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P. D. V. de Ravena Ravem.Eu estava completamente atordoada, paralisada pela notícia que acabara de receber...Morto?... Raphael estava morto?As palavras ecoavam em minha mente, mas eu lutava para aceitá-las. Raphael... morto? Era inimaginável! Impossível de aceitar. Minhas pernas tremiam, como se estivessem prestes a ceder sob o peso do choque que eu sentia em todo o meu ser.Olhei ao redor, buscando algum sinal de que tudo aquilo não passava de um terrível equívoco...de algo fantasioso, para me enganar, para me fazer sofrer...Meus olhos se fixaram em Emil, cujo semblante agora revelava uma loucura que antes eu não percebera.Durante todo aquele tempo, ele fora considerado um sobrinho atencioso, um membro confiável da família. Mas agora, diante de mim, ele se revelava como algo totalmente diferente.A imagem que eu tinha dele desmoronava diante dos meus olhos. Emil, aquele que aparentava ser um protetor, na verdade era uma serpente, uma cascavel, pronta para atacar aqueles que ele a
P. D. V. de Ravena Ravem.Eu estava na fortaleza Ravem, imersa em uma paisagem que parecia saída de um sonho, mas cuja nitidez me fazia questionar se estava perdida em minha própria mente.Cada detalhe, cada sombra, cada movimento parecia tão real que era difícil discernir a linha entre a realidade e a fantasia.Lembro-me vividamente da sala do trono, eu estava ao lado da minha mãe, uma figura imponente e sábia que transmitia força e conhecimento com apenas um olhar. Eu, com meus vinte e três anos, meu cabelo trançado caindo elegantemente de um lado, e do outro lado do trono, uma jovem Irina, com seus quinze anos, os cabelos soltos e os olhos brilhantes da juventude.Naquele momento, meu olhar se fixou em Emil, um homem magro e pálido, com óculos e vestes sérias, que parecia preferir a sombra ao sol. Sua presença era misteriosa, e algo em sua postura despertava minha empatia e pena.Então, eu ouvir a voz. Aquela voz que fazia meu corpo arrepiar-se, profunda, máscula e decidida. Quando
P. D. V. de Huína Ravem (Grande Bruxa Mãe).Maldição! Eu estava completamente cercada, enclausurada nesse quarto lacrado, incapaz de usar minha magia para escapar...A sensação de impotência era sufocante. A muito tempo, não sentia tal sensação de ineficácia! E tudo isso foi culpa da traição daquele, em quem eu mais confiava! Meu sobrinho, o menino tímido e reservado, que todos pensavam conhecer, revelou-se uma verdadeira serpente.Ele atacou assim que percebeu, que minhas investigações estavam se aproximando da verdade. O golpe orquestrado por ele, tomou diversas vidas de Ravem fieis a mim. Como pude amá-lo como um filho? A dor da decepção se misturava com a raiva por sua traição...Agora, minha mente fervilhava com preocupações sobre o paradeiro de Irina e Ikal...Foram eles, juntamente com o meu sobrinho “confiável” que estavam investigando secretamente para mim, sem que eu, sequer suspeitasse, que o verdadeiro traidor, estava entre nós! Desde o desmaio de Ravena, tempos atrás, quan
P. D. V. de Emil Ravem.Desde que aquele vira-lata desgraçado cruzou o meu caminho, tudo virou um verdadeiro caos...Eu vi meus planos desmoronarem diante dos meus olhos, como castelos de areia sendo levados pela maré. Ravena, minha amada e promissora bruxa rainha, sucumbiu à sua influência.Ela, que estava destinada a ser a grande matriarca de nosso clã! abandonou tudo por ele...Abandonou seus deveres, suas responsabilidades e até mesmo sua linhagem, dando à luz uma filha impura, uma aberração aos olhos de nosso povo, e de muitos seres sobrenaturais.E mesmo quando pensei que finalmente poderia tê-la para mim, ele ressurgiu das sombras, lançando-a novamente em um estado de desvario.Que espécie de poder oculto ele possuía para envolver Ravena em uma teia tão densa de loucura e paixão cega? Aquela ideia me atormentava, alimentando minha ira e minha frustração...Enquanto caminhava pelos corredores imponentes da fortaleza em direção ao grande salão, sentia uma mistura de sentimentos tu
P. D. V. de Huína Ravem.Eu forçava a porta com todas as minhas forças, mas nada cedia. Aquela sensação de impotência crescia dentro de mim, enquanto eu lutava contra a frieza do metal que me aprisionava. Eu precisava fugir dali, não sabia o paradeiro de Irina, e nem como o restante dos integrantes da fortaleza Ravem estavam.Eu esperava tudo, realmente, TUDO, daquele louco! Tinha que avisar alguém do mundo exterior! Os traidores vis, aqueles que me haviam jogado naquele cárcere, haviam caprichado na construção daquele quarto. Eu já havia vasculhado, cada centímetro, procurando por uma saída, uma porta, uma passagem secreta, que me levasse à liberdade, mas tudo foi em vão.Revirei cada canto do quarto, buscando desesperadamente uma brecha naquelas paredes, que pareciam tão sólidas, quanto a minha própria prisão na fortaleza. Porém, não havia nada além da única passagem, que os capangas de Emil, e as vezes, aquela garota estranha, utilizavam para me trazer comida, uma ocasião ou outra.
P. D. V. de Raphael Stone.Eu não podia acreditar nas informações que Lyanna havia conseguido. Aquele maldito estava planejando uma cerimônia de enlace de almas, e Ravena já estava marcada por mim...Desgraçado! Cretino! Ordinário!O pensamento do que poderia acontecer com ela, durante tal cerimônia fazia meu coração disparar. Como bruxa, eu sabia que essa cerimônia era diferenciada. Era um vínculo profundo, uma fusão de almas que poderia ser perigosa se não fosse feita corretamente...Esse cretino, vara pau de merda, não sabia disso?Geralmente, durante esse tipo de cerimônia, entre bruxos, os participantes trocavam um símbolo do seu amor, como um colar, anel ou tiara. Mas o que me deixava ainda mais indignado, era a completa falta de preocupação, daquele desgraçado com a segurança de Ravena...Entre lobisomens, nossa marca já era uma concretização da nossa intenção de ligação e união. Ele estava tão cego por seus próprios desejos, que não percebia o perigo iminente para ela...Só em
P. D. V. de Ravena Ravem.Escuto o som da chave, um ruído agudo que corta o silêncio da minha solidão “alegre” naquela “caixa” de boneca.Será que aquele desgraçado resolveu dar o ar da graça novamente? Ultimamente, só a sua presença, me enche de asco, e a minha vontade é de nocautear ele de todas as formas possíveis. Mas o cretino é tão covarde, e tão astuto em suas artimanhas. Assim que percebe, a mínima aproximação que seja, ele me prende com seus poderes nebulosos, ou ordena, para os seus capachos, que o rodeiam como moscas sedentas por sangue, para me drogarem com aquela m*****a seringa que ele carregava consigo...Ele, com certeza, deve ter criado essa droga, com itens mágicos. Nenhuma outra substância surtiria tanto efeito em nosso corpo. Afinal, sou uma bruxa Ravem, e até mesmo aquele local contribuía para que os meus poderes de cura não funcionassem.Naquele momento, eu não passava de uma “quase humana”, vulnerável às suas artes malignas, aprisionada em sua teia de ardis e des
P. D. V. de Raphael Stone.Enquanto observava pela janela do escritório de Luckyan, meus olhos percorriam o movimento dos lobos no pátio da fortaleza Savage.Uma mistura de tensão e ansiedade fervilhava dentro de mim, tão palpável quanto o pulsar do meu próprio coração. Estávamos aguardando a chegada de todos os nossos aliados convocados para uma reunião crucial.Era hora de compartilhar informações, traçar estratégias e determinar o curso de ação para resgatar Ravena, rainha Huína e Irina das garras do inimigo.Rígil, meu companheiro inseparável, compartilhava da mesma agonia que eu. Nos últimos dias, nossa ansiedade tinha atingido níveis sufocantes. Ontem, vi-me forçado a me transformar em lobo três vezes apenas para acalmar meu espírito inquieto.Hoje, comecei o dia bem cedo, exercitando-me incansavelmente na tentativa de conter a fúria que ameaçava transbordar de dentro de mim. A vontade de correr, de ir atrás daquele responsável por nossa dor, era avassaladora. Desde que meu lobo