HADES: Entre o Amor e a Máfia
HADES: Entre o Amor e a Máfia
Por: MRodrigues7
Prologo

Saio do escritorio, estou na passione, minha casa noturna de striper, tenho uma rede delas espalhada pela bela Itália. O lugar está lotado, música alta, casais dançado de modo provocativo, e as stripers já começaram seus shows. Vou até o bar e encontro o Ramsés. Sento e peço uma água com gás, estou pilotando, então nada de uísque.

-Como vai garanhão? - diz rindo, na última vez que estivemos aqui, sexta passada, podemos dizer que foi uma sexta intensa, a qual remete esse apelido.

-Palhaço.- digo e ele ri. Desvio meu olhar dele quando me sinto sendo observado. Ignoro o Ramsés e olho ao meu redor, e é lá onde encontro uma mulher me observando, um ar de mistério a envolve.

Nossos olhares se cruzam, ela sustenta, não dá sorrisos, apenas me olha fixamente, isso a deixa ainda mais misteriosa. Quem é essa mulher? O garçom aparece na minha frente e interrompe nosso olhar.

-Mais alguma coisa senhor?

-Não, obrigado. Já estou indo.- aviso ao Ramsés, o garçom sai da minha frente, e assim como ele saiu a mulher misteriosa também saiu, balanço a cabeça negativamente.

-Já? Está cedo, fratello.

-Tenho trabalho amanhã cedo. - ele balança a cabeça positivamente.

-Até amanhã então fratello.- diz e sai indo até uma morena que está acompanhada de uma loira. Ambas o espera.

◆◆◆

Saiu da passione, tem pouca movimentação na frente. Vou até minha moto, subo e ligo, quando vou acelerar, uma pessoa surge do nada na minha frente.

-Está louca?- questiono tirando o capacete, e agora vejo com clareza quem é. É a mulher com quem troquei olhares agora a pouco.

-Perdoe-me, não quis assusta-lo.- diz sorrindo de lado.

-Eu podia ter te atropelado.

-Não. Além do mais poucas coisas me assustam.

-Não tem medo de morrer?- questiono e ela ri de lado.

-Eu deveria? Acho isso estúpido.- agora é minha vez de ri.

-Surgiu do nada na frente da moto pra me dizer isso?- ela me olha intensamente.

-Claro que não querido, só vim te entregar isso, não quero que nossa troca de olhar termine nesse noite, irei apreciar que coisas mais aconteçam.- diz me entregando um papel, pego o papel, nele tem seu número.

-Boa noite. E cuidado para não atropelar ninguém.- diz já andando e é quase impossivel não reparar seu rebolado ao andar.

-É só nenhuma louca surgi do nada na minha frente.- ela para e vira.

-Não se preocupe então, eu sou única, Hades.- diz e continua andando.

-Como sabe meu nome?- estou quase gritando. Ela para novamente.

-Quando eu quero uma coisa, eu quero, fica fácil obter informações.- ela sorri de lado.

-Qual o seu nome? Você já sabe o meu, é justo que eu saiba o seu.- digo e sorriu de lado. Quando acho que ela não vai responder.

-Cassandra, me chamo Cassandra. E tenho certeza que você nunca mais vai esquecer.- diz e sem esperar que eu diga alguma coisa ela entra em um carro e vai embora. Cassandra.

Que mulher... louca? Então eu devo ser mais louco que ela, pois ela me chamou atenção, cazzo. Porque acho que isso vai da merda?

◆◆◆

Dois anos depois

Saiu da passione ouvindo a Cassandra dando mais uma de suas surtadas. Dio mio, a vontade que tenho é de atirar em sua cabeça, desde quando ela se tornou essa mulher? Insuportável e ciumenta? Desde quando ela acredita que pode me controlar? Cazzo. Quando nos conhecemos foi divertido, prazeroso, sem compromisso nenhum! Isso eu sempre deixei claro e ela prontamente concordou na época, mas agora, tudo mudou, diz ela que se apaixonou, mas isso não é paixão, ou amor, está mais para obsessão.

-Hades! Dá pra você andar mais devagar?- diz puxando meu braço.

-Pra que? Pra ficar te ouvindo falar merda? Dispenso.- tiro sua mão do meu braço.

-Aquela cagna, estava se jogando em você, só dei o que ela mereceu.

-Atirando nela? Cazzo. Você é a merda de uma porra louca.- digo subindo na minha moto, ela não espera convite e já sobe também, reviro os olhos.

-Eu sei que você gosta.- diz me abraçando.

-Se eu fosse você não teria tanta certeza.- ligo a moto. Acelero, vou deixá-la na sua casa, eu não preciso passar a noite ouvindo ela. Sem paciência.

-Hades?- me chama, ignoro. -Hades? Cazzo eu sei que está me ouvindo, seu merda.- diz e acelero. E ela me belisca com força. Paro a moto.

-Mas que merda?! - ela desce da moto, assim como eu.

-Da pra me ouvir agora?

-Não dava pra você esperar? Já estávamos chegando na sua casa. - ela revira os olhos. Estamos de frente a uma praia, pelo horário aqui está deserto.

-Não, não dava! Eu posso ter exagerado com aquela cagna, mas não me arrependo.

-Você é inacreditável. Cassandra, coloca uma coisa na sua cabeça, nos não estamos em um relacionamento, nunca estivemos. Você só grudou feito chiclete, e me segue feito uma lunatica!.- ela me olha irritada.

- Então o chiclete vai te deixar em paz.

- Eu agradeço. - digo e ela sai quase correndo em direção a praia, em especifico para o mar. Merda.

-Cassandra! Você não sabe nadar. Para de fazer coisas estúpidas!!- ela não me ouve, pelo contrário, corre ainda mais.

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