— Porque ela está vendada, Andrei? — Indaguei olhando pelo vidro da sala de interrogatório, a Lara sentada, com seus pulsos presos aos braços da cadeira e suas pernas presas uma na outra, como se fosse um bezerro em rodeio, só faltava está jogada no chão. À agente, Dias estava parada na sua frente, em silêncio, enquanto Lara gritava por socorro. Essa mentirosa, traidora, farsante dos infernos! Ela realmente não parecia a mesma. Seus cabelos que antes eram loiros, estavam totalmente ruivos e lisos, sem o cacheado que ela tanto gostava, a Vânia tinha o mesmo cacheado, os olhos verdes e a pele clara como a mãe, mas tinha um jeito doce, gentil e carinhoso que me lembravam muito a minha mãe Nora. A diferença de Lara… Quero dizer: Yula, é gritante, parecia até mais jovem. Definidamente, na sua aparência, ela não era mais a Lara… Até que ponto o ser humano pode chegar! Penso com extrema contrariedade. — Eu não queria que ela me reconhecesse então pedir a Aline para vendar ela. — Ouço
— Tem razão, porque se eu estivesse, chamaria a emergência, mas você sempre foi irresponsável.— Eu não chamei a emergência…— E por que você não chamou uma ambulância? É o que se espera de uma pessoa que ver uma criança passando mal. Você era a mãe dela, A MÃE DELA, CARALHO!— SEI DISSO… Dmitri! Não tenha um dia que eu não me sinta culpada, eu era a mãe dela.— Mentira sua, você não era mãe dela, nunca foi, você só foi a progenitora e nada mais…— Você não tem esse direito, não têm! Você nunca estava por perto, se separou de mim e preferia sempre está em serviço, sempre priorizando seu amado país. Fiz o melhor que pude, não foi o suficiente, mas eu tentei.— Cale a boca, sua maldita, nós dois sabemos o que você mais gosta, não seja hipócrita de dizer que senti em ter deixado a nossa filha morrer, você a deixou sozinha, ela morreu sozinha, com medo… Levanto-me e começo a andar de um lado para o outro. — Você supõe que eu não me culpo? Eu me culpo em ter deixado a minha menina em suas
— Você já está dispensado, Serguei. — Avisei assim que ele estacionou o carro na garagem e abriu o carro para mim. — Obrigada, senhor Volkova. — Respondeu taciturno, quando sair do veículo. A sua voz se tornou um eco na espaçosa garagem. Eu não precisava de uma garagem, ainda mais porque eu não tenho tantos carros, disponho apenas de duas Suvs Xc9o blindados na cor preta, um utilitário Chevrolet Spin também na cor preta. Eu pedir que o carro fosse blindado para segurança das meninas, ele é um carro grande com um grande porta malas, cabe bastante armas, se caso for preciso, contém sete lugares, pode comportar as meninas e mais quatro seguranças. Foi uma boa escolha, porque essa versão possui a suspensão mais alta e pneus “off-road” para aguentar bem qualquer terreno, o carro é discreto, se as meninas precisarem, pode ser um carro de fuga. Tenho que pensar em tudo, na verdade, preciso, agora tenho Elisa para me preocupar! A minha paixão mesmo são minhas motos, eu não lembro a data e
Como explicarei a ela que eu não vim dar uma explicação e sim pedir perdão? Volto a me perguntar em pensamento pela “milésima” vez, avaliado pelo seu olhar bravo. Um olhar que costumo dar e não receber.Elisa é uma mulher teimosa! E seu olhar determinado me diz que ela está disposta a obter uma explicação, por mais que eu não posso dar o que ela quer.— Está me ouvindo, ministro, se você veio aqui para me dar uma explicação, começou muito mal. — Volto a mim com ela parada a minha frente. Eu não tinha nem notado que estava petrificado.Agora tenho certeza! Minha deusa é a minha kryptonita… Uma kryptonita muito gostosa e, eu não me importo em ser atingido por ela, essa é a mais pura verdade. Olho a sua boca pressionada uma na outra e a minha vontade é desgrudá-las com minha língua.Mas opto em focar a minha mente outra vez em nossa conversa, olho em seus olhos e perco a concentração de novo.— Eu… Eu… Sinto muito, minha deusa, por tudo! — Pedir me atrapalhando nas palavras.Chertov! Par
— Por que ele faria isso? — Ele está preocupado com você! — E o que foi que ele te disse? — O mesmo que você. — Por isso você não pareceu surpresa. — Expressei meu pensamento em voz alta. — Antes de você chegar, estava assimilando as palavras dele. — Hum… Andrei é muito intrometido. O que mais ele te disse? — Que você não me gritou por que quis, você estava atordoado pela volta de sua ex-esposa e principalmente pela esperança de ter a sua filha de novamente. — Isso não justifica a minha conduta. — Declarei sentindo minha garganta se fechar. Eu não quero voltar a falar de Vânia, é doloroso demais. — Não justifica, mas explica! — Minha deusa, não quero falar sobre isso. — Mas você precisa! Eu não quero te forçar a nada, mas como o senhor Medvedev é seu melhor amigo e se preocupa com você, eu também sou a sua melhor amiga e desejo o seu bem. — Eu… Ela morreu… Não posso! — Tentei falar, mas a minha voz saiu embargada pelo choro que estou me segurando para não deixar cair. —
Eu me sinto tão estressada! Parece que depois que vi o resultado do teste, meu corpo começou a criar motivos para me fazer chorar. Sinto dores nas mamas, no abdômen e instabilidade no humor. Quando conversava com o ministro, sentia vontade de abraçá-lo, morder seus lábios, gritar, socar sua belíssima cara, mas agora desejo imensamente fazer amor com ele. Uma coisa que eu não esperava era essa reação dele, quando contei meu medo sobre a gravidez. Eu ia chamá-lo para ir ao médico comigo, quando ele voltasse, a gente conversasse e no dia seguinte após eu contar sobre a gravidez, fossemos ao médico, mas ele chegou mais cedo do que eu imaginava e meus planos todos mudaram. No momento em que o senhor Medvedev me ligou e me contou o motivo do ministro está tão transtornado e agindo estranho, eu fiquei sentida, sentir tanto por ele, eu me derramei em lágrimas e os hormônios não foram apenas o culpado. Meu Deus, aquilo me deixou arrasada… Como não ficar? Quando o vi, sabia que se não o pr
— Nada da cintura para baixo. — A enfermeira por nome Nikita Pavlova, de estatura mediana, cabelos loiros cortados até o ombro e um olhar cansado, diz assim que entramos na sala da médica que ainda está atrasada. Séria, a enfermeira, entregou um lençol azul a Elisa, que parecia está bastante nervosa. E eu nem conseguia disfarçar minha impaciência. — Senhor, ministro, a doutora pediu desculpas pela demora, ela já está a caminho. — Ok! Obrigada! — Com a sua licença. — A enfermeira Pavlova voltou a dizer e saiu para nos dá privacidade. A Elisa tirou a sua bolsa e me entregou, em seguida, tirou o casaco ficando apenas com uma blusa de alça na cor branca que mostrava claramente os bicos de seus seios eriçados pelo frio. Não tem como não olhar. — Ministro, você tem uma mania de ficar olhando meus seios. — Elisa disse me entregando o casaco. — Infelizmente, no momento eu só posso olhar. — Respondi não escondendo minha excitação. Ela gargalhou e imediatamente retirou seu tênis, calça
— O quê? Não é nada disso, minha deusa…— Você quase teve um treco quando a doutora disse que eu possa estar grávida de dois bebês.— Tive o quê?— Um piripaque… Quase bateu as botas… quase bateu a caçoleta… Aff, ministro, tá difícil viu? Estou dizendo que você quase morreu quando a doutora disse que teremos gêmeos.— Não é mais fácil você dizer logo isso? Fica falando esses termos que não entendo. — Falei exasperado. — Você pensa que só porque desse meu episódio de agora pouco eu não quero os nossos bebês?— Sim!— Você faz tão pouco de mim assim, minha deusa?— Não é isso, é que eu… — A gente nunca está preparado para os grandes momentos e esse foi um grande momento para mim, nunca esquecerei o dia que quase tive um enfarto ao descobrir que serei pai de gêmeos… Ou gêmeas. — Sorriu ao dizer e ela sorrir em meio às lágrimas. — Estou tão feliz que você nem imagina.— Eu também! — Ela diz e eu a abracei acariciando o topo de sua cabeça.— Voltei! — A doutora entrou na sala outra vez tr