— Igor, porque não está aqui na empresa? — questiono rude.— Edgar… — Sua voz soa com um timbre de nervosismo e eu me inquieto— O que aconteceu?— Eu sofri um acidente. — Ele solta um gemido dolorido.— Porra, você está bem?— Esto, mas…— O quê?— Foi sabotagem, Edgar. — Merda! Xingo mentalmente.— Do que você está falando Igor?— Tenho certeza, de que mexeram nos meus freios do meu carro. — Caralho, essa merda só piora!— Durante a madrugada recebi uma ligação de Bóris, ele viu Enrico no aeroporto. Depois o incêndio aconteceu aqui no escritório, a mensagem e agora você…— Espera, que mensagem?— Cheque mate! É a única coisa escrita na parede.— Enrico. — Ele diz convicto.
— Como não, senhor Fassini? A senhora Alcântara ligou para mim. Disse que recebeu a sua mensagem…— A minha filha ligou para você…De repente a ficha cai. O meu celular sumiu por um tempo, alguém o pegou e enviou a maldita mensagem direto do meu celular!— Caralho, Bóris! Ligue para os seguranças, ordene que voltem imediatamente — rosno. — Para qual aeroporto indicava a mensagem?— Guarulhos, senhor.— Encontro você la! — Desligo e dou novas ordens aos seguranças, que freia o carro bruscamente, indo na direção contrária, direto para o aeroporto.Durante o trajeto, minha cabeça gira em informações fragmentadas. O incêndio criminoso, o acidente de Igor, a menina passando mal, policial da federal… Porra, tudo era apenas retardatários para me manter ocupado e longe da minha pé
FALHA NA SEGURANÇA - 2ª PARTE.Acordo me sentindo cansada. Minhas noites não têm sido muito confortáveis por esses últimos dias. Apesar da tensão de saber que Enrico está solto por aí e que por isso, a minha vida corre perigo, tenho tentado me manter concentrada na vinda do Lucca. Os meus netos têm me visitado mais e isso me distrai bastante.Olho ao redor do nosso quarto e noto dia já claro lá fora e automaticamente passo a mão ao meu lado na cama, e para minha decepção, Ed não está mais lá. Puxo a respiração e me esforço para sair da cama.Esses últimos meses a barriga está bem maior e Lucca está bem pesado também, e isso tem me custado muito para andar pela casa. Sinto-me cansada e pesada. E o bom disso, é que sei que está pertinho da sua chegada e que o terei em meus a braç
— Vejo que você já está bem cansada, Rose. — A médica comenta com um tom profissional. Amarro o laço atrás da bata na lateral do meu corpo e me acomodo ao lado da Ana, na cadeira de frente para mesa da doutora.— Sim, ele está bem pesado — digo em um suspiro.— Não é para menos. Lucca cresceu muito esses últimos meses e está bem fortinho também — diz me entregando o envelope com o CD, que tem o resultado dos exames do ultrassom.— Quero que fique bem atenta, sua barriga já está bem baixa e o Lucca já mudou de posição, ele pode vir a qualquer momento e isso pode ser hoje, ou amanhã… — Sorrio ansiosa. Ana aperta a minha mão e me lança um sorriso feliz.— Aqui está o meu número, qualquer coisa que sentir, uma dor na unha, quero que me ligue imediatamente.
— Não! Agora não Lucca… Por favor, filho! — peço baixinho e entre dentes entre uma respiração e outra.Ando pelo quarto a procura de algo para sair desse lugar quanto antes. Os armários, as gavetas e o closet estão vazios, não há nada aqui que possa me ajudar.— Não! — sibilo com a voz embargada e desanimada, volto a me sentar na cama. Segundos depois, a porta se abre e Enrico passa por ela. Automaticamente vou para o centro da cama larga.Seus olhos estão nos meus. Altivos, frios e duros.— Você está em trabalho de parto, Rose — diz o óbvio, de um modo tão frio que me causa arrepios na coluna.— Me leve para um hospital, Enrico. Eu preciso de um médico — peço sem conseguir esconder o desespero em minha voz, mas sei que é em vão.— Não, Rose. Se eu fizer is
VIDA NOVA.Um mês depois…Observo o meu filho animado e deitado no meio da nossa cama. Ele mexe as perninhas e bracinhos alternadamente e abre sorrisos banguelos para o brinquedo que está girando a cima da sua cabeça. Sim, meu garoto é muito esperto para a sua pouca idade e é o meu maior orgulho.Largo o MacBook em cima da mesinha, perto da janela e vou para a cama. Podem dizer que sou um pai babão, do tipo que larga tudo para ficar o filhão, porque sou mesmo! Inclino o meu corpo sobre o colchão macio e com um largo sorriso, falo imitando uma voz infantil e desengonçada, o fazendo ri mais ainda mais.— Oi, garotão! Que tal vir um pouco para o colo do papai, hein? — indago divertido. Ele apenas sacode os seus bracinhos em resposta. O pego com muito cuidado e sua cabecinha se aconchega em meu peito.Lucca é um garoto gordinho e sua pele é morena clara, com
Aprendi a acreditar na força desse amor e passei a ter fé na família e segurar o Lucca pela primeira vez nos meus braços, foi a minha glória e a minha segunda redenção.O ritual começa. Uma oração, algumas palavras de bençãos para o meu garoto e por fim, a água benta banha o topo da sua cabeça, o fazendo chorar. É de doer o coração ouvir esse chorinho, mas é necessário.A madrinha o acalenta em seus braços, o fazendo parar de chorar e imediatamente meu garotinho se sente seguro e amado outra vez. O meu peito infla e parece que irá explodir, tamanho o amor que tenho por esses três dentro do meu peito.Por fim seguro o meu filho em meus braços e cara… eu não me canso de beijá-lo, de aspirar o seu cheiro, de sentir o seu calor.Eu o amo e por ele eu sou capaz de enfrentar o mundo, de derr
No altar, encontro Igor e Morgana de mãos dadas, eles serão os padrinhos de Matt. Os cumprimento assim que nos aproximamos e Rose também e na sequência, abraço o noivo que parece nervoso pra cacete e só então, nos posicionamos em nossos lugares.Minutos depois, a marcha nupcial começa e Adry entra deslumbrante, andando com passos lentos sobre um tapete vermelho e os convidados logo se põem de pé.Ela está linda!O vestido branco se arrasta com magnitude pelo chão. Um belo modelo tomara que caia que desenha o corpo da garota, sem vulgarizar. O véu curto, adornado por uma coroa de pedras, enfeita o penteado no topo da sua cabeça e alguns cachos largos caem sobre os seus ombros. Adry pequena sorri largamente para o seu noivo no altar.— Ela parece nervosa — sussurro para a minha esposa.— É normal. Todas passamos por isso. — Ela suss