SURPRESAS DESAGRADÁVEIS.
Faz dois dias que chegamos ao Brasil é lógico que meus hóspedes tiveram que aguardar a minha visita, porque eu estava muito bem ocupado, mimando a minha esposa grávida e curtindo os nossos momentos. Mas a hora da brincadeira terminou.
Desço do carro e ando a passos largos para o enorme galpão abandonado.Ao meu lado está meu irmão Igor, agora desligado do caso Lancaster, pois este foi arquivado.Na frente da porta larga tem dois dos meus seguranças russos. Nesses sim, confio de olhos vendados. Mickhail abre o cadeado e libera as correntes grossas e adentro o largo espaço, onde tem três cadeiras de madeira e as três estão ocupadas.Pavio, Max e Cassandra Sanches ocupam essas cadeiras.Encaro Max e o contrário dos outros cativos, ele tem um olhar determinado me encarando. Não esperava menos, afinal ele é chefe daMeses depois…— A videoconferência irá começar em vinte minutos, senhor Fassini. — Raíssa, minha nova secretária avisa e faço um aceno de cabeça para ela. A mulher elegante sai da sala em seguida e encosto-me no encosto da cadeira, observando a minha nova sala, da filial Fassini's LTDA. Sim, como havia planejado, abri uma filial aqui no Brasil e meu sócio Alfred assumiu a empresa na Alemanha. Igor agora trabalha comigo, como o meu vice-presidente. O que quer dizer que, quando eu precisar viajar, terei alguém para cuidar de tudo em meu lugar. Então posso dizer que finalmente tudo está sobre controle e encaminhando para o caminho certo.Com um suspiro, pego alguns papéis sobre a minha mesa, junto-os com esmero em minhas mãos e saio da sala em seguida para a tal conferência.Trabalhar com importação de laticínios tem lá as suas
Às dez da noite minha esposa sai do banheiro, vestida com uma camisola longa de seda e o corpo perfumado com hidratante. Sua pele está deliciosamente sedosa e macia pelo banho recém-tomado. Ela se deita ao meu lado e como de costume, me conta como foi o seu dia.— Ele mexeu muito? — indago, fazendo carinho, enquanto Lucca corresponde dando chutes fortes em sua barriga.— Muito! — diz sorrindo e olhando os movimentos do menino em sua pele. — Amanhã temos uma consulta.— Estarei ao seu lado — falo. Eu sempre digo a mesma coisa e sempre estou com ela, não perco uma consulta do nosso menino.— Ai, Ed, faz ele parar! — Ela pede rindo da euforia do nosso garoto. A noite Lucca costuma ficar bem agitado e ele só para quando temos a nossa conversa de homens.— Ok, mas devia deixar ele brincar mais um pouco — retruco e ela arqueia as sobrancelhas.— E
FALHA NA SEGURANÇA - PARTE 1. Três semanas depois… Acordo com o celular vibrando insistentemente, resmungo qualquer coisa baixinho e olho do meu lado a minha linda esposa dormindo tranquilamente. Levanto-me devagarinho e pego o celular, saindo do quarto em seguida. O aparelho para de vibrar, mas, não demora e começa outra vez. Atordoado, olho as horas na telinha, são quatro e quarenta e cinco da manhã, o céu ainda está escuro. Na tela o número desconhecido pisca com insistência, eu suspiro audivelmente e resolvo atender o telefone. — Alô! — Me Desculpe incomodá-lo senhor. — Bóris? — inquiro surpreso. — O senhor Enrico foi visto em um aeroporto. Tentei armar o circo e pegá-lo desprevenido, mas de alguma forma escapou. — Procure saber para onde era o voo. — ordeno, completamente desperto agora e ando rápido pelo corredor, direto para as escadas. — Sim, eu já fiz isso. O problema é que ninguém diz nada. — Mer
— Igor, porque não está aqui na empresa? — questiono rude.— Edgar… — Sua voz soa com um timbre de nervosismo e eu me inquieto— O que aconteceu?— Eu sofri um acidente. — Ele solta um gemido dolorido.— Porra, você está bem?— Esto, mas…— O quê?— Foi sabotagem, Edgar. — Merda! Xingo mentalmente.— Do que você está falando Igor?— Tenho certeza, de que mexeram nos meus freios do meu carro. — Caralho, essa merda só piora!— Durante a madrugada recebi uma ligação de Bóris, ele viu Enrico no aeroporto. Depois o incêndio aconteceu aqui no escritório, a mensagem e agora você…— Espera, que mensagem?— Cheque mate! É a única coisa escrita na parede.— Enrico. — Ele diz convicto.
— Como não, senhor Fassini? A senhora Alcântara ligou para mim. Disse que recebeu a sua mensagem…— A minha filha ligou para você…De repente a ficha cai. O meu celular sumiu por um tempo, alguém o pegou e enviou a maldita mensagem direto do meu celular!— Caralho, Bóris! Ligue para os seguranças, ordene que voltem imediatamente — rosno. — Para qual aeroporto indicava a mensagem?— Guarulhos, senhor.— Encontro você la! — Desligo e dou novas ordens aos seguranças, que freia o carro bruscamente, indo na direção contrária, direto para o aeroporto.Durante o trajeto, minha cabeça gira em informações fragmentadas. O incêndio criminoso, o acidente de Igor, a menina passando mal, policial da federal… Porra, tudo era apenas retardatários para me manter ocupado e longe da minha pé
FALHA NA SEGURANÇA - 2ª PARTE.Acordo me sentindo cansada. Minhas noites não têm sido muito confortáveis por esses últimos dias. Apesar da tensão de saber que Enrico está solto por aí e que por isso, a minha vida corre perigo, tenho tentado me manter concentrada na vinda do Lucca. Os meus netos têm me visitado mais e isso me distrai bastante.Olho ao redor do nosso quarto e noto dia já claro lá fora e automaticamente passo a mão ao meu lado na cama, e para minha decepção, Ed não está mais lá. Puxo a respiração e me esforço para sair da cama.Esses últimos meses a barriga está bem maior e Lucca está bem pesado também, e isso tem me custado muito para andar pela casa. Sinto-me cansada e pesada. E o bom disso, é que sei que está pertinho da sua chegada e que o terei em meus a braç
— Vejo que você já está bem cansada, Rose. — A médica comenta com um tom profissional. Amarro o laço atrás da bata na lateral do meu corpo e me acomodo ao lado da Ana, na cadeira de frente para mesa da doutora.— Sim, ele está bem pesado — digo em um suspiro.— Não é para menos. Lucca cresceu muito esses últimos meses e está bem fortinho também — diz me entregando o envelope com o CD, que tem o resultado dos exames do ultrassom.— Quero que fique bem atenta, sua barriga já está bem baixa e o Lucca já mudou de posição, ele pode vir a qualquer momento e isso pode ser hoje, ou amanhã… — Sorrio ansiosa. Ana aperta a minha mão e me lança um sorriso feliz.— Aqui está o meu número, qualquer coisa que sentir, uma dor na unha, quero que me ligue imediatamente.
— Não! Agora não Lucca… Por favor, filho! — peço baixinho e entre dentes entre uma respiração e outra.Ando pelo quarto a procura de algo para sair desse lugar quanto antes. Os armários, as gavetas e o closet estão vazios, não há nada aqui que possa me ajudar.— Não! — sibilo com a voz embargada e desanimada, volto a me sentar na cama. Segundos depois, a porta se abre e Enrico passa por ela. Automaticamente vou para o centro da cama larga.Seus olhos estão nos meus. Altivos, frios e duros.— Você está em trabalho de parto, Rose — diz o óbvio, de um modo tão frio que me causa arrepios na coluna.— Me leve para um hospital, Enrico. Eu preciso de um médico — peço sem conseguir esconder o desespero em minha voz, mas sei que é em vão.— Não, Rose. Se eu fizer is