Perdão pela demora. Problemas de saúde.
Parte 34 -AdrianoEntrei no quarto de Bianca sem bater. Não era por falta de educação — era um hábito. Um reflexo de quem eu sou, de como as coisas funcionam comigo. Era minha casa, e ela seria minha esposa, então eu não via motivos para pedir permissão se quisesse falar com ela.Bianca estava sentada na cama, as pernas cruzadas e um livro no colo. Quando me viu, fechou-o devagar e me encarou, com aquele olhar que ela adorava usar para me desafiar, mesmo sabendo que isso não iria funcionar.— Algum problema com a porta? - perguntou, arqueando uma sobrancelha. — Sua mão vai cair se você bater?Ignorei o tom, fechando a porta atrás de mim e indo direto ao ponto.— Precisamos conversar sobre o que eu espero desse casamento.Ela inclinou a cabeça para o lado, um sorriso sarcástico brincando em seus lábios.— Que conveniente. Eu também tenho uma lista de expectativas. Mas, por favor, senhor Trajano, comece você.Cruzou os braços e recostou-se na cabeceira, como se estivesse prestes a ouv
Parte 35 - BiancaJesus amado, como ela iria resistir a isso? Parecia que cada novo beijo ficava melhor do que o anterior. Isso era possível?A mão dele deslizou por minhas costas e parou em minha bunda. A outra em minha nuca. Credo, ele sabe o que faz.Eu suspirei contra a boca dele e dessa vez o beijo foi mais quente, molhado, ousado. Foi um beijo lento e completo, que fez meu coração disparar.Quente. É a única palavra que me vem na mente agora para descrever Adriano.Senti meus mamilos ficarem duros dentro da roupa, me apertando contra ele. De súbito senti minha calcinha ficar molhada e um calor bem diferente foi subindo por meu corpo, aquecendo minha pele.A mão dele passeou por minha bunda e eu apertei as pernas, querendo evitar a sensação forte entre as coxas, mas acho que isso só piorou e o calor só cresceu.Também senti algo duro, inchando embaixo de mim, dentro da calça dele. Misericórdia! Era o membro dele, empurrando contra minha virilha.— Está sentindo? - ele se esfrego
Parte 36 - BiancaA biblioteca era deslumbrante, mas intimidante. As estantes de madeira escura subiam até o teto, repletas de livros encadernados em couro e dourado, e o grande tapete no centro parecia amortecer os sons das passadas. Uma enorme janela deixava a luz entrar, mas mesmo assim, a atmosfera estava carregada, densa. Assim que entrei, senti o peso de todos os olhares se voltando para mim.Meu pai estava de pé próximo à lareira, imponente como se fosse um rei em seu trono. E talvez ele pensasse ser um mesmo.Sua expressão era de puro desdém, e sua postura parecia anunciar uma confusão iminente. Minha mãe, afundada em uma poltrona próxima, parecia um espectro do que já foi. Da última vez que eu a vi, ela já não estava muito bem e agora parecia menor, mais frágil. E Vitória, a mãe de Adriano, estava ali como uma observadora distante, seus olhos avaliando cada movimento, como se estivesse analisando uma transação comercial.Adriano entrou logo atrás de mim, mantendo-se perto,
Parte 37 - AdrianoNaquele momento, eu sabia que o caos estava apenas começando. Lorenzo não era um homem que inspirava confiança. Caterina, por outro lado, era o retrato da submissão e do medo. E agora, com Bianca debaixo do meu teto, o que quer que estivesse escondido nas dinâmicas dessa família seria inevitavelmente exposto. Lorenzo fez questão de mostrar que ele não tinha respeito pela própria família.— Caterina, Lorenzo - minha mãe começou, com um sorriso que escondia sua habitual astúcia — Seria um prazer para nós, tê-los como hóspedes enquanto resolvemos todos os detalhes para o casamento.Eu tinha me afastado para observar Lorenzo e estava encostado na parede, de braços cruzados, mas aquela frase me fez descruzá-los rapidamente.— Hóspedes? - questionei, tentando manter a calma.— Claro, Adriano. - minha mãe respondeu, sem nem me olhar, como se minha objeção fosse irrelevante. — É o mínimo que podemos fazer pela família da sua noiva. Eles precisam conversar melhor.Lorenzo
Parte 38 - BiancaÉ complicado ter Adriano ao meu lado. Parece que apesar da minha situação, a atração que sinto por ele é ainda maior.Sua mão desce para minhas costas. Não tem como evitar e meu olhar vai direto para sua boca. Então ele une nossas mãos e sinto um calor gostoso por minha pele. É interessante isso. Não sei se é por falta de experiência ou se é por ser ele.— Eu gosto de ter você aqui - ele me diz, franzindo o cenho — E me dá vontade de morder essa boca, quando você faz isso.Eu estava mordendo o lábio sem nem perceber. Como ele diz esse tipo de coisa sem achar que fico afetada? Não tenho costume de ouvir esse tipo de declaração.— Não fale isso, Adriano - engoli um bolo de saliva, só de imaginar — Eu sei que é apenas porque temos um compromisso - torci o nariz.— Não é bem assim... Eu dei em cima de você antes mesmo de saber quem era, lembra?— Pois é... - fiz um bico — Você não estava mesmo interessado em manter o acordo.— E você estava? - apertou meu joelho.De ver
Parte 39 -BiancaSe eu não tiver um infarto agora, talvez eu não tenha nunca mais. Me sinto perdida em um monte de emoções e a maior agora é vergonha, mas o desejo de continuar está me fazendo deixar isso de lado.A mão dele desce pela lateral de meu corpo e vai para minha cintura, para abrir o botão da calça. Seguro sua mão por instinto.— O que foi? - ele sorri — Só estamos nos conhecendo um pouco mais... Não vai acontecer nada demais.— Já está acontecendo, Adriano.— Não... - ele estala a língua — Você não faz ideia do que eu quero fazer com você.Puxei o ar fundo. Por que ele diz essas coisas pra mim? Então não sabe que já estou nervosa porque meu pai está aqui? Que não sei o que ele pode fazer por estar com raiva de mim?— Mas não podemos... Não podemos fazer... O que você quer fazer - sei que estou vermelha de vergonha e o olhar dele continua em meus seios.Estou tombada na cama, com ele entre minhas pernas e sua voz sedutora faz meu corpo estremecer. Sinto formigar entre minh
Parte 40 -BiancaEu pensava que meus pais iriam embora na manhã seguinte, mas não foi isso que aconteceu. E eu até queria que pelo menos meu pai tivesse ido. Minha mãe poderia ficar para que eu pudesse conversar mais com ela.E eu ainda me sinto um pouco sem jeito depois do aconteceu no quarto, entre Adriano e eu. Não que tivesse sido ruim, pelo contrário, mas é que ele foi bem direto, até demais.Eu estava falando com minha mãe quando Maria veio me avisar de que novamente, Leonardo queria falar comigo. Eu não sei ainda se gosto dele ou não. Acho que é bem arrogante e quer mandar em tudo, mas não em mim.Já tive anos de minha vida sendo mandada de um lado pra outro dentro do convento e minha fuga foi um desespero de saber que logo eu não teria mais minha liberdade real.— Eu estou indo, obrigada!— Ela parece ser uma boa menina - minha mãe comentou quando Maria se afastou.— Eu acho que sim - sorri — Ela é muito nova e já tem um filhinho.— Em breve você terá o seu também - ela bateu
Parte 41 -Caterina— Talvez ele esteja certo.Minha voz saiu mais alta do que esperava, e todos se voltaram para mim. Meu coração batia descompassado, mas me recusei a desviar o olhar. Preciso participar disso.— Caterina, por favor - meu marido começou, mas eu o cortei. Nervosa, mas cortei.— Não, Lorenzo. Já chega de me calar... - puxei o ar — Já chega de tratar nossa filha como uma mercadoria. Você acha que está protegendo ela? Está apenas repetindo o que fizeram comigo.Ele franziu o cenho, como se não acreditasse no que estava ouvindo.— Isso não é sobre você, Caterina.— Não, mas é sobre o que fizeram comigo e o que estão fazendo com ela - apertei a mão de minha filha — Bianca fugiu porque sabia o que a esperava. Eu só não tive coragem para fazer o mesmo anos atrás.Leonardo soltou uma risada seca, olhando de mim para meu marido. Sei que depois isso não vai ser bom para mim.— Isso é o que você chama de solução? Ensinar sua filha a desafiar os alicerces de tudo que sustenta nos