Você pode se vingar do mal,
sem se tornar parte dele?
Coringa
LUCAS percebeu qual era a intenção de Miguel, então, com mais rapidez, retirou a arma da cabeça de Malú e apontou para o rapaz, que vinha em sua direção. Malú, percebendo o que ele faria, deu um pisão em seu pé, fazendo-o afrouxar o braço em torno do seu pescoço. Em seguida, ela deu uma cotovelada em suas costelas, coisa que o fez soltá-la.
Tudo foi muito rápido. Lucas disparou a arma no mesmo instante em que Malú caía pelo convés. Miguel acertou um soco no queixo de Lucas e tentou desesperadamente retirar a arma da sua mão, mas ela parecia chumbada entre seus dedos.
A tempestade tomava mais forma e o mar ficava mais agitado.
— Eu vou acabar com você, Miguel — Lucas disse entredentes, enquant
Nós deixamos de procurar os monstros embaixo de nossas camas quando percebemos que eles estão dentro de nós.Coringa.LUCAS acordou sentindo o sol em seu rosto e gosto de sal na boca. Queria continuar ali dormindo, mas o balanço do mar o enjoava. Ele estava deitado em cima de um pedaço de madeira, suas pernas estavam para fora, ainda no mar. Ele não se recordou do que aconteceu e não sabia por que acordou bem no meio do oceano. Olhou em volta e viu água, somente água. Deitou a cabeça na madeira e voltou a dormir, estava cansado e com muito sono.Naquela noite, uma forte tempestade atingiu o rapaz, que se agarrou àquele pedaço de madeira e não a soltou. O mar o jogava de um lado para o outro violentamente, ele somente não se afagou devido ao colete salva-vidas que usava e aquele pedaço de madeira. Na manh&ati
I don't know where you're goingBut I'll meet you thereI can't blame you for leavingBut it's still not fairAnd when I don't know what to singI'd sing about youI'll Think About You - We Are MessengersMALÚ acordou em uma cama de hospital. Ao abrir os olhos, sentiu-se tonta e uma vontade de vomitar tomou conta de si. Ela se levantou rapidamente e, mancando, foi para o banheiro. Assim que terminou, sentou-se ao lado do vaso, limpou a boca com as costas da mão, apoiou a cabeça na parede e foi então que todas as lembranças daquele dia invadiram sua mente, deixando-a profundamente triste. A moça chorou. Sempre soube que Lucas não prestava, mas não esperava pelo sequestro e por todo o resto.Ergueu-se devagar, caminhou até o quarto e se sentou na cama. Batidas à porta a tiraram dos seus pensamentos, viu um sorriso amigável
Under a trillion starsWe danced on top of carsTook pictures of the stageSo far from where we areThey made me think of youThey made me think of youWings – BirdyMALÚ abriu os olhos e viu milhares de estrelas sobre si. Sorriu ao lembrar-se de Miguel e de como um dia ele explicou como as estrelas surgiram no universo.— Estrelas sãoestruturas gasosas compostas por Hidrogênio e Hélio, quase perfeitamente circulares em razão do seu grande campo gravitacional em todas as direções do espaço. A origens das estrelas ocorre dentro do que chamam de Nebulosas e...— Ok, ok, eu já entendi, seu nerd. — Ela foi para o lado, fazendo cócegas no rapaz.A moça sorriu com a lembrança, era t&atild
Quem deseja ver o arco-íris, precisa aprender a gostar da chuva.Paulo CoelhoMALÚ estava ansiosa para ver Matias e Ellis. O que mais ela queria era chegar logo ao Panamá, não aguentava mais esconder as novidades de Miguel. Ela queria ter dito antes, mas assim que ele se recuperou quis ir para a ilha. E ela achou mais que perfeito contar para o marido lá, afinal, por mais que a ilha fizesse parte de um tempo ruim na vida deles, sabia quem foi que salvou a vida do seu amado: Ela.Após descer do avião e pegar a bagagem, Malú viu Matias e Ellis com os filhos esperando por eles. O homem tinha um grande cartaz de boas-vindas em mãos. Maicon correu para ele e pulou em seu colo.— Nossa, como você cresceu, sua mãe está te dando fermento? — Matias perguntou brincando com Maicon, que sorria banguela.— N&atild
EpílogoBem, às vezes a vida é dura, mas eu tenho muitas coisas para agradecer.6 meses depois...MALÚ estava ansiosa, andava de um lado para o outro sem parar. Falcão olhava para a amiga e revirava aos olhos. Como uma mulher no estado em que ela se encontrava poderia ser tão teimosa assim?— Se você der mais um passo, eu juro que prego a sua bunda na cadeira — disse, fazendo-a se sentar.— Mas que controlador — cruzou os braços e fez bico.— Malú, você está grávida de gêmeos, com quase nove meses, e eu prometi a Miguel que ficaria de olho em você.— Miguel, Miguel... só quer saber dele agora — bufou.Malú se levantou de novo e andou pelo pequeno quarto no fundo da igreja. Na verdade, o
O que fizeram comigo, me criou.É um princípio básico do universo, que toda ação gera uma reação igual ou oposta.V de vingança.— Então, amigo, surpreso em me ver? — Miguel perguntou arrumando a camisa social. Pegou um copo de uísque, colocou uma dose e virou de uma vez. — Sim, estou vivo, não sou um fantasma, nem fruto da sua imaginação — o rapaz se aproximou de Lucas devagar, com um sorriso falso.Sua vontade era de falar tudo, o acusar e mandá-lo para a cadeia, mas ele precisava seguir à risca o seu plano. O ex-amigo precisava pagar por tudo que fez, não só com ele, mas com todos.Lucas estava tão surpreso em vê-lo, sua boca estava aberta em formato de “O”, os olhos, cobertos por uma fina camada de lá
— Mas eu não consigo, Miguel, simplesmente não dá — Beatriz disse, se deitando em sua cama com os olhos cheios de lágrimas.— Eu te entendo, mana — Miguel disse, se deitando ao seu lado e pegando sua mão. — Sei que não foi fácil, mas...— Não! — ela gritou. — Não me peça para pensar em você! Não tem ideia do que passei aqui com a mamãe e o papai, de como eu via a nossa família ser destruída porque sentíamos a sua falta, de como papai se afundou na bebida e a mamãe dias e dias em cima de uma cama, deprimida — Beatriz se levantou, apontando o dedo para Miguel.Miguel respirou fundo. A irmã tinha razão, fazer com que ela o ajudasse era pedir muito. Bea odiava Lucas tão ou mais do que ele, mas vendo-a naquele estado de nervos só fez a vontade de se vingar que existia de
MALÚ acordou mais cedo naquela sexta-feira, tomou seu banho tranquilamente e havia saído do banheiro quando o telefone tocou. Era Bea do outro lado da linha, pedindo para levar o sobrinho à escola. Ela achou aquilo estranho, ainda mais porque a cunhada já estava em frente à sua casa. Não que Bea não tivesse aquele costume, pelo contrário. Ela sempre fazia aquilo, porém, combinavam durante o dia com antecedência. Escutou a campainha de casa, então desceu as escadas e foi abrir. Abraçou forte a cunhada. Ela a tinha como uma irmã.— Maicon está descendo.— Ok.— Como todos estão? — Malú disse, indo para a cozinha.— Todos bem, muito bem.— Que bom, fico feliz. Já tomou café?— Sim, comi algo antes de sair. — Ela se sentou na cadeira da cozinha.— Tia, tia, tia..