Despedidas e Descobertas, " Pequenos Passos e Grandes Planos". Miguel acordou com a luz suave do sol entrando pelas cortinas do quarto de Cecília. Por um instante, ele precisou de alguns segundos para se lembrar de onde estava. Sentado na cadeira ao lado da cama, observou o quarto silencioso. Logo, Cecília entrou, sorrindo, e foi até ele para ajudá-lo a se arrumar. — Bom dia, meu noivo. Vamos começar o dia? — disse ela com uma doçura que ele sabia ser cuidadosamente ensaiada. Miguel sorriu e assentiu, deixando que ela pegasse suas roupas e o ajudasse a vestir-se. Com paciência, ela ajustou a camisa e ajeitou a gola, passando as mãos por seus ombros e se certificando de que ele estava confortável. Depois de prontos, os dois desceram para a sala de jantar, onde o café da manhã os esperava. A mesa estava impecavelmente posta, com frutas frescas, pães e sucos. Eles comeram em silêncio, trocando poucas palavras, mas ambos com pensamentos ocupados por seus próprios planos. Quando termin
Em Busca do PassadoMiguel retornou da fisioterapia naquela manhã com um ar diferente, mas ninguém além dele poderia captar a intensidade de suas emoções. Ainda na cadeira de rodas, foi recebido pela mãe com um sorriso suave, que mal escondia a preocupação estampada em seus olhos. Isabel se aproximou, tocando o ombro do filho com carinho.— Precisa de ajuda para subir, meu filho? — ela perguntou, mantendo a voz baixa e acolhedora.Ele balançou a cabeça em negativa, mas com uma expressão gentil que mostrava que ele sabia do zelo dela.— Não, mãe, só preciso descansar um pouco. Vou para o quarto e fico bem — disse, tentando soar convincente, enquanto Isabel o acompanhava até a porta do quarto.Com um suspiro de despedida, Isabel tocou a mão dele por mais um instante antes de se afastar. Assim que a porta fechou, Miguel respirou fundo, deixando escapar a tensão que segurava firme. Agora, ele estava sozinho, livre para assumir o controle que apenas ele sabia possuir. Levantando-se com fir
O Reencontro com a PromessaMiguel reafirma seu juramento em busca do pedaço que falta.Miguel: “Não posso acreditar que você está aqui…”Clara: “Eu sempre soube que era você viria! E mesmo com a dor da saudade e esperei você voltar pra mim!Gentilmente, ele a puxou para mais perto, até que seus lábios se encontraram em um beijo cheio de ternura e de um desejo profundo. Foi um beijo calmo, mas ao mesmo tempo avassalador, e parecia que, naquele simples toque, todas as palavras não ditas entre eles foram reveladas. Miguel sentiu o coração de Clara batendo acelerado, mas ela não se afastou; pelo contrário, aproximou-se ainda mais, como se estivesse decidida a entregar-lhe cada pedaço de si.Com a delicadeza de quem segura algo precioso, Miguel a envolveu em seus braços, acariciando seus cabelos e sentindo o perfume suave que parecia fazer parte dela. Eles se deitaram lado a lado sobre o lençol, ainda em silêncio, como se as palavras fossem desnecessárias naquele momento. Cada movimento e
Às vezes, o silêncio revela mais do que palavras.Na manhã seguinte, Miguel, ainda na cadeira de rodas e mantendo a fachada de fragilidade, entrou na sala de reuniões onde Henrique o aguardava. Com o olhar frio e analisador, ele absorveu cada detalhe, pronto para usar essa reunião como mais uma peça em seu quebra-cabeça para desvendar o paradeiro de Clara.Henrique parecia de bom humor, orgulhoso dos números que preenchiam os relatórios à sua frente. Depois de algumas trocas protocolares e atualizações de rotina sobre os negócios, Henrique esboçou um sorriso de satisfação e então, como quem não quer nada, questionou Miguel de forma casual:— E aí, Miguel, conseguiu achar a sua enfermeira Clara que desapareceu?Miguel manteve a expressão serena, mas controlou o impulso que seu corpo sentiu ao ouvir o nome de Clara. Com uma postura neutra, fingiu não entender a pergunta.— Como assim, Clara? — Ele franziu a testa. — Que enfermeira? Não sei do que você está falando.Henrique disfarçou a
Unidos em Nome da VerdadeMiguel aguardava em sua sala, observando o relógio com certa impaciência. Sabia que aquele encontro era crucial, uma peça fundamental no plano para encontrar Clara e desvendar os segredos que Henrique e Cecília escondiam. Ele mal conseguia disfarçar o misto de ansiedade e determinação que o consumia. Poucos minutos depois, ouviu passos no corredor e então a porta se abriu, revelando Ana e Valentina.— Miguel — cumprimentou Valentina, entrando com seu característico ar de segurança. Ela observou atentamente o semblante dele, buscando entender o peso da responsabilidade que ele estava carregando.— Valentina, Ana, obrigado por virem. Precisamos alinhar tudo e garantir que nossos passos sejam precisos. — Miguel falou com firmeza, gesticulando para que ambas se sentassem.Ana sentou-se ao lado de Valentina, com um caderno e uma caneta em mãos, pronta para anotar cada detalhe. Valentina cruzou os braços, aguardando com seriedade o que Miguel tinha a dizer.— Depoi
Armadilhas Silenciosas "Em cada gesto, uma intenção velada."Miguel respirou fundo antes de ligar para Henrique. Esse jantar era parte de seu plano para desmascarar os responsáveis pelo desaparecimento de Clara. Ele sabia que precisava ser cuidadoso, manter a fachada impecável, e agir como se realmente estivesse comprometido com Cecília.— Boa noite, Henrique, aqui é o Miguel. Gostaria de convidar você e Cecília para um jantar especial hoje à noite. Tenho algo importante para conversar.Henrique, do outro lado, respondeu entusiasmado, sem imaginar que tudo não passava de um jogo cuidadosamente planejado por Miguel.— Claro, Miguel! Vamos adorar. Qual o local?— No "Le Jardin". Quero que seja um encontro agradável, para celebrarmos essa nova fase, — respondeu Miguel, em um tom casual.Após desligar, Miguel passou em uma joalheria para comprar um anel de noivado. Observava as joias com um olhar frio e calculista. Tudo fazia parte do papel que ele precisava representar. Em seguida, foi
Quando o jogo muda, a verdade começa a se revelarNa garagem…Enquanto isso, na garagem do prédio, Marco trabalhava rapidamente, mas com precisão. Com o capô do carro de Henrique levemente erguido, ele verificava os melhores pontos para instalar o rastreador. O dispositivo pequeno e discreto era difícil de ser detectado, mesmo por quem estivesse familiarizado com tecnologia automotiva.Marco ajustou o rastreador próximo ao sistema de navegação, onde seria mais difícil de localizar e interferir no sinal. Satisfeito com a instalação no carro de Henrique, ele passou para o carro de Cecília, que estava estacionado ao lado.Posicionando-se sob o veículo, Marco prendeu o dispositivo cuidadosamente no chassi, verificando duas vezes para garantir que estava firme e seguro. Ele sabia que cada detalhe era importante. Um rastreador que caísse ou parasse de funcionar poderia comprometer o plano inteiro.Quando terminou, ele checou os sinais de ambos os rastreadores em seu tablet, confirmando que
Miguel aprofunda o jogo enquanto a verdade começa a emergirMiguel levantou-se da mesa, lançando um último olhar significativo para Cecília antes de se desculpar.— Com licença, preciso ir ao banheiro por um instante.Cecília assentiu, ainda um pouco desconcertada pela conversa anterior, mas tentou manter um sorriso.No banheiro, Miguel fechou a porta e imediatamente pegou o telefone. Precisava agir rápido para avançar em seu plano. Ligou para o Hotel Copacabana Palace, um dos mais luxuosos do Rio de Janeiro.— Boa noite, Hotel Copacabana Palace. Como posso ajudar?— Boa noite. Gostaria de reservar a suíte presidencial para esta noite. Meu nome é Miguel Alencar.— Certamente, senhor Alencar. A suíte está disponível. Faremos todos os preparativos para a sua chegada.— Ótimo. Estaremos aí em algumas horas.Em seguida, discou para o número de seu piloto particular.— Boa noite, senhor Alencar.— Jorge, preciso que prepare o jato em 40 minutos. Estarei no hangar dentro desse prazo. Destin