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CAPÍTULO TRÊS: DESCOBERTA.

POV MAGNOS.

Depois que saí do santuário, comecei a caçar Mario Cornelio, o maldito era muito escorregadio, sabia se esconder muito bem, mas ele não era páreo para mim e minha ira. Após procurar por quase trinta dias, enfim o encontrei e o levei para minha alcateia, onde o torturei por dois dias, até que aquele infeliz em fim falou onde estava meu sêmen roubado, mas não consegui tirar dele o mandante.

Parecia que uma força oculta impedia que Mario falasse sobre o mandante. Então, resolvi mantê-lo vivo para descobrir quem estava por trás de tudo isso.

— Cornélio nos deu o endereço da clínica que deixou minha amostra e o número de armazenamento onde ela está guardada. Preparem alguns soldados e reforcem as fronteiras para quando eu estiver fora. Deixarei você no comando enquanto eu estiver em Seattle, Washington. — Falei para Ivan, dando instruções para minha ausência.

— Sim, Alfa. — Respondeu Ivan e saiu. Eu estava impaciente, queria chegar logo aquela clínica.

Logo saí do meu escritório e fui até nosso aeroporto particular, meu jatinho já estava me aguardando, tudo estava preparado, não demoraria muito a chegar ao meu destino. Embarquei em meu avião e decolei rumo à minha última esperança em ter um herdeiro.

Horas depois, estava aterrissando no aeroporto internacional de Seattle-Tacoma. Um carro me levou até a clínica de inseminação humana. Odeio ter que lidar com essa escória humana, por mim nem chegava perto deles. Mas infelizmente negociamos nossas mercadorias, e muitos deles trabalham em minhas empresas. Não quero meu povo se misturando com essa ralé. Muitos do meu povo não conseguem suportar o fedor dos seres humanos, e acabam ficando descontrolados. Por causa disso, sou eu que tenho que lidar com eles, sou mais resistente e controlado.

Uma vez ao mês, infelizmente tenho reuniões em minhas empresas, e preciso ter estômago forte para suportar os perfumes fedorentos deles, e suas comidas venenosas. Não sei como conseguem comer aquilo.

Chego à clínica e, assim que abro a porta, sinto diversos cheiros desagradáveis. Meus dois soldados dão um rosnado baixo, eu sei como eles se sentem. Saímos do carro e caminhamos em direção à recepção.

A recepcionista patética me olha e fica com medo. Humanos, inconscientemente, sentem o perigo, quando estão diante de um predador.

— Bom dia! Em que posso ajudá-lo? — Pergunta ela, nervosa. 

— Meu chefe quer falar com o diretor. — Falou meu soldado. A recepcionista pegou rapidamente o telefone e fez a chamada.

Em menos de um minuto, estava me dirigindo ao escritório do diretor. Mas no caminho, alguém me esbarrou. Olhei para baixo e uma humana baixinha insignificante estava me olhando atentamente.

— Me perdoe, senhor. — Ela pediu desculpas. Eu a olhei e não respondi, apenas continuei meu caminho, não perderei meu tempo, mas senti Cosmo se agitar com alguma coisa.

Cheguei no escritório do diretor e entrei. Atrás da mesa estava o Augusto, o líder dos druidas, esses seres gostavam de ficar perto dos, humanos e cuidar de suas enfermidades.

— Alfa Magnos, que devo à honra? — Pergunto tranquilo, mas podia sentir sua apreensão. 

— Vim recuperar meu sêmen roubado. Sei que Mario Cornelio o deixou aqui congelado em um dos bancos. — Falei sem dar chance a ele de arrumar uma mentira. Augusto ficou pálido e surpreso, julgando sua reação, ele não sabia de nada.

— Alfa Magnos, eu não sabia que seu sêmen estava aqui. Juro pela minha honra. Vou encontrá-lo e devolverei ao senhor prontamente. Por acaso, Cornelio falou o número de registro do armazenamento? — Perguntou Augusto.

— Sim, número 231083. — Falei, Augusto se sentou e começou a digitar em frente ao computador. De repente, ele ficou assustado e exalava medo. Rosnei alto, assustando o.

— Fala. — Lhe ordenei, sabendo que tinha algo errado.

— Me perdoe Alfa, mas Cornelio colocou seu sêmen no lugar de outro sêmen e ele estava separado para ser usado. Infelizmente, sua amostra foi usada. — Falou Augusto tremulo, ele sabia o perigo que corria, druidas eram pacíficos e não usavam violência, o contrário dos lobos.

— O quê? — Gritei raivoso, meus soldados deram alguns passos para trás e se curvaram mostrando o pescoço. Augusto começou a tremer.

— Quero saber agora em quem foi implantado meu material. — Falei calmo e grave. Augusto voltou a digitar e notei que ficou mais nervoso. Pegou o telefone e ligou.

— Peça para a doutora Marie vir até minha sala com urgência. — Falou augusto. 

O clima da sala estava bastante tenso, o fedor de medo de Augusto estava forte e incomodava. Menos de cinco minutos depois, a porta foi aberta e uma mulher entrou. Quando nos viu, ficou assustada, quando senti seu cheiro soube que era uma, druida.

— Em que posso lhe ajudar, senhor diretor? — Perguntou Marie, nervosa com nossa presença.

— Marie, eu vi que foi você que usou a amostra 231083. Precisamos de informações do receptor. A mostra que usou não era de nosso banco de sêmen. Cornelio o substituiu com a amostra do Alfa Magnos. — Falou Augusto, causando assombro em Marie.

— Isso não podia ter acontecido. Alfa Magnos, posso garantir que nem eu, nem a clínica sabíamos disso. — Marie falou, tentando se explicar.

— Quero saber quem recebeu meu sêmen. — Falei impaciente com essa enrolação.

— Sinto muito Alfa, mas não posso revelar informações de paciente. — Assim que ela terminou de falar, eu já estava com minhas mãos em volta de seu pescoço e a havia erguido do chão.

— Você ousa dizer não para mim? — Falei entre dentes, quem essa mulher pensa que é para me dizer não.

— Alfa, por favor, Marie ira colaborar, só não a machuque, ela é minha filha, a única que tenho. Por favor, lhe imploro. — Se ajoelhou Augusto e começou a implorar. Soltei Marie, que caiu no chão, soluçando e tossindo. Seu pai foi até ela e a levantou, levou até a cadeira, colocando-a sentada.

— Filha, por favor, diga o que o alfa está perguntando. Nós o devemos por armazenar o sêmen roubado. — Pediu Augusto.

Marie respirou fundo, se recuperando e olhou para mim, bastante amedrontada. Depois, começou a digitar no computador.

— Suas amostras foram implantadas há um mês e a mulher que as recebeu está, grávida. — Falou Marie. Quando ouvi a última parte, senti uma felicidade enorme, mas me mantive sério. Mas logo a realidade me atingiu. Um milagre aconteceu. Como minha amostra conseguiu fecundar alguém? 

— Onde está essa mulher? — Eu precisava encontrar aquela humana que estava carregando meu herdeiro, antes que meus inimigos os encontrassem.

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