LIAM Dizem que o corpo humano possui um estado que o corpo alcança onde, ele está entre: dormindo e sonhando. É assim que eu me sinto agora. Todo o meu corpo está dolorido, os meus dedos dos pés formigam provavelmente pela posição. O meu corpo está pesado pelo excesso de peso sobre o meu corpo, eu estou de olhos fechados, contudo, consigo sentir. — Ele vai morrer? — escuto a voz feminina bem distante. Existe certa preocupação na sua voz, entretanto, preferia estar sozinho — Já se passou uma semana. — O paciente não teve um traumatismo craniano, porém os seus ferimentos foram graves e parte do seu maxilar precisou ser reconstruído. — disse o médico ponderando a sua voz. — Maldição. — Viviane murmurou. Mesmo distante escutei o estalo do seu isqueiro inglês ao ser aberto. Com dor os meus lábios se curvaram em um pequeno sorriso. Viviane é uma mulher excepcionalmente medíocre. — Senhora, não pode fumar no hospital. — o doutor a advertiu. — Que seja. — o estalo da sua língua m
BELINDA — O jantar de hoje a noite é importante e não podem haver falhas. — disse Léon bebericando o seu chá ao lado do meu pai que me encara com o seu olhar enigmático. Mantenho os meus olhos fixos no celular. Pois preciso estar ciente dos acontecimentos por causa de um incidente recente no internato Brillantmont International School na qual sou patrocinadora nos últimos sete anos. — Até quando planeja manter a sua identidade oculta? — meu pai perguntou cortando o silêncio. A sua voz rasgada sempre me causou calafrios. Mesmo eu amando o meu pai, a nossa relação não é a das mais tradicionais ou afetuosas. O encarei com um sorriso terno. — Por pouco tempo pai. Eu prometo. — afirmei, meu irmão Ethan assentiu em silêncio. — Você é uma mulher portadora de uma beleza exótica Béatrice. — meu pai afirmou, não era uma sugestão ou convite — Eu planejo lhe apresentar o filho de um amigo no próximo semestre. — PAI! — Ethan exclamou, porém o interrompi segurando a sua mão por debaixo da me
BELINDAObservo a minha figura refletida no espelho. Estou esplêndida, ironicamente semelhante à figura da minha falecida mãe. O vestido azul marinho rente ao meu corpo até a altura dos tornozelos é similar a um modelo usado pela minha mãe no seu aniversário de vinte e cinco anos. Me recordo perfeitamente de cada traço dos membros da minha família. Afinal, quando o meu pai me tomou em seus braços mostrando o álbum de família pela primeira vez, foi como ganhar um tesouro.Ainda que eu recebesse carinho do meu tutor, não tornava menos doloroso ver as minhas colegas retornarem para seus lares nas férias ou datas especiais.“Ela é órfã.”“Os olhos dela são estranhos.”“Ela é a única que fica aqui quando todos estão em casa.”Palavras duras foram sussurradas, dilacerando o meu coração infantil. Com o tempo eu aprendi a lidar, porém até este pensamento surgir, foi doloroso.“Ficou sabendo que aquela garota vai se casar e deixar a instituição? Provavelmente abriu as pernas e ficou grávida.”
HENRY Mal consigo conter os meus músculos da face quando os meus olhos observam Belinda caminhar ao lado dos irmãos Montmorency como se eu não existisse. Depois do nosso momento, as coisas voltaram a ser como antes e nesses dias foi impossível ter um momento a sós com Belinda. Se o cenário não fosse suficiente, preciso ter que lidar com o abutre da família Seymour, Mikael. Tenho conhecimento de absolutamente tudo sobre a sua família e ele, mas desconhecia o seu envolvimento com a minha mulher. — Talvez os meus informantes não estejam fazendo o trabalho corretamente. — murmurei acompanhando Belinda se afastar. Mikael Seymour me encarou com os lábios levemente curvados, eu sorri de volta. Ele pode ter história e intimidade, porém eu tenho algo mais precioso. O coração de Belinda. — Henry Edmound Fitzgerald. — a voz inconfundível de Gabrielle Hoffmann, uma jornalista do jornal local, proferiu ao se aproximar casualmente do meu corpo. Com as mãos confortavelmente em meus bolso
BELINDA Caminho rumo ao segundo andar onde o Sheik Mohammed Al Rashid se encontra. Mentalmente exausta, reflito sobre eventos dos últimos dias. Originalmente não imaginava me envolver romanticamente ao retornar para Aumstand, contudo, não hesitaria após aceitar as investidas de ambos. — Senhorita Jennings. — o homem alto, olhos de cacau e barba preenchida exclamou sentando confortavelmente no sofá. Sorri forçadamente. Os pés do convidado estão ocultos pelo tecido roxo perfeitamente adornado em seu corpo forte e robusto. Os seus ombros largos projetam de maneira poderosa, sendo possível tremer diante da sua presença reveladora. Em sua testa existe um adorno da mesma tonalidade da sua roupa, algo que não sei identificar com exatidão, mas deduzo pertencer aos costumes do seu povo. Adorável, apesar da sua face desagradável. — Saudações, Sheik Mohammed Al Rashid. — proferi curvando momentaneamente o meu corpo em sinal de respeito. Eu me aproximei vagamente sentando-me diante dos seus o
BELINDA— B-Belinda…Mikael se aproxima envolvendo o meu quadril. Confesso que lidar com esse tipo de situação me deixa desconfortável. O abraço caloroso do meu melhor amigo sempre é reconfortante, contudo, eu preferiria viver os meus dias sem tanta pressão.— Como está o evento… agradável? — questiono me afastando do seu aperto.— O evento é um sucesso, encontrei com Léon e Ethan há alguns minutos e perguntei sobre você. — assenti — Como foi com o Sheik Mohammed Al Rashid? — Mikael perguntou com tom de brincadeira.— O quanto você sabe? — questionei. Era normal que Mikael soubesse de absolutamente tudo sobre a minha vida, afinal nós estivemos juntos nos últimos sete anos e mesmo antes, ele era “família”. Ao contrário de sua mãe que tinha conhecimento de tudo, Mikael não fazia ideia da minha real identidade e quando descobriu, foi um choque que me fez até vacilar em relação a nossa amizade. Porém, fui surpreendida com a compreensão de Mikaelson.— Mesmo não concordando com o plano… e
BELINDA— Quem nunca vai descobrir sobre o que? — Henry exclamou.No ímpeto me afasto de Mikael ao fixar os meus olhos em Henry Fitzgerald.— Não é da sua conta. — Mikael respondeu aproximando de Henry que manteve o olhar fixo, encarando duramente Mikael — Achei que tivéssemos resolvido a nossa questão. Afaste-se de Belinda! — exclamou Mikael, o que não me surpreendeu. Contudo, ele não tem o direito de afastar quem quer que seja da minha vida. A palavra final deve ser minha.— Não sabia que Belinda realmente havia contratado um guarda costas ou adestrado um cachorro com pedigree como você. — Henry rebateu abrindo o paletó, onde retirou o seu cigarro. A rapidez que os seus dedos se moveram ascendendo o mesmo foi tão sutil, sendo perceptível somente a fumaça anunciando que o tabaco queimava em seus lábios.— Volte para New York Fitzgerald. — Mikael rosnou com o seu corpo tão próximo de Henry, que a todo momento parecia que a qualquer momento ambos colidiram iniciando uma briga no corred
HENRY — Me solte. — Belinda argumentou, dei de ombros prendendo o cinto de segurança em seu corpo. — Se agir como criança, vou tratar você como criança. — ralhei com a mesma que me encarou furiosa. Seus olhos exóticos vacilaram de ódio, porém se calou exausta pela minha insistência. É verdade que estou sendo constantemente insistente em relação à Belinda. No começo acreditava que o meu súbito interesse era por conta do seu desprezo, mas na realidade é que eu nunca a esqueci em todos esses anos. E agora que ela está diante de mim, eu não desistirei, a menos que ela realmente não me deseje. — Você está sendo ridículo. Me deixe no meu apartamento, não quero está no meu ambiente que você. — Belinda retrucou cruzando os braços — Eu não quero nenhum tipo de envolvimento contigo, nem mesmo negócios e foda-se se estou sendo infantil Henry Fitzgerald. — o desdém na voz de Belinda transbordou e incrivelmente essa vibração deslizou para minha masculinidade — Por que está me olhando com essa