Enquanto Bernardo caminhava sem destino pela floresta densa e escura, na rodovia, os planos de Felipe continuavam funcionando de vento em polpa, pois ele continuava dirigindo o seu carro com os funcionários, os quais estavam ajudando-o nessa ideia maquiavélica, enquanto Lara, a filha de Hamilton, estava dirigindo o carro dela, o qual estava a frente deles.
Tudo estava fluindo muito bem. Felipe estava dirigindo devagar, pois estava esperando tranquilamente que chegasse o trecho de declive que tinha naquela rodovia quando se aproximavam da parte em que tinha a tal floresta que todos diziam ser mal assombrada, principalmente em noites como aquela, de lua cheia.
Então cerca de duas horas depois de viagem, Felipe pôde ver ao longe um trecho de aclive naquela estrada, o que já o deixou com o coração acelerado, fazendo com que ele começasse a cantarolar por sentir a adrenalina que a vitória estava trazendo a ele.
Enquanto isso, próximo à rodovia, Lara se levantou colocando as mãos na cabeça e percebendo que ela estava sentindo muita dor no local. Então ela olhou em volta de si e viu que estava perto da árvore, na qual ela tinha batido com a cabeça. No mesmo instante, ela se lembrou dos seus amigos, e começou a procurar por eles, mas não viu ninguém na rodovia. Então ela entrou na floresta e começou a procurar, chamando por eles, gritando o nome de cada um deles.– Thamires! – Gritou ela, entrando na floresta e passando por aquelas árvores densas e escuras.Depois de alguns instantes sem ter qualquer resposta de Thamires, ela resolver chamar o Felipe.– Felipe! Onde vocês estão?Novamente, ela não ouviu qualquer resposta, nem conseguiu ver ninguém em meio àquelas árvores. Então ela tentou chamar Cláudio.
Lara andou pela floresta, passando pelas árvores que estavam muito próximas umas das outras e que por isso, atrapalhavam que a luz da lua cheia penetrasse por entre as folhas e iluminasse o seu caminho até que ela pudesse encontrar os seus amigos ou a rota de saída, pois ela correu muito e acabou se perdendo do grupo com quem ela iria acampar naquela noite.Então depois de Lara ter caminhado por volta de uma hora a procura de seus amigos, chamando-os continuamente, e por não ter conseguido ouvir a voz de ninguém, ela apontou a sua lanterna, que já estava com a luz enfraquecida devido à pilha já estar perto do fim, e viu que algo tinha sido iluminado. Naquele instante, Lara pensou que pudesse ter sido uma fruta que pudesse ter se desprendido de uma daquelas árvores. Mas ela imediatamente percebeu que não se tratava de uma fruta, pois, por mais que ela estivesse podre, não teria se espati
Um silêncio aterrorizante durou cerca de dez minutos, quando Lara foi tomada pelo desespero e perguntou:– O que você quer comigo? Fala logo, porque eu quero ir embora!Enquanto ele estava ouvindo e farejando o medo que invadia Lara, ele ficava mexendo nas folhas que estavam próximas a ele no chão, as quais estavam sujas de areia e que por isso também sujavam os seus dedos– Eu só quero te explicar que eles não são as pessoas que você pensa que são. Lara, eles te machucaram gravemente. Você não se deu conta?E nesse momento, empurrando a areia que estava na sua frente enquanto tentava chegar para trás na tentativa de fugir dele, ela perguntou:– Como você sabe o meu nome?– Eu sei de mais coisas a respeito sobre a sua vida do que você pode imaginar, Lara.– Por que você está fazendo todo esse mi
AgradecimentosAgradeço, primeiramente, ao Senhor Jesus: meu único e suficiente Salvador, que me proporcionou uma história de vida transformada pelo Seu amor. E sou muito grata ao Senhor por tornar possível o sonho da escrita.Aos meus pais Dirlene e Fernando, e demais familiares e amigos, que sempre me incentivaram na carreira como escritora, apreciando e apoiando tudo o que eu faço.Dedico este livro ao meu único Senhor e Salvador Jesus Cristo.PrefácioÉ com grande alegria que aceitei novamente o convite da minha filha Vanessa para ler em primeira mão, mais um de seus livros.A narrativa se refere ao Bernardo, um rapaz que foi mordido por um cachorro um tanto incomum, e que acabou adotando comportamentos diferenciados, em noites de lua cheia, após essa mordida.É um livro que traz algumas cenas de terror em m
A pequena cidade chamada Sheron Hill possui poucos habitantes, cerca de apenas vinte e cinco mil, os quais, como em muitas cidades pequenas, costumam acreditar em lendas urbanas, como na existência de algum fantasma que alguém tenha visto, ou de um disco voador sobre o qual alguém comentou. E na cidade de Sheron Hill, as coisas não eram diferentes, pois os seus moradores também contavam uma lenda, mas que para muitos não se tratava apenas de uma lenda, e sim de uma vida real.A cidade de Sheron Hill tinha uma floresta, a qual era muito densa, pois as árvores eram antigas, com quase cem anos por terem sido plantadas logo quando a cidade foi fundada. E pelas suas copas serem muito grandes, a floresta acaba se tornando ainda mais escura, pois a luz não consegue penetrar como deveria por entre as folhas e alcançar o solo. Ao lado dessa floresta, existe uma rodovia, a qual não era muito movimentada. E por ela ser
Bernardo é um homem de pele clara, cabelos pretos, curtos e de olhos lindos, pois seu formato tem uma breve semelhança com os seus ancestrais egípcios, além da cor ser castanho escuro. Como Bernardo sempre se preocupou com o seu condicionamento físico, ele passou a vida frequentando academias. E depois de tanto treinar, começou a reparar que o seu corpo ficou mais forte, apresentando músculos maiores e mais definidos, o que dava orgulho em Bernardo, fazendo com que ele saísse de casa muitas vezes apenas de camiseta a fim de exibir o seu corpo perfeito, segundo o senso comum. E por ele ter uma aparência, a qual chamava tanto a atenção de outras pessoas, e da qual ele tanto se orgulhava, tanto homens quanto mulheres ao seu redor diziam que ele tinha um grande porte, pois realmente ele era um homem muito forte. E o admiravam pela força de vontade que ele tinha em frequentar, com assiduidade, uma academia
Quando ele entrou no carro para ir embora, girou a chave e ele não ligou, deixando Bernardo ainda mais entristecido. E encostando a testa no volante, pensou: – Será que neste dia tudo vai dar errado? Não é possível! Acabei de ter sido vítima de uma armadilha e de uma posterior humilhação no meu próprio trabalho, e agora o carro não quer ligar, e provavelmente vai me fazer gastar mais dinheiro. Um dinheiro que eu não esperava de reduzir do meu orçamento.Mas como Bernardo se considerava uma pessoa resiliente, ele tentou pensar positivo, que o problema do carro seria algo simples e que rapidamente seria resolvido, e o principal, gastando pouco. Então ele pegou o aparelho celular no seu bolso e ligou para a seguradora que cuidava de seu carro e pediu que eles enviassem um reboque para o endereço mencionado e que eles também enviassem um táxi a fim de levar Bernar
Enquanto Bernardo estava caminhando por aquela rodovia deserta tarde da noite, ele olhou para o céu e viu que era noite de lua cheia. E a lua estava linda, grande e o seu brilho parecia estar mais vivo, e a sua cor um pouco azulada, parecendo um filme.Olhar para o céu fazia Bernardo se lembrar do tempo em que ele era apenas um menino de nove anos. De quando ele ia para a casa de seus avós e de quando ele se encontrava com os seus dois primos Ramón e Renan, os quais tinham sete e oito anos, respectivamente. Essas viagens que ele fazia para a casa dos seus parentes nas férias de janeiro e de julho, ficaram marcadas profundamente em sua memória, pois em todas as noites de lua cheia quando os três meninos estavam juntos e de férias, eles ficavam acordados até tarde admirando a lua e as estrelas. Então eles pegavam um colchonete e alguns travesseiros, e quando iam até o deck que ficava ao lado da piscina,