Estefane Oliveira
Coloco um par de brincos prata, com uma flor vermelha de enfeite.
Meu celular começa a tocar, olho o relógio. Seis e meia, atrasada eu não estou. Pego, vejo o número da fran na tela.
Atendo e coloco no viva voz.-- aconteceu algo?-- pergunto terminando de ajeitar meu rabo de cabelo alto.
-- vem para empresa agora, tá rolando um protesto com um dos investidores. Não estamos conseguindo entrar, nem o Miguel tá conseguindo e olha que ele é dono do baguió todo!-- fala ela com uma voz assustada.
Escuto de fundo a voz do Miguel perguntando se era eu na ligação.
-- maninha, estamos precisando dos seus encantos femininos aqui!-- fala ele.
Nem com a empresa em crise, ele não para com as suas piadinhas.
-- segura eles aí, em menos de dez minutos, eu chego!-- falo pegando minha bolsa e o celular.
-- venha como uma pompa branca, voando para seu ninho!-- fala miguel.
-- que tal você abrir sua boca para enrola eles?-- pergunto.
-- também te amo!-- fala e desliga.
Entro no carro, coloco minha bolsa no banco do lado. Olho pelo retrovisor e vejo o mesmo carro parado no meio da rua ontem.
Dou partida no meu carro e sigo a rua. Olho o retrovisor e vejo o carro logo atrás de mim.-- mais que merda!-- falo parando no sinal vermelho.
Olho pelas ruas, buscando por algum lugar que eu possa despistar.
Meu celular começa a tocar novamente, era um número desconhecido. Pego, olho meu retrovisor e vejo ele com o celular na mão.Atendo e fico em silêncio.
-- você é estefane Oliveira?-- perguntou ele.
-- talvez!-- falo tentando manter minha voz firme.
-- seu pai deveria ter pensando muito bem antes de se meter conosco!-- fala ele.
Olho pelo retrovisor, o olhar mortal dele me causa arrepios. Meu coração estava acelerado.
O que meu pai fez?-- se ele não pegar a dívida, preciso deixar um recado do que vai acontecer, se ele não pagar!-- fala ele.
O sinal abre, piso no acelerador, o pneu do carro canta na rua.
Viro a rua e lá estava ele ali atrás de mim.-- droga, droga, droga!-- falo assustada.
Passo o sinal vermelho e sigo na direção da empresa. Olho retrovisor e ele ainda estava me seguindo. Vejo o ponto que passa o trem se fechando, piso fundo no acelerador, no último segundo consigo passar e o trem passa logo em seguida, fazendo ele ter que parar forçadamente.
Chego na empresa, estava muito assustada, quase em estado de choque. Abro a porta e todos estavam para o lado de fora.
Vejo Miguel perto de Fran e mais um homem com eles.-- Miguel!-- chamo.
Ele se vira e vem até mim. Abraço forte, precisava sentir o mínimo de segurança.
-- ei, o que houve mana?-- perguntou ele segurando minha cabeça com às duas mãos.
-- eu estava indo pro carro e tinha um cara parado com um carro lá perto, então eu comecei a dirigir, ele me ligou falando que iria mostrar pro meu pai o que acontece com quem não paga a dívida dele e me perseguiu. Consegui escapa por pouco!-- falo sentindo as lágrimas chegando.
O homem que estava com ele, vem até perto de nos e fala algo no ouvido dele.
-- olha, faz eles deixarem nós entrarmos na empresa e lá dentro conversamos!-- fala miguel.
Aceno com a cabeça. Afasto-me dele, respiro fundo e sigo para onde um local mais afastado.
Pego meu celular e ligo para o investidor.-- oi Garcia, posso compreender o que está acontecendo?-- pergunto mordendo os lábios.
-- desvio de dinheiro, alguém
está desviando dinheiro da empresa. Não vou investir enquanto perco meu dinheiro!-- fala o senhor Garcia.-- senhor, me dê... um mês e resolverei absolutamente tudo. Um mês!-- peço.
Ele fica em silêncio, parece pensar sobre o assunto.
-- sei dos seus valores, senhorita Oliveira. Nunca me abandonou, então sim! Lhe darei um mês, mas nada, além disso!-- fala.
Dou um sorriso.
-- obrigada senhor Garcia, não vai se arrepender!-- falo sorrindo.
Desligo e vou até onde passa o cartão, passo e as portas se abre. Todos comemoram e entrar na empresa.
-- Fran, vamos para a sala do Miguel!-- falo.
Seguimos até o elevador e subimos rapidamente até a sala dele.
-- cheguei!-- falo.
Vejo outro homem do lado dele. Ele tinha uma barba cheia, cabelo médio e meio aloirado. Olhos azuis intensos, uma pele mista. Não tão escura e não tão clara.
Ele estava sério, usando terno sob medida. Compreendo na mesma hora que era mais um dos seguranças do Miguel.-- tenho notícias do seu pai!-- fala miguel.
Eu e Fran nos sentamos nas cadeiras na frente dele.
-- ele está em coma, parece que se envolver com gente muito perigosa e agora já que seu pai não está aqui, vou atacar outro membro da família!-- fala ele.
-- eu no caso!-- falo.
Miguel dá, um suspiro, pega um documento e me entrega.
-- a cidade está perigosa para você e ainda tem o assunto do desvio. Vou te encarregar a descobrir quem é esse que está desviando dinheiro. Você vai para França, onde é uma das minhas empresas!-- fala ele.
-- nunca sai da cidade!-- falo.
-- sim, eu sei. Lá vai ser perigoso também. Esse é Gabriel Eugênio, ele é o melhor Guarda-costas. Ele irá com você, irá manter sua segurança!-- fala ele.
Olho para Gabriel, ele olha para mim e sinto um choque passar pelo meu corpo com esses olhos azuis.
.
...Estefane Oliveira Estou andando de um lado para o outro na minha sala, enquanto Fran, Gabriel e Miguel estão ali, resolvendo minha vida como se eu não fosse capaz disso.Olho-me no espelho da minha sala, como sempre reparo no meu cabelo. Quando minha mãe morreu, meu pai se irritou com tudo a sua volta e me forçou a nunca voltar meu cabelo, apenas para lavar e já amarrar.Deis de então, nunca mais soltei, nem me lembro de como eu era de cabelo solto.Eu olho no espelho e não vejo a mulher que eu tinha que ser, mas ali ainda estava a menininha que tinha medo de tudo. Sinto minhas lágrimas surgindo, esses anos todos e eu não superei um simples trauma.-- Esther, vem cá amiga!-- fala Fran aparecendo na porta.Ela vem até mim, abraço forte ela e me permito chorar.-- não adianta fran, eu tô mostrando uma força que eu não
Estefane Oliveira Abraço mais uma vez Miguel, apertando forte.-- ok mana, se quer que eu viva, pare de me apertar assim!-- fala Miguel dramaticamente.-- seu idiota, vou sairfalta, dá, sua chatice!-- falo batendo no seu braço.Viro-me e vejo Fran sorrindo para mim. Corro até ela é abraço forte.-- como está se sentindo indo viajar com um deus grego daqueles?-- perguntou no meu ouvido.-- ele não é um deus grego!-- falo. Viro-me e olho para Gabriel, que estava usando um terno parecido com o de ontem, totalmente na postura ereta de um segurança -- ele é... bonitinho!-- falo mordendo os lábios.-- ata. Vou fingir que acredito senhorita. Se cuida amiga!-- fala me abraçando mais uma vez.Abraço ela fort
Estefane Oliveira Chegamos nas empresas relvas da França. Uma linda construção de prédio, perto da grande torre se Paris. Claro, meu irmão, isso aqui teve ter sido uma fortuna.-- o que pretende fazer?-- perguntou Gabriel quando estávamos atravessando a rua.-- você é bom emGuarda as costas dos outros, eu sou boa em pesquisa, desvendar, desmascara o culpado e ganha uma boa grana em cima disso!-- falo sorrindo orgulhosa de mim mesma.-- ok. Então você prefere Henry Brogan ou uma cópia barata de neville longbottom?-- perguntou. Solto uma risada com a sua pergunta nada a ver.Passo meu cartão na entrada e as portas se abrem.-- está me perguntando se eu prefiro
Estefane Oliveira -- os números começaram a desviar faz um ano, mais ficaram maiores agora. Antes o desvio era de uns dez mil intercalados!-- fala o senhor germano.Passo a mão na testa, estava me stressando esse assunto. Solto un suspiro.-- tem alguma ideia de quem está fazendo isso?-- pergunto.-- o vice do departamento de financiar daqui, o nome dele é Victor Menezes. Pode falar com ele, penúltimo andar!-- fala ele.Levanto-me, saio da sala.-- vamos Eugênio!-- falo para Gabriel que estava olhando o celular.-- prefiro Gabriel!-- fala ele indo até mim.-- vou te chamarHenry Brogan
Estefane Oliveira Coço meus olhos, coloco a mão na boca e tusso uma três vezes seguidas.Já estávamos na França a uma semana, minha cabeça está a mil.Passo a mão em meus cabelos bem presos em um rabo de cavalo, solto um suspiro e mordo a ponta da caneta que estava usando.-- de acordo com meu relógio de Guarda-costas, você está descansando zero horas e zero minutos!-- fala Gabriel aparecendo na porta do meu quarto.-- não posso descansar, preciso achar quem é que está desviando o dinheiro!-- falo e acabo tossindo mais três vezes.-- está ficando doente!-- fala Gabriel me olhando sério.-- não, eu tô muito bem!-- falo contrariada.-- sim, você está doente!-- <
Estefane Oliveira Sinto uma dor forte de cabeça, calafrios passa pelo meu corpo. Puxo mais a coberta para perto do meu pescoço.-- nãopode ficar coberta, Esther!-- escuto a voz de Gabriel.Resmungo sem abrir o olho, puxo o coberto para me aconchegar nele.-- deixa eu ver sua temperatura, sua birrenta!-- fala ele.Abro os olhos. Gabriel estava usando uma roupa casual, uma calça moletom preta e uma blusa de manga longa cinza.Ele coloca o termômetro no meu braço, fico observando seus olhos azuis-escuros.-- o que foi? Por que tá me olhando assim?-- perguntou ele sorrindo.-- você tem olhos lindos!-- falo na maior sem-vergonha.Então percebo que ele fez um coque alto no meu cabelo, que não me incomodava a deitar no travesseiro.-- posso falar o mesmo!
Estefane Oliveira Chegamos no hotel, me sento na cama e fico olhando Gabriel. Ele estava andando de um lado para o outro.-- você vai fazer um buraco no chão!-- falo.Meu celular começa a tocar, me levanto. Era um número desconhecido, com receio atendo.Levando o celular até minha orelha.-- alô!-- falo mantendo a calma.Gabriel vem até mim e coloca meu celular no viva voz.-- devo admitir que você é mais lenda do que imaginei. Pensei que em dois dias que estivesse aqui, iria saber quem era eu!-- fala com uma voz distorcida.Eu e Gabriel nos olhamos.-- se eu fosse você saia logo desse apartamento. Estou escutando tik tak de algo!-- fala.Logo a linha fica muda.
Estefane Oliveira Pego um coberto, me cobro e me sento na cadeira de frente com meu notebook.Começo a avaliar todos os suspeitos, eliminar alguns, até sobrarem três.-- você ainda não está bem!-- fala Gabriel colocando remédio do meu lado.Pego um comprimido, coloco na boca e bebo a água por cima.-- obrigada!-- falo sorrindo.Ele da carinha levemente na minha bochecha. Prendo-me novamente naqueles olhos azuis lindos, me levanto, ficando da altura do seu peito.Levando minha mão e toco na sua nuca, Gabriel coloca suas mãos na minha cintura e me puxa para próximo dele.Passo a outra mão no rosto dele.Gabriel abaixa seu rosto e beija meu pescoço, dou carinho em sua nuca enquanto ele explora meu pescoço com seus lábios.-- eu vou fica presa aqui por quanto tempo?-- escuto a voz de Morgana.Gabriel se a