Aprendi a acreditar na força desse amor e passei a ter fé na família e segurar o Lucca pela primeira vez nos meus braços, foi a minha glória e a minha segunda redenção.
O ritual começa. Uma oração, algumas palavras de bençãos para o meu garoto e por fim, a água benta banha o topo da sua cabeça, o fazendo chorar. É de doer o coração ouvir esse chorinho, mas é necessário.A madrinha o acalenta em seus braços, o fazendo parar de chorar e imediatamente meu garotinho se sente seguro e amado outra vez. O meu peito infla e parece que irá explodir, tamanho o amor que tenho por esses três dentro do meu peito.Por fim seguro o meu filho em meus braços e cara… eu não me canso de beijá-lo, de aspirar o seu cheiro, de sentir o seu calor.Eu o amo e por ele eu sou capaz de enfrentar o mundo, de derrNo altar, encontro Igor e Morgana de mãos dadas, eles serão os padrinhos de Matt. Os cumprimento assim que nos aproximamos e Rose também e na sequência, abraço o noivo que parece nervoso pra cacete e só então, nos posicionamos em nossos lugares.Minutos depois, a marcha nupcial começa e Adry entra deslumbrante, andando com passos lentos sobre um tapete vermelho e os convidados logo se põem de pé.Ela está linda!O vestido branco se arrasta com magnitude pelo chão. Um belo modelo tomara que caia que desenha o corpo da garota, sem vulgarizar. O véu curto, adornado por uma coroa de pedras, enfeita o penteado no topo da sua cabeça e alguns cachos largos caem sobre os seus ombros. Adry pequena sorri largamente para o seu noivo no altar.— Ela parece nervosa — sussurro para a minha esposa.— É normal. Todas passamos por isso. — Ela suss
— Prazer, Suzana! Sou Edgar e este é o meu irmão Igor Fassini. — Faço as devidas apresentações ela aperta as nossas mãos. Logo a mulher se põe a olhar a ampla sala e um sorriso grande e satisfeito surge em sua boca, quando volta o seu olhar para nós dois.— Tem certeza de que quer fazer isso?— Absoluta. — Igor responde sem pensar duas vezes. — Seus olhos varrem o cômodo rapidamente e após arquear as sobrancelhas e sorri novamente e ela faz sim, com a cabeça.— Não tem ideia do quanto estará nos ajudando — comenta emocionada.Depois que toda a tempestade se acalmou e o caso Lancaster foi finalmente resolvido e que Enrico morreu. Resolvemos que não ficaremos com nada do que nos deixou
Dois anos depois… — Mantenha os olhos fechados, Rose. — Ed pede com um tom meigo e baixo.Estou ansiosa e. nervosa e apreensiva também. Faz dias que ele anda bem estranho, reservado e sempre ao telefone.— Quando poderei abrir os olhos, Ed? — reclamo.— Só mais um pouco, pérola. Não abra os olhos — repete. Sorrio por antecipação.Em algum momento, escuto um barulho de algo sendo derramado, é um barulho bem sutil e inquieta, puxo a respiração lentamente.Os anos se passaram lentos e felizes. Lucca já está andando e é um garoto muito esperto e falante. Há dois anos,Edgar entrou em nosso quarto com uma ficha preenchida na mão e juro que quase infartei ao perceber que se tratava de uma inscrição. E por causa dele,realizei um sonho de adolescência e fiz meu curso de gastronomia.É claro que no início fiquei receosa, pois oLucca ainda eram bem pequeno e muito dependente também. Contudo,meu marido maravilhoso, fe
Ed larga imediatamente a sua taça no balcão e me puxa para os seus braços.— Shiiii! Pensei haver gostado da surpresa, meu amor — disse com voz baixa, me apertando em braços. Afasto-me um pouco, para olhar nos olhos apreensivos.— Eu não gostei, meu amor — falo, meneando a cabeça. — Eu simplesmente amei esse lugar! Está tudo tão lindo e… tão… impecável, ele é Perfeito! — digo ainda com a voz embargada.— Então, porque todo esse choro? — Puxo uma respiração profunda e solto o ar lentamente pela boca.— Você não sabe quantas vezes sonhei com isso. Foram anos, Edgar e em algum momento, tive que me convencer de que isso nunca aconteceria para mim. Por muitas vezes, durante várias noites, eu repetia que não passava de um sonho bobo, que precisava que seguir em frente
— Por favor, me ajudem! — Eu tinha que sair dali, correr para bem longe, pedir ajuda ou me esconder, porém, meu corpo não me obedecia. Eu estava nervosa, apavorada, na verdade, e sem ter muito o que fazer, comecei a gritar. Despertei do meu estado de pânico, quandoescutei o clique da trava de uma arma e encarei o homem branco e alto demais, e para minha sorte, o ônibus parou bem na minha lateral com suas portas abertas.Com desespero na alma, vi um senhor se preparar para descer os degraus. Aquela era a minha única oportunidade de sobreviver, entretanto, nãoo esperei descer. Olhei para o mafioso, que havia escondido a arma na lateral do seu corpo e corri para dentro do coletivo e aos gritos, pedi para o motorista seguir em frente. Sentei-me no chão do veículo sem forças, assim que o ônibus entrou em movimento e alguns passageiros me ajudaram a me acomodar no banco
O que fazer quando você encontra uma pedra de tropeço em seu caminho?Você chuta, ou se desvia dela?Ou faz simplesmente vistas grossas e segue adiante?Não dá para se desviar de uma pedra em seu caminho. Você tem que eliminá-la, tirá-la de lá, ou tudo na sua vida desanda.Aprendi isso de uma forma muito, muito dolorosa.Quantas vezes enxerguei essa pedra no meu caminho?Só uma vez e isso só aconteceu vinte e oito anos, depois que me fez cair de cara no chão, e me arrebentei inteiro.Mas, a verdade, é que mesmo que você venha a cair, ela continuará ali, no meio do seu caminho, esperando se levante e tropece outra vez.É aí que você desperta para enxergá-la de verdade, porque você não quer cair de novo e de novo. Você, querlevantar e seguir em frente, curar as feridas e esquecer as do
Alemanha 2018A vida é como uma roda gigante. Ela gira e gira e sempre para sempre no mesmo lugar. É atraente, é convidativa, mas também é muito traiçoeira também. Aprendi de uma forma amarga, o quanto ela machuca e brinca conosco. Meu nome é Edgar Fassani. Sou descendente de italianos imigrantes que vieram para o Brasil e aqui se estabeleceram. Meu pai Enrico Fassini, abriu aqui as indústrias de laticínios Fassini e cresceu em solo brasileiro e se tornou um homem muito rico e poderoso na região de Goiás. Minha mãe, Giovanna Fassini é uma mulher exemplar. Boa esposa, boa mãe, boa dona de casa. Eu cresci tendo de tudo. Boas escolas, melhores roupas, frequentei as melhores festas sociais e como todo garoto bem-sucedido, tinha qualquer garota aos meus pés e isso era motivo de orgulho para o meu velho. Mas o que Enrico não sabia, é que apenas uma
— Certo — falo como sempre seco e ando para o portão de embarque. Ao meu lado, dois seguranças me acompanham de perto. Sou um homem poderoso, muito visado e tenho muitos inimigos no meio social e comercial. Por isso ando sempre prevenido. No jatinho me acomodo nas primeiras poltronas, aperto o cinto de segurança e a comissária de bordo se aproxima com o meu melhor uísque. Tomo um gole da bebida e puxo o meu MacBook de dentro de uma pasta de couro preto. Abro a tela e começo a trabalhar. É um voo longo e eu não posso parar, porque tempo é dinheiro. Durante todo o voo não durmo. Me dedico ao máximo ao meu trabalho e bebo para que quando chegar ao Brasil, esteja ao menos anestesiado. Chegou a hora de encarar o meu passado. Me pergunto se ela se casou? Se teve filhos? Se me esqueceu? Se é que um dia me amou de verdade. O som ecoa no auto falante da aeronave avisando que vamos pousar em solo brasileiro em alguns minutos e imediatamente eu sinto o meu coração pular no peito. Eu sempre pla