Entrando no carro, Jane ainda falava. Desde que se tornou uma vampira, todas as suas qualidades de lutadora que sempre foi, se desenvolveram. Mas, o que ela mais desenvolveu, foi que aprendeu a falar mais ainda do que antes, quando ainda era viva. Nesses ataques verbais em que falava abertamente, constrangia as pessoas se elas estivessem erradas. E eles, realmente estavam. Chegamos à casa de Sofie novamente e apresentaram os nossos quartos. O meu ao lado do quarto de Jane. Antes que Sofie nos deixasse no andar superior da mansão, não tive duvidas e perguntei.
- O que eles queriam?- Como disse? – perguntou em resposta e parando de caminhar para o seu aposento.- Quem eram aqueles homens, e o que queriam com você e Jean-Paul? – perguntei novamente.- Queriam saber onde estavam escondendo vocês. – disse olhando para o chão.- Não entendo essa língua estranha a qual conversam. – faleiMarcava-se 21, ou 22 horas quando chegamos à plataforma novamente. Estava cheio de policiais e curiosos quanto à morte de seis pessoas. Os corpos já haviam sido retirados dali, mas os policiais ainda olhavam tudo ao redor. O trem estava funcionando normalmente e as pessoas estavam esperando para embarcar. Escutamos que poderia ter sido algum tipo de vazamento de gás. Eu e Jane ficamos esperando o trem chegar e assim fomos ao encontro de Óscar. Observamos muito bem a hora certa para não chamar a atenção de ninguém que estava na plataforma. Batemos à porta e assim nos foi aberta com toda a rapidez e fomos levados sem nenhuma cerimônia até Óscar.- Meu caro Jeremy! Não foi tão difícil encontrar espadas deste tipo! – disse ele mostrando a foto dos três tipos de espadas que haviam encontrado. – Duas dessas espadas são feitas de rubis em seu cabo e s
Ficamos em nossos quartos. Eu estava deitado, lendo alguns livros. Achei interessante um livro que falava de uma habilidade muito antiga que possibilitava o vampiro controlar o fogo. Diga-se de passagem, que isso é contraditório, porque vampiros não gostam muito de fogo. Mas, este livro mostrava que alguns vampiros da antiguidade possuíam a arte de controlar as chamas. Dependendo da força do vampiro, esta técnica possibilita lançar bolas de fogo, sem ter danos em sua pele e não morrer queimado. Li novamente também o livro que falava sobre as técnicas de apuração de sentidos dos vampiros, como telepatia, conversa com animais e até ser sensível a um local, sabendo o que aconteceu e quem foi que passou por ali. Esta técnica ajudaria muito.Jane entrou em meu quarto.- Como está? – disse ela.- Morto. – respondi.- Todos estão saindo e um
Subimos, eu à frente e Jane logo em seguida, juntamente com Michely Óscar e Pierre. Pierre falou que ainda teria o privilégio de participar em uma batalha com Jane, sendo as mesmas palavras de Michely. Fiquei quieto ao meu modo, apenas acenando em forma positiva. Fomos depois nos deitar, pois o dia já ardia. Todas as cortinas estavam fechadas e os turnos divididos. Agora podíamos esperar anoitecer com segurança. Assim foi.Tão logo anoiteceu, Pierre veio bater em nossos quartos. Levantei e fui à janela e vi que o céu ainda estava púrpuro. Um resquício do sol eu quase havia visto. Pus-me a trocar de roupa, mas sempre, estava do mesmo jeito. Roupas diferentes, mas, rosto eternamente igual. Espadas às costas, cordão ao pescoço, adaga no bolso e cartão, ou melhor, cartões dentro da carteira que ainda possuía. Abri a porta e Jane me esperava.- Acho que esta no
Saí dali somente com uma certeza, todas as pessoas que se mostraram de início que eu podia confiar, se mostraram infiéis. Uma figura bizarra, na qual eu não confiei de início, este sim, mostrou certo de suas intenções para comigo. Neste mundo dos imortais, somente se dão bem os mais fortes e os amigos dos mais fortes. Óscar, por ter medo de mim, desde que viu as imagens verdadeiras do vídeo no Brasil, confiou o meu respeito.Estava acontecendo tudo muito rápido, estava indo agora para o aeroporto. Sentia-me leve àquela altura, pois havia experimentado, pela primeira vez, o delicioso sangue vampírico e era este muito mais encorpado e saciava nossa vontade de beber sangue.Chegando ao aeroporto, procurei imediatamente um estacionamento privativo, onde colocaria o carro de Sofie até que eu retornasse. No balcão da companhia aérea, tudo foi verificado. Passaporte, id
Acordei depois numa masmorra, assim foi o que pareceu ao primeiro instante. Depois que eu observei direito é que percebi que estava em algum tipo de porão. Ainda deitado no mesmo lugar, escutava carros passando um pouco acima e também um pouco distante. Estava a um canto, deitado numa cama simples e baixa. Era mais do que o comum. Era feito de palha, como o barulho me fez perceber. Havia uma cadeira um pouco distante de onde estava deitado e feixes de luzes entravam por uma fresta, mostrando que lá fora era dia feito. Quando me levantei, senti meu corpo pesado e sentei em seguida. Uma dor “fisgante” em minha cabeça mostrava o motivo do desmaio. E teria que ser muito forte para me atacar e derrubar, pensei. Havia ficado quase que imune a qualquer força de vampiro.Olhei em volta, pude identificar uma figura estranha sentada em volta a uma penumbra do local. Vi a capa e o chapéu a um canto, simplesmente jogados.-
Quando Jean-Paul desligou o telefone todos ficaram esperando para saber o que era. Jean-Paul não fez cara de gostar.- Estão receosos ao que se passou na TV. Querem uma reunião e gostariam que estivesse presente. – disse ele com voz bem mansa e calma olhando para Sofie.- Também fiquei preocupada. Algum desavisado fez um fantasma atacar pessoas em plena luz do dia! O que estamos esperando? Vamos até lá então! – disse ela.- Espera um pouco aí? Quem foi que chamou? – perguntou Jane.- Jane. Quando algo sai das transparências dos Vampiros, ou seja, quando não entendem o que acontece em determinado local, ou algum desavisado faz coisas erradas, prejudicando a forma dos vampiros se esconderem, - disse ela olhando para Jean-Paul que abaixou a cabeça. – todos os clãs, ou famílias, chamam os seus líderes para uma reunião, somente os vampiros ma
Chegamos então à casa de Sofie.A estupidez humana chega a pontos difíceis de compreender. A rara façanha de se falar quando é chamado, mas explicando em pormenores o que se quer, é simplesmente ignorado por muitos humanos. É mais fácil um ignorante morrer sem saber, do que fazê-lo entender assuntos simples, quem dirá algo que precisa de certa estabilidade intelectual. Assim, pelo que vejo, a raça vampírica herdou, geneticamente, o que se tem de pior em um ser humano. Burrice e arrogância. Não se consegue fazer entender, a pessoa é burra e pela sua arrogância se acha dotada de inteligência. Cruéis vilãs de quem se enaltecem tanto, a ponto de se achar dono de algo, que nem mesmo nós possuímos. Uma vida!Abrindo a porta da casa de Sofie, deparamos com uma cena clássica. No grande salão da casa, estavam todos os vampiros.
Poucos ainda estavam ali. Muitos saíram para se alimentar. Sofie, Jean-Paul, Michely, Pierre, Fred e Oslavo eram os únicos a estarem presentes. Óscar e mais dois de seus irmãos de sua casa estavam mostrando as belas tecnologias.Eram coisas realmente absurdas, pois nunca havíamos visto tal parafernália tecnológica, e, o mais incrível, funcionava! Trouxe-nos três caixas grandes revestidas para proteger o seu interior. Uma delas continha uma pequena tela de plasma, como Óscar disse. Havia duas dentro da caixa.- Este equipamento é indispensável para nossas próximas jornadas. É um dispositivo de videoconferência. Cada tela desta de plasma, permite que cada carro tenha seu equipamento de transmissão. – disse Óscar e ligou os dois aparelhos e os dois continham a mesma imagem cortada ao meio, em cores muito bem definidas. – Cada tela tem em seu visor,