Quero distância

MERLYA

Não sei oque pensa, todo meu corpo está dolorido, mesmo com tudo isso a dor toma conta de mim, um soluço involuntário sai da minha garganta e ecoa por todo quarto, uma lágrima solitária escorreu por minha face. Respiro fundo e forcei meu corpo a sair da cama.

Piso o pé no chão de mármore frio e no mesmo momento soltou um rosnado de dor, sinto a ardência em minhas costas, vou em em direção ao espelho e quando me aproximo olho meu reflexo, vejo meu cabelo todo bagunçado, minha boca com um pequeno corte, me viro e levanto um pouco minha blusa e vejo um grande corte por toda extensão da minha costa. Me sinto frustrada por não ter me curado ainda, isso acontece quando se é rejeitada pelo companheiro, além de nós sentimos uma imensa dor, também nós curamos mais lentamente. Abaixo com cuidado a blusa e vou para o banheiro. Faço minha higiene pessoal e quando termino vou em direção ao closet, olho para várias roupas masculinas, reviro meus olhos, não acredito que terei que usar essas roupas. Não posso usar a minha por estar totalmente destruída por conta da luta. Pego uma blusa polo preta com mangas longas. E coloco por cima do meu corpo, peguei uma cueca box e visto-me. Arrumo meu cabelo em um coque, me olho no espelho que tem no closet e me sinto confortável.

[...]

Exploro toda extensão da casa que enorme, paro em frente em uma porta que está fechada lá dentro ouço vozes, e uma delas e do maldito supremo, rosno, não quero passar mais nenhum momento aqui, ainda mais sabendo que estou em sua casa, em seu território. Corro para a porta de saída e vejo uma grande mata, respiro fundo e piso o pé na grama

A floresta a minha frente me deixa encantada com tamanha majestade que a floresta vou para trás de uma árvore tiro minhas vestes que ocupa meu corpo e me transformo, sem olhar para mais nada saiu correndo mata adentro,

Só paro quando estou em frente a uma cachoeira, respiro fundo e me volto para minha forma humana, lentamente entrou na água e vou até a metade que mais o menos o fundo cobre o meu seio mais deixa o meu pescoço e o meu rosto longe da água, penso em tudo que ocorreu uma lágrima novamente surgem, pois a dor da rejeição ainda é recente, só de pensar que daqui a duas luas minha bruma irá chegar fico desesperada esses anos todos me guardei para o meu companheiro e quando o encontro ele me rejeita. Fecho meus olhos e deixo que a água me abrace.

Ouço um som vindo da mata na mesma hora deixo minha audição de lobo apurada, os passos parece os passos de um lobo, quando olho para o lugar de onde estava vindo os passos vejo o supremo. Seu lobo me observa, seus olhos vermelhos como sangue estão atentos a cada movimento vindo de minha parte. Isso de certa forma me tira do sério, olho para ele o desafiando, uma ideia passa por minha cabeça e um sorriso discreto surge em meus lábios, vou saindo da água lentamente até estar totalmente fora, ele me olha da cabeça aos pés, me transformo em lobo, antes que minha loba possa da um passo para se retira de sua presença ouvimos ele rosna.

Olho para ele incrédula, e rosno na mesma intensidade o mais que seu rosnado, ele me olha com um misto de curiosidade e admiração. Ele para de me olhar e começa a cheirar o ar, sinto uma presença maligna ao nosso redor e isso me deixa em estado de alerta, faço minhas garras crescerem pronta para atacar qualquer um que me fizer mal. Mas parece que do mesmo modo que a presença maligna apareceu do mesmo modo que ela sumiu. Respiro fundo e soltou o ar que por algum motivo estava prendendo. Olho para ele novamente, e vejo que ele faz o mesmo, viro para floresta e corro para o mais longe que posso, ate que parou quando encontro uma cidade abandonada, começou a andar calmamente, passou pelos portões da cidade e vejo casas com janelas quebrada, marca de garras nas portas de entrada de cada casa até que uma em especial me chama atenção.

Me transformou em humana e mesmo nua ando em direção a casa ao entrar sou tomada por várias lembranças que eu não sabia da existência delas em meu subconsciente.

“ Lya! — Chama uma voz em tom de desespero. — Vamos, temos que partir agora! — Diz ela, ouço gritos vindo do lado de fora da casa.

— Eu não quero ir! — Falo chorona. — E o papai.

— Filha, seu pai logo estará com a gente, você sabe que ele tem que ficar e proteger a alcatéia. — Neste momento a casa é invadida e minha mãe atacada. — CORRE LYA, CORRE!— fala gritando enquanto tento distrair o vampiro à minha frente.

Corro como se minha vida dependesse disso, minhas pernas doem, mas quanto mais eu corro mais segura estou, mais antes que possa correr mais algo me arremessa longe e eu perco a consciência.”

— AHHHHH. — Essa lembrança faz minha cabeça doer, caio de joelhos com as mãos sobre minha cabeça tentando conter a m*****a dor que se alastra por toda minha mente, gritos estrondosos sai da minha boca— DÓI. — Grito, sinto uma mão tocar em meu ombro e uma voz calma se pronunciar.

— Lya, calma eu estou aqui! — Diz essa voz. — calma, pequena! — Repete e isso me acalma lentamente e me deixa relaxada, meu olhos vão se fechando e eu apago de vez.

(...)

Acordo com uma puta dor de cabeça, ponho a mão na minha têmpora e começo a fazer movimentos circulares, volta minha mente todo o ocorrido e também venha minha mente o som da voz que fez meu corpo relaxar, era como se essa voz trouxesse paz a dor que se alastrava pela minha cabeça.

Respiro fundo e olho para o ambiente a minha volta e mais uma vez noto que estou no quarto de onde havia fugido a raiva toma conta de mim, que deve ter me trazido para cá novamente não acredito isso, dou um soco no estofado da cama, minha vontade é de matá lo, depois de tudo que houve ele ainda tem ousadia de me trazer até sua casa novamente, reviro meus olhos pensando na tamanha ousadia vindo da parte daquele miserável.

A única coisa que quero vinda da parte dele e distância, ele teve a coragem de me rejeitar então porque não me deixa em paz, porque ainda continua a me perseguir, uma lágrima involuntária descer por meu rosto e neste momento a porta é aberta e o desgracado entra sem ser chamado ou anunciando, claro ele e o supremo alfa e eu estou em seu território, pois querendo ou não essa alcateia lhe pertence.

Volto a respira fundo mais uma vez e olho em seus olhos, nele nao vejo nada além de frieza vinda de sua parte para comigo, seus rosto não esboça qualquer tipo de emoção diferente da minha, que sei que estou prestes a chorar, só de olhá lo aquela dor volta novamente nao sera facil esquecer o'que ele me fez, antes que a lágrima caia viro meu rosto para o lado e dobrou minhas pernas e colo meu rosto entre elas.

Soluços baixos começam a sair da minha garganta , nao aguento mais tanta tristeza, minha vida sempre foi um inferno, sempre me apontaram o dedo por ter uma loba diferente das demais, nenhuma loba em minha alcateia ou nas duas alcateias vizinhas possuíam lobas de pelagem totalmente branca, ironicamente somente eu possuo, uma loba diferente de ambas, por conta disso, ninguém nunca me aceito a única que me deu abrigo nos piores momentos foi ver a minha melhor amiga, e minha loba, sinto dois braços me puxando e sei que se trata dele, continuo a chorar mas ele trata de me colocar sobre a cama.

Quando acho que ele vai sair e me deixa sozinha, sinto a cama afundar e seu corpo colado ao meu, ele me vira para ficar de costa para ele, e seu corpo e colocando junto com o meu, assim ficamos na posição mais famosa que um casal usa para dormir quando estão apaixonados a famosa [conchinha].

Irônico.

Penso antes de me sentir mais calma e segura, assim acabo caindo em um sono profundo

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