MilaAbro os olhos e ainda sinto o vazio em meu ventre, faz exatamente uma semana hoje.A Pocah já teve alta, mas vem todos os dias me ver, e sempre tem uma carcereira do meu lado.— Hoje você volta para a cela! — diz o médico.— Ótimo, preciso fazer uma ligação.— Ok. — Ele olha para a mulher robusta ao meu lado e diz: — leve-a, depois pode deixá-la na cela dela. — A mulher me levou ao telefone, e liguei para o PJ que atende no primeiro toque.— Como ela está Pocah?— Oi Paulo, sou eu a Mila.— Como você está? Estamos preocupados com você.— Estou bem, ele já sabe?— Sim, eu tive que contar — ele diz com a voz em sussurro.— Como ele está?— Acredito eu que devastado, como você.— Sim, a Milena ficou sem chão, chorou, gritou, quis morrer, mas a Fênix não, a Fênix quer vingança, nem que isso faça com que apodreça nesse lugar.— Do que está falando? Quem é Fênix?— A Milena morreu com seu bebê, e as grandes merdas que a deixava fraca, o que ela sentia, morreu com sua compaixão ao próxim
MagrinAntes de conhecer a Mila nunca me imaginei pai, mas quando nos tornamos um só com nosso amor, imagino nossa casa cheia de crianças, deixando ela louca.Mas saber que meu filho morreu porque alguém fez isso de propósito, bateu em sua barriga, para perder nosso filho… Filho esse que nem o sexo a gente sabia, sinto minhas lágrimas molharem os meus olhos, sinto um vazio em meu peito, vazio esse que só a minha deusa consegue cobrir.— Estou aqui, minha deusa, eu não posso estar aí com você, mas estou aqui.Lembro quando ela levou um tiro na primeira invasão que ela presenciou, eu quase fiquei louco achando que ela ia morrer, lembro que fiquei dias sem comer, comia obrigado, e naquele momento, por mais que eu não admitia, eu já amava, ela já me pertencia, ela já era meu presente e futuro.Hoje ambos nos amamos e juntos sofremos pelo nosso filho ou filha, eu queria poder estar nos braços dela, para juntos nos consolar.— Eu te amo minha deusa, eu sinto tanto a sua falta. — As lágrimas
PJ— Magrin está todo enrolado com a caça ao Dimenor, está em um humor dos infernos, e já revi o caso da Mila uma cinquenta vezes e não consigo achar mais brecha nenhuma, estou revisando mais uma vez quando a morena entra na sala.— Oi meu bem, não vai cedo pra casa, hoje não é.— Oi minha vida, senta aqui — bati na minha perna, ela senta e eu dou um cheiro no pescoço dela, sempre foi um calmante pra mim. — Acredito que vou sair tarde, o Magrin está enrolado e me pressionando para tirar a Mila da cadeia, como se fosse apenas estalar os dedos.— Releva grandão, se fosse o contrário estaria igual.— Eu sei amor, por isso não falo nada, mas sabe, estou morrendo de saudades da minha morena gostosa. — Dou um beijo nela, que já se ajeita no meu colo.— Estou com saudades do meu marido, vive correndo pra lá e pra cá. — Beijando o pescoço dela, eu falo:— Saudades é? E o que você queria fazer com seu marido?— Isso aqui ó. — A safada levanta, tranca a porta, desamarra o vestido frente única e
MagrinNo dia seguinte…Eu, após analisar os papéis que o Pequeno encontrou, eu vou até o quartinho.— Como está meu hóspede? — Matheus estava todo machucado, pois dei muitos socos com soco-inglês, fora as bicudas na maldade mesmo, vendo por cima acho que está com três costelas quebradas, e o rosto esfolado.— Está implorando para que mate ele patrão.— Ainda não, mas fique tranquilo, sua hora vai chegar. — Dou um sorriso sinistro para ele. — Agora vamos começar a brincar, então você quer a minha mulher, mas s torturou por recusá-lo.— Vai pro inferno — ele fala cuspindo sangue.— Tudo na hora certa, mas agora é a sua vez de falar “oi” pro Lu, mas antes vamos nos divertir. VH tu conseguiu a máquina de choque? — O merdinha arregalou os olhos assustados.— Tá aqui patrão.— Que comece o show. — Coloquei os fios em várias partes do corpo de dele, liguei a máquina e fui aumentando a velocidade, ele gritava de dor, mas eu deixava na intensidade onde tortura, mas não matava, a cada uma hora
Milla— Já está certo, temos, Rocinha, Alemão, aliados do Magrin — diz Pocah.— E as carcereiras?— Sim, conseguimos dez.— Tudo certo então? — Sim, vai ser amanhã?— Sim.— Que tudo dê certo, então.No dia Seguinte…Estávamos no meio do pátio, e separadas por todo ele, como sempre as filhas da puta que espancaram eu e a Pocah, vinham me provocar, mas hoje eu ia fazê-las pagarem.— Olha a patricinha aí, tentou aliados, mas não conseguiu. — Dou um sorriso sinistro, e respondo.— Será que não?— Só estou vendo esse projeto de puta do seu lado — ela diz, olhando para a Pocah, que responde.— Fala de novo, que quebro a sua cara.— Tenta a sorte. — Perco a paciência, e dou um soco, com o soco-inglês, e quebro seu nariz.— Sua filha da puta — Ela vem pra cima de mim.— Isso mesmo que eu queria — digo sorrindo, nós duas rolamos no chão, e uma por uma das meninas, começam a brigar conforme combinamos, então em segundos em qualquer lugar que você olha, tem um montinho de briga.MagrinNo morr
MilaFicou preocupada, pois tenho certeza que ouvi fogos de artifícios no fundo.Nem deu tempo de contar para ele dobre a conversa com o diretor.“Alguns dias antes da Rebelião…Estou na cela conversando com Pocah, quando a carcereira diz que o Diretor queria falar comigo, eu acho estranho, mas a sigo até a sala dele.Bato na porta e ele pede para que eu entre.— Olá, Mila, vou direto ao ponto. Sei o que você está planejando.— O que estou planejando? — Me faço de desentendida.— Não faça essa cara, eu sei que está planejando um ataque, contra as mulheres que te violentaram, e se você matar algumas presas específicas, eu darei imunidade ao seu grupo e reduzirei a sentença de todas.— Por que eu deveria confiar no senhor?— Na verdade, você não tem escolha, ou colabora, ou apodrece na prisão.— Eu não esperava que você soubesse o que estava acontecendo. Por que você está nos oferecendo isso?— Não interessa meu motivo, você aceita ou não?— Já que não tenho escolha, aceito.— Ótimo, pa
OliEstou no meu descanso, olhando as notícias pelo Instagram, quando vejo só reportagem da rebelião no presídio da onde Mila está. O que você está fazendo, hein, minha amiga? Acho que terei que te visitar, para ver se coloco um pouco de juízo na sua cabeça. Do nada minha líder entra falando.— Oli, preciso que fique até mais tarde, está tendo invasão, então teremos muitos feridos.— Merda, odeio quando tem invasão. Eu fico, sem problemas.Quando tem invasão aqui fica uma loucura, estou cuidando dos pacientes quando escuto os fogos de artifícios, graças a Deus, essa merda acabou! Estou finalizando um curativo quando PJ entra gritando com o Magrin inconsciente. — Desculpa, cara, mas tenho que cuidar do meu cunhadinho.— Querida termina aqui. — Corro até PJ — O que aconteceu?— Ele foi ferido com facadas no abdômen.— Ok, correrei para o centro cirúrgico, Susi anuncia a Dr.ᵃ Fernandes, estou indo para o centro cirúrgico, é o dono do morro. — Nem dou chance dela responder, eu pressiono o
MagrinAbro os olhos com dificuldades, a claridade incomoda, tento levantar a cabeça, mas está pesada, forço para me sentar e sinto uma dor insuportável.— Ei, calma aí gostosão, se tu se ferir mais, é capaz da sua deusa virar realmente a Fênix e vim correndo me matar. — Sorrio para o Oli, e dói pra caralho.— Para de fazer eu rir, porra.— Você fica quieto, que vou chamar a Dr.ᵃ— Oli, o que aconteceu?— O Perigo te esfaqueou. Não lembra?— Verdade, filho da puta, eu vou matar o desgraçado.— Não precisa, PJ já fez isso. — Dou um sorriso de lado, ele não perdeu a mira.— Para de sorrir desse jeito, é uma tentação.— Sai pra lá, tenho dona.— Eu sei, então não provoca. — Dou uma gargalhada e xingo em seguida, Oli é uma figura, ele sai rindo e negando com a cabeça.A Dr.ᵃ vem me examina e diz que devo ficar de observação mais dois dias, eu me recuso, ela me dá alta, mas fala que o Oli tem que ser meu enfermeiro em casa, confio nesse doidinho, então aceito. PJ e Gabi estavam lá fora, Ol