O calor me fez acordar, sentia minha pele pegajosa, mesmo assim me aconcheguei inda mais ao corpo colado ao meu, seus braços me envolviam a cintura de forma possessiva, não me importei, apesar do suor e da dor no meio das minhas pernas, era uma boa sensação;
Voltei a fechar os olhos na esperança de voltar a dormi, não queria pensar em nada, não agora, não com ele aqui, mas o sono não voltou, com cuidado retirei seus braços da minha cintura, o vi se mexer e me procurar na cama, após alguns segundos se acalmou e voltou a dormi profundamente. Observei seu corpo, ainda estavamos nus, suas costas estavam cheias de marcas, algumas de antes, outras bem vivas, e até mesmo com um pouco de sangue, o que me deu uma satisfação assustadora, recolhi as roupas no chão e segui para o banheiro, tentei evitar me olhar no espelho, não queria ver o estrago que ele havia feito ao meu corpAo fim da última aula resolvo ir para a biblioteca, precisava aproveitar o embalo e adiantar o maxímo possivel do projeto, espalhei os livros na mesa e comecei a pesquisar, possiveis grupos para o projeto. Abro os gráfico que tinhamos feito durante a aula, tinha que admitir, ela era tão boa quanto eu, talvez melhor, o que me deixava com ainda mais vontade de me superar. Faço mais algumas anotações e recolhos as coisas para ir embora, queria aproveitar ao maxímo, pois sabia que quando chegasse em casa pensaria na noite anterior, ou na conversa com o Fernando, e na verdade, não sabia bem o que queria. A faculdade estava quase vazia, apenas poucos alunos assim como eu, estavam adiantando alguns assuntos, vi o Daniel vindo em minha direção com um grande sorriso, não havia como negar que ele era um homem muito bonito. _Que bom que te achei, queria te dar os parabens, fiquei muito feliz que se superou, e tenho que dizer estou
Balanço meu corpo violentamente, em uma tentativa inútil de me soltar, sinto meus olhos queimarem, mas as lágrimais não caem, como poderiam, o horror que estou sentindo é maior do que qualquer outra coisa, só pode ser um pesadelo, tem que ser um pesadelo, por Deus que seja um pesadelo. O vejo caminha até meu lado na cama, vejo um pano em sua mão, sabia bem o que viria a seguir. _sempre imaginei como seria estar dentro de você, e agora que eu sei, não quero outra coisa, minha pequena Flor de Outono... Tudo voltou a escuridão. Novamento me sinto despertar, mas preferia continuar dormindo, mantive os olhos fechados, mas sentia seu corpo no meu, se movimentando com fúria, gemendo, me apertando, senti o vomito subir pela garganta, não queria abrir os olhos, não queria ver, não poderia, seria demais para mim
Olhei tudo que estava sobre a bancada, e acabo pegando um batom vermelho, com as mãos tremulas escrevo o nome socorro, mesmo borado dava para entender, encaro a pequena janela, ela parecia alta demais agora, subo na privada, ficando na ponta dos pés, meu corpo todo tremia, e a dor comesava a se fazer presente, não sei quanto tempo mais iria aguentar, abri a pequema janela e lutando contra o tremor empurrei a toalha lá, mas quando fui tentar mate-la presa, como uma faixa, ela escurregou dos meus dedos, se o vento estivesse forte a levaria para longe, se não houvesse ninguém na rua, ninguém saberia de onde aquilo teria vindo, não tinha forças para repitir o processo, precisava aceitar, era o fim. Escuto a porta ser aberta, mas não ligo mais, deixo meu corpo e ao chão sem me importar com mais nada. Fechei os olhei e me entreguei a escuridão. (ESPECIAL FERNANDO) _você mais uma vez s
Acordei com o brarulho, olhei em volta sem entender onde estava, tudo era branco, mas um barulho infernal não me deixava pensar, um pib, insistente como um zumbido de mosquito em seu cerebro, tentei me levantar, mas não consegui, fechei os olhos com força tentando organizar meus pensamentos. Lembrava de sair da faculdade, de deitar para dormi... Fernando, sinto meu corpo apertar, OH MEU DEUS. Sinto as lágrimas escorerrem pelo meu rosto e não tento controlar, não conseguiria mesmo se deseja-se, não foi só do que houve no apartamento, lembre de tudo, meus pais, o acidente, minha vida. _não, não, não, não... O barulho aumenta, sinto meu corpo tremer, e sem me importar começo a gritar, não sei bem quais palavras, apenas queria colocar para fora toda a dor e angustia que estavam instaladas em mim, tudo o que passei, tudo o que achei ser minha culpa, eles eram os responsaveis, o que perdi, o que poderia ter dito, o que era m
Mas um dia estava se passando, e tudo que passava pela minha cabeça era que precisava sair daqui o mais rápido possível. Escuto a porta sendo aberta e novamente a Dra. Eduarda entra acompanhada de uma enfermeira, mas para minha surpresa a Suzana as acompanhava dessa vez, teria que agradecê-la por ter insistido em mim, embora desconheça o motivo. _ desculpa não ter vindo antes, não me deixaram entrar - falou ela me olhando, acredito que angustiada. Ainda não tinha me olhado, mas duvido que minha aparência seja das melhores, passei o inferno na terra, e cada pedaço do meu corpo comprova isso, apenas deixaria para me importar com isso depois, tinha outros assuntos mais importantes para resolver. _ pr
O primeiro a vim até mim, foi o Paulo, o mesmo segurou minha mão para me confortar, não que isso me ajudasse no momento, ele não havia mudado muito com os anos, a barba bem feita rente ao rosto já estava totalmente grisalha, assim como os cabelos, seus olhos eram azuis e me mostravam um carinho que só havia visto no rosto dos meus pais, a enfermeira já havia saído. _ minha criança, fico feliz que tenha lembrado de tudo, e peço desculpas por tudo que lhe aconteceu - senti sinceridade em suas palavras. _ no momento não preciso de desculpas e sim de ajuda, por isso chamei vocês aqui, quero tomar tudo que me foi tirado esses anos, quero que paguem pelo que fizeram, não só a mim, mas aos meus pais - os tr&ecir
Receberia alta, embora não tenha ganhado muito peso, e ainda precisasse de ajuda decidi que não ficaria mais aqui, não tive notícias do Ethan, não sabia bem o que sentia em relação a isso, ao menos ele também tentou me ajudar, mesmo que isso pudesse expor nosso envolvimento. A Suzana como havia pedido voltou, e agora esperava junto comigo, pela médica, Afonso havia cumprido o que disse, no dia anterior foi entregue tanto um celular como duas mudas de roupa, o celular já estava ativo, e nele uma mensagem com o meu novo endereço, respondi apenas um obrigado. Quando a Dra.Eduarda entrou com cara de poucos amigos me encarando por um momento, e em seguida vejo Sheila entrar no quarto, sinto meu corpo pulsar de raiva, vi seu rosto seus olhos cheios de lágrimas falsas, sua boca aberta em um horror fingido. &nb
Dentro do apartamento vejo que o espaço é amplo, já estava mobiliado, mas não tinha cabeça para pensar nisso, vou até o sofá e me sento, sentia que meu corpo ia ceder a qualquer momento, e não queria isso, não podia deixar isso acontecer, ainda. _ bom vamos ao meu futuro - falei seca. _ como já deve imaginar herdou a Construtora, há alguns acionistas, mas você é dona de 70% das ações, fora isso, tem a casa onde nasceu, dois apartamentos, três carros importados, duas motos, tem também ações em algumas empresas de grande porte aqui no Brasil, mas nada que precise de muita atenção, na Alemanha, seu pai tinha duas empresas, dele, hoje elas são administradas