Eu poderia simplesmente devolver o que sobrou do dinheiro, a mochila ainda estava no meu guarda-roupa. Eu poderia dizer a verdade para meus pais e pedir a ajuda deles. Eu poderia simplesmente contar ao capitão e pedir para ele fugir para qualquer lugar do mundo comigo.As possibilidades eram infinitas, mas todas me colocariam em mais encrenca e me trariam mais dor de cabeça.E foi assim que, mesmo contra a minha vontade, eu me levantei e comecei a me arrumar. Hoje não teria aula, o colégio inteiro estava focado no grande jogo, e o motivo disso era o prêmio para o time vencedor, o prefeito estava oferecendo bolsas de estudo para os jogadores e também uma reforma do colégio do time vencedor. Um prêmio e tanto, não?Escolhi algo confortável para vestir, uma blusa roxa que mostrava meus ombros e um pouco da minha barriga, peguei a primeira calça jeans que encontrei dentre a bagunça e calcei meu único par de tênis decente. Penteei meu cabelo e deixei-o todo cacheadinho, sequei com o secado
A bola entrou em quadra outra vez e, depois de passar pela mão de todos os integrantes do time, finalmente chegou até a mão do capitão, que desviou de todo mundo para chegar até a cesta. Quando todo mundo pensou que ele ia fazer a cesta, ele se virou e sorriu, fazendo a cesta da vitória de costas.Gritos de alegria preencheram o lugar, e eu me levantei também para comemorar com o pai dele, que me abraçou feliz, gritando que o capitão era seu filho.Por alguns minutos, me esqueci de qualquer problema que estivesse martelando a minha cabeça, esqueci até que eu estava mentindo para todos ao meu redor. Mas a mágica não duraria para sempre, e a realidade me atingiu em segundos quando todos os gritos pararam, me obrigando a olhar para frente.Com uma caixa de bombom em mãos e um lindo buquê de rosas, o capitão abriu espaço entre as pessoas e veio em minha direção. Eu não tive muita reação, isso nunca aconteceu antes e tudo que eu pude fazer foi dar um sorriso nervoso, enquanto sentia minhas
A culpa disso tudo era minha, se eu não tivesse aceitado o dinheiro de Dylan, se eu não tivesse sido gananciosa demais a ponto de sucumbir à chantagem dele, nada disso teria acontecido e eu ainda teria minha família ao meu lado. Poderia estar agora brincando com meus irmãos, rindo com meus pais e me divertindo com meu namorado.Mas eu estraguei tudo e agora, além de órfã, perdi aquilo que era mais importante para mim e fiquei sozinha no mundo com meus problemas, sem aqueles que amo e fadada a uma vida infeliz para sempre.Vingança? Era o jeito certo de lidar com isso, mas por agora? Eu só queria que tudo fosse um pesadelo…Ela realmente não foi boazinha comigo; cavalgou em meu colo a noite toda e, quando eu estava perto de ter meu orgasmo, ela parava de se movimentar e ria do meu sofrimento. Porém no final da história ela deixou que eu atingisse meu ápice, e ele veio, intenso como ela.— Você realmente passou por muita coisa — comentei.— Isso não é nem metade do que eu passei, mas is
Fechei a porta atrás de mim e encostei meu corpo nela, meus batimentos cardíacos estavam acelerados, e meu corpo, todo suado. O que tinha de errado com a minha vida?As peças não se encaixavam, onde estava Bryan? Meus remédios? Os remédios que eu tomava todos os dias e não tomava desde que a Maree apareceu pela primeira vez? Tantas perguntas e sempre a mesma resposta, “você era um garoto bom”.Um “garoto bom” teria que esconder o notebook da mãe? Por quê? Para ela não ver seu histórico de algum site pornô?Eu devia ter algum dinheiro, procurei minha mochila e encontrei-a jogada no chão próxima à cama, peguei minha carteira e encontrei alguns dólares, isso devia dar. Tirei algumas fotos do aparelho antes de ir.Não me preocupei em pegar um casaco, desci as escadas o mais rápido que consegui e, sem avisar a mãe, peguei minha bicicleta e saí de casa. Algum lugar devia vender o carregador do meu notebook, se ele realmente fosse meu, poderia ter alguma pista sobre o meu passado e, talvez,
— Eve? — Era diferente ver uma pessoa apenas por foto e encontrá-la pessoalmente depois, ela era diferente do que imaginei que seria.— Não, o presidente. — Revirou os olhos e segurou minhas mãos. — Vai, levanta antes que alguém veja. — Eve me puxou e me ajudou a não cair de cara no chão de novo.— O que você está fazendo aqui? — perguntei ao olhar ao redor e ver que eu ainda estava na biblioteca, minhas coisas ainda estavam no chão.— Eu que te pergunto. — Ela me ofereceu uma garrafa de água. — Soube do seu acidente e vim te fazer uma visita, mas te achei aqui no corredor quase seguindo o caminho da luz.Por que a presença dela era tão… familiar? Será que nela eu podia confiar?Tomei um pouco de água e respirei fundo, me abaixei, pegando as coisas que derrubei, e olhei para a garota na minha frente.— Vim procurar uma coisa. — Coloquei as coisas de volta na gaveta e a fechei com raiva por não achar o cabo para ligar o notebook.— Bom, já que está aqui… — Enroscou seu braço no meu e m
Ela se virou de costas pra mim e se empinou toda, encostou seu traseiro na barra e desceu até o chão, dando duas quicadas e subindo novamente, seu olhar sobre mim era diferente daquele que eu vi na faculdade, não era inocente e brincalhão, era provocante e sexy. Seu sutiã foi jogado em meu rosto, ela espremeu seus seios medianos e passou o mastro do pole dance no meio deles. Meu pau pulsou.Sensualmente, sua calcinha foi tirada de seu corpo, sua bunda estava empinada e acho que vi uma tatuagem em seu colo quando ela se virou de frente pra mim. Com as mãos para cima, ela segurou o mastro e desceu até o chão, esfregando seu traseiro ali. A luz apagou e, quando acendeu novamente, ela estava cara a cara comigo na cama.Mas era como se não estivesse, eu não sentia sua respiração, o calor do seu corpo próximo ao meu e, o pior de tudo, eu sabia que não iria conseguir tocá-la e nem ela a mim.— Hoje, iremos fazer uma coisa diferente. — Apertou seu seio esquerdo e gemeu manhosa. Meu membro est
Ao me ver, ele desligou o telefone e se aproximou do fogão.— Bom dia, Mar — saudou ele, me chamando pelo apelido carinhoso que ele me deu quando eu era mais nova. — Como se sente? Está melhor? — Apontou com a espátula para a cabeça. Eu contei a ele o que tinha acontecido naquele dia, não tudo, mas contei sobre brigar com alguém no banheiro, e ele acreditou.— Ainda dói um pouco, mas me sinto um pouco melhor. — Peguei um copo que estava na mesa e me servi de um pouco de café. — Minha irmã saiu do quarto? — Ele negou.— Ela nem mesmo aceitou comer as coisas que deixei na porta para ela. — Assenti, confirmando que eu estava entendendo a situação. — É melhor deixar ela lidar com tudo isso do jeito dela, será melhor assim. — Ele colocou um prato com ovos mexidos e bacon na minha frente.A casa do tio Mike parecia muito com a dos meus pais, porém tinha uma piscina nos fundos e mais quartos no andar de cima.— Vai ao colégio hoje? — Assenti enquanto degustava um pouco do que ele me serviu.
Movi meu quadril, apenas para saber se estava sonhando, mas ao ouvir seu gemido rouco e suplicante vi que não estava. Levando as mãos até minha cintura, ele me impediu de continuar fazendo mais algum movimento.— Não, nossa primeira vez não será assim. — Sentando-se comigo no colo, o capitão apoiou as costas na cabeceira da cama. — Quero que seja especial, Babe. — Tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e colocou-a atrás da minha orelha. — Tudo bem? — Eu assenti, mas me movimentei para frente e para trás outra vez, o fazendo arfar.— Como quiser. — Saí de seu colo e me joguei ao seu lado.Incrédulo com a minha audácia, o capitão me beijou outra vez, e mais outra vez. Naquela noite, pela primeira vez depois de tudo que aconteceu, eu me senti à vontade para me abrir com alguém e, por sorte, ele estava pronto para ouvir tudo que eu tinha para falar e estava disposto a me ajudar, mesmo eu tendo sumido por dias.Esse era o significado do amor, não era só sexo, era ser companheiro e amigo na