Willow Sentada nesse carro luxuoso, sem calcinha, suja do meu sangue e da porra dele, livre da sua hipnose, começo a me sentir uma prostituta descartada depois do sexo. Minha mente faz uma retrospectiva de tudo que aconteceu hoje.Droga, eu senti aquela coisa quente derramando dentro de mim, mas eram tantas sensações que nem consegui me concentrar. Sem contar a dor.Juro que nem vi a hora em que ele colocou o preservativo. O pior foi passar por aquelas pessoas imaginando que podem ter ouvido o meu grito quando fui literalmente rasgada pelo pau monstruoso daquele homem. Não, o pior foi ter quebrado a promessa. E de forma tão vulgar. Como pude levar aquilo até onde chegou? Na hora me pareceu tão urgente sentir aquele homem, tudo que ele me oferecia. Agora só me sinto fria e vazia, usada. E nem posso colocar a culpa nele. Eu deixei que fosse longe demais para parar. Ele não me obrigou a nada.Me perdoe, mamãe. Ele foi tão gentil enquanto me tinha. Não se preocupou só com ele, como já
WillowQuanto mais perto dos fins das aulas, mas agitado fica tudo. O colégio está uma loucura. Nem mesmo tive tempo de pensar no tal Alexandre, o homem misterioso da boate. Só a noite os sonhos eróticos com ele me faziam acordar de madrugada com tanto desejo que precisava me masturbar para conseguir voltar a dormir. Não entendo esse efeito todo quando foi uma primeira vez extremamente dolorosa.No dia seguinte a aventura na boate, Bia quis falar sobre me ver no camarote, mas desconversei. Ela aceitou bem. Não insistiu.Se passaram quinze dias daquela noite e ainda sonho com aquele homem. Só que no meu sonho o sexo não dói. É tanto prazer que às vezes tenho medo de estar fazendo barulho enquanto sonho. Só falta o pessoal da pensão achar que estou trazendo homens e transando no quarto. Às vezes me arrependo de não ter pego o telefone daquele homem. Quando o tesão falta me enlouquecer, me arrependo muito. Acabo resolvendo sozinha.Até sai com algumas colegas do trabalho para ver se conh
Alexandre“Encontrado morto o senador Lucas Moscovis.”Esse é o título da notícia.Na tela da televisão, uma repórter fala:“O senador foi encontrado morto em sua cobertura hoje de manhã. Segundo os legistas, o motivo da morte foi um ataque cardíaco fulminante. O senador vinha sendo investigado por várias fraudes com o dinheiro público e sofria pressão para deixar o partido. Devido a seu histórico cardíaco, acredita-se que a pressão levou ao ataque. Notícias completas em nosso jornal logo após a novela Caminho para um sonho.”Me sento ouvindo, com minha caneca de café na mão. Excelente notícia para começar o dia.Adoro quando é político. Tem que haver muita deliberação, pesar prós e contras, analisar cada detalhe. Mas é por isso que tenho os melhores profissionais.― Senhor Rodrigues, seus irmãos vieram fazer uma visita. ― Minha governanta avisa tirando a minha atenção da notícia sobre eu ter mais um cliente satisfeito.― Obrigado, Nina ― falo, e senhora baixinha e rechonchuda de cabe
AlexandreFlashes do passado...Hoje completa exatos três meses que meus pais saíram de casa sem dizer para onde iriam e não voltaram. No começo eu fiquei feliz com a ausência, cansado de apanhar e de ter que pedir dinheiro na rua para sustentar o álcool deles.Depois que as coisas acabaram dentro de casa, voltei a fazer o que fazia todos os dias: pedir dinheiro na rua. Só que dessa vez sobrava para mim, eu podia comer e beber em paz sem apanhar por qualquer coisa.Comecei a gostar da ausência deles. Eu tinha a casa só para mim. Um cômodo com banheiro só meu e todo o dinheiro que eu pedia era gasto comigo.Ainda ia para a escola todos os dias, porque não queria ficar burro.Às vezes me perguntava se eles ― onde quer que estivessem ― ainda usavam o dinheiro que o governo dava por sermos pobres, já que eu não tinha idade para sacar e muito menos os dados.Assim os dias passavam.Estava contando o meu dinheiro que ganhei no dia quando bateram na porta. Abri e encontrei dois homens vestid
WillowComo não existe nenhum milagre que possa me desengravidar, comecei a correr atrás de resolver minha vida. Receberia algumas parcelas do seguro-desemprego, mas não duraria para sempre então é procurar emprego. Até descobri que podia procurar judicialmente voltar a escola pelo fato de estar grávida, porém optei por não fazer. Será um ambiente péssimo se voltar assim. E há muitas escolas onde posso trabalhar. Felizmente tenho muitos contatos.Enviei alguns currículos e entrei em contato com alguns colegas da área. A cada dez minutos olhava meu e-mail e meu WhatsApp ansiosa por uma resposta positiva.Uma semana se passou e todos que responderam foi só lamentando e desejando boa sorte. Comecei a me arrepender de não ter brigado pelo meu emprego. Sorte é bom, mas eu também precisava de um trabalho, de preferência com todos os benefícios por causa da gravidez.Por fim recebi um convite para uma entrevista em uma escola particular em Osasco, graças a indicação de uma colega. Finalmente
WillowPara minha alegria, a diretora da escola adorou meu currículo e adorou a forma como me apresentei.― Estou encantada com seu carinho com os alunos. ― É o seu veredicto.― Obrigada! Eu amo ser professora. ― Sorrio em agradecimento.― Preciso apenas conversar com o conselho dos pais e professores ― informa.― Da minha parte pode ter certeza de que já está aprovada. ― O representante dos pais, que também está presente na entrevista, faz meu sorriso crescer com suas palavras.― No máximo em duas semanas te daremos retorno, mas pode ir preparando a documentação.Saio da escola saltitando. Estou tão feliz que fica até mais fácil enfrentar os olhares das pessoas na pensão depois do barraco na porta do lugar.― Tudo bem, Willow? Soube que foi atacada aqui na porta. ― Bia tenta puxar assunto.― Estou sim. Era um homem que me persegue e a mulher ciumenta dele. Espero que me deixem em paz ― respondo.A pensão não é um ambiente onde eu tenha amigos. Sem contar que em breve terei que me mu
Willow― Me recordo que transamos algum tempo atrás.Fico olhando para ele por alguns segundos, admirada que fale tão abertamente diante de sua secretária e que me reconhecesse. Pois eu acho que não o reconheceria tão facilmente na rua. Ser tão lindo quanto naquela noite não é bem uma referência. Eu lembro dos seus olhos me encarando, mas agora posso ver o quão belos são, de um castanho intenso. O rosto másculo, os lábios um pouco grossos.Como se interpretasse minha expressão, ele diz:― Tenho facilidade em absorver imagens, principalmente rostos. ― Se levanta e anda um pouco, se escorando na mesa. ― Só não sei ainda o que te dá o direito de entrar na minha sala assim. ― O tom de voz baixo me faz recordar de outras palavras, de outro momento.A maldita secretária quebra o encanto entrando na sala como se eu fosse um homem bomba próximo a explodir seu mestre.― Desculpe por vir assim ― peço olhando para ele. ― Eu não tinha seu telefone e nem como conseguir marcar um horário. ― Me viro
AlexandreEstou tendo uma semana péssima. Um dos meus assassinos deixou uma vítima escapar e agora estamos com nosso anonimato por um tris. Ninguém consegue achar o miserável. Até pensei em voltar na boate e viver uma nova aventura gostosa como a última. Pensei até em procurar Willow para descarregar nela toda tensão e lhe mostrar mais algumas coisas do mundo que ela ainda não conhecia. Afinal não realizei o desejo de ter sua boquinha gostosa no meu pau. Não paro de pensar nisso desde aquela noite.E do nada, ela me aparece na minha empresa dizendo que está grávida de um filho meu e pedindo um emprego. Será que acha que sou burro?― Não estou falando sério, Willow. Você sabe muito bem as implicações da paternidade no Brasil. Você vai tirar esse feto ― ordeno.― Só por cima do meu cadáver ― ela levanta o queixo me desafiando. Se não fosse um assunto tão sério, eu a colocaria no meu colo e a castigaria por sua ousadia com muitos tapas em sua bunda redonda. ― Não me dê ideias. Posso ac