficava atenta a todos os seus gestos.Falei com eles por chamada de vídeo feito no escritório do ministro, eles também pareciam está em um escritório, provavelmente na casa deles, mas eu não tive coragem em perguntar.Achei que seria curiosidade demais para um primeiro contato. Refleti.Em dado momento eles me perguntaram se eu estava disposta a criar um vínculo com eles.A verdade é q
— Espera Kátia, não acabei. — A chamei, mas não adiantou nada. — Revirei os meus olhos sorrindo, logo depois pouso meus olhos em minha mão direita ainda sorrindo. Estranhei quando percebi o anel em minha mão direita, no Brasil costumam usar as alianças na mão esquerda, mas aqui na Rússia é diferente. O ministro me explicou, disse que esse costume vem dos tempos romanos, acreditam que esse costume foi herdado por Júlio César e Cícero, eles achavam que a mão esquerda era considerada “não digna de confiança”, e isso se perpetuou ao longo do tempo. Para mim ainda é estranho, mas cada cultura é diferente. O anel é lindo, é um solitário, em ouro 18k e diamante de 50 pontos. O ministro havia colocado em meu dedo pela manhã, após nosso sexo maravilhoso, acabei cochilando e acordei com ele beijando os nós dos meus dedos ao colocar o anel. A aliança pertenceu a sua mãe e eu fiquei extremamente emocionada, chorei por quase uma hora. — Deusa, ela saiu com papai e Vladimir, a Alice não sabe di
Uma vez tomada à decisão de ser feliz, não se pode mais retroceder. É o que acredito!Quando naquela boate tomei a decisão de ir à procura de Elisa, no momento eu não tinha ideia, mas hoje tenho certeza que foi a minha melhor decisão. Eu não havia imaginado que mudaria a minha vida amar alguém como eu a amo? Nem em sonhos!Então, como não ser grato? Questiono-me recostando a cadeira de meu escritório com um sorriso desenhando meus lábios. Gratidão me descreve, com toda certeza!Como não me sentir feliz? Chertov! Me casarei e terei dois bebês! Só um homem maluco não se sentiria abençoado por isso. Se eu pudesse, soltaria fogos, gritaria a minha felicidade ao mundo, mas como não posso, me contento em apenas celebrar a minha alegria com Elisa.É mais que suficiente para mim!Eu queria que a mãe dela estivesse aqui para o nosso casamento, como eu queria que meus pais também estivessem isso nos deixaria feliz. Sei que ela está meio cabisbaixa, os hormônios da gravidez não têm ajudado. Ela
Era uma foto minha jovem, acredito que do tempo que eu ainda estava no exército. Eu vestia uma blusa verde-escura, um dos muitos uniformes de treinamento que guardo em meu closet em um espaço que determinei para minhas roupas oficiais. Na foto a minha blusa estava molhada de suor e se grudava a minha pele, meus cabelos molhados e minha fisionomia, estava séria. Riu internamente.Andrei tem toda razão, estou sempre sério.Eu parecia pensativo na foto e como a outra, eu também não me recordava dessa foto.— De onde você tirou essa foto, Andrei? Não me lembro de quando foi tirada, ou quem a tirou.— Tenho um programa que me possibilita pesquisar mais amplamente nas redes, o programa busca imagens, fisionomia de pessoas em toda parte do mundo, só preciso ter algo daquilo ou de quem quero procurar. Achei essa foto em um arquivo chamado meu homem.— Mentira? — Arregalei os meus olhos espantados.— É sério, cara…— E quem é a dona desse arquivo, Andrei?— É uma mulher chamada Wanessa Volk.—
De início, a primeira impressão que tive do restaurante chamado Zeca Pagodinho Pub and Restaurant, que Andrei fez questão de reservar apenas para nós, não foi das melhores. Como um restaurante que diz ser de comida brasileira não tem nenhum atendente que fale português, e por incrível que possa parecer, os cardápios escritos apenas em russo e inglês? Andrei ficou extremamente chateado, ele queria treinar o seu português e não pôde. Bom, não tirei a razão dele, mas logo, para deixar Andrei feliz, enquanto esperávamos a comida, o maitre convidou a mim e a Andrei para fazer um tour no pequeno restaurante, algo que foi feito com calma, pois a meu pedido, o maitre aceitou fechar o restaurante, enquanto estivermos no local. A explicação do maitre, que aparentava ter entre quarenta, quarenta e cinco anos, começou pelo nome inusitado. O senhor Dostioévski informou que esse nome é em homenagem a um cantor brasileiro muito conhecido por todo Brasil. Esse cantor já gravou mais de vinte discos