Olhei tudo que estava sobre a bancada, e acabo pegando um batom vermelho, com as mãos tremulas escrevo o nome socorro, mesmo borado dava para entender, encaro a pequena janela, ela parecia alta demais agora, subo na privada, ficando na ponta dos pés, meu corpo todo tremia, e a dor comesava a se fazer presente, não sei quanto tempo mais iria aguentar, abri a pequema janela e lutando contra o tremor empurrei a toalha lá, mas quando fui tentar mate-la presa, como uma faixa, ela escurregou dos meus dedos, se o vento estivesse forte a levaria para longe, se não houvesse ninguém na rua, ninguém saberia de onde aquilo teria vindo, não tinha forças para repitir o processo, precisava aceitar, era o fim. Escuto a porta ser aberta, mas não ligo mais, deixo meu corpo e ao chão sem me importar com mais nada. Fechei os olhei e me entreguei a escuridão.
(ESPECIAL FERNANDO)
_você mais uma vez s
Voltei, desculpem a demora minha fornecedora de NET resolveu parar e só voltou hoje.
Acordei com o brarulho, olhei em volta sem entender onde estava, tudo era branco, mas um barulho infernal não me deixava pensar, um pib, insistente como um zumbido de mosquito em seu cerebro, tentei me levantar, mas não consegui, fechei os olhos com força tentando organizar meus pensamentos. Lembrava de sair da faculdade, de deitar para dormi... Fernando, sinto meu corpo apertar, OH MEU DEUS. Sinto as lágrimas escorerrem pelo meu rosto e não tento controlar, não conseguiria mesmo se deseja-se, não foi só do que houve no apartamento, lembre de tudo, meus pais, o acidente, minha vida. _não, não, não, não... O barulho aumenta, sinto meu corpo tremer, e sem me importar começo a gritar, não sei bem quais palavras, apenas queria colocar para fora toda a dor e angustia que estavam instaladas em mim, tudo o que passei, tudo o que achei ser minha culpa, eles eram os responsaveis, o que perdi, o que poderia ter dito, o que era m
Mas um dia estava se passando, e tudo que passava pela minha cabeça era que precisava sair daqui o mais rápido possível. Escuto a porta sendo aberta e novamente a Dra. Eduarda entra acompanhada de uma enfermeira, mas para minha surpresa a Suzana as acompanhava dessa vez, teria que agradecê-la por ter insistido em mim, embora desconheça o motivo. _ desculpa não ter vindo antes, não me deixaram entrar - falou ela me olhando, acredito que angustiada. Ainda não tinha me olhado, mas duvido que minha aparência seja das melhores, passei o inferno na terra, e cada pedaço do meu corpo comprova isso, apenas deixaria para me importar com isso depois, tinha outros assuntos mais importantes para resolver. _ pr
O primeiro a vim até mim, foi o Paulo, o mesmo segurou minha mão para me confortar, não que isso me ajudasse no momento, ele não havia mudado muito com os anos, a barba bem feita rente ao rosto já estava totalmente grisalha, assim como os cabelos, seus olhos eram azuis e me mostravam um carinho que só havia visto no rosto dos meus pais, a enfermeira já havia saído. _ minha criança, fico feliz que tenha lembrado de tudo, e peço desculpas por tudo que lhe aconteceu - senti sinceridade em suas palavras. _ no momento não preciso de desculpas e sim de ajuda, por isso chamei vocês aqui, quero tomar tudo que me foi tirado esses anos, quero que paguem pelo que fizeram, não só a mim, mas aos meus pais - os tr&ecir
Receberia alta, embora não tenha ganhado muito peso, e ainda precisasse de ajuda decidi que não ficaria mais aqui, não tive notícias do Ethan, não sabia bem o que sentia em relação a isso, ao menos ele também tentou me ajudar, mesmo que isso pudesse expor nosso envolvimento. A Suzana como havia pedido voltou, e agora esperava junto comigo, pela médica, Afonso havia cumprido o que disse, no dia anterior foi entregue tanto um celular como duas mudas de roupa, o celular já estava ativo, e nele uma mensagem com o meu novo endereço, respondi apenas um obrigado. Quando a Dra.Eduarda entrou com cara de poucos amigos me encarando por um momento, e em seguida vejo Sheila entrar no quarto, sinto meu corpo pulsar de raiva, vi seu rosto seus olhos cheios de lágrimas falsas, sua boca aberta em um horror fingido. &nb
Dentro do apartamento vejo que o espaço é amplo, já estava mobiliado, mas não tinha cabeça para pensar nisso, vou até o sofá e me sento, sentia que meu corpo ia ceder a qualquer momento, e não queria isso, não podia deixar isso acontecer, ainda. _ bom vamos ao meu futuro - falei seca. _ como já deve imaginar herdou a Construtora, há alguns acionistas, mas você é dona de 70% das ações, fora isso, tem a casa onde nasceu, dois apartamentos, três carros importados, duas motos, tem também ações em algumas empresas de grande porte aqui no Brasil, mas nada que precise de muita atenção, na Alemanha, seu pai tinha duas empresas, dele, hoje elas são administradas
Após o banho vou até o espelho, passo uma leve camada da pomada nos machucados, separo a maquiagem e começo a cobrir os que ficavam em meus rosto, já não estava inchado, mas ainda doíam, com cuidado comecei a me maquiar até que aos poucos eles sumiram, vou em busca de uma roupa, escolho um vestido azul leve de mangas cumpridas, com detalhes em renda tando na barra, quanto nas mangas, escolho uma rasteirinha preta de tiras trançadas, o infeliz do Afonso pensou em tudo mesmo, penso com um sorriso. Vou para a cozinha, o lugar era gigante apenas para uma pessoa, mas não me importava mais, eu tinha direito a ter isso, não ficaria me lamentando. Toda a casa tinha tons escuros, começo a preparar o meu café, não estava com fome, mas precisava recuperar o peso que perdi, fui a caminho da porta, pego a chave e vejo que ao lado há uma cart
Já no carro tinha uma certa ansiedade, dei meu novo endereço, não falamos nada, odesejo contido parecia pesar o ar a nossa volta, o que causava uma expectativa torturante, ocaminho parecia longe demais, ao passamos em frente a uma farmacia o pedi para parar, saíquase correndo, podia parecer desesperada mas a ideia de me sentir nem que fosse um poucoviva era excitante. Comprei algumas camisinhas e voltei ao carro, olhando seu rosto vi ummeio sorriso se forma. _ encontre uma rua vazia, não consigo esperar - falei ofegante. _ quero muito me enterrar em você, mas… _ sem mas, eu preciso, não me faça implorar mais. O carro seguiu mais algumas ruas, até para em uma completamente vazia, os doiscarros com o seguranças pararam logo atrás, revirei os olhos impaciente, tirei o cintolevantando rapidamente o vestido indo para o colo do motorista que me olhava com desejo,me coloquei em seu colo sentindo sua ereção contra mim, busquei sua boca, seu beijo era umaperdição, chu
O olhava sem saber o que esperar, ele foi o homem que vi como pai, que admirei, mas era mentira, tudo era mentira, sentia minha cabeça ferver, não conseguia entender, eles poderiam ter provado quem eu era, que minha vida era uma mentira, então por que não fizeram? Olhar para ele, era o mesmo que olhar um estranho. _ Lívia eu sei como está se sentindo, eu vim te explicar - acabei soltando um riso nervovo. _ está 10 anos atrasado. _ entenda, eu não podia contar, mas vim te explicar tudo, não menti quando disse que te via como uma filha - seus olhos estavam cheio de lágrimas não deramadas. A raiva em mim era algo que nunca havia sentindo antes na vida, tampei a boca com a mão de maneira nervosa, enquanto a outra ainda segurava o lençol, como alguém poderia mudar tão rápido, a um minuto um homem estava quase morrendo por sua causa, e seu rosto nem se quer tinha o minimo sinal de culpa, e agora lágrimas? _ não quero saber, a única coisa que eu te pesso é que se mantenha lo