A dança sempre foi o ar que eu respiro. Ela me ensinou a está preparada para cair, e acredite os tombos já foram bem feio. Minha mãe me deu a base e quando Joel não estava por perto, minha companheira constante era a dança, quando Kátia não conseguia dar o seu jeitinho de entrar em meu quarto sem que Joel presenciasse a cena… Já aconteceu uma vez, ele me bateu por quase meia hora na frente de Kátia, eu tinha quinze anos na época, só não bateu em Kátia por a doida é ousada, fez que ia chamar a polícia e ligou para tio Marcelo aos berros. Nesse dia, Kátia foi proibida de me visitar outra vez, então sem que Joel notasse, ela jogou seu celular dentro de meu casaco de frio, me abraçou e sussurrou: — Esqueci o carregador em cima de sua cômoda, ele é seu, esconda bem, manteremos contato por ele, por enquanto acho melhor parar de vim aqui. Concordei e aceitei o presente, mas meu coração ficou partido pela separação forçada. Nesse dia odiei Joel ainda mais. Eu e Kátia nunca nos afastamo
Entro no YouTube para escolher a música. — Eu também quero dançar, Elisa e a Nanda também! — Ania diz levantando do sofá e ficando em minha frente. — Eu quero? — Nanda a questionou. — Quer sim! — Ania respondeu com ousadia. — Eu não sei dançar, você conferiu a minha dificuldade no ballet mais cedo. — Não é porque você sofreu dificuldade em um ritmo que terá no outro. — Anuncio a chamando com minhas mãos, após escolher a música. — Só tem a gente aqui. — Insisti mais uma vez e ela levantou se prostrando ao lado de Ania, enfrente a mim. — Qual o primeiro passo? — Nanda perguntou com nervosismo. — Bom, o primeiro passo é escolher a música e isso já fiz. Escolhi a música Sentadão do DJ Pedro Sampaio com Felipe Original. Essa música está fazendo muito sucesso no Brasil, a batida é envolvente e não é difícil criar passos para ela. — Respondo com um amplo sorriso. — O segundo passo é você ter ciência se tem ou não ritmo. — Por quê? Se eu não tiver? — Ania retrucou alarmada. — É essen
Sou inteligente o suficiente para saber quando uma guerra de palavras é perdida. Quando acordei pela manhã, não imaginei que estaria aos gritos com Elisa em meu escritório. Não gosto da sensação que fico quando ela se decepciona comigo. Sou um homem vivido, aprendi a manter o controle em situações complicadas, mas quando se trata de minha deusa, ela me desestabiliza e, em simultâneo, é o meu equilíbrio. Eu sei isso é loucura, mas nem entendo, a única coisa que sei é que não consigo e nem posso me ver vivendo longe dela. Às vezes quando se trata dela eu me sinto um egoísta, mas se eu tivesse certeza que ela não me amasse, eu a deixaria partir, porque mantê-la feliz é a minha prioridade, por mais que eu venha falhando miseravelmente nisso ultimamente… Ou desde quando nos conhecemos. Pela manhã sair para trabalhar com a promessa que logo voltaria para jantar com ela. Passei o dia e a tarde pondo em ordem o trabalho acumulado, mas, ao mesmo tempo, ciente que logo me reuniria com An
— Eu? Não vejo como estou fazendo isso. — Iuri respondeu como se nem eu e nem Andrei soubesse seu interesse na senhorita Peterson. A visita à cozinha atrás da mesma, deixou tudo bem claro, se Andrei não percebesse, seria um grande tapado que não observa as coisas. — Não? Acredito que a senhorita Peterson discorda do senhor! — Andrei alfinetou e pela cara de Iuri, ele não gostou nada. — Por que não a assume logo? Prefere ficar com ela sem firmar um compromisso de verdade? Mulher gosta de atitude! Se vocês não têm consciência que a mulher que vocês gostam não é uma benção em sua vida, então talvez ela não seja a certa. — Eu… Nada… — Iuri tentou falar, mas tudo que saiu é palavras sem sentido. — É, foi o que eu pensei. — Nem eu mesmo sabia o que falar, Andrei estava mais que certo ao dizer que eu não estou valorizando a Elisa. Eu melhorarei, preciso disso. — Acho bom, os senhores não demorarem tanto, as senhoritas Maim e Peterson parecem ser mulheres persistentes, mas acredito que
— Porque ela está vendada, Andrei? — Indaguei olhando pelo vidro da sala de interrogatório, a Lara sentada, com seus pulsos presos aos braços da cadeira e suas pernas presas uma na outra, como se fosse um bezerro em rodeio, só faltava está jogada no chão. À agente, Dias estava parada na sua frente, em silêncio, enquanto Lara gritava por socorro. Essa mentirosa, traidora, farsante dos infernos! Ela realmente não parecia a mesma. Seus cabelos que antes eram loiros, estavam totalmente ruivos e lisos, sem o cacheado que ela tanto gostava, a Vânia tinha o mesmo cacheado, os olhos verdes e a pele clara como a mãe, mas tinha um jeito doce, gentil e carinhoso que me lembravam muito a minha mãe Nora. A diferença de Lara… Quero dizer: Yula, é gritante, parecia até mais jovem. Definidamente, na sua aparência, ela não era mais a Lara… Até que ponto o ser humano pode chegar! Penso com extrema contrariedade. — Eu não queria que ela me reconhecesse então pedir a Aline para vendar ela. — Ouço
— Tem razão, porque se eu estivesse, chamaria a emergência, mas você sempre foi irresponsável.— Eu não chamei a emergência…— E por que você não chamou uma ambulância? É o que se espera de uma pessoa que ver uma criança passando mal. Você era a mãe dela, A MÃE DELA, CARALHO!— SEI DISSO… Dmitri! Não tenha um dia que eu não me sinta culpada, eu era a mãe dela.— Mentira sua, você não era mãe dela, nunca foi, você só foi a progenitora e nada mais…— Você não tem esse direito, não têm! Você nunca estava por perto, se separou de mim e preferia sempre está em serviço, sempre priorizando seu amado país. Fiz o melhor que pude, não foi o suficiente, mas eu tentei.— Cale a boca, sua maldita, nós dois sabemos o que você mais gosta, não seja hipócrita de dizer que senti em ter deixado a nossa filha morrer, você a deixou sozinha, ela morreu sozinha, com medo… Levanto-me e começo a andar de um lado para o outro. — Você supõe que eu não me culpo? Eu me culpo em ter deixado a minha menina em suas
— Você já está dispensado, Serguei. — Avisei assim que ele estacionou o carro na garagem e abriu o carro para mim. — Obrigada, senhor Volkova. — Respondeu taciturno, quando sair do veículo. A sua voz se tornou um eco na espaçosa garagem. Eu não precisava de uma garagem, ainda mais porque eu não tenho tantos carros, disponho apenas de duas Suvs Xc9o blindados na cor preta, um utilitário Chevrolet Spin também na cor preta. Eu pedir que o carro fosse blindado para segurança das meninas, ele é um carro grande com um grande porta malas, cabe bastante armas, se caso for preciso, contém sete lugares, pode comportar as meninas e mais quatro seguranças. Foi uma boa escolha, porque essa versão possui a suspensão mais alta e pneus “off-road” para aguentar bem qualquer terreno, o carro é discreto, se as meninas precisarem, pode ser um carro de fuga. Tenho que pensar em tudo, na verdade, preciso, agora tenho Elisa para me preocupar! A minha paixão mesmo são minhas motos, eu não lembro a data e
Como explicarei a ela que eu não vim dar uma explicação e sim pedir perdão? Volto a me perguntar em pensamento pela “milésima” vez, avaliado pelo seu olhar bravo. Um olhar que costumo dar e não receber.Elisa é uma mulher teimosa! E seu olhar determinado me diz que ela está disposta a obter uma explicação, por mais que eu não posso dar o que ela quer.— Está me ouvindo, ministro, se você veio aqui para me dar uma explicação, começou muito mal. — Volto a mim com ela parada a minha frente. Eu não tinha nem notado que estava petrificado.Agora tenho certeza! Minha deusa é a minha kryptonita… Uma kryptonita muito gostosa e, eu não me importo em ser atingido por ela, essa é a mais pura verdade. Olho a sua boca pressionada uma na outra e a minha vontade é desgrudá-las com minha língua.Mas opto em focar a minha mente outra vez em nossa conversa, olho em seus olhos e perco a concentração de novo.— Eu… Eu… Sinto muito, minha deusa, por tudo! — Pedir me atrapalhando nas palavras.Chertov! Par