A imponente caverna subterrânea transbordava de uma energia tensa e sombria. Tochas lançavam luzes tremeluzentes nos rostos sombrios dos Arcontes, que esperavam impacientemente ao redor da fonte central. Na piscina de mármore, as águas borbulhavam inquietas, refletindo a raiva reprimida de Zoran e Enver, os pais de Gil. Ao lado deles, Aren cerrava os punhos, com a mandíbula tensa de fúria contra aquele que havia profanado sua amada. Os pais de Aren, Aoron e Etta, tinham olhares gélidos de reprovação.
Acima de todos eles estava a figura imponente do Arconte Sênior Serafim, ladeado por sua esposa Nara. Seu semblante era uma máscara imperturbável, mas sua aura irradiava uma autoridade inquestionável sobre os outros.
No centro, Ailit, ajoelhada, mantinha a cabeça baixa.
—Você deveria ter me dito o motivo, assim como que não poderia comparecer diante de mim nos dias em que estivesse fazendo os testes, que eu estava lhe dando permissão para se casar comigo! Fui à festa Luar e lá fiquei sabendo que você havia escolhido a quinta filha da Lua como sua esposa.—Você não precisava, Anuxis, fazer esses testes— interrompe o Alfa Zoran, —eu tinha percebido que você era a metade da minha irmã e já tinha pedido permissão. Se você tivesse ido falar comigo antes de partir, nada disso teria acontecido. Vamos lá, Ailit, então você já estava grávida de Anuxis, onde você tem vivido todos esses anos e por que Anuxis não a proclamou esposa dele?Ao se lembrar dos eventos tempest
Enquanto ouvia atentamente a história, Serafim permaneceu impassível, embora sua poderosa presença preenchesse a caverna.—Muito bem, Ailit, continue. Está claro que eles a pegaram porque sabiam que Anuxis a havia engravidado para que o servo deles, Honoré, tivesse alguém de quem tirar o poder e para que o bruto do seu marido ficasse do lado deles, que não percebeu que o filho dele era Jan e que você estava dentro dele.—Desculpe-me por isso, eu estava muito chateado e não analisei nada. Você tem razão, mestre, durante todos esses anos senti Jan e Ailit, mas não prestei a atenção que deveria porque pensei que ela estava morta. Eu estava esperando que o tempo dela passasse e que ela revivesse em outro ser para encontrá-la.
Aren franziu a testa com preocupação. Ele se perguntou como Lua, a quinta filha da Lua que agora estava dentro de Gil, poderia ter sido tão ingênua a ponto de se deixar manipular dessa forma. Enver e Zoran trocaram um olhar de culpa. Como pais de Gil, eles achavam que deveriam tê-la protegido melhor.Gil observava todos eles pensativamente, a presença de Lua dentro dela era um desafio para ela agora, enquanto os ouvia, tentando descobrir que tipo de truque teria enchido a cabeça dela com tais fantasias desde a infância. Nara não pôde deixar de sorrir ao pensar em como Lua devia ser fraca para ser tão facilmente enganada quando criança. Serafim permaneceu impassível, mas seu olhar ficou ainda mais alerta, analisando friamente como usar a situação a seu favor.&md
Serafim havia feito a pergunta, desejando continuar com o objetivo, pois Ailit o olhou com dúvida, mas no final revelou outra verdade chocante.—Bem, eu sei que Lua foi ajudada a descer e entrar em Enver quando estava grávida. E que Liyanni é quem tem um feitiço sobre ela e está esperando que Lua assuma o controle do Arconte de Gil, para que, por meio dela, ele possa dar controle total ao deus que a usará para assumir o controle de Aren.—Entendo— disse Serafim, virando-se para o Arconte Maior, —plano diabólico Serafim murmurou, franzindo a testa. Seu tom era de grande preocupação.—O que você entende sobre isso, maestro, porque disse isso? —Aren pergunta, sentindo que há algo errado.<
Serafim se aproximou do casal e colocou as mãos em seus ombros em sinal de apoio.—Sei que é difícil, mas vocês precisam confiar em nós. Uma união prematura agora poderia desencadear consequências terríveis, não apenas para vocês, mas para todos— seu tom transmitia a gravidade do assunto.—Aren, deixe-a ir, você já aprendeu a você— o pai dele avança, um pouco irritado por eles estarem se opondo, —Gil, vá até seus pais, que nunca o abraçaram. Você tem que estar com eles o tempo todo.—Sim, senhor.Gil respondeu com tristeza e depois se voltou para Enver e Zoran, que a observavam com expectativa e carinho. P
Leia entrou cautelosamente na floresta, coberta por um denso manto de neve que abafava seus passos. Os enormes pinheiros e carvalhos pareciam observadores silenciosos, vestidos com toucas macias e geladas que brilhavam à luz tênue da noite. O ar gelado tingia suas bochechas de vermelho e inflamava seu peito a cada respiração, uma torrente de emoções conflitantes inundava sua mente. Seu coração ainda batia forte e uma felicidade calorosa brotava em seu peito ao se lembrar de como Enril a havia defendido daquelas garotas loiras cruéis que costumavam provocá-la. Desde que ela era criança, os comentários ofensivos sobre sua pele cor de trigo tinham afetado sua autoestima. O fato de ele finalmente tê-la defendido a encheu de profunda gratidão.Ele seguiu Enril timidamente, com medo e esperança por
Leia olhou para ele com espanto. Ela nunca o tinha visto defendê-la com tanta veemência. Enril se voltou para ela, com o olhar cheio de pesar e ternura. Ele pegou suas mãos gentilmente.—Perdoe-me, Leia. Eu fui um idiota ao não apreciar a mulher maravilhosa que você é. Mas agora vejo claramente: você é a única pessoa para mim. Perdoe-me por não ter percebido isso antes— disse Enril, diante dos olhares furiosos das outras. —Vamos lá, temos muito o que conversar.Atônita, mas feliz, Leia olhou para Enril, sentindo que aquele era o início de algo mágico. Era verdade ou ela estava fazendo aquilo para que todos a deixassem em paz? As meninas invejosas olhavam para elas incrédulas, e o coração de Leia estava batendo for
Enquanto Enril, sem soltar a mão de Leia, caminhou com ela até a sala do trono. Quando a porta se fechou atrás deles, ele a abraçou com força e a beijou com paixão. Ele estava morrendo de vontade de fazer isso; desde que Serafim apagou as memórias dela, ele não conseguia. Quando se afastaram, ela olhou para ele, ruborizada.—O que você está fazendo? —perguntou ela, ainda sem acreditar no que estava acontecendo e se afastando dele.Enril a observava com atenção. Ele realmente a achava linda daquele jeito, tão tímida e ruborizada, tão diferente da maneira como ela sempre se comportava com ele, desafiadora e mal-humorada.—Isso não é uma piada, é? —Leia p