Parte 48 - Adriano— Elas não podem ficar na casa, Adriano. Pode ter alguém de olho em Luísa... Talvez, o pai dela... - olhou para a amiga — Será que elas não podem ficar com a gente?— Em minha casa? - dei uma risadinha.— Só por um tempo, sei lá...— Amiga, tudo bem... A gente pode se virar - Luísa segurou o braço dela.— Não... - Bianca insistiu — Adriano...Cocei a testa, sem querer me irritar. Eu entendo a preocupação dela.— Vamos fazer assim... Vou colocar as duas em outro lugar - olhei de relance para Clara, que estava um pouco afastada — Vou mandar as duas para outra casa.— Mas eu trabalho e...— E nada - ergui a mão, interrompendo sua fala — Está claro que algo fora do normal aconteceu hoje e eu não quero vacilar - olhei para Bianca — Não posso vacilar.— Chefe, podemos levar as duas para a vila - um de meus homens disse — Lá é seguro.— Concordo... E antes que diga algo, sim, eu já sei o que vai me perguntar... Você pode ver suas amigas quando quiser. Com supervisão.Bian
Parte 49 -BiancaEle mirava direto nos olhos e isso me deixou com calor. Era um olhar tão intenso que meus pés travaram, não conseguia me afastar.— Adriano...— Não diga nada, Bianca - beijou de leve minha boca — Depois do que aconteceu hoje com a gente, não acha que devemos adiantar a coisa toda? Não quero esperar mais até o casamento.Senti medo, mas não recuei. É sério que ele vai querer ter intimidade comigo, logo agora? Eu não estou preparada para isso.Não tive tempo de me preparar para isso. É claro que eu sei que teremos que dormir juntos, mas ele me pegou de surpresa.— Nossa família...— Não se preocupe com eles - segurou uma mecha de meu cabelo — Estão todos entretidos com algo, mais ainda nossas mães.Eu não quero parecer fraca, mas acho que ser honesta é o melhor no momento.— O que você quer fazer, Adriano?— Eu já disse... Você vai ser minha mulher... Quero adiantar um passo.— Por que? Vamos nos casar em breve.— Eu sei, mas você não sentiu medo do que aconteceu? De
Parte 50 - BiancaVoltamos para a cama. Adriano beijou meu pescoço, meus ombros e foi descendo. Quando tocou meus seios, eu não escondi um gemido. Foi muito bom, uma sensação nova.Apertou de leve meus mamilos e puxou, me fazendo gemer de novo. Foi tão bom que depois quando ele tomou um seio na boca, eu gemi mais alto. Nossa, foi maravilhoso.— Shh... - ele riu — Também não vamos alertar nossa família do que está acontecendo aqui dentro.Eu respirei fundo e concordei.Ele voltou a baixar a cabeça e tomou meu seio de novo, girando a língua em meu mamilo e estiquei o corpo para cima. Sua boca quente puxava de mim arrepios constantes a cada vez que ele sugava meu seio.Depois, sem pressa, ele repetiu no outro seio, me fazendo ter pequenos choques de energia por todo meu corpo.Depois, para minha surpresa, muito boa por sinal, ele foi descendo, passando a língua por minha barriga e minha virilha até ficar entre minhas coxas. Senti sua boca em minhas coxas e suas mãos abrindo mais minhas
Parte 1 -BiancaEu mal conseguia respirar. O silêncio da noite era tão denso que cada passo meu parecia um trovão dentro de minha cabeça. Quando meus pés tocaram o chão do lado de fora da janela, o barulho abafado pela grama úmida ainda me pareceu alto demais. Por um instante, parei.— Será que alguém ouviu? - pensei, com o coração martelando dentro do peito. O medo de sermos descobertas me queimava por dentro, mas eu não podia voltar atrás.— Rápido, Bianca!A voz de Luísa, que já estava mais à frente, me puxou de volta à realidade. Ela me agarrou pelo braço, e seus olhos brilhavam com a mesma mistura de medo e excitação que os meus. Não era a primeira vez que fugíamos do convento juntas, mas essa noite era diferente. Nas outras vezes, tínhamos sido cuidadosas, nos limitando a passeios curtos e discretos pela cidade silenciosa. Desta vez, íamos mais longe — muito mais.Todos esses anos enclausurada aqui dentro já eram demais. Não pedi por isso e nem fui consultada. Apenas acatei u
Parte 2 -Bianca Tudo era tão diferente do convento que, por um momento, senti como se tivesse sido transportada para outro universo. As luzes vibrantes piscavam ritmicamente, refletindo nas paredes espelhadas da boate. O som era tão alto que quase abafava o tumulto de vozes e risadas ao nosso redor. Senti o cheiro forte de perfume misturado com álcool e suor, algo tão distante do aroma suave de incenso e velas que preenchiam os corredores do convento. Mas até que eu gostei.Estávamos dentro. Na boate. Eu e Luísa havíamos conseguido fugir mais uma vez e estávamos no meio de um mar de gente, num lugar onde nunca imaginei pisar. No carro, antes de chegar aqui, havíamos nos trocado às pressas. Luísa, com sua ousadia habitual, me emprestara um de seus antigos vestidos, algo que ela mantinha escondido como um relicário de sua antiga vida fora do convento. O vestido que agora grudava ao meu corpo era um tecido preto, fino e ligeiramente brilhoso, com alças delicadas que caíam sobre meu
Parte 3 -BiancaAgora, ele estava de pé, parado a poucos passos de mim, com uma expressão que eu não sabia decifrar. De perto, ele era ainda mais impressionante. Os cabelos negros bem penteados, o rosto marcado com linhas de expressão, mas com um charme perigoso. Seu terno impecável só aumentava o contraste com o ambiente ao redor.— Eu... S-sim, estou - gaguejei, tentando parecer calma, mas sentindo minhas pernas tremerem. — Só... Só um pouco perdida.— Perdida? - ele inclinou a cabeça, os lábios curvando-se levemente. — Esse não é o tipo de lugar onde uma pessoa deveria estar perdida.Senti o calor subir pelo meu rosto, incapaz de evitar a vergonha que me consumia.— É a minha primeira vez aqui - confessei, sem conseguir manter o olhar.— Isso explica muita coisa - ele parecia divertir-se, mas de uma maneira contida, quase perigosa.— Você vem aqui sempre? - eu tentei puxar conversa, mas sabia que estava tropeçando nas palavras.— Não, mas hoje... Algo me disse que seria uma noite
Parte 4 -Bianca— Você não parece bem - ele insistiu, suavemente, seus dedos desenhando círculos lentos nas minhas costas, uma carícia quase imperceptível. — Mas não vou insistir. Não agora.Fiquei em silêncio, incapaz de formar uma resposta coerente. Era como se eu estivesse perdendo o controle sobre meus pensamentos, sobre mim mesma. A música continuava, lenta e suave, embalando nossos corpos em uma dança íntima que eu sabia que não deveria estar acontecendo.— Biatrice - ele disse depois de alguns minutos, o tom da sua voz mais suave, quase um sussurro. — Você mora por aqui?Engoli em seco, tentando me concentrar. — Não... Não exatamente.Desviei o olhar, lutando para manter uma fachada tranquila. Não podia contar nada a ele, não podia deixar escapar quem eu era ou de onde vinha. Seria um desastre.— Interessante - ele olhou para mim de maneira intensa, como se estivesse tentando desvendar cada segredo que eu escondia. — Então o que você faz? Quem é você, Biatrice?— Eu...As pa
Parte 5 -TrajanoEla era diferente. Não só pela maneira como parecia fora de lugar, mas pela forma como seu corpo reagia ao meu. Havia uma tensão ali, uma vibração que eu podia sentir, quase como se ela estivesse resistindo a algo... Ou a alguém. Não era só a música que movia nossos corpos, havia uma conexão. Um reconhecimento silencioso, mas real.Senti o corpo dela tenso contra o meu, as mãos dela pousando hesitantes nos meus ombros, mas ainda assim, ela não se afastou. Pelo contrário, mesmo com a hesitação, havia uma entrega que ela mesma talvez não percebesse.— Você parece tensa - eu disse, e podia sentir o leve estremecer do corpo dela em resposta. — Eu... Estou bem - ela murmurou, mas sabia que era mentira. O que estava acontecendo aqui? Eu acabara de a conhecer, e mesmo assim, sentia como se conhecesse aquela mulher há mais tempo. Como se já houvesse algo entre nós, algo que ainda não tinha nome, mas que estava ali, latente. E eu gostava disso. Eu gostava muito disso.