POV MAGNOS.
Depois que saí do santuário, comecei a caçar Mario Cornelio, o maldito era muito escorregadio, sabia se esconder muito bem, mas ele não era páreo para mim e minha ira. Após procurar por quase trinta dias, enfim o encontrei e o levei para minha alcateia, onde o torturei por dois dias, até que aquele infeliz em fim falou onde estava meu sêmen roubado, mas não consegui tirar dele o mandante.Parecia que uma força oculta impedia que Mario falasse sobre o mandante. Então, resolvi mantê-lo vivo para descobrir quem estava por trás de tudo isso.— Cornélio nos deu o endereço da clínica que deixou minha amostra e o número de armazenamento onde ela está guardada. Preparem alguns soldados e reforcem as fronteiras para quando eu estiver fora. Deixarei você no comando enquanto eu estiver em Seattle, Washington. — Falei para Ivan, dando instruções para minha ausência.— Sim, Alfa. — Respondeu Ivan e saiu. Eu estava impaciente, queria chegar logo aquela clínica.Logo saí do meu escritório e fui até nosso aeroporto particular, meu jatinho já estava me aguardando, tudo estava preparado, não demoraria muito a chegar ao meu destino. Embarquei em meu avião e decolei rumo à minha última esperança em ter um herdeiro.Horas depois, estava aterrissando no aeroporto internacional de Seattle-Tacoma. Um carro me levou até a clínica de inseminação humana. Odeio ter que lidar com essa escória humana, por mim nem chegava perto deles. Mas infelizmente negociamos nossas mercadorias, e muitos deles trabalham em minhas empresas. Não quero meu povo se misturando com essa ralé. Muitos do meu povo não conseguem suportar o fedor dos seres humanos, e acabam ficando descontrolados. Por causa disso, sou eu que tenho que lidar com eles, sou mais resistente e controlado.Uma vez ao mês, infelizmente tenho reuniões em minhas empresas, e preciso ter estômago forte para suportar os perfumes fedorentos deles, e suas comidas venenosas. Não sei como conseguem comer aquilo.Chego à clínica e, assim que abro a porta, sinto diversos cheiros desagradáveis. Meus dois soldados dão um rosnado baixo, eu sei como eles se sentem. Saímos do carro e caminhamos em direção à recepção.
A recepcionista patética me olha e fica com medo. Humanos, inconscientemente, sentem o perigo, quando estão diante de um predador.— Bom dia! Em que posso ajudá-lo? — Pergunta ela, nervosa. — Meu chefe quer falar com o diretor. — Falou meu soldado. A recepcionista pegou rapidamente o telefone e fez a chamada.Em menos de um minuto, estava me dirigindo ao escritório do diretor. Mas no caminho, alguém me esbarrou. Olhei para baixo e uma humana baixinha insignificante estava me olhando atentamente.— Me perdoe, senhor. — Ela pediu desculpas. Eu a olhei e não respondi, apenas continuei meu caminho, não perderei meu tempo, mas senti Cosmo se agitar com alguma coisa.Cheguei no escritório do diretor e entrei. Atrás da mesa estava o Augusto, o líder dos druidas, esses seres gostavam de ficar perto dos, humanos e cuidar de suas enfermidades.— Alfa Magnos, que devo à honra? — Pergunto tranquilo, mas podia sentir sua apreensão. — Vim recuperar meu sêmen roubado. Sei que Mario Cornelio o deixou aqui congelado em um dos bancos. — Falei sem dar chance a ele de arrumar uma mentira. Augusto ficou pálido e surpreso, julgando sua reação, ele não sabia de nada.— Alfa Magnos, eu não sabia que seu sêmen estava aqui. Juro pela minha honra. Vou encontrá-lo e devolverei ao senhor prontamente. Por acaso, Cornelio falou o número de registro do armazenamento? — Perguntou Augusto.— Sim, número 231083. — Falei, Augusto se sentou e começou a digitar em frente ao computador. De repente, ele ficou assustado e exalava medo. Rosnei alto, assustando o.— Fala. — Lhe ordenei, sabendo que tinha algo errado.— Me perdoe Alfa, mas Cornelio colocou seu sêmen no lugar de outro sêmen e ele estava separado para ser usado. Infelizmente, sua amostra foi usada. — Falou Augusto tremulo, ele sabia o perigo que corria, druidas eram pacíficos e não usavam violência, o contrário dos lobos.— O quê? — Gritei raivoso, meus soldados deram alguns passos para trás e se curvaram mostrando o pescoço. Augusto começou a tremer.— Quero saber agora em quem foi implantado meu material. — Falei calmo e grave. Augusto voltou a digitar e notei que ficou mais nervoso. Pegou o telefone e ligou.— Peça para a doutora Marie vir até minha sala com urgência. — Falou augusto. O clima da sala estava bastante tenso, o fedor de medo de Augusto estava forte e incomodava. Menos de cinco minutos depois, a porta foi aberta e uma mulher entrou. Quando nos viu, ficou assustada, quando senti seu cheiro soube que era uma, druida.— Em que posso lhe ajudar, senhor diretor? — Perguntou Marie, nervosa com nossa presença.— Marie, eu vi que foi você que usou a amostra 231083. Precisamos de informações do receptor. A mostra que usou não era de nosso banco de sêmen. Cornelio o substituiu com a amostra do Alfa Magnos. — Falou Augusto, causando assombro em Marie.— Isso não podia ter acontecido. Alfa Magnos, posso garantir que nem eu, nem a clínica sabíamos disso. — Marie falou, tentando se explicar.— Quero saber quem recebeu meu sêmen. — Falei impaciente com essa enrolação.— Sinto muito Alfa, mas não posso revelar informações de paciente. — Assim que ela terminou de falar, eu já estava com minhas mãos em volta de seu pescoço e a havia erguido do chão.— Você ousa dizer não para mim? — Falei entre dentes, quem essa mulher pensa que é para me dizer não.— Alfa, por favor, Marie ira colaborar, só não a machuque, ela é minha filha, a única que tenho. Por favor, lhe imploro. — Se ajoelhou Augusto e começou a implorar. Soltei Marie, que caiu no chão, soluçando e tossindo. Seu pai foi até ela e a levantou, levou até a cadeira, colocando-a sentada.— Filha, por favor, diga o que o alfa está perguntando. Nós o devemos por armazenar o sêmen roubado. — Pediu Augusto.Marie respirou fundo, se recuperando e olhou para mim, bastante amedrontada. Depois, começou a digitar no computador.— Suas amostras foram implantadas há um mês e a mulher que as recebeu está, grávida. — Falou Marie. Quando ouvi a última parte, senti uma felicidade enorme, mas me mantive sério. Mas logo a realidade me atingiu. Um milagre aconteceu. Como minha amostra conseguiu fecundar alguém? — Onde está essa mulher? — Eu precisava encontrar aquela humana que estava carregando meu herdeiro, antes que meus inimigos os encontrassem.POV AMÉLIA Alguns dias se passaram desde que foi confirmado que estou grávida. Depois da confirmação no dia seguinte comecei meu pré-natal. Não posso ser negligente com meus filhos. Até agora não acredito que estou gerando quatro crianças. Estou muito feliz em ser mãe. Mas devo dizer que gravidez não é fácil, eu durmo demais, como mais ainda e vivo com enjôo e vomitando. Sem contar que a dois dias tenho tido pesadelo com um lobo gigante de olhos vermelhos me perseguindo para aonde eu vá e dizendo que vai me devorar se não devolver o que roubei. É muita loucura e bizarrice, deve ser os hormônios. Me apressei para acabar meu café da manhã, pois tinha muito trabalho hoje no laboratório e no hospital. Jake teve que ir para um congresso de genética fora do país. Então terei que ficar com as tarefas dele no laboratório. Mas primeiro vou para o hospital, tenho alguns pacientes no período da manhã. Sai de casa e entrei no meu carrinho velho, ele foi presente do meu pai. Então continuo a u
POV MAGNOS.Eu olhava para aquela coisa insignificante e achava graça. Ela teve a audácia de me ameaçar. Se ela soubesse quem sou, estaria correndo pela vida. Cosmo estava rosnando por ser ameaçado. Amelia olhou, espantada, para os lados e falou irritada:— Quem foi o louco que trouxe um cachorro para o hospital? — Falou Amelia.— Quem é essa humana? Como ela se atreve a nos ameaçar e ainda nos chamar de cachorro? — Perguntou Cosmo, irritado pelas falas de Amelia.— Se ela não estivesse carregando nosso filhote, já teria a despedaçado. — Respondi para Cosmo através de nosso elo mental.Amélia ainda me olhava com raiva.— Você acabou de me ameaçar? — Perguntei.— Além de louco, é surdo? Saia agora da minha sala. — Gritou ela, raivosa.Dei uma boa respirada para me controlar e saí da sala, antes que me transformasse ali.— Vamos deixar aquela humana e nosso filhote? — Perguntou Cosmo.— Por hora sim. Não quero chamar a atenção. E também não queremos que a barriga de aluguel do nosso fil
POV AMÉLIA.Depois que aquele louco saiu do meu consultório, eu tentei me acalmar. Não podia ficar nervosa, tinha que pensar nos meus bebês. Mas estava sendo difícil, depois do que aquele homem disse. Pensei um pouco e resolvi ligar para Jake, mas lembrei que ele estava numa viagem. Então, decidir não o incomodar.— Não posso ligar para o Jake, mas posso ligar para meu advogado e saber se tenho algum risco com esse doido que me visitou. — Falei sozinha. Peguei meu celular e liguei para o senhor Hernandes. Ele era advogado dos meus pais e agora cuidava dos meus interesses. Ele atendeu no terceiro toque.— Menina Amélia. Como tem passado? — Perguntou o senhor Hernandes. Ele sempre me chamava de menina desde criança e não perdeu esse costume.— Estou bem, senhor. E o senhor, como tem passado? — Perguntei a ele.— Estou bem. Mas se está me ligando e me chamando de senhor, deve ter algum problema, pois não me chamou de tio. — Falou ele. Tio Hernandes me conhecia há anos e sabia quando eu
POV MAGNOS.Como essa humana é irritante, não para de falar e gritar. Eu carregava ela nos meus ombros. E ela lutava para se libertar. Ordenei que meus soldados arrumassem qualquer bagunça na casa. E que tinha que parecer que Amélia viajou. Eles foram ordenados a fazer uma mala com os pertences dela e pegar documentos, dinheiro e cartões. Ninguém poderia desconfiar que Amélia foi raptada. Me comunicando mentalmente com os meus guerreiros, dei a ordem do que deveriam fazer.— Faça ela se calar. Não estou aguentando mais esses gritos. — Reclamou Cosmo em minha mente. — A única maneira de fazê-la se calar é deixando a inconsciente. — Falei.— E você está esperando o que para fazer isso? Só não a machuque. — Falou Cosmo.Ele estava certo, seus gritos estavam me irritando, e não podia machucá-la, tinha que pensar no meu filhote. Então falei com Amélia que não adiantava gritar, pois ninguém escutaria. E ela me desafiou, o que irritou a mim e a Cosmo. Por um momento, perdi a razão e avancei
POV MAGNOS.Entrei no escritório e eles já estavam me esperando. Todos os cinco se curvaram em sinal de respeito.— Alfa. — Falaram todos.— Chamei vocês aqui para tratar sobre o que viram no aeroporto. Não tenho que dizer que tudo deve ser mantido em segredos. — Falei.— Não falarei nada, Alfa Magnos. — Respondeu Ivan. E os outros também deram a mesma resposta. — Muito bem. Vocês quatro estão liberados e podem sair. — Falei.Eles saíram e ficaram somente eu e Ivan. Olhei para ele e pude sentir sua curiosidade e vontade de perguntar.— Sei que está curioso para saber sobre a humana. Como meu beta, devo te manter informado sobre o que está acontecendo. — Eu disse sério.— Sim, Alfa Magnos, estou curioso. Mas não ouso perguntar. — Disse Ivan.— Fui até a clínica de fertilização humana e descobri que meu sêmen foi colocado no lugar de outra amostra. E foi usado em uma humana. O improvável aconteceu, essa humana ficou grávida com as minhas amostras. — Lhe contei e pude ver sua expressão
POV MAGNOS.O salão de reuniões estava lotado quando cheguei, todos os membros da alcateia estavam presentes.Caminhei pelo local e todos iam se curvando em sinal de respeito. Ivan, meu beta, me segui um pouco atrás. Não gosto de ninguém muito perto de mim. Cheguei ao centro do salão, que era um pouco mais elevado, e subi ficando de frente para todos e me sentei na minha poltrona.Eles voltaram à sua posição normal e se sentaram em seus lugares. Ivan ficou na primeira fileira ao lado da sua companheira e da minha irmã Cecilia. Tenho uma irmã mais nova. Ela é uma boa fêmea lobisomem, leal e obediente. Sem contar que é uma ótima lutadora, Cecilia é astuta e mortal. Aparenta inocência, mas de inocente só tem sua face, ela pode ser cruel e implacável. Eu a treinei para ser assim e não mostrar piedade diante dos inimigos.Cecilia será uma ótima companhia para Amélia, sei que com minha irmã meu filhote estará protegido. E Cecilia saberá lidar melhor que eu com aquela humana irritante.Me le
POV AMÉLIA.Despertei e senti uma forte dor de cabeça, lentamente fui abrindo meus olhos. Senti que estava deitada na cama e estava coberta. Fiquei confusa, pois não me lembrava de ter me deitado para dormir. Quando consegui abrir meus olhos, observei em volta e notei que não estava no meu quarto.— Esse não é meu quarto. Onde eu estou? — Falei e me sentei na cama. De repente, comecei a lembrar da última memória que eu tinha. Foi então que me desesperei. — Aquele maluco me sequestrou e ainda me deixou inconsciente. — Constatei e me levantei da cama. Mas foi uma péssima ideia ter levantado depressa, porque senti uma dor ainda mais forte na cabeça.Aquele infeliz usou clorofórmio em mim. Ele não sabe que essa substância pode causar morte por arritmia cardíaca e insuficiência respiratória? Ele colocou meus filhos em perigo, preciso saber se meus bebês estão bem. Quando encontrar aquele infeliz, acabarei com ele.Fui até a porta e, quando movi a maçaneta, percebi que a porta estava tranc
POV MAGNOS.Após conseguir ficar livre da minha irmã, resolvi alguns problemas urgentes. Quando terminei, decidi verificar como Amélia estava. Quando saí do escritório, fui até a cozinha. Assim que entrei, os ômegas que estavam trabalhando lá se curvaram. Notei que eles estavam surpresos por me encontrar na cozinha. Eu nunca precisei colocar meus pés aqui.— Alfa Magnos. O que precisa? — Perguntou a chefe da cozinha.— Preciso que preparem uma refeição reforçada para a humana. — Respondi. Percebi que ela queria perguntar algo, mas não tinha coragem.— Quer dizer algo? — Lhe perguntei mentalmente. Ela se assustou quando ouviu minha voz em sua cabeça.— Me perdoe Alfa, só queria saber se o senhor gostaria que fizéssemos algo de específico ou deveríamos fazer as comidas que estamos acostumados a fazer para o senhor? — Ela perguntou.— Faça o de sempre. — Respondi e finalizei nossa conversa mental. — Todos podem voltar a seus afazeres. — Falei e saí. Caminhei até o quarto de hóspedes ao