Cap.5

      1 mês depois

      Estava tentando explicar pela última vez ao Fernando que estava indo para o

aniversário da avó dele, e que não era um fim de semana romântico para eu perder

a droga da minha virgindade, mas não adiantava? Parecia que ele me ouvia em

coreano, bufei e fui pro meu quarto. Sentei em frente computador e resolvo

terminar o trabalho que o professor de cálculo tinha passado, por sorte estava indo

bem, sabia que devia as cursos preparatórios que fiz, mas ainda assim me dedicava

de corpo e alma, a faculdade tomava a maior parte do meu tempo, o que restava

era direcionado ao meu namoro com o Sebastian, como ele tinha o hospital e

estava se preparando para o mestrado acabávamos não nos cobrando tanto

atenção, tentávamos conciliar nossos encontros com as folgas dele, e por agora

estava indo tudo bem;

      Sinto meu celular vibrar, era ele dizendo que já tinha chegado, peguei a mochila

e o laptop e sai, ainda tive que escutar o Nando gritando pra não esquecer a

camisinha, bati a porta com força e fui pro elevador. Ele estava me esperando na

portaria, e lindo como sempre, calça justa, e uma camiseta sem mangas preta, o

cabelo estava como quem tinha acabado de acordar, e não duvidava nada.

     _oi – falei me aproximando.

     _oi amor, hum isso tudo é pra mim?

     _claro que não, é pro meu médico particular - falei rindo.

     Ele me agarrou pela cintura e me beijou de forma intensa, envolvi seu pescoço e

me deixei levar, nossos beijos ficavam cada vez mais quentes, e sabia que não ia

demorar para me entregar a ele, mas ainda, nesse momento, não me sentia pronta.

    _acho melhor irmos, o caminho é longo.

    _tá, como foi o plantão? – perguntei segurando sua mão.

    _um dos piores, teve um arrastão em Copacabana, o hospital ficou lotado, mas

valeu apena, conseguiu terminar o trabalho?

     Entramos no carro e ele logo dá a partida, a vó dele morava no interior,

passaríamos a noite na estrada, assim podíamos aproveitar o sábado, e domingo,

havia conseguido mudar as aulas que teria na segunda para a terça, mesmo que

passasse o dia inteiro na faculdade, valeria apena.

      _não, culpa sua sabia – bufei, fingindo estar brava.

      _como assim? Eu te avisei desde o início da semana como pode ser culpa minha?

      _é que eu fiquei pensando em como ia ser e não consegui pensar em mais nada,

então a culpa é toda sua. Mas too levando o laptop, vou arrumar um tempo para

terminar, não falta muita coisa. – disse me inclinando para dar um beijo em sua

bochecha.

      A viagem seguiu sem silêncio, sempre tínhamos o que conversar, ele em como

queria um dia virar o diretor do hospital, e eu, em como queria ser uma engenheira

conhecida, o céu já estava escuro, estávamos em um ponto que não se via mais

placas, ou casas, era penas mato, o perfeito cenário de filme de terror.

      _devia tentar dormi um pouco, amanhã vamos ter um dia cheio. – minha mãe

não vai te deixar em paz.

     _too sem sono, quantas namoradas você já teve - o encarava com curiosidade.

     _por que isso agora?

     _curiosidade, você sabe que é o meu primeiro namorado, mas quero saber o

quão experiente é, então. Cinco, dez, quinze? - insisti.

   _três, mas nenhum acabou bem, agora que matou sua curiosidade vai dormi.

   _hum... E quão experiente você é? - vi seu rosto ganhar um sorriso.

   _posso te mostrar se quiser. – senti minha barriga se contrair, mas não do jeito

que achei que seria.

   _tá, mas você sabe meu limite, né? – perguntei desconfiada.

   _vou te mostrar o céu, mas sei que não posso abrir o portão, te respeito.

    Sorri e concordei, ele parou o carro no acostamento, tirei meu cinto e ele me

puxou para o seu colo, podia senti que estava duro e isso fez meu corpo inteiro

tremer, mas em vez de beijar minha boca, seus lábios foram para o meu pescoço,

beijando, lambendo, mordiscando.

    _hum... -gemi baixinho.

    Uma de suas mãos estava no meu cabelo, a outra se infiltrou dentro do meu

vestido e me tocou por cima da calcinha, pressionando meu clítoris, gemi com mais

intensidade e agarrei seu cabelo com força e me empurrei contra sua mão.

    _amor quero te chupar todinha, deixa? - sua voz não passava de um sussurro.

    _ deixo. – respondi quase sem voz.

    Ele se afastou o suficiente para me olhar nos olhos, em um movimento rápido

ele saiu do carro me puxando junto, olhei em volta assustada, o lugar era um

completo deserto, não passava nenhum carro, nada, senti medo... Ele me prendeu

contra o carro, me tomando os lábios, sua língua invadiu minha boca de maneira

lasciva e provocante, com uma das mãos ele baixou as alças do vestido me

deixando com os seios a vista, o frio da noite, e o calo do momento deixaram os

mamilos instantaneamente duros, parecia que ia explodir. Sua boca logo se afastou

da minha, seus olhos encararam meus seios, e sem avisar se inclinou tocando com a língua um dos mamilos, gemi engasgado, uma mão apertava o outro de maneira

gostosa, sem perceber estava pressionando as pernas, tentando buscar um tipo de

conforto para aquela região.

    _ah, amor... Quero gozar - pedi baixinho.

    Mas ele parecia não ouvir, já sentia os mamilos doloridos, era como se tudo em

mim queimasse, puxei seu cabelo com força, mas ele não deixava de chupa-los,

revessando entre um e outro, tentei me tocar, mas minha mão foi tirada de lá quase

com força o suficiente para me machucar, ia ficar louca, ele mordeu com um pouco

mais de força e não aguentei, acabei gritando, sua mão por fim tocou minha

entrada, enfiando dois dedos, senti um alivio me invadir ao gozar, sorri nervoso, a

porta do banco de trás foi aberta, ele disse para me deitar e o fiz, o vi abrir a calça e

tirar o membro pra fora, senti meu corpo gelar.

    _não vou colocar dentro de você, eu prometo.

     Apenas concordei, abri minhas pernas sem tirar a calcinha, ele se colocou ali e

começou a esfregar o membro em mim de maneira gostosa.

     _por mim te gozava inteira. Hum, você é tão gostosa... – sussurrava em meu

ouvido.

     Ele voltou a se afastar, me encarando, ele não parecia o mesmo cara que estava

namorando a um mês, e não sabia dizer de qual gostava mais;

     _quero chupar essa buceta, não, eu vou chupar!

    Engoli em seco, mas queria isso, havia pedido afinal, não era certo provocar e

depois voltar atrás, respirei fundo e tomei coragem, tirei a calcinha e me abri para

ele, fechei os olhos e esperei, podia sentir o seu hálito contra a pele unida, e quando

ele finalmente me tocou, arqueei as costas, sua língua se movia com maestria, não

sabia o que fazer, não sabia lidar com o que estava sentindo, gemi seu nome, gritei

a cada toque da sua língua na parte mais sensível do meu corpo, senti meu ventre

se contrair e não demorou para gozar novamente.

    Minha respiração estava irregular, parecia que quanto mais ar puxa-se menos

vinha, tentei me acalmar ao poucos, mas não tive tempo, logo sua boca estava na

minha, beijando de maneira bruta, senti seu membro novamente contra minha

intimidade, mas ele não entrou, estava se esfregando em mim novamente, ouvi ele

gemendo meu nome, mas já estava longe, ainda não tenha me recuperado, quando

meu corpo começou novamente a tremer, gemi contra sua boca, e acabei cravando

as unhas em suas costas, senti um jato quente contra minha barriga e um líquido

com o mesmo calor escorrendo de mim.

     Não sabia dizer quanto tempo passou, mas continuávamos ali, respirando,

tentando achar novamente o fôlego, abri os olhos e ele estava me olhando, sorri, e

ganhei um beijo de volta.

    _ acho melhor seguirmos viagem, se não vou ficar aqui pra sempre – anunciou

ele se levantando.

    _não sei se consigo me mexer - falei sem graça.

    _ bom, tenta se limpar e dormi um pouco, quando chegamos eu te acordo.

    Apenas concordei, ele voltou para o banco da frente, tirou alguns lenços

umedecidos do porta luvas, tirou alguns e passou pra mim, me limpei o melhor que

pude e joguei os lenços pela janela, como eram de papel não fazia mal nenhum a

natureza, vesti a calcinha e ajeitei minha roupa, olhei o Sebastian, mas ele parecia

concentrado na estrada, acabei me sentindo um pouco desconfortável, era a

primeira vez que fazíamos algo assim, pensei que ele ao menos fosse perguntar se

havia sido bom, já que nunca havia feito nada assim com ninguém, mas tudo que

ele fez foi me passar lenços umedecidos. Pensei, por um instante em começar uma

conversa, mas realmente estava bem cansada, e pelo visto não teria sua atenção.

    Fechei os olhos e tentei dormi, não tive muito sucesso, ainda assim permaneci

de olhos fechados, não seria a primeira vez que encontraria família dele, na

primeira semana de namoro ele me convidou para o apartamento dele, só havia

esquecido que os pais, o irmão e a avó iriam chegar naquele dia, por sorte foi um encontro

tranquilo, e acabei adorando todos, embora o irmão mais novo dele, Felipe, tenha ficado quieto a maior parte do tempo, e me ignorando completamente, mas não podia obriga-lo a gostar de mim, foi nesse dia que surgiu o convite para o aniversario da dona Filomena, talvez o

fato de não lembrar da minha família, me deixe tão receptiva quando vejo uma de

perto, principalmente quando os vejo interagir, por um bom tempo, senti inveja dos comerciais de margarina, era bom se sentir parte de algo, de alguém.

     

       Abri os olhos com a claridade, olhei em volta e vi que estava em um quarto, o

Sebastian dormia ao meu lado, não liguei, já havíamos dormido na mesma cama

antes, olhei em volta e o quarto estava totalmente escuro, fiquei sem entender, mas

não pensaria nisso, busquei a mochila, a achei ao pé da cama, peguei uma calça,

uma regata, e lingerie, tomei um banho rápido, não queria demorar, enquanto me

vesti vi algumas marcas em meus seios, não gostei, as vezes me perguntava o que

estava fazendo, parecia loucura, misturada com burrice, ainda estava na dúvida.

Antes de sair do quarto peguei o celular, não conhecia a casa, então segui o cheiro

do café, desci as escadas e entrei por uma porta que deu na cozinha, os pais e o

irmão do Sebastian estavam sentados, ganhei um sorriso dos pais dele, e um aceno

do irmão, acho que ele não gostou mesmo de mim, já que virou o rosto para não me olhar.

     _ por que acordou tão cedo querida? – perguntou a mãe dele.

     Por reflexo olhei a hora, 07:15, não era tão cedo assim, em geral era a hora que

acordava para ir para a faculdade, acho meu relógio biológico não sabia o que era

final de semana; A mãe dele parecia aquele tipica mulher brasileira, trabalha fora, e ainda tem tempo para deixar a casa e a família em ordem, era esse tipo de mulher que desejava me tornar.

     _costume. – respondi com um meio sorriso.

     _então sente e coma. - ordenou com um grande sorriso.

     Fiz o que ela disse, embora não demorou e estava comendo sozinha, era

solitário, ainda assim reconfortante, comi sem presa, estava tudo uma delícia, e

acabei repetindo o suco de morando duas vezes, ao acabar retirei o meu prato da

mesa, e aproveitei para lavar a louça suja da minha, mesmo sendo algo pequeno me fazenzia sentir util.

     _ a mãe disse que eu lavasse quando você acabasse, pode deixar ai – olhei por sobre

o ombro, era o irmão do meu namorado, era a primeira vez que ele falava diretamente

comigo.

    _ tudo bem eu posso lavar.

    _ se eu fosse você iria embora. - sua voz tomou um tom seco.

    Parei o que estava fazendo para encara-lo, como assim? Quando ia abrir a boca para

perguntar escutamos barulho de passos, e logo o Sebastian estava na cozinha, seu irmão

nem falou com ele e sumiu da vista, fiquei sem reação, ate sentir os braços do meu

namorado me envolver.

   _que foi? Ele disse alguma coisa? – apenas neguei embora minha voz tivesse passado

um pouco de nervosismo.

   _apenas disse que a sua mãe o mandou lavar a louça, mas eu não ligo, você toma seu

café e eu vou terminar de lavar isso aqui – disse lhe dando um beijo.

     O mesmo concordou e foi para a mesa se servi, terminei a louça e lhe fiz companhia,

falamos basicamente sobre o aniversário da dona Filomena, não estava me sentindo

muito bem, parecia que minha cabeça ia começar a doer a qualquer momento “você

devia ir embora” não conseguia parar de pensar nessa frase, e o pior é que realmente

queria ir embora, mas que droga, não era a hora para ficar confusa e pensar em coisas desnecessárias.

     Depois de muito esforço, me obriguei a pensar em outras coisas, como ainda era

cedo, e só teríamos que sair para ver sua vó durante a tarde, resolvemos fazer um

passeio, a cidade não era muito grande, embora fosse encantadora, era um ponto

turístico devido as cachoeiras que haviam pela região, havia também um hotel de luxo,

fiquei encantada, a harmonia entre ele e a natureza era algo que queria atingir em algum

momento em minha carreira, queria causar em alguém o mesmo encantamento que acabará de ter,  mesmo que quisesse ficar mais tempo admirando aquela obra de arte estrutural, continuei olhando a cidade, acabei comprando o presente da dona Filomena, sabia que ela cultivava flores, então comprei uma orquídea roxa. Depois de andar mais uma hora, ou mas, não sei dizer, paramos para tomar um sorvete, estava mas quente do que imaginava, pedi chocolate, com cobertura de chocolate, e mm, olhei o Sebastian, que olhava alguma coisa no celular, depois de termos feito o pedido esperamos em silêncio, e mesmo tendo passado amanhã inteira juntos, mal trocamos uma dúzia de palavras, estava me condenando por isso.

   _amor, você tá estranha depois do que aconteceu ontem – o olhei e não sabia o que

responder.

    Não podia dizer que o motivo de estar assim, eram as palavras do Felipe, não sabia o significado, mas quando ele as pronunciou, senti que era a coisa certa a fazer, e isso me deixou confusa, mas não podia culpa-lo por algo que eu nao entendia.

    _ só é confuso, me desculpa era para a gente está se divertindo – lhe dei um beijo.

    Depois disso o clima melhorou, ainda estava cheia de duvidas em minha cabeça, mas

estava tomando cuidado para não deixar elas aparecerem, ao menos não esse final de

semana, quando voltasse tentaria ordenar o que estava na minha mente e vê o que queria

para mim, e principalmente se havia ido longe demais nesse namoro.

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