“Este livro é uma continuação da série FUGINDO PRO MORRO, mas pode ser lido separadamente, pois cada volume conta uma história independente com os mesmos personagens.
No entanto, se você quiser ler o primeiro livro depois, pode encontrar alguns spoilers sobre o que aconteceu nele.
Este livro é uma ótima opção para quem gosta de drama e romance.”
Atenção:
Este livro contém cenas de sexo, drogas e violência que podem ser inadequadas para menores de 18 anos ou pessoas sensíveis, podendo gerar gatilhos. Trata-se de um romance adulto, com uma trama envolvente e personagens complexos. O autor não faz apologia ou incentivo a nenhum tipo de violência, abuso ou uso de drogas, mas retrata a realidade de alguns contextos sociais.
Por se tratar de uma história fictícia, o texto apresenta em determinados trechos a linguagem informal, bem como gírias.
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Pai da Mila narrando
Estou aguardando na fila quando meu celular toca, olho e vejo ser minha filha Mila, atendo já a cumprimentando.— Oi meu anjo, você não deveria estar na aula?
— Está terminando o intervalo, decidi ligar para te lembrar de comprar meu presente de aniversário.
— Você vai fazer vinte e dois anos e ainda me pede presente.
— Pai, entenda uma coisa, todo mundo gosta de ganhar presentes, independentemente da idade... — Ela dá uma gargalhada gostosa.
— Ok, Ok, eu vou comprar, te encontro em casa princesa. Beijos. O papai te ama!
— Também te amo pai!
Assim que desligo a ligação entram quatro homens encapuzados e armados no banco, já entram gritando, para que todos deitem no chão. Um dos assaltantes vai aos caixas, outro segue com o gerente ao cofre, e os outros dois se revezam em ficar observando clientes estirados no chão com medo do que pode acontecer, assim como também revezam, para roubar nossos pertences.
Sou policial aposentado, hoje trabalho de segurança particular, e ver aqueles brutamontes tocar o terror me deixa possesso.
Vejo que um deles está assediando e arrastando uma garota, ela está muito assustada e grita por socorro, deve ter a idade de Mila não mais que isso, e ao imaginar minha filha no lugar dela, eu fico cego de raiva. Lentamente vou me aproximando deles, quando vejo a oportunidade perfeita, eu atiro no homem que tentava arrastá-la, iniciamos uma troca de tiros, eu matei um deles, mas o outro me acerta no peito. A moça que salvei de ser violentada, vem correndo em minha direção, reparo que ela está chorando.
— S… sinto muito, senhor, sinto muito — Ela coloca suas pequenas mãos onde levei o tiro, tentando estancar o sangue que perdia. — Obrigada por me salvar — ela diz entre soluços de choro. Percebo que ali seria meu fim. Com minha experiência, sei que não sobreviveria. Então, mesmo gaguejando, eu digo:
— Por favor — tusso —, diga a minha filha que eu a amo muito, ela foi o melhor presente que Deus poderia me dar, e que ela nunca deixe de comemorar seu aniversário, pois, ele é a data mais importante do ano para mim. — Então apago.
Mila
Estou na aula, quando meu celular toca, eu encerro a ligação sem ver quem era, mas meu celular continua a tocar, na terceira vez peço licença para o professor e atendo a ligação no corredor.
— Filha, estou te esperando aqui fora, por favor venha falar comigo.
— Não posso mãe, estou no meio de uma aula.
— É sobre o seu pai.
— O que aconteceu com o meu pai?
— Venha me encontrar. — Eu saí correndo do corredor da faculdade e vou encontrar com a minha mãe, quando chego ela me olha triste e diz. — Sinto muito.
Ao ouvir aquelas duas pequenas palavras sinto meu coração ser quebrado em milhões de pedacinhos, minha mãe me abraça e eu choro de soluçar.
— O que aconteceu, mãe, onde ele está?
— Ele estava no banco, quando começou um assalto e acabou sendo atingido por um tiro, foi socorrido, mas não resistiu. — Quando ela falou: “não resistiu”, eu fui ficando mole, minha visão começou a ficar turva… desmaio nos braços da minha mãe.
Acordo em um quarto branco, tenho dificuldades para abrir os olhos, quando abro vejo minha mãe ao meu lado.
— Mamãe, eu tive um pesadelo horrível. — Ela dá um sorriso amarelo para mim e diz:
— Sinto muito meu amor, mas não foi um sonho. — Levanto com tudo, e minha cabeça gira. — Calma, meu bem, você desmaiou, precisei te trazer ao hospital.
— Calma, como vou ficar calma? Meu pai faleceu! Ele era tudo para mim...
— Você não está sozinha, tem a mim. — Ela me abraça e eu choro em seu abraço.
Passo a noite em claro, não consigo dormir lembrando do meu pai, dos momentos que tivemos juntos.
No velório do meu pai eu parecia uma morta viva, minha mãe tinha me dopado com calmante, pois eu estava muito mal, sempre fui muito apegada a ele, sempre foi o meu herói, desde que eles se separaram, foram apenas eu e ele.
Pensamento on…
Meu pai chegou em casa mais cedo, depois de um dia longo de trabalho, e pegou minha mãe com seu amante no quarto deles. Naquele dia mesmo ele a colocou para fora de casa e falou que eu poderia escolher com quem gostaria de ficar, escolhi meu pai sem pensar duas vezes, por “N” motivos, eu sempre fui mais apegada a ele e não aceito o que minha mãe fez.
Pensamento off…
— Amor, você quer sentar? — Luan me pergunta.
— Meu bem, eu trouxe um copo de água — Tiphanie fala.
— Obrigada amiga. Amor prefiro ficar em pé. — Bebi água e mantive em pé ao lado do corpo do meu pai, não sai do lado dele até que o mesmo foi enterrado.
Vê-lo sendo enterrado, foi como se arrancasse meu coração, eu perco as forças em minhas pernas, ajoelho no chão e choro até que minhas lágrimas secam.
Todos já foram embora, só ficaram ao meu lado, minha mãe, Luan e Tiphanie, ao longe vejo uma jovem, nos observando, ela percebe que estou olhando para ela e vai embora, naquele momento não estou em condição de querer saber quem é aquela garota.
— Filha, precisamos ir — Minha mãe diz.
— Vou com você. — Luan se oferece para nos acompanhar.
— Amiga, vou para casa, mas pode me ligar seja a hora que for — Tiphanie fala, me abraça e segue seu caminho.
— Preciso espairecer, vou dar uma volta, depois vou para casa.
— Vou com você meu anjo — Olho para ele com carinho e digo.
— Obrigada, meu amor, mas preciso desse tempo comigo mesma.
Estou em casa, e com o telefone em mãos, caso precise de mim! Amor, sei que não está feliz, mas — ele tira uma caixinha do bolso, e me entrega —, feliz aniversário. — Ele me dá um selinho e eu retribuo com um sorriso.
Obrigada, amor! — Abro e vejo um coração. Quando o coração se abre, revela a foto do meu pai comigo. Sinto as lágrimas escorrerem pelo rosto. — Que lindo, meu amor, é o melhor presente que eu poderia ter recebido. — O abraço e lhe dou um beijo longo e carinhoso.
— Eu havia comprado outra coisa, mas devido ao que aconteceu, eu falei com um amigo, que fez de última hora.
— Ele é perfeito, muito obrigada. — Me despeço deles e sigo caminhando pelas ruas da cidade.
MilaEstou andando sem rumo, até que me vi no parque que sempre vinha com o meu pai. Sentei em frente ao lago, no chão mesmo, e fiquei observando uma família de patinhos brincando, eu e meu pai costumávamos dar nomes a eles, sinto meu rosto molhado pelas lágrimas que teimam descer sem cessar, estou distraída, perdida em meus pensamentos quando uma moça pergunta:— Posso me juntar a você?— Sim, porque não! — Dou um sorriso amarelo, e ela me devolve um igual. — Desculpa, mas te conheço?— Não, você não me conhece.— Mas eu já te vi em algum lugar. — Ela sorri fraco.— Você é a Milena? — ela pergunta, eu até me assusto.— Depende de quem está perguntando.— Me chamo Erica, eu conheci seu pai. Acredito que tenha me visto no velório dele.— Oh, que legal, de onde conhecia meu pai? — pergunto curiosa.— Eu estava no banco naquele dia. — Olho para ela com lágrimas nos olhos. — Seu pai me salvou durante o incidente no banco. Um dos bandidos tinha me segurado e estavam me arrastando não sei p
MilaAcordo com o corpo dolorido, e muitos roxos e mordidas, eu vou para o banheiro, ligo o chuveiro e sento em baixo da água que desce morninha, minhas lágrimas se misturam com a água do chuveiro, eu coloco a mão na boca para abafar meus soluços.Pego uma bucha e começo a esfregar meu corpo sem parar, a pele fica vermelha, algumas partes em carne viva de tanto que esfrego. Sinto nojo dele, sinto nojo de mim… sinto vontade de morrer…Como ele pode fazer isso comigo, como minha mãe pode ser tão cega e não enxergar o escroto que ele é...Após sei lá eu quanto tempo no chuveiro saio, coloco a primeira roupa que vejo na frente, pego a roupa de cama, a roupa que estava vestindo ontem, coloco tudo em um saco plástico, vou para o quintal e coloco fogo em tudo.Fico observando as chamas se intensificarem, chorando em silêncio, até que tudo se transforma em cinzas. Entro em casa e vejo minha mãe sentada tranquilamente no sofá, ao lado daquele monstro, que me encara com um sorriso no rosto. Sin
MilaFaz cinco meses que estou morando com a família de Luan, eu arrumei um estágio e seguia a vida tranquila, com o namorado perfeito, na família perfeita.Hoje sairei mais cedo, vou para casa fazer uma surpresa para o Luan, ele está sendo tão atencioso e cuidadoso comigo, e eu estou sempre fugindo das suas investidas, devido ao trauma que sofri. Mas chega, tenho que superar, ele não tem culpa, e eu estou com saudades da intimidade que a gente tinha.Chego e vou direto para o quarto, quando abro a porta meu mundo desaba mais uma vez, Deus, quando esse sofrimento acabará?!Eu simplesmente estou vendo o amor da minha vida transando descaradamente com a minha melhor amiga, como dois coelhos no cio.Aquela cena acaba comigo, meu coração despedaça mais do que já estava, se é que eu ainda tinha coração.Naquele momento puxei uma força e um ódio do fundo do meu interior, mas o Luan me vê, antes mesmo que eu pudesse agir.— Mila? — Ele me olha assustado e empurra Tiphanie que estava em cima
MilaChego na cidade, ela é pequena, acolhedora, a primeira coisa que faço é ir em uma ótica e comprar uma lente na cor castanho escuro, em seguida vou a um salão de cabeleireiro.— O que será meu bem?— Quero colocar um mega e mudar a cor para loiro, o mais natural possível. — Ela me olha assustada.— Ualll, mudança radical.— Sim, quero mudar um pouco.— Vamos lá, então, você quem manda. — Ela estava assistindo o noticiário e a mesma repórter começa duas notícias que me chama atenção.— A justiça foi feita com as próprias mãos, o possível estuprador Sidney Almeida Ramos, foi encontrado pela sua esposa caído no meio da sala com três tiros, um, no abdome, um, na perna direita e um, no ombro esquerdo, foi socorrido, está em estado grave no hospital central. O que nos leva a pensar que se fosse realmente inocente, isso não teria acontecido. A polícia segue investigando, quem o agrediu, mas até agora, não se tem suspeitos. Procuramos por sua esposa, mas a mesma não quis gravar entrevist
Mila— Venha, vou te levar na venda do seu João, para você comprar algumas coisas para a sua casa e o chip, depois te levo até a casa.Após comprar tudo, ele me leva para a casa que aluguei.— Vou preparar um lanche, quer entrar?— Tô com na maior larica, eu aceito sim. — Ele entra, preparo os lanches e ficamos sentados no sofá conversando, na verdade, eu fui a que mais falei, contei para ele como era a minha relação com o meu pai, com a minha mãe, contei tudo o que ela fez para mim. — Caramba, princesa, você passou maior barra nesses últimos meses.— O pior é que minha cara está sendo divulgada em rede nacional.— Relaxa, é só trocar o visu e ficar um tempo sem aparecer.— Já troquei, olha essa foto — mostro um porta-retrato de uma foto que estou com meu pai.— Você fica linda de qualquer jeito, seja loira ou morena. — Fico vermelha de vergonha. — Não precisa ficar com vergonha, é a verdade, você parece uma boneca — ele diz fazendo carinho no meu rosto, eu fecho os olhos, e de repent
MagrinSaí da casa de Mila com sorriso de orelha a orelha, ela é simplesmente perfeita.Ela é linda, simpática e muito gostosa!Saio com o rádio tocando.— Chefe, tá rolando uma briga na pracinha — VH fala.— De quem?— Zé e João.— De novo, porra, leva os dois pra geladeira, cansei de separar esses dois.— Chefe, desculpa a pergunta, mas onde você estava? Tô maior cara tentando falar contigo.— Não é da sua conta, tô indo pra minha goma, tá tudo certo pro baile hoje?— Tá, sim, chefe— Perfeito, tô indo pra minha goma, vou descansar um pouco e por volta das dez e meia da noite colo no baile, me chama só se for urgente.— Fecho chefe.Chego em casa e deito na cama, a novinha acabou com o pai aqui, tô sorrindo bobo, ela vai ser minha, só minha… acabo dormindo com esse pensamento, acordo com o radinho bipando.— Qual foi VH, não disse pra ligar só se tive acontecido algo urgente, porra.— Chefe, já são quase onze meia.— Caralho, mano, dormi demais, conta dez colo aí.Como já tinha toma
MagrinChegamos no quarto e parecíamos dois viciados em sexo, um tirava a roupa do outro com desespero e pressa, eu estava louco para chupar os seios rosados delas, sem esquecer aquela delícia de bocetinha.Mas ela me surpreende, quando me faz deitar na cama, eu olho safado esperando para ver o que ela vai fazer. Então, ela começa a beijar e lamber meu pescoço, dando pequenas reboladas, ela fica de quatro e vai descendo os beijos, até que chega em meu membro, e ali eu previ meu fim, ela me olha com cara de safada. Começa a passar a língua bem devagar na cabeça do meu pau. Logo ela vai passando a língua nele todo, eu dou alguns gemidos, está gostoso, tô curtindo esse jeitinho delicado dela. Fecho meus olhos e me concentro na sensação maravilhosa que ela está me proporcionando quando acho que ela vai parar, ela cai de boca no meu pau, eu não resisti e dou um rugido.— Caralho, Mila, assim você acaba comigo, ela dá um sorriso e cai de boca de novo, coloca tudo e o que não cabe em sua boq
JúliaPassei o dia inteiro atrás do Magrin, ele não olhou a merda do celular, assim como sumiu da boca, poxa eu só queria uns trocados para ir ao shopping comprar a roupa pro baile de hoje, quero estar lindona pra ele.Estamos ficando há um tempo, sei que ele não falou, mas sou a fiel dele, pelo menos as marmitas do morro já sabem que não podem ficar se esfregando para ele.Se descubro que alguém está querendo furar meu olho, eu trato de já tirar o cavalinho dela da chuva, porque viro uma onça, e destruo ela na frente da comunidade toda.Colo minha roupa nova, comprei no crédito mesmo, depois ele me dá dinheiro e pago a fatura. Me arrumo e vou pra baile, percebi que tem carne nova com a Manu, que por sinal não suporto nem ela e nem as amigas dela, principalmente a tal da Jenne, ela se acha porque é a prima do gostoso do PJ, ela é outra puxa saco da Gabrimerda. O menina chata, se acha a poderosa, eu não esqueci o que ela causou a Tabata, ela era minha amiga, então qualquer um que goste