Dentro do apartamento vejo que o espaço é amplo, já estava mobiliado, mas não tinha cabeça para pensar nisso, vou até o sofá e me sento, sentia que meu corpo ia ceder a qualquer momento, e não queria isso, não podia deixar isso acontecer, ainda.
_ bom vamos ao meu futuro - falei seca.
_ como já deve imaginar herdou a Construtora, há alguns acionistas, mas você é dona de 70% das ações, fora isso, tem a casa onde nasceu, dois apartamentos, três carros importados, duas motos, tem também ações em algumas empresas de grande porte aqui no Brasil, mas nada que precise de muita atenção, na Alemanha, seu pai tinha duas empresas, dele, hoje elas são administradas
Após o banho vou até o espelho, passo uma leve camada da pomada nos machucados, separo a maquiagem e começo a cobrir os que ficavam em meus rosto, já não estava inchado, mas ainda doíam, com cuidado comecei a me maquiar até que aos poucos eles sumiram, vou em busca de uma roupa, escolho um vestido azul leve de mangas cumpridas, com detalhes em renda tando na barra, quanto nas mangas, escolho uma rasteirinha preta de tiras trançadas, o infeliz do Afonso pensou em tudo mesmo, penso com um sorriso. Vou para a cozinha, o lugar era gigante apenas para uma pessoa, mas não me importava mais, eu tinha direito a ter isso, não ficaria me lamentando. Toda a casa tinha tons escuros, começo a preparar o meu café, não estava com fome, mas precisava recuperar o peso que perdi, fui a caminho da porta, pego a chave e vejo que ao lado há uma cart
Já no carro tinha uma certa ansiedade, dei meu novo endereço, não falamos nada, odesejo contido parecia pesar o ar a nossa volta, o que causava uma expectativa torturante, ocaminho parecia longe demais, ao passamos em frente a uma farmacia o pedi para parar, saíquase correndo, podia parecer desesperada mas a ideia de me sentir nem que fosse um poucoviva era excitante. Comprei algumas camisinhas e voltei ao carro, olhando seu rosto vi ummeio sorriso se forma. _ encontre uma rua vazia, não consigo esperar - falei ofegante. _ quero muito me enterrar em você, mas… _ sem mas, eu preciso, não me faça implorar mais. O carro seguiu mais algumas ruas, até para em uma completamente vazia, os doiscarros com o seguranças pararam logo atrás, revirei os olhos impaciente, tirei o cintolevantando rapidamente o vestido indo para o colo do motorista que me olhava com desejo,me coloquei em seu colo sentindo sua ereção contra mim, busquei sua boca, seu beijo era umaperdição, chu
O olhava sem saber o que esperar, ele foi o homem que vi como pai, que admirei, mas era mentira, tudo era mentira, sentia minha cabeça ferver, não conseguia entender, eles poderiam ter provado quem eu era, que minha vida era uma mentira, então por que não fizeram? Olhar para ele, era o mesmo que olhar um estranho. _ Lívia eu sei como está se sentindo, eu vim te explicar - acabei soltando um riso nervovo. _ está 10 anos atrasado. _ entenda, eu não podia contar, mas vim te explicar tudo, não menti quando disse que te via como uma filha - seus olhos estavam cheio de lágrimas não deramadas. A raiva em mim era algo que nunca havia sentindo antes na vida, tampei a boca com a mão de maneira nervosa, enquanto a outra ainda segurava o lençol, como alguém poderia mudar tão rápido, a um minuto um homem estava quase morrendo por sua causa, e seu rosto nem se quer tinha o minimo sinal de culpa, e agora lágrimas? _ não quero saber, a única coisa que eu te pesso é que se mantenha lo
Sentei na beira da cama e fiquei observando o Ethan, realmente não tinha sentimentos por ele, nem mesmo o de amizade, não sabia se seria capaz de vê-lo dessa forma algum dia, mas o estava arrastando para algo que nem mesmo eu sabia, não tinha nada a lhe dar além do meu corpo, e ainda assim apenas por um momento. Fui até o closet, algo desnecéssario, peguei uma calça jaens escura, um coturno também preto, uma camiseta branca, amarrei o cabelo em um coque, depois de vestida voltei ao quarto, ele ainda dormia, fui até ele e o balancei levemente até que acordasse, seus olhos pareceram confusos por um momento. _ está se sentindo melhor? - perguntei. _ estou, e você? _Estou bem, mas não quero mais te ver, então esqueça que me conheceu. _ é isso que quer? _ sim, vou sair, leve o tempo que precisar. Não houve ultimo beijo, ou declarações, era o fim de algo que não começou, mas não sentia nada com isso, mas não desejava que ninguém se machucasse por minha culpa. Peguei a
Quando se mora no Rio de Janeiro não importa se você é rico ou pobre, desde cedo se aprende o som de tiros, eram os mesmo sons que vinham em nossa direção agora, queria muito perguntar o que estava acontecendo, mas não conseguia falar, estva novamente em pânico, olhei para trás e vi que no minimo três carros nos seguiam, tão rápidos quanto nós, escuto a voz do Eros mas não consigo entender, a única coisa que tinha a certeza éque estavam tentando me matar. Após algumas curvas violentas estavamos em uma estrada de barro, os carros ainda nos seguiam mas estavam um pouco mais afastado, quando o Eros parou bruscamente, me chamando bruscamente, logo o som dos dos carros estavam próximos, e os tiros retornaram mas proximos, bem proximos, corriamos por entre arvores, não fazia ideia de onde estavamos, sentia que morreria a qualquer momento, uma mão forte me segurou me puxando com força, minhas pernas começavam a doer, mal conseguia respirar. _ estamos quase chegando, só mais um pouco -
Ao passarmos pela porta me vi em um quarto espaçoso, diferente de onde havia acordado, as paredes tinham tons verdes, um tapete felpudo cobria todo o chão, a cama de casal tinha um dorsal de madeira, e mas uma fez estava encantada, tudo parecia tão delicado, fui até a porta de vidro a abrindo, o calor envolveu minha pele, e mesmo sem gostar muito fechei os olhos e me permitir sentir os cheiros, fragrâncias que se misturavam, as vozes das passoas também estavam presentes, pareciam felizes, pelo pouco que vi sentia que de alguma forma as pessoas aqui eram mais felizes. _ venha Lívia- me voltei para ela, a mesma tinha algumas roupas nas mãos. _ obrigada - falei pegando as roupas. _ no seu quarto a roupa íntima, o Eros comprou para você - fiquei sam saber como reagir a isso. Agradeci novamente e segui para o quarto onde estava, ela havia me dado uma calça jeans clara, uma camiseta preta, e um casaco fino, procurei em uma das gavetas, peguei um conjunto vermelho, tomei o max
Mas é claro que seria em algo assim que estaria metida, quando o Afonso, afirmou que meu problema maior seria com a família do meu pai, acredito que havia sido sobre isso que estava falando, mesmo sem me lembrar de tudo, não sou tola, os homens naquela sala pareciam surpresos com minha presença, diria que pelos olhares desejavam minha morte, mas meus olhos pararam em um homem, alguém que já havia visto anos atrás, sangue do meu sangue... _ meu Dom, vejo que trouxe um novo bichinho, embora tenha que dizer que confraternizar com o inimigo não seja uma boa ideia - as palavras foram ditas por um homem próximo a nós. Ao seu lado duas mulheres semi-nuas, um copo de bebiba em sua mão, o olhei com nojo, acho que não consegui esconder minha repulsa pois o odio em seu rosto se fez ainda mais presente. Mas suas palavras me deram a certeza de que todos sabiam quem eu era, e minha presença parecia ser algo fora de contexto, mas se assim fosse por que aquele homem estaria aqui. _ penso
As coisas estavam agitadas a semana inteira, não que estivesse interessadaem qualquer acontecimento que envolvesse meu aniversário, odiava a data e issonunca mudaria, será que não cansavam de me torturar? Minha dor nunca seria obastante? Não era revoltada e olha que motivos nunca me faltaram, mas sempretentei controlar minha raiva, pensava dez vezes antes de dizer qualquer coisa, nãome dava bem com a Sheila, ainda assim nunca deixei de ser grata por ter ficadocomigo e com o Nando, mesmo agora ele tendo que passar mais tempo na empresa,do na casa dele não restava muito para mim, ainda assim, a ele também era grata, afinal eu era o único motivo que ainda o mantém ligado a está casa. Joguei mais um dardo na porta, mas esse passou direto e bateu no ombro do Rodrigo, marido da minha tia, por sorte tinha abandonado os dardos