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Quando a Esperança Vacila.

O Vazio do Desaparecimento

Os dias começaram a passar lentamente, e o silêncio sobre o paradeiro de Clara tornava-se insuportável. A cada novo amanhecer, a angústia crescia. Miguel passava boa parte do tempo na varanda, olhando para o horizonte, com o celular sempre ao alcance da mão, esperando alguma notícia, algum sinal. Mas nada acontecia.

Naquela manhã, o som da campainha ecoou pela casa. Miguel, cansado e abatido, viu Cecília entrar com o pai, ambos exibindo expressões frias e controladas. Cecília, vestida impecavelmente como sempre, lançou um olhar rápido ao redor, como quem não se importava verdadeiramente com o que acontecia ali. Seu pai, com a habitual calma, cumprimentou Miguel e se acomodou em uma poltrona.

— Como você está, meu jovem? — perguntou o pai de Cecília, com a voz baixa, mas sem muita empatia.

— Como acha que eu estou? — Miguel respondeu, seco. — A Clara sumiu e ninguém sabe onde ela está.

O pai de Cecília trocou um olhar rápido com a filha, que apenas deu de om
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