Rumamos à casa de Cláudio, que se encontrava numa região periférica, mas sua casa demonstrava ter um luxo inconcebível àquela parte da cidade. Assim, paramos os carros luxuosos à frente do que parecia ser uma danceteria, como antes havia mencionado. Muitos dos que estavam ali à frente da portaria e que iriam curtir a noite, ficaram admirados com os carros. Descemos eu e Jane juntamente com Michely, ficando para trás os outros. Paramos à frente da porta juntamente com a multidão que também queria entrar na danceteria. Com certo medo estampado nos rostos daquelas pessoas ao nos verem, foi muito fácil chegar à porta. Rapidamente eu reconheci o segurança que estava à porta e foi o último que eu vi junto de Cláudio. Abriu a porta, meio receoso, por talvez lembrar que não poderia fazer-me parar e esperar com os outros.
Vimos que o interior da danceteriaGehenna - A Escolha - Parte I“Hoje, os dias viraram noites, e as noites, os meus dias. O tempo parece não existir. Os segundos demoram uma eternidade e o meu rosto continua jovem do mesmo jeito de sempre.“O meu sofrimento é lutar nesta guerra, que não era minha, mas, agora, estou bem no meio dela.”BRASIL, SEXTA-FEIRA, 30 DE MARÇO DE 1990.Estava voltando para casa, depois de uma das piores festas em que estive presente. Eram duas ou três horas da manhã, não tinha certeza, pois serpenteava pelas ruas. Por vezes, tentava enxergar algo, mas não sabia onde estava e nada reconhecia. Bêbado como um gambá, porém, ainda não havia caído.Havia tomado um chute de minha namorada e, a única coisa plausível, nestas tristes horas, é se afogar em um bom e velho uí
Fui então para a festa. Não sabia onde era, mesmo assim cheguei, como se houvesse um mapa em minha mente, como se eu soubesse o endereço. Parei a certa distância e fiquei a observar. A casa, extraordinariamente gigantesca e luxuosa, estava distante de minhas posses ou do círculo em que vivia. Alguns carros, à mesma altura da luxuosidade da casa, estavam estacionados em frente. Havia seguranças com cachorros por todos os lados. E, por incrível que pareça, o medo nem passou ao meu lado. Caminhei, porém, logo chegando ao portão, quatro seguranças me pararam. Eram fortes e grandes em tamanho; eu parecia um garotinho perto deles.- O Senhor foi convidado? Está na lista? – perguntou o que parecia ser o chefe dos seguranças da portaria, com uma prancheta à mão.- Isso eu não sei, mas minha irmã e suas amigas estão aí dentro.- Muita
Depois de ter ouvido todas aquelas coisas, sem sentido, reconheço, fiquei mais perplexo. Vampiros, Justiceiros, o que seria tudo isso? Embora tivesse uma ideia vaga, eu ainda não sabia, mas tinha uma sensação de que aquela noite iria ser a noite mais estranha e a mais longa da minha vida. E assim foi.Todos conseguiram se entender após muitas discussões acaloradas. Algumas das quais falavam em meu idioma e conseguia entender, mas outras, nem sequer uma sílaba eu entendia. Depois de um tempo, parecia que tinha ganhado o respeito ou o medo de todos eles. O cientista disse que queria conversar comigo depois, pois teria que se trocar para sair dali.Voltei à festa e procurei por minha irmã. Estava sendo vigiado sempre por dois seguranças que estavam um pouco afastados de mim, mas nunca me perdendo em meio à festa. Assim que a encontrei disse para não se preocupar comigo e que dissesse aos nosso
requentemente, Dr. Sangue vinha ver como eu estava e perguntava sempre como me sentia. Tirava um pouco de meu sangue de vez em quando e falava que estavam perto de conseguirem descobrir de qual casa eu era. Dizia ainda que meu sangue é muito mais concentrado do que qualquer outro Vampiro existente naquela cidade. E realmente, às vezes, eu tinha que tentar me controlar, pois a força estava ampliada e vez ou outra as garotas pareciam se esquecer dos irmãos gêmeos e vinham até mim, como se eu as chamasse somente por pensamento.Por fim, estava já eu sabendo o que poderia fazer, mas escondia de todos, até mesmo do Dr. Sangue. Foi quando estava em meu quarto, que era quase no porão, tomando como parâmetro os outros vampiros da casa que moravam ali, que chegou um dos auxiliares de laboratório do Dr. Sangue.- Está cansado de ficar aqui, não é? – disse ele abrindo a porta do pequ
Com as chaves que meu pai havia me entregado em minhas mãos, desci até a garagem para ver o que havia chegado naquela tarde. Estava coberta com um pano branco, o que parecia ser uma moto. E verdadeiramente era quando a descobri. Era uma moto estilo Harley Americana, preta e vermelha. Sentei-me nela e senti um tanto feliz por alguém ter me dado aquilo. Mas, ao mesmo tempo, uma curiosidade fora do normal me atiçava. Será que havia sido dada por minha tia que vivia na França? Perguntas e curiosidades ficaram à parte, tirei a moto da garagem e a liguei. Seu barulho era bonito e a rouquidão de seu escapamento chamava muito a atenção. Olhei mais uma vez o papel que meu pai havia me dado e li novamente o endereço. Com a espada às costas, por debaixo do sobretudo, uma adaga no bolso, um pingente de ouro ao pescoço e muitas, mas sim, muitas perguntas em minha mente, rumei para tal endereço nem m
Chegamos ao clube noturno de Cláudio, não havia ninguém novamente à porta. Bati e esperei alguns segundos. Logo o segurança do local abriu a janelinha.- Quero falar com o Sr. Cláudio. – falei.O segurança olhou para mim e para Jane como se estivesse verificando algo.- Ele não está aqui esta noite. Quem quer falar com ele?- Deixe. Depois eu volto. – falei e fiz sinal para que Jane andasse de volta para a moto.Andamos em direção à moto e logo ouvi o barulho da janelinha se fechando.- Escutou? – perguntei.- Escutei o que? – perguntou Jane.- A janelinha se fechando. – falei.Voltamos à porta do clube e fiz sinal para que Jane ficasse atrás de mim. Dei mais dois passos para trás e num forte impulso chutei a porta. Até eu me assustei com tamanha força, Jane também se horrorizou. Quand
Chegamos a uma rua qualquer. Sofie estacionou e descemos do carro. Continuamos por alguns poucos metros até uma estação do metrô. Sem dúvida, mais sofisticado do que os metrôs que conhecíamos no Brasil. Descemos as escadas à plataforma e fomos andando atrás dos dois que nos guiavam. Sofie disse para que não atacássemos ninguém ali na plataforma. Chegamos ao fim da estação. Paramos e ficamos esperando o trem. O escutamos se aproximar e passou por nós fazendo um grande barulho. Ao parar na plataforma, descemos aos trilhos atrás do trem e seguimos em sentido contrário ao qual havia chegado. Andamos mais ou menos uns trezentos metros. Ali, não podíamos mais ver a plataforma e havia uma porta com algumas placas como: “Proibido a Entrada”; “Somente para funcionários” e outras inscrições pixadas, das quais nada enten
Entrando no carro, Jane ainda falava. Desde que se tornou uma vampira, todas as suas qualidades de lutadora que sempre foi, se desenvolveram. Mas, o que ela mais desenvolveu, foi que aprendeu a falar mais ainda do que antes, quando ainda era viva. Nesses ataques verbais em que falava abertamente, constrangia as pessoas se elas estivessem erradas. E eles, realmente estavam. Chegamos à casa de Sofie novamente e apresentaram os nossos quartos. O meu ao lado do quarto de Jane. Antes que Sofie nos deixasse no andar superior da mansão, não tive duvidas e perguntei.- O que eles queriam?- Como disse? – perguntou em resposta e parando de caminhar para o seu aposento.- Quem eram aqueles homens, e o que queriam com você e Jean-Paul? – perguntei novamente.- Queriam saber onde estavam escondendo vocês. – disse olhando para o chão.- Não entendo essa língua estranha a qual conversam. – falei