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P. D. V. de Raphael Stone.Acordei com a sensação de que minha cabeça pesava toneladas, como se uma bomba tivesse desabado sobre mim. Tentei entender o que estava acontecendo, e ao passar a mão na lateral da cabeça, percebi que estava deitado sobre um colchão. Abri os olhos com cuidado, e ao meu lado, adormecida, estava a minha filhotinha. Ela segurava uma das minhas mãos com carinho, como se soubesse que algo não estava bem com o meu corpo.Confuso e atordoado, questionei a mim mesmo sobre o que poderia ter acontecido. Virei minha a cabeça lentamente, tentando reconhecer o ambiente ao meu redor. Foi então que a familiaridade me atingiu: eu estava no quarto da fortaleza Ravem, onde estava hospedado. Ainda meio atordoado, tentei juntar as peças desse quebra-cabeça confuso, enquanto a presença reconfortante da minha filha, ao meu lado, me lembrava que, apesar do caos momentâneo, eu não estava sozinho ali.Tentei me ajeitar na cama, movendo-me cuidadosamente para não a despertar. Por
P. D. V. de Ravena Ravem.Acordar com um sobressalto, e me deparar com Raphael ao lado da minha cama, sem camisa, irradiando TODA a sua plenitude...já me fazia suar!Seu físico perfeito acelerava o meu coração instantaneamente, mas a surpresa logo se transformou em alerta, ao perceber que algo estava BEM errado. Seus olhos cor de avelã determinados, indicavam que não estava ali, apenas para um encontro casual e arrebatador...Foi então que, para minha TOTAL perplexidade, avistei uma figura encapuzada no quarto. — Davina... Davina Ravem? — minha voz denunciava minha incredulidade. Como ela, havia escapado da masmorra? O susto misturado com o alívio inicial de ter Raphael ao meu lado, logo deu lugar à tensão.Num instante, Davina se levantou, aproveitando o nosso espanto e arremessou uma adaga em minha direção. Instintivamente, Raphael se interpôs, colocando sua própria mão na trajetória da faca. Testemunhar a lâmina penetrando sua carne, primeiro ele tinha sido machucado por ela no
P. D. V. de Ravena Ravem.Após Raphael sair para chamar Ikal, e informá-lo sobre a fuga de Davina, tomei a iniciativa de fazer o corpo dela flutuar suavemente até a cama. Com um gesto sutil, induzi uma névoa do sono ao redor dela, garantindo que permanecesse em um sono profundo, até ser despertada em sua cela, para o devido interrogatório, que com certeza seria realizado por minha mãe e o conselho. Enquanto eu concluía esse procedimento, ouvi uma batida na porta, e respondi prontamente. — Pode entrar... — Tinha certeza que era Raphael, com Ikal.Após um breve intervalo, vi Lyanna entrar na suíte. Seu semblante denunciava preocupação evidente. Instantaneamente, meu pensamento se voltou para a possibilidade, de ela ter encontrado Raphael nos corredores... A tensão pairava no ar enquanto aguardava para saber o motivo da expressão preocupada de Lyanna. — Mãe...eu estava preocupada com você!...Encontrei com o papai, e ele me falou sobre Davina e o ataque... — ela falou olhando para a c
D. V. de Raphael Stone. Eu fitava intensamente o semblante de Ravena, constatando o impacto daquela acusação sobre ela... A ideia de que aqueles cretinos do conselho, estavam realmente acusando, a própria princesa do reino deles, era absurda para mim. Instintivamente, dei um passo à frente, minha expressão carregada de indignação, e questionei com veemência. — Que tipo de acusação é essa? Como eles podem dizer, algo assim sobre sua própria princesa? E onde estão as provas, que sustentam essa acusação? Minha irritação era palpável, afinal, a MINHA LUNA, estava sendo acusada de assassinar membros do SEU PRÓPRIO CLÃ. Isso era inaceitável! Podia afirmar com convicção, que Ravena jamais prejudicaria alguém de seu clã, de maneira tão impensada e cruel. Dirigindo meu olhar para Davina, ainda presente no local, apontei para ela e prossegui. — Esta mulher empunhou uma adaga, com a clara intenção de matar Ravena, e a única REAÇÃO DELA foi desacordá-la... A minha companheira JAMAIS, machuc
P. D. V. de Ravena Ravem.Me aconchego em Raphael, e confesso para mim mesma que, naquele momento, só queria ficar em seus braços, sentindo o seu cheiro e o roçar da sua barba no meu cabelo. Se antes eu temia as emoções que ele me fazia sentir, hoje, junto ao seu corpo, era o único lugar que parecia ter paz. Desde que despertei, estava em constante busca de organizar pessoas, lugares, e situações, em minha mente, e mundo interno, mas por algum motivo, todos os meus receios, medos e inseguranças, sumiam quando eu estava próxima de Raphael...Ele era meu refúgio....Eu sabia que já o amava, mas continuava orando às Deusas Hécate e Selene, para todas as minhas memórias retornarem. Cada dia que passava ao lado dele, era como se novas peças do quebra-cabeça da minha vida se encaixassem, mas ainda havia lacunas a serem preenchidas. Enquanto eu me entregava aos sentimentos, que Raphael despertava em mim, as incertezas sobre o meu passado, persistiam...No entanto, naquele momento, enquanto
D. V. de Raphael Stone. Eu e Ravena estávamos caminhando pelo corredor, em direção ao grande salão, imersos na penumbra que envolvia o castelo. Uma atmosfera de tensão pairava no ar, embora Ravena parecesse alheia a qualquer ameaça iminente, pois estava perdida em seus próprios pensamentos. Contudo, meus sentidos aguçados captaram algo estranho, um vulto sorrateiro que nos seguia, habilmente se esgueirando pelas sombras. Optei por não compartilhar minhas suspeitas com Ravena, afinal, ela não tinha a menor ideia da periculosidade que aquela presença invisível poderia representar..., mas eu intuía, que era grande, e eu deveria estar preparado. Se meus sentidos estivessem em sua plenitude, eu seria capaz de identificar o intruso apenas pelo aroma peculiar que exalava. No entanto, a ausência de Rígil, estava começando a afetar cada vez mais, os meus sentidos sobrenaturais... Enquanto continuávamos nossa jornada em direção ao salão, prometi a mim mesmo que, uma vez resolvida aquela ab
D. V. de Ravena Ravem. Olho espantada para Raphael, após seu discurso envolvente, que ainda ressoa em meus ouvidos e dos outros, penetrando em nossas mentes como uma melodia sedutora... Nunca pensei que ele seria um alfa tão eloquente, por isso ele era tão respeitado, entre os lobisomens... Seus olhos, intensos e cheios de emoção reprimida, refletiam a frustração e a consternação que o consumiam. Ele estava BEM chateado, tanto quanto os outros presentes. Com toda aquela situação de “acusação”, que se desenrolava, a partir das pressões dos anciões, do conselho. Depois do meu retorno, Irina falou que eles vinham agindo de forma mais rígida, do que normalmente...por que minha presença, afetaria o clã de forma negativa? Percebo que, mesmo sendo Edmund o iniciador daquela trama de acusações, Raphael deveria desconfiar que outros conselheiros, possam estar apoiando o traiçoeiro jogo de intrigas, que estava sendo plantado ali. Sinto a tensão no ar, uma atmosfera carregada de segredos..
D. V. de Raphael Stone. Após deixar Ravena na suíte da rainha Huína, fui convocado por ela. A mesma, me passou algumas informações que me surpreenderam... Logo dirigi-me à sala de comunicações de espelhos mágicos. Lá, informei as coordenadas e a localização da minha alcateia. O espelho começou a tremular e, em instantes, a imagem de Jerome surgiu. Ele me cumprimentou calorosamente. — Meu alfa! Quanto tempo...Precisa de algo?...O senhor tem boas notícias, sobre o seu retorno? Com um sorriso de lado e resignado, compartilhei com Jerome todos os últimos acontecimentos na fortaleza Ravem, e solicitei que ele localizasse, a pessoa que a rainha me informou, ela estava por trás dos ataques de lobos sem alcateia, e quem trouxe um grupo de bruxas para auxiliar Eva, a entrar no Vale Ravem... Aquela mulher já tinha causado muito mal a minha alcateia, e aos meus entes queridos..., mas agora isso teria fim! Jerome me encarou com um olhar espantado, questionando com preocupação. — Alfa Raphae