Quando o jogo muda, a verdade começa a se revelarNa garagem…Enquanto isso, na garagem do prédio, Marco trabalhava rapidamente, mas com precisão. Com o capô do carro de Henrique levemente erguido, ele verificava os melhores pontos para instalar o rastreador. O dispositivo pequeno e discreto era difícil de ser detectado, mesmo por quem estivesse familiarizado com tecnologia automotiva.Marco ajustou o rastreador próximo ao sistema de navegação, onde seria mais difícil de localizar e interferir no sinal. Satisfeito com a instalação no carro de Henrique, ele passou para o carro de Cecília, que estava estacionado ao lado.Posicionando-se sob o veículo, Marco prendeu o dispositivo cuidadosamente no chassi, verificando duas vezes para garantir que estava firme e seguro. Ele sabia que cada detalhe era importante. Um rastreador que caísse ou parasse de funcionar poderia comprometer o plano inteiro.Quando terminou, ele checou os sinais de ambos os rastreadores em seu tablet, confirmando que
Miguel aprofunda o jogo enquanto a verdade começa a emergirMiguel levantou-se da mesa, lançando um último olhar significativo para Cecília antes de se desculpar.— Com licença, preciso ir ao banheiro por um instante.Cecília assentiu, ainda um pouco desconcertada pela conversa anterior, mas tentou manter um sorriso.No banheiro, Miguel fechou a porta e imediatamente pegou o telefone. Precisava agir rápido para avançar em seu plano. Ligou para o Hotel Copacabana Palace, um dos mais luxuosos do Rio de Janeiro.— Boa noite, Hotel Copacabana Palace. Como posso ajudar?— Boa noite. Gostaria de reservar a suíte presidencial para esta noite. Meu nome é Miguel Alencar.— Certamente, senhor Alencar. A suíte está disponível. Faremos todos os preparativos para a sua chegada.— Ótimo. Estaremos aí em algumas horas.Em seguida, discou para o número de seu piloto particular.— Boa noite, senhor Alencar.— Jorge, preciso que prepare o jato em 40 minutos. Estarei no hangar dentro desse prazo. Destin
Quem é a enfermeira Clara? Miguel desceu do jatinho, sentindo a brisa fresca do Rio de Janeiro acariciar seu rosto. Acompanhado pelo ajudante, ele se acomodou na cadeira de rodas, observando a movimentação ao redor. O hotel luxuoso em que estavam hospedados tinha uma fachada impressionante e atraía olhares curiosos de passantes.Cecília se aproximou, o rosto iluminado por um sorriso, mas havia um brilho nervoso em seus olhos. Miguel a observou por um momento antes de falar.— E aí, Cecília. Estar na cadeira de rodas incomoda você? — ele perguntou, sua voz calmo, mas a curiosidade evidente.Ela hesitou, forçando um sorriso. — Claro que não, Miguel. Você sabe que isso não muda nada entre nós.— É? — ele disse, levantando uma sobrancelha. — Porque você parece um pouco incomodada. Se você quiser, eu posso...— Não, não, está tudo bem. — Cecília interrompeu, mas o nervosismo em sua voz traiu a verdade. Miguel percebeu que ela estava realmente incomodada, mas não insistiu.— Você conversou
Miguel enfrenta a dor ao descobrir a verdade sobre Clara.Miguel se aproximou de Cecília, seu olhar mais intenso e sedutor do que nunca. Com ela um pouco grogue, ele sabia que este era o momento perfeito para conseguir o que precisava. Cecília, sentada na cama, o observava com um sorriso distraído, o efeito do champanhe já evidente.Ele abriu o roupão lentamente, deslizando as mãos com suavidade sobre os ombros dela, deixando que o tecido caísse aos poucos até se amontoar na cama. Cecília observou-o com olhos semicerrados, como se o peso das pálpebras já estivesse vencendo sua resistência.— Cecília... — ele murmurou, com um olhar envolvente. — Você me ama?Ela sorriu, um sorriso preguiçoso e sedutor, e respondeu, com um tom suave e levemente arrastado: — Amo...Miguel segurou o rosto dela com delicadeza, olhando-a profundamente nos olhos, e, com um toque de provocação em sua voz, perguntou:— Então conta pra mim... — Ele se inclinou, aproximando o rosto do dela, sussurrando ao pé do
Miguel encena a vulnerabilidade enquanto prepara seu próximo passo.Miguel estava sentado na cadeira de rodas, a expressão cansada e uma atadura improvisada envolvendo sua mão. Após a intensa noite de revelações, ele mal conseguiu descansar; sua mente estava em alerta, e o desespero que o consumia pelo destino de Clara se misturava com uma raiva contida. Mas agora, era hora de seguir com o plano. Ele pegou o telefone e ligou para a recepção.— Bom dia. Poderiam enviar alguns curativos e uma atadura para o quarto, por favor? Ah, e também algum remédio para dor de cabeça.Poucos minutos depois, o serviço de quarto entregou os itens, e Miguel fez uma atadura em sua mão, disfarçando os hematomas que havia causado na própria pele pela frustração e os golpes na parede.Por volta das seis da manhã, Cecília começou a despertar. Seus olhos ainda estavam meio fechados, e a primeira imagem que viu foi Miguel, aparentemente adormecido na cadeira de rodas, com a mão enfaixada. Ela piscou, surpresa
Cercado de Aliados, Miguel Prepara-se para a Busca.O almoço na casa de Miguel estava servido, e ao redor da mesa sentavam-se Isabel, Ana, Valentina e o próprio Miguel, que mantinha uma expressão séria e focada. Havia muito em jogo, e a presença dessas mulheres fiéis a ele era um alívio em meio a toda a tensão.Durante o almoço, Ana aproveitou um momento de pausa na conversa e se inclinou discretamente em direção a Miguel.— Miguel, ontem à noite, enquanto você estava no restaurante, o Marcos conseguiu instalar o rastreador nos carros do Henrique e da Cecília. — Ela abriu a bolsa, pegou um pequeno aparelho GPS e entregou-o a ele. — Desde ontem, estou monitorando. Por enquanto, não houve nenhum movimento suspeito.Miguel pegou o GPS, observando a tela. Ele conseguia ver os dois pontos identificados, um representando o carro de Henrique e o outro, o de Cecília.— E onde eles estão agora? — perguntou, os olhos atentos na tela.— O Henrique foi direto para casa após o jantar. Passou a noi
"Miguel enfrenta a sombra do passado para resgatar Clara"Miguel estava deitado na cama, ainda segurando a carta de Clara próxima ao peito, com os olhos fechados e os resquícios de lágrimas visíveis em seu rosto. A intensidade das emoções que ele sentia, o amor e a saudade que a carta havia despertado, o levaram ao sono. Mais tarde, por volta das oito da noite, sua mãe, Isabel, subiu para o quarto e, ao abrir a porta com delicadeza, o viu dormindo. O coração dela se apertou ao ver o filho assim, tão frágil e ao mesmo tempo determinado.Isabel se aproximou com cuidado, sentando-se na beira da cama e acariciando o rosto dele até que ele abrisse os olhos devagar.— Miguel, querido, — ela sussurrou suavemente. — Está na hora do jantar.Ele piscou, ajustando-se à luz suave do quarto e, em seguida, escondeu a carta, guardando-a em uma gaveta ao lado da cama antes de responder:— Mãe... acho que não consigo comer agora. Não estou com muita fome.Isabel, no entanto, insistiu, mostrando o cari
"A promessa do amor é a única luz em meio ao desespero"As horas pareciam se arrastar enquanto ele esperava por notícias de Valentina. O silêncio no quarto, interrompido apenas pelo som do ponteiro do relógio, era sufocante. Ele fechou os olhos novamente, tentando controlar o turbilhão de emoções, mas as imagens de Clara, o rosto dela, a voz suave... tudo estava ali, cada vez mais presente, como uma âncora que o prendia ao seu propósito.Finalmente, uma nova mensagem de Ana apareceu no celular.Ana: "Miguel, Henrique já saiu da cidade e está retornando para Brasília. Valentina e os detetives já estão no armazém."Miguel sentiu o peso da expectativa. Ele se levantou da cadeira de rodas, caminhando pelo quarto enquanto aguardava a próxima atualização. Cada passo parecia ecoar no silêncio, cada segundo uma eternidade.Após alguns minutos, o telefone tocou. Era Valentina.— Miguel, estamos aqui no armazém. Não há sinal de Clara, mas encontramos uma área fechada, uma espécie de quarto impr