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D. V. de Ravena Ravem. Ao adentrar a suíte, nos deparamos com uma cena intrigante. Raphael repousava em uma poltrona, seu olhar desdenhoso pairando sobre os conselheiros que ali se encontravam. A atmosfera era tensa, e Edmund Ravem, notavelmente, exibia um semblante estarrecido, seus olhos fixos na imponente presença da Grande Mãe Bruxa. Ele estava estarrecido... Era evidente que nossa chegada não era esperada por ele. O choque estampado no rosto dos presentes, denunciava a surpresa, diante da “inesperada visita”. Os demais membros do conselho, por sua vez, exibiam palidez, e uma inquietação perceptível, como se estivessem prontos para se evadir a qualquer instante... A sala estava impregnada de um silêncio desconfortável, interrompido apenas pelo ruído sutil dos passos que ecoavam no ambiente tenso. A presença da Grande Mãe Bruxa, conferia um peso ainda maior à situação, e a incerteza pairava no ar como uma cortina densa. A expressão de Raphael, por sua vez, não denotava surpres
D. V. de Ravena Ravem. Divertindo-me com a expressão surpresa e apreensão estampada nos rostos dos conselheiros, ignorei qualquer pedido de pausa, e avancei na direção de Rafael. Ele já se encontrava, com os punhos firmemente algemados à parede, flanqueado por um guarda de cada lado. Seu olhar, embora fixado em mim, não conseguia esconder a evidente aceleração de sua respiração. À medida que me aproximava, podia notar a tensão no ambiente. Os conselheiros observavam atentamente, ansiosos pelo desenrolar do evento. No entanto, eu, desfrutava do momento, e percebia que a minha mãe também. Mantinha-me calma e confiante, consciente do poder que exercíamos naquele cenário, tão bem preparado. Rafael, por sua vez, continuava a fitar-me, tentando decifrar minhas intenções. Ainda que seus punhos estivessem aprisionados, a chama de provocação em seus olhos permanecia inabalável. Aquela troca de olhares, criava uma narrativa silenciosa e excitante, um embate de vontades que transcendia as pal
P. D. V. de Raphael Stone.Mesmo ciente dos planos de Ravena, meu lado alfa não pôde conter completamente a rebelião que fervilhava dentro de mim, quando os guardas se aproximaram com as correntes. Não eram feitas de prata, mas eu sabia que, de alguma forma, elas conteriam a minha força de lobisomem. Eu lutava dentro de mim contra elas, resistindo ao aprisionamento, que se aproximava...Evitava olhar para Eva, pois o sentimento de proteção em relação a ela, crescia a cada segundo. A preocupação com sua segurança era como uma chama ardente, alimentada pelo instinto de proteger aqueles que amava.Desesperadamente, tentei chamar por Rígil, buscando a conexão com meu espírito lobo, mas tudo o que recebi foi um silêncio ensurdecedor. Parecia que até meu lado selvagem, reconhecia a gravidade da situação, mas permanecia em silêncio, como se estivesse aguardando o momento certo para agir, ou ser libertado, de onde quer, que ele estivesse.Enquanto as correntes se aproximavam, eu sentia a luta
D. V. de Ravena Ravem. Eu estava estarrecida! fixei meus olhos em Raphael... Era evidente que ele estava subjugado por uma dor muito grande, preso por alguma forma de encantamento. Seu olhar, antes repleto da sombra, de seu espírito lobo, agora estava embranquecido e opaco, desprovido da capacidade de orientar sua própria vontade. Ali, diante de mim, desdobrava-se uma magia das trevas incalculável, uma força poderosa, que controlava as vontades das vítimas a seu bel-prazer. E infelizmente, ali estava Raphael...o meu companheiro, estava irreconhecível...quase deformado, por aquela transformação. Dele se soltava uma fumaça cinza, como tentáculos, que envolviam sua mente e corpo. Nunca tinha visto magia das trevas, tão poderosa, como aquela! Eu tentava compreender a natureza desse feitiço, que o transformara de forma tão abrupta... Ali, naquele momento, ele era um fantoche! Sabia que, geralmente, somente aqueles que lançavam o encantamento, detinha o conhecimento para desfazê-lo.
D. V. de Ravena Ravem. As palavras de Eva ecoaram em meus ouvidos como um trovão distante, mas o estrondo ressoou principalmente em meu peito, fazendo o meu coração disparar em descompasso... Inimigos ocultos? Era isso? Todos aqueles acontecimentos aleatórios tenham sido planejados? As sombras se adensavam ao nosso redor, tornando-se o palco sombrio de uma trama sinistra, que claramente, se desenrolava diante de nós com o intuito de destruir. Traições se escondiam nas dobras da escuridão, maquinações ocultas destinadas a prejudicar não apenas a mim, mas a Raphael, e ao restante da nossa família, e aos membros do clã Ravem. Quem eram esses seres traiçoeiros? E por que estavam determinados a desencadear a queda de nossa linhagem? Perguntas sem resposta pairavam como névoa, obscurecendo a verdade que buscávamos. Eva, com sua voz grave, havia lançado uma luz sinistra, sobre uma conspiração, que se desdobrava diante de cada um que estava a minha volta. Desgraçados! Eu tinha que desco
D. V. de “Espião Ravem”. Vi quando os guardas arrastaram aqueles conselheiros idiotas para o corredor que levava aos calabouços. Parece que nossos planos não conseguiram alcançar seu objetivo. — Idiotas imprestáveis!... — Sussurrei, dando um soco na parede. Sorrateiramente, segui o grupo, tendo o cuidado de ocultar minha presença dos guardas. A tensão pairava no ar enquanto eu me movia pelas sombras, observando cada movimento deles. A missão estava longe de ser concluída, e eu estava determinado a reverter a situação a nosso favor. Cada passo no corredor escuro era calculado, cada sombra explorada em busca de uma oportunidade de agir. O destino dos conselheiros podia ter mudado, mas eu estava determinado a mudar o curso dos eventos. Tínhamos que conseguir o nosso objetivo: Separa os impuros e destruir o clã Ravem. Enquanto observo o grupo se afastando, não posso deixar de notar a ausência de Eva. Será que ela foi bem-sucedida em executar sua parte no plano intricado que conceb
P. D. V. de Ravena Ravem.Os tentáculos se multiplicaram à minha frente, e tentavam me atacar incessantemente, como chicotes saindo do local onde antes estava a cabeça de Eva. Através da minha visão lateral, vi alguns dos guardas arrastando Raphael para fora do salão, e estavam sendo acompanhados por Lyanna, que aparentava estar dividida entre ir e ficar para lutar... Gritei para incentivar ela.— Vá com seu pai! Trate suas feridas e não se preocupe conosco... — Ela hesitou, mas logo acompanhou o grupo que tinha saído da sala.Olhando para onde estava minha mãe, vi que ela, Irina e Ikal, o comandante da guarda que tinha chegado durante o meu interrogatório, já estavam com seus cajados em mãos, prontos para lutar contra aquela magia desconhecida e vil. A situação era caótica, e o perigo pairava sobre nós. Senti a urgência de proteger aqueles que ainda estavam presentes, enquanto os tentáculos continuavam a se contorcer, ameaçadoramente diante de mim.Meu coração batia forte, mas a de
P. D. V. de Raphael Stone.Acordei com a sensação de que minha cabeça pesava toneladas, como se uma bomba tivesse desabado sobre mim. Tentei entender o que estava acontecendo, e ao passar a mão na lateral da cabeça, percebi que estava deitado sobre um colchão. Abri os olhos com cuidado, e ao meu lado, adormecida, estava a minha filhotinha. Ela segurava uma das minhas mãos com carinho, como se soubesse que algo não estava bem com o meu corpo.Confuso e atordoado, questionei a mim mesmo sobre o que poderia ter acontecido. Virei minha a cabeça lentamente, tentando reconhecer o ambiente ao meu redor. Foi então que a familiaridade me atingiu: eu estava no quarto da fortaleza Ravem, onde estava hospedado. Ainda meio atordoado, tentei juntar as peças desse quebra-cabeça confuso, enquanto a presença reconfortante da minha filha, ao meu lado, me lembrava que, apesar do caos momentâneo, eu não estava sozinho ali.Tentei me ajeitar na cama, movendo-me cuidadosamente para não a despertar. Por