MagrinAbro os olhos com dificuldades, a claridade incomoda, tento levantar a cabeça, mas está pesada, forço para me sentar e sinto uma dor insuportável.— Ei, calma aí gostosão, se tu se ferir mais, é capaz da sua deusa virar realmente a Fênix e vim correndo me matar. — Sorrio para o Oli, e dói pra caralho.— Para de fazer eu rir, porra.— Você fica quieto, que vou chamar a Dr.ᵃ— Oli, o que aconteceu?— O Perigo te esfaqueou. Não lembra?— Verdade, filho da puta, eu vou matar o desgraçado.— Não precisa, PJ já fez isso. — Dou um sorriso de lado, ele não perdeu a mira.— Para de sorrir desse jeito, é uma tentação.— Sai pra lá, tenho dona.— Eu sei, então não provoca. — Dou uma gargalhada e xingo em seguida, Oli é uma figura, ele sai rindo e negando com a cabeça.A Dr.ᵃ vem me examina e diz que devo ficar de observação mais dois dias, eu me recuso, ela me dá alta, mas fala que o Oli tem que ser meu enfermeiro em casa, confio nesse doidinho, então aceito. PJ e Gabi estavam lá fora, Ol
MagrinChego no baile e o fluxo ta forte, vou direto pro camarote e nem dou bola para as marmitas. Tô de boa tomando meu whisky quando um dos vapores vem até mim e fala.— Patrão, tem um cara lá em baixo falando que quer falar com você, ele disse que é dono do morro do Alemão, no Rio.— Que porra ele quer comigo?— Sei não, patrão, ele falou que é papo reto.— Manda subi. — Eu pego minha arma e já coloco na frente e a vista, o cara sobe todo cheio de marra, com seus seguranças.— Tu que é o Magrin?— Quem quer saber? — Já rebato na marra, PJ fica só de olho, de longe com a Gabi.— Vim em paz, e pra agradecer o que a sua mina ta fazendo pelas minas do meu morro.— Se for assim, sinta-se em casa e aproveite a noite. — Ficamos trocando ideia, o PJ se juntou a nós e a Gabi foi dançar com as meninas.— Papo reto mano, eu consegui umas provas contra o diretor, acredito que por isso que ele pediu para matar as mina lá na rebelião, mas enfim, se quiser eu consigo uma hora com sua mina lá na p
MagrinTer minha mulher nos braços é a melhor coisa do mundo, eu a amo demais e sou capaz de fazer qualquer coisa para vê-la feliz.Chego no morro cabisbaixo, pois eu não queria ter deixado ela, queria pegá-la no colo e de volta para casa.Vou direto para o pico do morro e fico olhando as luzes da favela, eu amo demais esse lugar, sempre tive convicção que nasci, e morreria aqui, mas confesso que se minha deusa quiser, eu largo tudo por ela.Acendo meu beck e fico curtindo a solidão, o vazio que sinto sem ela.MilaDois meses depois…Estou deitada na minha cama, lembrando do momento maravilhoso que tive como Magrin, cada dia que passa sinto mais saudades dele, será que ele se mantém fiel a mim? Sei que tem um monte de mulher em cima dele.— Ei, Fênix, o diretor quer falar com você.— Já estou ficando de saco cheio disso, só promessas, hoje ele terá que me dar a data certa.A carcereira me guia até a sala do diretor, eu entro e já vou falando.— O senhor mandou me chamar?— Sim, prec
MagrinEstou no bar da dona Lúcia, está rolando um pagodinho gostoso, resolvi aparecer para distrair um pouco, pois já tem uma semana que eu não falo com ela, tô preocupado, pois a Pocah não soube me explicar o que aconteceu.Tô sentado na mesa de boa, bebendo minha cerveja quando uma morena muito linda vem em minha direção, eu continuo bebendo minha cerveja e finjo que não percebi a presença dela, não vou negar a mina é muito gata, mas o meu coração já tem dona, só que a curiosidade de quem é essa tentação é maior que eu.— Ei, Zoinho! Quem é aquela mina, nunca a vi antes.— Ela é sobrinha da dona Maria, do restaurante, parece que vai ficar um tempo por aqui. Gostosa né, patrão.— Sei de nada, se a Fênix sonha com isso, ela me capa. — Zoinho cai na gargalhada.— A patroa é braba mesmo.— Gostaria de dançar comigo? — Olho por cima do ombro e as meninas estão me olhando com os braços cruzados, eu dou uma gargalhada olhando para ela e respondo à morena.— Tô de boa. Mas Zoinho dança com
MagrinEstou descendo a rua, quando vejo uma movimentação, vou chegando perto e não acredito no que estou vendo. É minha deusa!Ela pula em cima de mim, e a sensação de tê-la em meus braços, foi maravilhosaEu não estou nem aí que estamos no meio da rua, pego-a pela nuca, e dou um beijo maravilhoso na boca gostosa dela.Os vapores dão tiro pra cima, e todos festejam a volta da patroa, as meninas vibram com a volta da amiga, infelizmente tive que dividir ela com as amigas, mas assim que a euforia delas passaram, eu peguei minha deusa e entrei com ela no colo. Fomos para a minha casa, eu queria matar a saudades com privacidade, se é que me entendem.Assim que a coloquei no chão, a prensei na parede e ataquei literalmente a sua boca, apertei o seu corpo.— Que saudades meu amor — falo entre os beijosEu a abracei com força, sentindo seu corpo quente e gostoso se esfregar contra o meu. Seus lábios macios me beijaram com vontade, eu senti cada um de seus movimentos, o toque de sua língua,
MilaDois meses depois…Estou a dois meses de voltas as ruas, e de verdade, não quero voltar para aquele inferno nunca mais.Mas como sou a segunda no comando do morro, Magrin está me ensinando tudo. Estou trabalhando muito duro para aprender tudo sobre o tráfico, estou me esforçando o máximo para conhecer as rotas, rastrear as cargas, entender as leis do tráfico e aprender como negociar com os compradores. Magrin tem medo de alguém tentar algo contra mim, ou contra ele comigo, pois como ele diz “eu sou a vida dele”, então ele está me ensinando como lidar com os riscos e como evitar armadilhas. Acho que estou me saindo muito bem, e já fiz um grande progresso em meu trabalho. Sei que ainda há muito a ser feito, mas estou fazendo o meu melhor para tornar o trabalho mais seguro para todos. E é óbvio que tiro uma casquinha do meu noivinho no processo.— Minha deusa, preparada para a reunião de hoje? Você sabe que não é obrigada a ir.— Claro que vou, preciso mostrar que não sou uma patric
MilaReunião da Facção.Chegamos na reunião, era um lugar luxuoso, nunca que ia imaginar uma reunião da facção em um lugar tão lindo desse, e tinha muito homem mal-encarado, e muitas mulheres se oferecendo como se fosse mercadoria barata, que nojo, Magrin percebe e segura firme a minha mão.— Você está proibido de vir para essas reuniões sozinho.— Está com ciúmes, minha deusa?— Me corroendo por dentro. — Ele dá uma gargalhada, e para em minha frente, me dá um sorriso de lado e um beijo em minha boca, logo fala:— Eu não seria louco em fazer isso, minha noiva é muito ciumenta, mas ela não pode se esquecer que eu a amo muito e não trocaria por nada. — É a minha vez de sorrir.— Ainda bem que sabe.Ficamos juntos conversando, ele me apresentou algumas pessoas, eu conversei mais com o JC e PH, pois já são da família, os outros ficavam me comendo com os olhos e me deixava sem graça.— Amor, eu vou ao banheiro e já volto. — Ele me dá um selinho e eu sigo para o banheiro.Entro, respiro fu
MagrinA noite foi longa, e tive que me controlar para não quebrar a cara do chefe, e de alguns irmãos da facção, os filhos da puta nem disfarçavam, secavam a Mila na cara dura.Chegamos em casa, eu estaciono o carro e a Mila já fala.— Nossa, estou exausta, meus pés estão me matando.— Ah, mas a senhorita não vai descansar, agora vou te dar um castigo por ter me provocado a noite inteira. — Ela me dá um sorriso de lado e fala:— Me leva no colo, estou fraquinha. — Dou uma gargalhada, da cara de pau dela, a pego no colo e tiro uma casquinha beijando e cheirando seu pescoço.Quando entro na sala, a coloco no chão e já a prenso na parede, a safada já levanta uma perna e se enlaça na minha cintura.— Tu gosta de provocar né, sua safada. — Ela dá, uma gargalhada e logo me puxa pelo pescoço e me beija loucamente, eu já estou cheio de tesão e puto com esse vestido, que fez ela ficar mais linda e gostosa, e chamar atenção de todos os homens naquela maldita reunião.— Desculpa, minha deusa. —