CAPÍTULO DOIS: IRA DE MAGNOS.

UM MÊS ANTES.....

POV MAGNOS.

Eu sentia minhas patas tocarem o chão sem se afundarem, o toque era tão suave e imperceptível, devido à velocidade que eu corria. Minha raiva me dava energia para correr muito mais rápido. Ivan vinha atrás de mim, tentando acompanhar. Os outros lobos ficaram para trás. Eu queria chegar quanto antes no santuário, precisava saber o que havia acontecido com meu material genético.  O ódio me consumia, só em pensar que perdi minha chance de ser pai. Alguém pagaria por essa invasão.

Logo pude avistar o santuário, ele era uma grande clínica de armazenamento de sêmen e óvulo, com uma parte reservada para o procedimento de fertilização. Mandei construir esse lugar para guardar nossa esperança de um dia poder ter herdeiros. Esse lugar tinha uma segurança rigorosa. O que me deixava intrigado em como eles conseguiram invadir. 

Cosmo estava furioso, ele queria matar a todos. Mas eu o controlava, primeiro tínhamos que saber quem estava por trás dessa invasão. Os funcionários do santuário, são todos lobos, o que me deixava mais irritado, por alguém ter a ousadia de me trair.

Antes mesmo de chegar até a porta do santuário, todos já estavam de joelhos e mostrando o pescoço em submissão. Entrei e caminhei até o diretor do Santuário, que estava ajoelhado e tremendo todo de medo. É bom tremer, pois não terei misericórdia pelo culpado. Tudo estava em meio ao silêncio.

Fui me transformando e os barulhos de ossos quebrados foram invadindo o local, logo já estava na minha forma humana e me alonguei para colocar os ossos nos seus devidos lugares. Eu estava nu, mas não me importava para isso, eu sou um alfa poderoso e viril. Quem não quiser me ver nu, que não me olhe.

__ Fale! — Eu disse sem delonga, exalando minha dominância. Olhando para o diretor prostrado no chão, não ousando levantar a cabeça.

__ Me perdoe, alfa Magnos. Mas eles entraram sem chamar atenção. Só vimos depois na gravação o ocorrido. Já estamos com o vigia, o operador das câmeras de segurança e o técnico responsável pelo sala que ficava os materiais genéticos. Temos certeza que tiveram ajuda interna. — Disse o diretor nervoso.

É lógico que tiveram ajuda interna, nem precisava ser um gênio para perceber isso.

__ Levante e me leve até eles. — Eu disse impaciente. Cosmo querendo tomar conta sedendo em sentir sangue.

Caminhamos pelo corredor até uma sala que ficava no final dele. Antes de chegar a porta, já podia sentir o fedor de medo vindo da sala. Sorrir de lado, é bom terem medo. Assim que entramos, os três já estavam de joelhos. Respirei fundo e rosnei.

— Os três são culpados. Estou sentindo cheiro de culpa em ambos. Me deixe interrogá-los. Eles falarão rapidinho. — Falou Cosmo em minha cabeça.

— Melhor não, você pode matá-los antes que eles falem. — Eu falei.

— Sou mais controlado que você. Mas deixarei que você cuide do interrogatório, mas assim que terminar eu os quero para apaziguar minha ira. — Disse Cosmo.

— Combinado. Você esta sentindo algo diferente em algum deles? — Perguntei.

— O técnico tem um cheiro diferente, na verdade, eu sinto algo nele, mas não consigo rastrear. Acredito ser magia. Só assim para conseguir esconder um cheiro de nós. — Disse Cosmo.

— Então o técnico está envolvido com bruxas. Vamos deixar ele por último e você pode interrogá-lo. — Falei e Cosmo sorriu cruel percebendo meu plano. Terminei minha conversa mental com Cosmo e voltei minha atenção aos três infelizes na minha frente.

— Eu só perguntarei uma vez, antes de fazer vocês se arrependerem de ter me traído. Onde está meu sêmen? — Falei com minha voz rouca e grave que vibrava pela sala fazendo os três tremerem. Eles permaneceram em silêncio. Não posso dizer que fiquei desapontado com eles. Gostei porque agora eu poderia fazê-los sofrer e muito. Olhei de lado com um leve movimento de cabeça, na direção do diretor e ordenei.

— Saia. — O diretor não pensou duas vezes antes de passar correndo pela porta, ele fez uma reverência e saiu.

— Agora teremos uma conversa. — Falei já deixando minhas garras afiadas crescerem, e me aproximei do vigia.

Quando o ergui com umas das minhas mãos e minhas garras perfuraram sua carne. Ele gritou e foi música para meus ouvidos. 

— Por favor, Alfa Magnos, não me mate. Eu só saí do meu posto por alguns minutos. O segurança me disse que eu só teria que sair e nada mais. Era um dinheiro fácil, eu não sabia que eles roubariam suas amostras. Se soubesse, nunca participaria disso.—- Falou o vigia implorando e entregando o segurança como quem o aliciou.

— Isso é tudo que você sabe? — Perguntei impaciente.

— Sim Alfa. — Ele respondeu tremendo. Diante de suas palavras, eu sorri e usei minha outra mão e com minhas garras afiadas, separei sua cabeça de seu corpo. Soltei a parte que segurava de seu corpo, e só me virei ouvindo cair no chão.

Me concentrei no segurança que acabará de urinar de medo. Fico pensando, de onde foi que arranjei esses lobos tão covarde. Então me lembrei que havia terceirizado mão de obra. De agora em diante somente meus lobos cuidaram da segurança do santuário. Olhei fixamente para o segurança.

— E então? — Perguntei olhando para o segurança. Que ficou pálido de medo.

— O técnico me procurou e disse que só tinha que desligar as câmeras de segurança e encontrar alguém que trabalhasse na parte dos vigias para ajudar. — Falou o segurança entregando o técnico.

— Seu maldito traidor. — Falou o técnico indignado por ser delatado.

— Eu não vou me ferrar sozinho. Você nunca disse que era as amostras do Alfa que seria roubada. — Gritou o segurança com o técnico. 

Aquela conversa já estava me irritando, então fiz que ela tivesse fim. Com um único movimento, minha mão atravessou o peito do segurança arrancando seu coração. Ele ainda estava batendo na minha mão. Eu sorri diante daquela cena fascinante de ter um coração batendo em minha mão. Puxei minha mão e o segurança caiu desfalecido com os olhos arregalados e vidrado.

— Agora é sua vez. Mas você não conversará comigo. Tem alguém que está ansioso para falar com você. Meu lobo Cosmo. — Falei sem me virar, mas pude sentir o seu medo aumentar. Todos sabiam da fama de meu lobo Cosmo, era insano, quando estava com raiva.

— Alfa, por favor, eu imploro. Conto tudo, mas não me deixe sozinho com seu lobo. — O técnico implorava de joelho, mas já era tarde, pois Cosmo estava no controle e estava faminto.

— Que decepção. Quer dizer que não, quer minha companhia. Que pena, pois adorarei provar sua carne. — Cosmo se virou e olhou para ele debochado. Meu lobo tinha um humor obscuro às vezes e era mais sociável que eu. 

— Por favor. — Foi tudo que ele disse antes de Cosmo se aproximar e ficar a centímetros de seu rosto, e se transformando em um grande lobo negro de olhos vermelhos. Cosmo começou a se comunicar mentalmente com o técnico.

— Fale logo o que você sabe. Não tenho o dia inteiro e estou com fome. — Ordenou Cosmo raivoso, deixando sua saliva escorrer pelo canto de sua grande boca enquanto mostrava seus dentes afiados.

— Um lobo me procurou e me ofereceu um bom dinheiro para facilitar a entrada e entregar um material genético. Só fiquei sabendo de quem era o material depois, quando verifiquei o banco de dados. O nome do lobo é Mário Cornélio. Eu o conheci num bar, o Eclipse, no centro da cidade. Ele me deu um celular para quando precisasse entrar em contato. Ele está no meu bolso, isso e tudo que eu sei. Eu juro. — Cosmo percebeu que ele estava dizendo a verdade e não tinha mais nada a contar.

— Obrigado pela sua cooperação. — Falou Cosmo debochado e em um só movimento avançou sobre o técnico devorando sua carne. Mário Cornélio é o nome do defunto que devo encontrar.

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