Entre Campos do Jordão e Brasília, um Casamento em SegredoO sol nascia por trás das colinas em Campos do Jordão, tingindo o céu com tons dourados e rosados. Clara espreguiçou-se na cama, sentindo o calor do corpo de Miguel ao lado dela. Ele dormia profundamente, com um braço em torno da cintura dela. A tranquilidade daquele momento era uma pausa rara em suas vidas agitadas.Cinco dias se passaram desde que o casal decidira ficar mais um tempo na ilha, mas agora o retorno ao Brasil se fazia necessário. Por volta das 10 horas da manhã, o piloto chegou com o jatinho para buscá-los. Miguel ajudou Clara a carregar as malas, enquanto ela suspirava com um misto de saudade da ilha e ansiedade pelo futuro.A viagem durou cerca de 10 horas, e ao pousarem no pequeno aeroporto em Campos do Jordão, o motorista já os aguardava. O carro serpenteou pelas ruas tranquilas da cidade até a casa de Clara no alto da colina. Ao chegar, Clara abriu a porta e foi recebida pela luz suave da tarde iluminando
O Amor e as Surpresas que Unem Miguel e AlmeidaAlmeida sorriu de canto, mas logo voltou a ficar sério.— Eu precisava te dizer isso, Miguel. Quero ser completamente honesto com você. Valentina é sua cunhada e... eu nunca misturei trabalho com nada pessoal. Sempre fui extremamente profissional.Miguel cruzou os braços, observando atentamente o amigo.— Sei disso, Almeida. Pode falar, eu estou ouvindo.Almeida respirou fundo, seus olhos brilhando com uma sinceridade incomum.— Eu não sei o que aconteceu, Miguel, mas eu me apaixonei pela Valentina. Estou completamente perdido por ela, e quero me casar o mais rápido possível.Miguel não conseguiu conter uma gargalhada.— Cara, você quase me matou de susto pra me dizer isso? Meu Deus, eu achei que você estava vindo aqui dizer que tinha acontecido outra tragédia!Almeida abriu um sorriso de alívio.— Desculpa, Miguel. Eu só queria que você soubesse disso antes de tudo. Valentina significa muito pra mim, e eu não quero que você ache que iss
Clara e Miguel, Valentina e Roberto: Dois Momentos, Um SentimentoMiguel e Clara - Vida e AmorAs Ilhas Maldivas brilhavam sob o céu estrelado, refletindo o amor que transbordava entre Miguel e Clara. Eles estavam em um bangalô particular, cercados pelas águas cristalinas. A brisa do mar envolvia os dois enquanto Miguel segurava Clara pela cintura, ambos descalços sobre a madeira da varanda.— Vida, você já parou pra pensar em como tudo isso parece um sonho? — perguntou Miguel, puxando Clara para mais perto.Ela sorriu, com os olhos brilhando de emoção.— Amor, eu não acho que seja um sonho. É a nossa realidade agora. Uma realidade que construímos juntos, depois de tudo.Miguel a segurou pelo rosto, seus polegares acariciando as bochechas dela com delicadeza.— Clara, você é a razão de cada passo que eu dei até aqui. Eu olho pra você e só vejo perfeição. Não sei como tive tanta sorte de encontrar alguém como você.Ela se inclinou para beijá-lo, um beijo profundo, cheio de amor e desej
Uma Nova Vida a CaminhoOs 20 dias de lua de mel foram intensos e inesquecíveis para Miguel e Clara. Nas Maldivas, o casal viveu momentos de pura conexão, aproveitando cada segundo da paz que a ilha proporcionava.Eles começaram os dias com banhos de mar ao amanhecer, o sol dourando suas peles enquanto mergulhavam nas águas cristalinas. Passeios por cachoeiras escondidas os levaram a locais mágicos, onde o som da água caindo e a vegetação exuberante pareciam um santuário particular. Guiados por locais, exploraram trilhas secretas e vegetações tropicais raras, aprendendo sobre a flora e fauna da região. Clara se encantou com a delicadeza das flores exóticas, enquanto Miguel a observava com um sorriso de adoração.Aventura também fez parte da lua de mel: escaladas nas pequenas montanhas da região, passeios de caiaque e até mesmo um voo de helicóptero para observar o pôr do sol. O casal mergulhou em experiências únicas, conectando-se ainda mais em cada momento compartilhado.— Miguel, e
Onde Nasce a AmizadeO pátio da escola estava cheio naquele final de manhã, como de costume. Crianças e pré-adolescentes corriam de um lado para o outro, rindo, brincando, ou simplesmente tentando sobreviver ao caos do recreio. Miguel Alencar, com 13 anos, observava tudo de longe, sentado em um dos bancos de concreto perto da quadra. Ele era um garoto quieto, nunca se envolvia em confusão. Preferia os livros de história e os jogos de estratégia aos campeonatos de futebol que dominavam as conversas dos colegas.Foi quando ele ouviu. As vozes.— Ei, Moretti! Você acha que é melhor que a gente, é? — um dos garotos gritou.Miguel virou a cabeça na direção do tumulto. No meio da roda de meninos maiores, estava Clara Moretti, com seus cabelos castanhos escorridos sobre os ombros, vestindo o uniforme da escola e com a testa franzida em desafio. Ela segurava com força a alça da mochila, apertando-a contra o corpo, enquanto três garotos a cercavam.— Acha que pode mandar na gente só porque é f
Ecos do PassadoMiguel levantou-se da cama lentamente, os músculos ainda pesados da agitação da noite anterior. O suor escorria pela testa, e ele sentia o pijama úmido colado ao corpo. Com um suspiro cansado, caminhou até o banheiro e ligou o chuveiro, deixando a água fria bater em seu rosto.Ele ficou ali por alguns minutos, tentando organizar os pensamentos. Aquele sonho o atormentava há meses, sempre voltando de forma quase idêntica. Era como se estivesse preso em uma memória distante, mas que ele não conseguia acessar totalmente.Depois do banho, Miguel saiu do banheiro, secando o cabelo com uma toalha. Abriu o armário e escolheu um belo paletó azul-escuro, acompanhado de uma camisa branca impecável e uma gravata cinza clara. Vestiu-se com a precisão que a rotina havia lhe ensinado, mas sua mente ainda estava distraída, presa na sensação que o sonho havia deixado.Pegou a chave do carro e a pasta com documentos importantes sobre a reunião que teria mais tarde. Ao descer as escada
Encontros SilenciososO café estava movimentado naquela manhã. Clara Moretti caminhava pelo centro da cidade grande com passos decididos, uma cidade que ela havia jurado nunca mais voltar. Mas desta vez, Valentina, sua irmã mais velha, havia insistido em se encontrar pessoalmente. O motivo? A exposição de Clara seria uma das principais atrações da galeria que Valentina gerenciava. E, embora relutante, Clara sabia que não podia continuar fugindo do passado para sempre.Ela apertou a mão de Luna, sua filha de 6 anos, que andava ao seu lado. A menina estava animada e curiosa, observando cada detalhe ao redor. Para ela, tudo na cidade era novidade — diferente da vila tranquila onde sempre viveram.Assim que chegaram ao café, Clara parou por um instante na entrada. Uma sensação estranha percorreu seu corpo, como se tivesse cruzado um portal invisível para um momento perdido no tempo. E foi quando ela o viu.Miguel Alencar estava diante dela. Ele segurava um copo de café e ajeitava o paletó
Eu à vi nos meus Sonhos – Encontro InevitávelA galeria de Valentina Moretti estava cheia. Obras de arte cuidadosamente selecionadas adornavam as paredes, atraindo a atenção de empresários, curadores e amantes da arte. Clara estava ali, movendo-se entre os convidados com um misto de nervosismo e serenidade. Embora a exposição fosse dela, sua mente estava longe, presa ao breve encontro com Miguel no café.E então, ela o viu.Miguel entrou pela porta principal da galeria, e ao seu lado estava Cecília Monteiro, rindo e segurando o braço dele de maneira possessiva. Cecília vestia um vestido vermelho marcante, roubando a atenção por onde passava.Clara sentiu o estômago afundar. Ver Miguel novamente já era difícil por si só, mas vê-lo ao lado de outra mulher, em um gesto tão íntimo e familiar, foi como levar um golpe que não esperava.Ela desviou o olhar rapidamente, tentando se recompor, mas o impacto foi profundo. Tudo o que ela havia tentado enterrar, todo o amor e a dor, voltou como um