Estefane Oliveira
Termino de arrumar a casa, me sento no sofá e dou um suspiro.
Eu tinha quinze anos, minha mãe avia morrido de um câncer, isso parece ter mudado não só meu pai, mas como meu namorado. Sim, namoro com quinze anos, uma idade que para alguns é pouca e para outros, Já viveu algumas coisas. Mais eu era um termo mais de ter sido obrigada a ter uma cabeça bem formada com essa idade.Meu pai chegava todo dia bêbado, me batia até não aguenta mais. Sempre cheia de marcas dele.
Meu namorado começou a ser controlador e obsessivo. O combo completo para uma vida infeliz e completamente sem paz.Não podia usar short, todas as minhas roupas, tinha que ser a mais coberta possível.
Já estava cansada, todo dia a mesma coisa.
Escuto a porta abrir.
-- vai preparar minha janta, sua escravinha!-- fala meu pai se sentando no sofá.
Já avia preparado tudo para hoje. Deixo o jantar dele, na mesa, vou para meu quarto, pego a minha mochila e abro a janela.
Minha casa era apenas um andar, então era bem fácil pular a janela.Peguei um dinheiro do meu pai, uns, R $300,00. Não era muito, mas tinha que dar.
Morava no Canadá e ia para novo York, corro para onde pegava os ônibus.
Entro em um deles e fico no fundão. Estava nervosa mais uma sensação boa exaltou no meu corpo.Sinto lágrimas chegarem aos meus olhos... estou livre!
Estefane Oliveira Escuto o despertador martela minha cabeça, como todo o dia. Desligo, passo a mão no meu rosto e me sento na cama.Lá fora estava um tempo nublado, sem cor, sem vida. O dia decidiu acordar com o meu humor hoje.Levanto-me, pego minha toalha e vou tomar um bom banho, pensando que com esse banho ia embora o vazio que carrego dentro de mim. Essa dor que insiste em ficar comigo.Minha vida virou uma tremenda rotina, não tenho, mas" vida". Esqueci de apreciar a vida, mas o pior nem é isso, é que eu penso nisso e não faço nada para mudar.Coloco minha saia sob medida preta, una blusa social branca, maquiagem básica e cabelo bem preso em um rabo de cabelo alto.Meu uber já estava esperando na porta do apartamento. Entro e ele já segue em direção as empresas relvas.Miguel relvas. Foi o homem que cuidou de mim como uma irmã, me ajudou quando estava com quinze anos e sem aonde ir.Agora que estou com meus vinte e dois
Estefane Oliveira Coloco um par de brincos prata, com uma flor vermelha de enfeite.Meu celular começa a tocar, olho o relógio. Seis e meia, atrasada eu não estou. Pego, vejo o número da fran na tela.Atendo e coloco no viva voz.-- aconteceu algo?-- pergunto terminando de ajeitar meu rabo de cabelo alto.-- vem para empresa agora, tá rolando um protesto com um dos investidores. Não estamos conseguindo entrar, nem o Miguel tá conseguindo e olha que ele é dono do baguió todo!-- fala ela com uma voz assustada.Escuto de fundo a voz do Miguel perguntando se era eu na ligação.-- maninha, estamos precisando dos seus encantos femininos aqui!-- fala ele.Nem com a empresa em crise, ele não para com as suas piadinhas.-- segura ele
Estefane Oliveira Estou andando de um lado para o outro na minha sala, enquanto Fran, Gabriel e Miguel estão ali, resolvendo minha vida como se eu não fosse capaz disso.Olho-me no espelho da minha sala, como sempre reparo no meu cabelo. Quando minha mãe morreu, meu pai se irritou com tudo a sua volta e me forçou a nunca voltar meu cabelo, apenas para lavar e já amarrar.Deis de então, nunca mais soltei, nem me lembro de como eu era de cabelo solto.Eu olho no espelho e não vejo a mulher que eu tinha que ser, mas ali ainda estava a menininha que tinha medo de tudo. Sinto minhas lágrimas surgindo, esses anos todos e eu não superei um simples trauma.-- Esther, vem cá amiga!-- fala Fran aparecendo na porta.Ela vem até mim, abraço forte ela e me permito chorar.-- não adianta fran, eu tô mostrando uma força que eu não
Estefane Oliveira Abraço mais uma vez Miguel, apertando forte.-- ok mana, se quer que eu viva, pare de me apertar assim!-- fala Miguel dramaticamente.-- seu idiota, vou sairfalta, dá, sua chatice!-- falo batendo no seu braço.Viro-me e vejo Fran sorrindo para mim. Corro até ela é abraço forte.-- como está se sentindo indo viajar com um deus grego daqueles?-- perguntou no meu ouvido.-- ele não é um deus grego!-- falo. Viro-me e olho para Gabriel, que estava usando um terno parecido com o de ontem, totalmente na postura ereta de um segurança -- ele é... bonitinho!-- falo mordendo os lábios.-- ata. Vou fingir que acredito senhorita. Se cuida amiga!-- fala me abraçando mais uma vez.Abraço ela fort
Estefane Oliveira Chegamos nas empresas relvas da França. Uma linda construção de prédio, perto da grande torre se Paris. Claro, meu irmão, isso aqui teve ter sido uma fortuna.-- o que pretende fazer?-- perguntou Gabriel quando estávamos atravessando a rua.-- você é bom emGuarda as costas dos outros, eu sou boa em pesquisa, desvendar, desmascara o culpado e ganha uma boa grana em cima disso!-- falo sorrindo orgulhosa de mim mesma.-- ok. Então você prefere Henry Brogan ou uma cópia barata de neville longbottom?-- perguntou. Solto uma risada com a sua pergunta nada a ver.Passo meu cartão na entrada e as portas se abrem.-- está me perguntando se eu prefiro
Estefane Oliveira -- os números começaram a desviar faz um ano, mais ficaram maiores agora. Antes o desvio era de uns dez mil intercalados!-- fala o senhor germano.Passo a mão na testa, estava me stressando esse assunto. Solto un suspiro.-- tem alguma ideia de quem está fazendo isso?-- pergunto.-- o vice do departamento de financiar daqui, o nome dele é Victor Menezes. Pode falar com ele, penúltimo andar!-- fala ele.Levanto-me, saio da sala.-- vamos Eugênio!-- falo para Gabriel que estava olhando o celular.-- prefiro Gabriel!-- fala ele indo até mim.-- vou te chamarHenry Brogan
Estefane Oliveira Coço meus olhos, coloco a mão na boca e tusso uma três vezes seguidas.Já estávamos na França a uma semana, minha cabeça está a mil.Passo a mão em meus cabelos bem presos em um rabo de cavalo, solto um suspiro e mordo a ponta da caneta que estava usando.-- de acordo com meu relógio de Guarda-costas, você está descansando zero horas e zero minutos!-- fala Gabriel aparecendo na porta do meu quarto.-- não posso descansar, preciso achar quem é que está desviando o dinheiro!-- falo e acabo tossindo mais três vezes.-- está ficando doente!-- fala Gabriel me olhando sério.-- não, eu tô muito bem!-- falo contrariada.-- sim, você está doente!-- <
Estefane Oliveira Sinto uma dor forte de cabeça, calafrios passa pelo meu corpo. Puxo mais a coberta para perto do meu pescoço.-- nãopode ficar coberta, Esther!-- escuto a voz de Gabriel.Resmungo sem abrir o olho, puxo o coberto para me aconchegar nele.-- deixa eu ver sua temperatura, sua birrenta!-- fala ele.Abro os olhos. Gabriel estava usando uma roupa casual, uma calça moletom preta e uma blusa de manga longa cinza.Ele coloca o termômetro no meu braço, fico observando seus olhos azuis-escuros.-- o que foi? Por que tá me olhando assim?-- perguntou ele sorrindo.-- você tem olhos lindos!-- falo na maior sem-vergonha.Então percebo que ele fez um coque alto no meu cabelo, que não me incomodava a deitar no travesseiro.-- posso falar o mesmo!