HENRY Mal consigo conter os meus músculos da face quando os meus olhos observam Belinda caminhar ao lado dos irmãos Montmorency como se eu não existisse. Depois do nosso momento, as coisas voltaram a ser como antes e nesses dias foi impossível ter um momento a sós com Belinda. Se o cenário não fosse suficiente, preciso ter que lidar com o abutre da família Seymour, Mikael. Tenho conhecimento de absolutamente tudo sobre a sua família e ele, mas desconhecia o seu envolvimento com a minha mulher. — Talvez os meus informantes não estejam fazendo o trabalho corretamente. — murmurei acompanhando Belinda se afastar. Mikael Seymour me encarou com os lábios levemente curvados, eu sorri de volta. Ele pode ter história e intimidade, porém eu tenho algo mais precioso. O coração de Belinda. — Henry Edmound Fitzgerald. — a voz inconfundível de Gabrielle Hoffmann, uma jornalista do jornal local, proferiu ao se aproximar casualmente do meu corpo. Com as mãos confortavelmente em meus bolso
BELINDA Caminho rumo ao segundo andar onde o Sheik Mohammed Al Rashid se encontra. Mentalmente exausta, reflito sobre eventos dos últimos dias. Originalmente não imaginava me envolver romanticamente ao retornar para Aumstand, contudo, não hesitaria após aceitar as investidas de ambos. — Senhorita Jennings. — o homem alto, olhos de cacau e barba preenchida exclamou sentando confortavelmente no sofá. Sorri forçadamente. Os pés do convidado estão ocultos pelo tecido roxo perfeitamente adornado em seu corpo forte e robusto. Os seus ombros largos projetam de maneira poderosa, sendo possível tremer diante da sua presença reveladora. Em sua testa existe um adorno da mesma tonalidade da sua roupa, algo que não sei identificar com exatidão, mas deduzo pertencer aos costumes do seu povo. Adorável, apesar da sua face desagradável. — Saudações, Sheik Mohammed Al Rashid. — proferi curvando momentaneamente o meu corpo em sinal de respeito. Eu me aproximei vagamente sentando-me diante dos seus o
BELINDA— B-Belinda…Mikael se aproxima envolvendo o meu quadril. Confesso que lidar com esse tipo de situação me deixa desconfortável. O abraço caloroso do meu melhor amigo sempre é reconfortante, contudo, eu preferiria viver os meus dias sem tanta pressão.— Como está o evento… agradável? — questiono me afastando do seu aperto.— O evento é um sucesso, encontrei com Léon e Ethan há alguns minutos e perguntei sobre você. — assenti — Como foi com o Sheik Mohammed Al Rashid? — Mikael perguntou com tom de brincadeira.— O quanto você sabe? — questionei. Era normal que Mikael soubesse de absolutamente tudo sobre a minha vida, afinal nós estivemos juntos nos últimos sete anos e mesmo antes, ele era “família”. Ao contrário de sua mãe que tinha conhecimento de tudo, Mikael não fazia ideia da minha real identidade e quando descobriu, foi um choque que me fez até vacilar em relação a nossa amizade. Porém, fui surpreendida com a compreensão de Mikaelson.— Mesmo não concordando com o plano… e
BELINDA— Quem nunca vai descobrir sobre o que? — Henry exclamou.No ímpeto me afasto de Mikael ao fixar os meus olhos em Henry Fitzgerald.— Não é da sua conta. — Mikael respondeu aproximando de Henry que manteve o olhar fixo, encarando duramente Mikael — Achei que tivéssemos resolvido a nossa questão. Afaste-se de Belinda! — exclamou Mikael, o que não me surpreendeu. Contudo, ele não tem o direito de afastar quem quer que seja da minha vida. A palavra final deve ser minha.— Não sabia que Belinda realmente havia contratado um guarda costas ou adestrado um cachorro com pedigree como você. — Henry rebateu abrindo o paletó, onde retirou o seu cigarro. A rapidez que os seus dedos se moveram ascendendo o mesmo foi tão sutil, sendo perceptível somente a fumaça anunciando que o tabaco queimava em seus lábios.— Volte para New York Fitzgerald. — Mikael rosnou com o seu corpo tão próximo de Henry, que a todo momento parecia que a qualquer momento ambos colidiram iniciando uma briga no corred
HENRY — Me solte. — Belinda argumentou, dei de ombros prendendo o cinto de segurança em seu corpo. — Se agir como criança, vou tratar você como criança. — ralhei com a mesma que me encarou furiosa. Seus olhos exóticos vacilaram de ódio, porém se calou exausta pela minha insistência. É verdade que estou sendo constantemente insistente em relação à Belinda. No começo acreditava que o meu súbito interesse era por conta do seu desprezo, mas na realidade é que eu nunca a esqueci em todos esses anos. E agora que ela está diante de mim, eu não desistirei, a menos que ela realmente não me deseje. — Você está sendo ridículo. Me deixe no meu apartamento, não quero está no meu ambiente que você. — Belinda retrucou cruzando os braços — Eu não quero nenhum tipo de envolvimento contigo, nem mesmo negócios e foda-se se estou sendo infantil Henry Fitzgerald. — o desdém na voz de Belinda transbordou e incrivelmente essa vibração deslizou para minha masculinidade — Por que está me olhando com essa
HENRY — Eu nunca quis tanto algo na vida como quero você, Belinda. — Por quê? — a voz falha de Belinda me assustou — Porque você se apega há um momento quando… q-quando… Não foi preciso ela continuar, ela certamente estava me comparando a Liam Beaumont. As lágrimas escorrendo pela sua bela face me lembraram que eu não estava lidando com uma garota comum, bem, eu não sou mais um homem jovem e Belinda não tem mais vinte anos. Quase uma década nos afasta de quem fomos no momento em que nos conhecemos. — Isso não vai dar certo. — o aperto firme de Belinda em meus pulsos chamou a minha atenção — Sei que permiti você e Mikael se aproximarem, mas isso não dará certo. P-Por… por favor se afaste Henry. — Belinda suplicou com seus olhos transbordando. Meu peito doeu profundamente no fluxo das suas lágrimas. Naquele momento entendi que independente de conquistar o seu coração, eu não quero me afastar de Belinda. Quero essa mulher. Belinda me pertence mesmo que o seu coração pertença a
BÉATRICE— Então… vai continuar acreditando que esse relacionamento tem futuro? — questionei encarando Henry. Encarando-me com firmeza ele se manteve enigmático.— Isso é problemático… inesperado, porém, o que isso tem a ver? — Henry questionou encostando a coluna na cabeceira marfim — franzi o cenho em confusão. Muitas poderiam ser as suas indagações ou reações, mas nenhuma se comparava a sua expressão de desprezo pelas minhas palavras.— C-Como? — retruquei ficando de pé diante a cama.— O que esse assunto tem a ver conosco? O que a sua verdadeira identidade tem a ver com o que estamos vivendo aqui? — Henry rebateu gesticulando com indiferença — Como eu disse, é um assunto problemático. Quem mais tem conhecimento desse assunto? Alguém da mídia tem conhecimento dessa informação?— Não…— Certo. — Henry se afastou pegando o aparelho celular em suas mãos pálidas, levemente avermelhadas pela temperatura do quarto — Exatamente isso, hoje não será possível, porém fique em alerta, pois pos
BÉATRICE— Senhorita? — Cynthia, uma a chefe do departamento de marketing, chamou minha atenção durante a reunião. Encaro os demais acionistas aguardando minha resposta.— Eu concordo. — respondi no automático completamente desconfortável por ter divagado durante a reunião. O gosto de tabaco e café foi marcado profundamente em minha memória e desde de manhã de hoje não tenho conseguido pensar em outra coisa a não ser nele, Henry Fitzgerald.A reunião prossegue com a programação, os planos para adentrarmos os Emirados no próximo semestre segue conforme nossa previsão. Após o meu encontro com o Sheik toda e qualquer inclinação negativa se desfez. Meu pai ficou levemente surpreso pela manobra elaborada pelos meus irmãos, enquanto eu por outro lado sempre acreditei que o resultado seria este.— Os documentos já foram devidamente assinados, senhorita Jennings? — minha secretária perguntou me encarando com os seus olhos de esmeralda. Neguei com a cabeça — Então…?— Entregue todos os docu