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CAPÍTULO QUATRO: FRENTE A FRENTE COM O PERIGO.

POV AMÉLIA

Alguns dias se passaram desde que foi confirmado que estou grávida. Depois da confirmação no dia seguinte comecei meu pré-natal. Não posso ser negligente com meus filhos. Até agora não acredito que estou gerando quatro crianças. Estou muito feliz em ser mãe.

Mas devo dizer que gravidez não é fácil, eu durmo demais, como mais ainda e vivo com enjôo e vomitando. Sem contar que a dois dias tenho tido pesadelo com um lobo gigante de olhos vermelhos me perseguindo para aonde eu vá e dizendo que vai me devorar se não devolver o que roubei. É muita loucura e bizarrice, deve ser os hormônios.

Me apressei para acabar meu café da manhã, pois tinha muito trabalho hoje no laboratório e no hospital. Jake teve que ir para um congresso de genética fora do país. Então terei que ficar com as tarefas dele no laboratório. Mas primeiro vou para o hospital, tenho alguns pacientes no período da manhã.

Sai de casa e entrei no meu carrinho velho, ele foi presente do meu pai. Então continuo a usá-lo enquanto ele resistir, em andar. Tenho dinheiro para comprar um carro melhor, mas não quero, esse é meu querido carrinho, meu primeiro. Quem olha pensa que sou pobre, mas não sou, tenho condições de ter uma vida boa, mas não gosto de esbanjar. Batalhei muito para chegar onde estou, e agora todo meu dinheiro será para cuidar do meu quarteto. Meus filhos serão muito bem-criado, não faltará nada.

Estacionei na minha vaga no estacionamento do hospital Areal. Quando sai do carro senti um arrepio no corpo. Senti que estava sendo observada. Olhei ao redor e não vi ninguém, o estacionamento estava estranhamente deserto, o que era incomum nesse horário. Quando me virei, levei um grande susto. Um gato preto saiu correndo assustado de trás do carro.

— Quer me matar do coração gatinho. — Falei para o gato maluco. Depois do susto continuei meu caminho. Entrei no hospital e me dirigi ao elevador.

Logo estava no quarto andar, no setor de genética do Areal. Quando cheguei perto de meu consultório percebi que minha assistente não estava em sua mesa, estranhei, mas imaginei que tivesse ido ao banheiro.

Quando entrei em minha sala, me surpreendi com uma pessoa me esperando.

Era um homem bastante imponente e elegante, vestindo um terno preto que caia muito bem em seu corpo bem definido. Ele estava de costas para mim, olhando pela janela.

Eu senti o ar da sala ser sugado por aquela figura poderosa. Me senti inferior só de estar na mesma sala que ele.

— Olá! Bom dia, eu sou Doutora Amélia. O senhor deve ser o pacientes das nove horas. — Falei deduzindo ser um paciente já que estava esperando dentro da minha sala.

O homem não respondeu, só se virou, e quando o vi, constatei como o universo era injusto com muitos e generoso com poucos. O homem em minha frente era incrivelmente belo e charmoso. Minhas pernas chegaram a tremer. Ele me olhou de cima, já que devia ter um metro e noventa, me arriscaria até dois metros de altura, contra meus um metro e sessenta de altura. Seu olhar era de superioridade e de um certo nojo quando ele pareceu farejar o ambiente.

Ele caminhou e veio em minha direção. E parou a uma distância longe de mim, parecia não querer chegar muito perto.

— Não sou paciente. — Falou ele pela primeira vez, me causando um arrepio pelo corpo. Que voz poderosa ele tinha, imagina essa voz no meu ouvido. O que estou pensando? Foco Amelia.

— Não é? Entendi deve ser parente de paciente então? — Perguntei deduzindo ser um parente. Era normal os familiares me procurarem para tirar duvida.

— Não estou aqui para me consultar, senhorita Carter. Estou aqui devido ao meu filho que está em sua barriga. — Ele falou rude. 

Levei um tempo para entender o que ele havia dito. Como assim o seu filho em minha barriga?

— Perdão, mas não entendi. — Respondi confusa. Ele me olhou como se eu fosse uma inútil.

— Sei que a senhorita não é burra e entendeu o que falei. Essa criança que você está gerando é minha. O sêmen usado, foi roubado de mim. — Ele falou serio e frio, me olhando com raiva, eu até vi seus olhos incrivelmente azuis ficarem um pouco escuro.

De repente comecei a gargalhar e ele me olhou como se eu fosse louca.

— Muito bem, pode sair e parar de gravar. Quem foi que teve essa ideia de me prega uma pegadinha? Você é ótimo senhor charmoso, me enganou. — Falei sorrindo para ele, mas ele contraiu o maxilar parecendo estar tentando se controlar.

— Senhorita Carter não estou para brincadeira. Quero o meu filhote de volta. — Ele disse rude e com aquela voz grave. Foi então que percebi que aquele louco estava falando serio.

— Com certeza o senhor está brincando. Pois meu filho não tem pai. É uma produção independente. O sêmen que usei foi de um doador anônimo e voluntário. Eu não sei quem é o senhor, mas peço que saia da minha sala. — Falei e indiquei a saída com a mão. Mas ele não moveu se quer um músculo.

— Doutora Carter, sinto lhe informar, mas o filho em sua barriga é meu, por ser fecundado com meu sêmen roubado. E eu o quero de volta. — Ele falou parecendo querer perder a paciência e está travando uma batalha interna para se controlar.

— Olha aqui, seu louco, esse filho é meu. E mesmo que fosse o caso, você só forneceu cinquenta por cento do material genético, os outros cinquenta foram fornecidos por mim. Agora, cai fora daqui antes que eu chame a polícia ou o hospício para te internar. — Falei, perdendo a paciência com esse idiota. Ele deu um sorriso de lado que me causou arrepio nada bom. Me senti como no meu sonho, perseguida por aquele lobo preto sinistro.

— Não é uma boa ideia, me desafia. Esse filhote é meu, e o terei custe o que custar. — Ele falou feroz como uma besta sanguinária. Eu senti medo, mas não iria abdicar dos meus preciosos filhos devido a um louco visivelmente psicopata.

— Então tente, eu acabo com a sua raça. Eu te mato se tentar. — Gritei para ele, cheia de fúria.

Ele me olhou e arqueou a sobrancelha, então sorriu e seus dentes perfeitos me causaram ainda mais medo, principalmente quando vi seus caninos. Me senti diante de um cruel predador. Então ouvi um rosnado alto e pensei: Quem foi o louco que trouxe um cão para o hospital?

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