Capítulo Oitenta e três: Uma esposa de aluguel?

Alexander Muller

Estava sentado no consultório do diretor do hospital, as luzes fluorescentes lançando um brilho frio que combinava com a atmosfera da conversa. O diretor, um homem de meia-idade com óculos finos e uma expressão de cansaço, me observava do outro lado da mesa. Ele folheava alguns papéis, mas seu olhar estava fixo em mim, avaliando.

— Alexander, eu entendo sua dedicação ao trabalho. Todos nós aqui reconhecemos o quanto você tem se esforçado, especialmente depois do que aconteceu. — Ele fez uma pausa, como se tentasse escolher as palavras certas. — Mas você não pode continuar assim. Trabalhando sem parar, cobrindo todos os plantões... você está se matando aos poucos.

Eu me remexi na cadeira, sentindo o peso de suas palavras, mas ainda resistindo à ideia de desacelerar. Trabalhar era a única coisa que me mantinha longe dos pensamentos que me atormentavam.

— Eu estou bem. Prefiro me manter ocupado — respondi, tentando parecer convincente.

Ele suspirou, empurrando os óculos
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