MilaAcordo com o Magrin me dando beijinhos por todo o rosto— Bom dia, meu amor — digo sonolenta e triste. — Hoje é meu julgamento.— Vai dar tudo certo minha deusa.— Eu sei que vou ser condenada.— O que farei sem você aqui?— Você não vai poder ver o desenvolvimento do nosso bebê — digo chorando.— Nem me lembra, porque só de imaginar, dá vontade de te prender aqui e não te deixar sair daqui nunca mais.— Eu não acharia ruim.— Não me provoca — ele diz beijando minha barriga. — Bom dia, bebê do pai!— Amor, agora é sério, eu não vou voltar pra casa hoje, e provavelmente por um bom tempo. — Assim que falei, ele me abraça forte, e fala.— Eu te amo tanto que chega doer. — Sinto lágrimas descendo do meu rosto.— Eu também te amo muito, vamos tomar banho? — Me dá aquele sorriso maravilhoso, que sentirei falta.No banheiro, ele coloca a banheira para encher enquanto escovo os dentes, ele se junta a mim para escovar também e começamos a nos provocar, na verdade, comecei, empurrando ele,
MilaGraças a Deus vim pra cela, porque é tudo humilhante demais.Chego na cela e me deparo com uma morena linda, agora entendi o porquê do apelido Pocahontas.— Bem-vinda a nova casa.— Oi, Pocahontas, certo?— Isso mesmo, mas pode me chamar de Poca, você é a Mila, a mulher que conseguiu dominar o bandido mais galinha do mundo — ela diz sorrindo, mas uma pontada de ciúmes gritou dentro de mim, será que eles já ficaram?— Não, respondendo a sua pergunta.— Não perguntei nada.— Sua cara gritou a pergunta — ela diz gargalhando — eu nunca fiquei nem com o PJ e nem com o Magrin, não gosto de misturar serviço com prazer, se é que me entende.— Ah, ok.— Olha, isso é para você.— O que é? — Dinheiro, cigarro e um celular.— Pra que isso? — Ela sorri.— Meu Deus, tu é realmente inocente como me falaram, vem aqui que te explico tudo…Resumidamente ela me falou que era para comprar nosso sossego. Deito na cama e começo alisar minha barriga, que já tem uma bolinha amostra.— Tu tá grávida?—
MagrinFiz como da outra vez, eu contratei o hacker e estou assistindo o julgamento sozinho na minha sala, quando o juiz diz dez anos, eu não acreditei, eu enlouquecerei, se ficar dez anos sem a minha mulher.Peguei minha moto e fui até o tribunal, vi quando chegou uma ambulância, de longe fique observando, tentando entender o que estava acontecendo, até que a Gabi entra na ambulância, eu pego meu celular tremendo, pois não consegui ver quem estava dentro, só vi a Gabi entrando, ela atende no primeiro toque.— Oi Gui. — Pra ela me chamar assim, tinha policiais com ela.— O que aconteceu, quem está na ambulância com você.— Como você sabe?— Só responde.— É a Mila— O que aconteceu com a minha mulher?— Ela desmaiou, estamos indo para o hospital. O Paulo ficou, pra conversar com a mãe dela.— Tô indo atrás de vocês.Chego no hospital com a ambulância, vejo-os tirarem a Mila lá de dentro, ela está branca como papel.— Meu amor, eu estou aqui, fica bem! — Dou um beijo na testa dela, enq
VHJá são quinze para as dez, preciso ir pra casa do Magrin, mas como vou entrar sem que ninguém me veja?Já sei, pego o telefone e ligo para o pequeno.— Irmão, preciso de ajuda, precisa arrumar uma bagunça pro Dimenor ir aí.— O que você está aprontando?— Papo é reto, quebra essa pra mim, que depois te conto.— Já é, tá me devendo.— Fecho moleque. — Desligo o telefone e vou indo entre os becos, como suspeitei, o desgraçado está na frente do Magrin, certeza que ele está aprontando. Observo de longe, e vejo quando ele atende o celular, e sai com seus seguranças, minha chance, entro na casa e os seguranças fazem toque comigo, certeza que Magrin avisou que eu estava indo.— Tu tá querendo falar comigo?— Sim, chefe. — Passo a mão na cabeça. — Nem sei como começar.— Que tal do início? — Ele pega uma garrafa de whisky. — Quer?— Aceito sim. — Ele coloca pra mim, eu viro de uma vez só, porque se eu estiver errado, tô morto.— Eita porra, vai devagar, caralho, vamos pro meu escritório, m
VHSaio à espreita do túnel, vou me escondendo nos becos, até que dou de cara com o Dimenor.— Onde você estava?— Desculpa Dimenor, mas agora não é da sua conta o que faço fora do meu horário de serviço.— Perdeu o respeito meu irmão?— Não estou faltando com respeito, só não te devo explicação, na boa, me deixa passar.— Tô de olho vacilão! — O que é seu tá guardado, eu penso comigo e sigo pra casa.No dia seguinte ligo para o pequeno e marco de nos encontrar no asfalto, ele acha estranho, mas não questiona, quando chego ele já vai perguntando.— O que está pegando?— É o seguinte, eu estou em uma missão e preciso de ajuda, e não confio em mais ninguém.— Que missão?— Temos um X9 e suspeito ser o Dimenor.— CARALHO, como tu solta uma porra dessa assim? Por que tu acha que é ele?— Ele anda estranho desde que a novinha chegou. E eu acho que ele esconde alguma coisa na mata, não sei o que é, mas sei que está, eu vi ele saindo esses dias, pareceu meio estranho.— Entendi, então como v
MilaAbro os olhos e ainda sinto o vazio em meu ventre, faz exatamente uma semana hoje.A Pocah já teve alta, mas vem todos os dias me ver, e sempre tem uma carcereira do meu lado.— Hoje você volta para a cela! — diz o médico.— Ótimo, preciso fazer uma ligação.— Ok. — Ele olha para a mulher robusta ao meu lado e diz: — leve-a, depois pode deixá-la na cela dela. — A mulher me levou ao telefone, e liguei para o PJ que atende no primeiro toque.— Como ela está Pocah?— Oi Paulo, sou eu a Mila.— Como você está? Estamos preocupados com você.— Estou bem, ele já sabe?— Sim, eu tive que contar — ele diz com a voz em sussurro.— Como ele está?— Acredito eu que devastado, como você.— Sim, a Milena ficou sem chão, chorou, gritou, quis morrer, mas a Fênix não, a Fênix quer vingança, nem que isso faça com que apodreça nesse lugar.— Do que está falando? Quem é Fênix?— A Milena morreu com seu bebê, e as grandes merdas que a deixava fraca, o que ela sentia, morreu com sua compaixão ao próxim
MagrinAntes de conhecer a Mila nunca me imaginei pai, mas quando nos tornamos um só com nosso amor, imagino nossa casa cheia de crianças, deixando ela louca.Mas saber que meu filho morreu porque alguém fez isso de propósito, bateu em sua barriga, para perder nosso filho… Filho esse que nem o sexo a gente sabia, sinto minhas lágrimas molharem os meus olhos, sinto um vazio em meu peito, vazio esse que só a minha deusa consegue cobrir.— Estou aqui, minha deusa, eu não posso estar aí com você, mas estou aqui.Lembro quando ela levou um tiro na primeira invasão que ela presenciou, eu quase fiquei louco achando que ela ia morrer, lembro que fiquei dias sem comer, comia obrigado, e naquele momento, por mais que eu não admitia, eu já amava, ela já me pertencia, ela já era meu presente e futuro.Hoje ambos nos amamos e juntos sofremos pelo nosso filho ou filha, eu queria poder estar nos braços dela, para juntos nos consolar.— Eu te amo minha deusa, eu sinto tanto a sua falta. — As lágrimas
PJ— Magrin está todo enrolado com a caça ao Dimenor, está em um humor dos infernos, e já revi o caso da Mila uma cinquenta vezes e não consigo achar mais brecha nenhuma, estou revisando mais uma vez quando a morena entra na sala.— Oi meu bem, não vai cedo pra casa, hoje não é.— Oi minha vida, senta aqui — bati na minha perna, ela senta e eu dou um cheiro no pescoço dela, sempre foi um calmante pra mim. — Acredito que vou sair tarde, o Magrin está enrolado e me pressionando para tirar a Mila da cadeia, como se fosse apenas estalar os dedos.— Releva grandão, se fosse o contrário estaria igual.— Eu sei amor, por isso não falo nada, mas sabe, estou morrendo de saudades da minha morena gostosa. — Dou um beijo nela, que já se ajeita no meu colo.— Estou com saudades do meu marido, vive correndo pra lá e pra cá. — Beijando o pescoço dela, eu falo:— Saudades é? E o que você queria fazer com seu marido?— Isso aqui ó. — A safada levanta, tranca a porta, desamarra o vestido frente única e