VHJá são quinze para as dez, preciso ir pra casa do Magrin, mas como vou entrar sem que ninguém me veja?Já sei, pego o telefone e ligo para o pequeno.— Irmão, preciso de ajuda, precisa arrumar uma bagunça pro Dimenor ir aí.— O que você está aprontando?— Papo é reto, quebra essa pra mim, que depois te conto.— Já é, tá me devendo.— Fecho moleque. — Desligo o telefone e vou indo entre os becos, como suspeitei, o desgraçado está na frente do Magrin, certeza que ele está aprontando. Observo de longe, e vejo quando ele atende o celular, e sai com seus seguranças, minha chance, entro na casa e os seguranças fazem toque comigo, certeza que Magrin avisou que eu estava indo.— Tu tá querendo falar comigo?— Sim, chefe. — Passo a mão na cabeça. — Nem sei como começar.— Que tal do início? — Ele pega uma garrafa de whisky. — Quer?— Aceito sim. — Ele coloca pra mim, eu viro de uma vez só, porque se eu estiver errado, tô morto.— Eita porra, vai devagar, caralho, vamos pro meu escritório, m
VHSaio à espreita do túnel, vou me escondendo nos becos, até que dou de cara com o Dimenor.— Onde você estava?— Desculpa Dimenor, mas agora não é da sua conta o que faço fora do meu horário de serviço.— Perdeu o respeito meu irmão?— Não estou faltando com respeito, só não te devo explicação, na boa, me deixa passar.— Tô de olho vacilão! — O que é seu tá guardado, eu penso comigo e sigo pra casa.No dia seguinte ligo para o pequeno e marco de nos encontrar no asfalto, ele acha estranho, mas não questiona, quando chego ele já vai perguntando.— O que está pegando?— É o seguinte, eu estou em uma missão e preciso de ajuda, e não confio em mais ninguém.— Que missão?— Temos um X9 e suspeito ser o Dimenor.— CARALHO, como tu solta uma porra dessa assim? Por que tu acha que é ele?— Ele anda estranho desde que a novinha chegou. E eu acho que ele esconde alguma coisa na mata, não sei o que é, mas sei que está, eu vi ele saindo esses dias, pareceu meio estranho.— Entendi, então como v
MilaAbro os olhos e ainda sinto o vazio em meu ventre, faz exatamente uma semana hoje.A Pocah já teve alta, mas vem todos os dias me ver, e sempre tem uma carcereira do meu lado.— Hoje você volta para a cela! — diz o médico.— Ótimo, preciso fazer uma ligação.— Ok. — Ele olha para a mulher robusta ao meu lado e diz: — leve-a, depois pode deixá-la na cela dela. — A mulher me levou ao telefone, e liguei para o PJ que atende no primeiro toque.— Como ela está Pocah?— Oi Paulo, sou eu a Mila.— Como você está? Estamos preocupados com você.— Estou bem, ele já sabe?— Sim, eu tive que contar — ele diz com a voz em sussurro.— Como ele está?— Acredito eu que devastado, como você.— Sim, a Milena ficou sem chão, chorou, gritou, quis morrer, mas a Fênix não, a Fênix quer vingança, nem que isso faça com que apodreça nesse lugar.— Do que está falando? Quem é Fênix?— A Milena morreu com seu bebê, e as grandes merdas que a deixava fraca, o que ela sentia, morreu com sua compaixão ao próxim
MagrinAntes de conhecer a Mila nunca me imaginei pai, mas quando nos tornamos um só com nosso amor, imagino nossa casa cheia de crianças, deixando ela louca.Mas saber que meu filho morreu porque alguém fez isso de propósito, bateu em sua barriga, para perder nosso filho… Filho esse que nem o sexo a gente sabia, sinto minhas lágrimas molharem os meus olhos, sinto um vazio em meu peito, vazio esse que só a minha deusa consegue cobrir.— Estou aqui, minha deusa, eu não posso estar aí com você, mas estou aqui.Lembro quando ela levou um tiro na primeira invasão que ela presenciou, eu quase fiquei louco achando que ela ia morrer, lembro que fiquei dias sem comer, comia obrigado, e naquele momento, por mais que eu não admitia, eu já amava, ela já me pertencia, ela já era meu presente e futuro.Hoje ambos nos amamos e juntos sofremos pelo nosso filho ou filha, eu queria poder estar nos braços dela, para juntos nos consolar.— Eu te amo minha deusa, eu sinto tanto a sua falta. — As lágrimas
PJ— Magrin está todo enrolado com a caça ao Dimenor, está em um humor dos infernos, e já revi o caso da Mila uma cinquenta vezes e não consigo achar mais brecha nenhuma, estou revisando mais uma vez quando a morena entra na sala.— Oi meu bem, não vai cedo pra casa, hoje não é.— Oi minha vida, senta aqui — bati na minha perna, ela senta e eu dou um cheiro no pescoço dela, sempre foi um calmante pra mim. — Acredito que vou sair tarde, o Magrin está enrolado e me pressionando para tirar a Mila da cadeia, como se fosse apenas estalar os dedos.— Releva grandão, se fosse o contrário estaria igual.— Eu sei amor, por isso não falo nada, mas sabe, estou morrendo de saudades da minha morena gostosa. — Dou um beijo nela, que já se ajeita no meu colo.— Estou com saudades do meu marido, vive correndo pra lá e pra cá. — Beijando o pescoço dela, eu falo:— Saudades é? E o que você queria fazer com seu marido?— Isso aqui ó. — A safada levanta, tranca a porta, desamarra o vestido frente única e
MagrinNo dia seguinte…Eu, após analisar os papéis que o Pequeno encontrou, eu vou até o quartinho.— Como está meu hóspede? — Matheus estava todo machucado, pois dei muitos socos com soco-inglês, fora as bicudas na maldade mesmo, vendo por cima acho que está com três costelas quebradas, e o rosto esfolado.— Está implorando para que mate ele patrão.— Ainda não, mas fique tranquilo, sua hora vai chegar. — Dou um sorriso sinistro para ele. — Agora vamos começar a brincar, então você quer a minha mulher, mas s torturou por recusá-lo.— Vai pro inferno — ele fala cuspindo sangue.— Tudo na hora certa, mas agora é a sua vez de falar “oi” pro Lu, mas antes vamos nos divertir. VH tu conseguiu a máquina de choque? — O merdinha arregalou os olhos assustados.— Tá aqui patrão.— Que comece o show. — Coloquei os fios em várias partes do corpo de dele, liguei a máquina e fui aumentando a velocidade, ele gritava de dor, mas eu deixava na intensidade onde tortura, mas não matava, a cada uma hora
Milla— Já está certo, temos, Rocinha, Alemão, aliados do Magrin — diz Pocah.— E as carcereiras?— Sim, conseguimos dez.— Tudo certo então? — Sim, vai ser amanhã?— Sim.— Que tudo dê certo, então.No dia Seguinte…Estávamos no meio do pátio, e separadas por todo ele, como sempre as filhas da puta que espancaram eu e a Pocah, vinham me provocar, mas hoje eu ia fazê-las pagarem.— Olha a patricinha aí, tentou aliados, mas não conseguiu. — Dou um sorriso sinistro, e respondo.— Será que não?— Só estou vendo esse projeto de puta do seu lado — ela diz, olhando para a Pocah, que responde.— Fala de novo, que quebro a sua cara.— Tenta a sorte. — Perco a paciência, e dou um soco, com o soco-inglês, e quebro seu nariz.— Sua filha da puta — Ela vem pra cima de mim.— Isso mesmo que eu queria — digo sorrindo, nós duas rolamos no chão, e uma por uma das meninas, começam a brigar conforme combinamos, então em segundos em qualquer lugar que você olha, tem um montinho de briga.MagrinNo morr
MilaFicou preocupada, pois tenho certeza que ouvi fogos de artifícios no fundo.Nem deu tempo de contar para ele dobre a conversa com o diretor.“Alguns dias antes da Rebelião…Estou na cela conversando com Pocah, quando a carcereira diz que o Diretor queria falar comigo, eu acho estranho, mas a sigo até a sala dele.Bato na porta e ele pede para que eu entre.— Olá, Mila, vou direto ao ponto. Sei o que você está planejando.— O que estou planejando? — Me faço de desentendida.— Não faça essa cara, eu sei que está planejando um ataque, contra as mulheres que te violentaram, e se você matar algumas presas específicas, eu darei imunidade ao seu grupo e reduzirei a sentença de todas.— Por que eu deveria confiar no senhor?— Na verdade, você não tem escolha, ou colabora, ou apodrece na prisão.— Eu não esperava que você soubesse o que estava acontecendo. Por que você está nos oferecendo isso?— Não interessa meu motivo, você aceita ou não?— Já que não tenho escolha, aceito.— Ótimo, pa