Depois de ter ouvido todas aquelas coisas, sem sentido, reconheço, fiquei mais perplexo. Vampiros, Justiceiros, o que seria tudo isso? Embora tivesse uma ideia vaga, eu ainda não sabia, mas tinha uma sensação de que aquela noite iria ser a noite mais estranha e a mais longa da minha vida. E assim foi.
Todos conseguiram se entender após muitas discussões acaloradas. Algumas das quais falavam em meu idioma e conseguia entender, mas outras, nem sequer uma sílaba eu entendia. Depois de um tempo, parecia que tinha ganhado o respeito ou o medo de todos eles. O cientista disse que queria conversar comigo depois, pois teria que se trocar para sair dali.Voltei à festa e procurei por minha irmã. Estava sendo vigiado sempre por dois seguranças que estavam um pouco afastados de mim, mas nunca me perdendo em meio à festa. Assim que a encontrei disse para não se preocupar comigo e que dissesse aos nossorequentemente, Dr. Sangue vinha ver como eu estava e perguntava sempre como me sentia. Tirava um pouco de meu sangue de vez em quando e falava que estavam perto de conseguirem descobrir de qual casa eu era. Dizia ainda que meu sangue é muito mais concentrado do que qualquer outro Vampiro existente naquela cidade. E realmente, às vezes, eu tinha que tentar me controlar, pois a força estava ampliada e vez ou outra as garotas pareciam se esquecer dos irmãos gêmeos e vinham até mim, como se eu as chamasse somente por pensamento.Por fim, estava já eu sabendo o que poderia fazer, mas escondia de todos, até mesmo do Dr. Sangue. Foi quando estava em meu quarto, que era quase no porão, tomando como parâmetro os outros vampiros da casa que moravam ali, que chegou um dos auxiliares de laboratório do Dr. Sangue.- Está cansado de ficar aqui, não é? – disse ele abrindo a porta do pequ
Com as chaves que meu pai havia me entregado em minhas mãos, desci até a garagem para ver o que havia chegado naquela tarde. Estava coberta com um pano branco, o que parecia ser uma moto. E verdadeiramente era quando a descobri. Era uma moto estilo Harley Americana, preta e vermelha. Sentei-me nela e senti um tanto feliz por alguém ter me dado aquilo. Mas, ao mesmo tempo, uma curiosidade fora do normal me atiçava. Será que havia sido dada por minha tia que vivia na França? Perguntas e curiosidades ficaram à parte, tirei a moto da garagem e a liguei. Seu barulho era bonito e a rouquidão de seu escapamento chamava muito a atenção. Olhei mais uma vez o papel que meu pai havia me dado e li novamente o endereço. Com a espada às costas, por debaixo do sobretudo, uma adaga no bolso, um pingente de ouro ao pescoço e muitas, mas sim, muitas perguntas em minha mente, rumei para tal endereço nem m
Chegamos ao clube noturno de Cláudio, não havia ninguém novamente à porta. Bati e esperei alguns segundos. Logo o segurança do local abriu a janelinha.- Quero falar com o Sr. Cláudio. – falei.O segurança olhou para mim e para Jane como se estivesse verificando algo.- Ele não está aqui esta noite. Quem quer falar com ele?- Deixe. Depois eu volto. – falei e fiz sinal para que Jane andasse de volta para a moto.Andamos em direção à moto e logo ouvi o barulho da janelinha se fechando.- Escutou? – perguntei.- Escutei o que? – perguntou Jane.- A janelinha se fechando. – falei.Voltamos à porta do clube e fiz sinal para que Jane ficasse atrás de mim. Dei mais dois passos para trás e num forte impulso chutei a porta. Até eu me assustei com tamanha força, Jane também se horrorizou. Quand
Chegamos a uma rua qualquer. Sofie estacionou e descemos do carro. Continuamos por alguns poucos metros até uma estação do metrô. Sem dúvida, mais sofisticado do que os metrôs que conhecíamos no Brasil. Descemos as escadas à plataforma e fomos andando atrás dos dois que nos guiavam. Sofie disse para que não atacássemos ninguém ali na plataforma. Chegamos ao fim da estação. Paramos e ficamos esperando o trem. O escutamos se aproximar e passou por nós fazendo um grande barulho. Ao parar na plataforma, descemos aos trilhos atrás do trem e seguimos em sentido contrário ao qual havia chegado. Andamos mais ou menos uns trezentos metros. Ali, não podíamos mais ver a plataforma e havia uma porta com algumas placas como: “Proibido a Entrada”; “Somente para funcionários” e outras inscrições pixadas, das quais nada enten
Entrando no carro, Jane ainda falava. Desde que se tornou uma vampira, todas as suas qualidades de lutadora que sempre foi, se desenvolveram. Mas, o que ela mais desenvolveu, foi que aprendeu a falar mais ainda do que antes, quando ainda era viva. Nesses ataques verbais em que falava abertamente, constrangia as pessoas se elas estivessem erradas. E eles, realmente estavam. Chegamos à casa de Sofie novamente e apresentaram os nossos quartos. O meu ao lado do quarto de Jane. Antes que Sofie nos deixasse no andar superior da mansão, não tive duvidas e perguntei.- O que eles queriam?- Como disse? – perguntou em resposta e parando de caminhar para o seu aposento.- Quem eram aqueles homens, e o que queriam com você e Jean-Paul? – perguntei novamente.- Queriam saber onde estavam escondendo vocês. – disse olhando para o chão.- Não entendo essa língua estranha a qual conversam. – falei
Marcava-se 21, ou 22 horas quando chegamos à plataforma novamente. Estava cheio de policiais e curiosos quanto à morte de seis pessoas. Os corpos já haviam sido retirados dali, mas os policiais ainda olhavam tudo ao redor. O trem estava funcionando normalmente e as pessoas estavam esperando para embarcar. Escutamos que poderia ter sido algum tipo de vazamento de gás. Eu e Jane ficamos esperando o trem chegar e assim fomos ao encontro de Óscar. Observamos muito bem a hora certa para não chamar a atenção de ninguém que estava na plataforma. Batemos à porta e assim nos foi aberta com toda a rapidez e fomos levados sem nenhuma cerimônia até Óscar.- Meu caro Jeremy! Não foi tão difícil encontrar espadas deste tipo! – disse ele mostrando a foto dos três tipos de espadas que haviam encontrado. – Duas dessas espadas são feitas de rubis em seu cabo e s
Ficamos em nossos quartos. Eu estava deitado, lendo alguns livros. Achei interessante um livro que falava de uma habilidade muito antiga que possibilitava o vampiro controlar o fogo. Diga-se de passagem, que isso é contraditório, porque vampiros não gostam muito de fogo. Mas, este livro mostrava que alguns vampiros da antiguidade possuíam a arte de controlar as chamas. Dependendo da força do vampiro, esta técnica possibilita lançar bolas de fogo, sem ter danos em sua pele e não morrer queimado. Li novamente também o livro que falava sobre as técnicas de apuração de sentidos dos vampiros, como telepatia, conversa com animais e até ser sensível a um local, sabendo o que aconteceu e quem foi que passou por ali. Esta técnica ajudaria muito.Jane entrou em meu quarto.- Como está? – disse ela.- Morto. – respondi.- Todos estão saindo e um
Subimos, eu à frente e Jane logo em seguida, juntamente com Michely Óscar e Pierre. Pierre falou que ainda teria o privilégio de participar em uma batalha com Jane, sendo as mesmas palavras de Michely. Fiquei quieto ao meu modo, apenas acenando em forma positiva. Fomos depois nos deitar, pois o dia já ardia. Todas as cortinas estavam fechadas e os turnos divididos. Agora podíamos esperar anoitecer com segurança. Assim foi.Tão logo anoiteceu, Pierre veio bater em nossos quartos. Levantei e fui à janela e vi que o céu ainda estava púrpuro. Um resquício do sol eu quase havia visto. Pus-me a trocar de roupa, mas sempre, estava do mesmo jeito. Roupas diferentes, mas, rosto eternamente igual. Espadas às costas, cordão ao pescoço, adaga no bolso e cartão, ou melhor, cartões dentro da carteira que ainda possuía. Abri a porta e Jane me esperava.- Acho que esta no