BELINDA — Ah! — os gemidos atravessaram a minha garganta enquanto o meu corpo sucumbia debaixo dos músculos de Henry. A pele das minhas costas se encontrava sensível diante da fricção no carpete do chão. Nossos corpos, ambos nus se esfregam um no outro em sua busca incansável por saciar nossa luxúria. — Be-linda. — Henry sussurrou mordiscando o meu lóbulo sensível por suas mordidas. Sua barba por fazer deslizou pelo meu maxilar repousando na curva do meu pescoço. A sua respiração pesada enviava constantes ondas por todo o meu corpo me fazendo ansiar por mais contato. Nossas línguas rapidamente voltaram a se encontrar, dançando na boca um do outro conforme sem controle nós perdíamos no frenesi. Desde o momento que encontrei Henry eu soube que ele era diferente. Algo nele capturava a atenção dos meus olhos tornando impossível me afastar. Contudo, eu jamais imaginei que alguém pudesse ter tanto controle sobre o meu corpo e infelizmente, o meu coração. Durante todos esses anos eu
HENRY Sentir o corpo de Belinda em contato com a minha pele é surreal. Seu cheiro, a textura macia da sua pele e a forma como o seu corpo reage ao meu é algo que jamais será possível mensurar em palavras. Há quase dez anos tive essa mulher em meus braços se contorcendo de prazer enquanto impregnava a minha alma. E impressionantemente, essa sensação única fez falta no decorrer desses anos. — Goza pra mim. — exigir enterrando meus dedos na raiz dos seus fios dourados que mais se assemelham a uma estrada de ouro em minhas mãos. Fiz pressão suficiente para os músculos do seu belo rosto retorcerem e sua pele queimar — Goza no pau do seu homem. — grunhi desprendido de arrependimentos. Estralo meus dígitos na sua bunda redonda e macia sem interromper as investidas na sua boceta que me esmaga a cada nova investida. Observar o seu belo corpo submisso ao meu desejo me faz pensar na quantidade de homens que possam tê-la possuído no decorrer dos anos. O pensamento intrusivo faz crescer uma f
LIAM Dizem que o corpo humano possui um estado que o corpo alcança onde, ele está entre: dormindo e sonhando. É assim que eu me sinto agora. Todo o meu corpo está dolorido, os meus dedos dos pés formigam provavelmente pela posição. O meu corpo está pesado pelo excesso de peso sobre o meu corpo, eu estou de olhos fechados, contudo, consigo sentir. — Ele vai morrer? — escuto a voz feminina bem distante. Existe certa preocupação na sua voz, entretanto, preferia estar sozinho — Já se passou uma semana. — O paciente não teve um traumatismo craniano, porém os seus ferimentos foram graves e parte do seu maxilar precisou ser reconstruído. — disse o médico ponderando a sua voz. — Maldição. — Viviane murmurou. Mesmo distante escutei o estalo do seu isqueiro inglês ao ser aberto. Com dor os meus lábios se curvaram em um pequeno sorriso. Viviane é uma mulher excepcionalmente medíocre. — Senhora, não pode fumar no hospital. — o doutor a advertiu. — Que seja. — o estalo da sua língua m
BELINDA — O jantar de hoje a noite é importante e não podem haver falhas. — disse Léon bebericando o seu chá ao lado do meu pai que me encara com o seu olhar enigmático. Mantenho os meus olhos fixos no celular. Pois preciso estar ciente dos acontecimentos por causa de um incidente recente no internato Brillantmont International School na qual sou patrocinadora nos últimos sete anos. — Até quando planeja manter a sua identidade oculta? — meu pai perguntou cortando o silêncio. A sua voz rasgada sempre me causou calafrios. Mesmo eu amando o meu pai, a nossa relação não é a das mais tradicionais ou afetuosas. O encarei com um sorriso terno. — Por pouco tempo pai. Eu prometo. — afirmei, meu irmão Ethan assentiu em silêncio. — Você é uma mulher portadora de uma beleza exótica Béatrice. — meu pai afirmou, não era uma sugestão ou convite — Eu planejo lhe apresentar o filho de um amigo no próximo semestre. — PAI! — Ethan exclamou, porém o interrompi segurando a sua mão por debaixo da me
BELINDAObservo a minha figura refletida no espelho. Estou esplêndida, ironicamente semelhante à figura da minha falecida mãe. O vestido azul marinho rente ao meu corpo até a altura dos tornozelos é similar a um modelo usado pela minha mãe no seu aniversário de vinte e cinco anos. Me recordo perfeitamente de cada traço dos membros da minha família. Afinal, quando o meu pai me tomou em seus braços mostrando o álbum de família pela primeira vez, foi como ganhar um tesouro.Ainda que eu recebesse carinho do meu tutor, não tornava menos doloroso ver as minhas colegas retornarem para seus lares nas férias ou datas especiais.“Ela é órfã.”“Os olhos dela são estranhos.”“Ela é a única que fica aqui quando todos estão em casa.”Palavras duras foram sussurradas, dilacerando o meu coração infantil. Com o tempo eu aprendi a lidar, porém até este pensamento surgir, foi doloroso.“Ficou sabendo que aquela garota vai se casar e deixar a instituição? Provavelmente abriu as pernas e ficou grávida.”
HENRY Mal consigo conter os meus músculos da face quando os meus olhos observam Belinda caminhar ao lado dos irmãos Montmorency como se eu não existisse. Depois do nosso momento, as coisas voltaram a ser como antes e nesses dias foi impossível ter um momento a sós com Belinda. Se o cenário não fosse suficiente, preciso ter que lidar com o abutre da família Seymour, Mikael. Tenho conhecimento de absolutamente tudo sobre a sua família e ele, mas desconhecia o seu envolvimento com a minha mulher. — Talvez os meus informantes não estejam fazendo o trabalho corretamente. — murmurei acompanhando Belinda se afastar. Mikael Seymour me encarou com os lábios levemente curvados, eu sorri de volta. Ele pode ter história e intimidade, porém eu tenho algo mais precioso. O coração de Belinda. — Henry Edmound Fitzgerald. — a voz inconfundível de Gabrielle Hoffmann, uma jornalista do jornal local, proferiu ao se aproximar casualmente do meu corpo. Com as mãos confortavelmente em meus bolso
BELINDA Caminho rumo ao segundo andar onde o Sheik Mohammed Al Rashid se encontra. Mentalmente exausta, reflito sobre eventos dos últimos dias. Originalmente não imaginava me envolver romanticamente ao retornar para Aumstand, contudo, não hesitaria após aceitar as investidas de ambos. — Senhorita Jennings. — o homem alto, olhos de cacau e barba preenchida exclamou sentando confortavelmente no sofá. Sorri forçadamente. Os pés do convidado estão ocultos pelo tecido roxo perfeitamente adornado em seu corpo forte e robusto. Os seus ombros largos projetam de maneira poderosa, sendo possível tremer diante da sua presença reveladora. Em sua testa existe um adorno da mesma tonalidade da sua roupa, algo que não sei identificar com exatidão, mas deduzo pertencer aos costumes do seu povo. Adorável, apesar da sua face desagradável. — Saudações, Sheik Mohammed Al Rashid. — proferi curvando momentaneamente o meu corpo em sinal de respeito. Eu me aproximei vagamente sentando-me diante dos seus o
BELINDA— B-Belinda…Mikael se aproxima envolvendo o meu quadril. Confesso que lidar com esse tipo de situação me deixa desconfortável. O abraço caloroso do meu melhor amigo sempre é reconfortante, contudo, eu preferiria viver os meus dias sem tanta pressão.— Como está o evento… agradável? — questiono me afastando do seu aperto.— O evento é um sucesso, encontrei com Léon e Ethan há alguns minutos e perguntei sobre você. — assenti — Como foi com o Sheik Mohammed Al Rashid? — Mikael perguntou com tom de brincadeira.— O quanto você sabe? — questionei. Era normal que Mikael soubesse de absolutamente tudo sobre a minha vida, afinal nós estivemos juntos nos últimos sete anos e mesmo antes, ele era “família”. Ao contrário de sua mãe que tinha conhecimento de tudo, Mikael não fazia ideia da minha real identidade e quando descobriu, foi um choque que me fez até vacilar em relação a nossa amizade. Porém, fui surpreendida com a compreensão de Mikaelson.— Mesmo não concordando com o plano… e