Depois de Alec fazer mais alguns strikes e Evangeline errar todas as bolas, ele decide levá-la para casa. Ela olhava pela janela, pensando no arrepio que sentiu, ao ter Alec tocando seus braços. Até outro dia, Evangeline tinha repulsa ao lembrar do rosto de Alec e agora ela se arrepiava ao lembrar do arrepio. Alec por sua vez, encarava o celular com bastante estranheza. Um número privado, ligava insistentemente. Por mais que ele negasse ou evitasse atender, a ligação persistia. — Você acha que consigo conversar com seus vizinhos quando? — Alec questiona, rejeitando a ligação mais uma vez. — Não tenho certeza... acho que eu e Felippa podemos falar com todos amanhã. E talvez na sexta... é. Sexta eu acho que seja uma boa data para todos. Depois de rejeitar diversas ligações, chega uma mensagem no celular de Alec. Ele a lê com o semblante furioso e segura o aparelho com mais força, para não o jogar longe. — Está tudo bem? — Evie pergunta, ao notar a aparente irritação em Alec. — Não
Alguns dias se passaram e Evangeline não havia mais visto Alec. No dia seguinte ao boliche, ela e Felippa conversaram com todos os moradores do campo de trailers. E com exceção de Leah, a quem a novidade não fora contada e o casal de idosos repletos de gatos, todos os outros apoiaram a ideia de revitalização. Evie ligou para Alec, querendo lhe contar a boa notícia, mas a chamada caia na caixa postal. Ela tentara mais algumas vezes durante aquele dia e todas sem sucesso. Até que na hora de ir para a aula de violino, ela deu de cara com o belíssimo carro de Alec e seu motorista, parado a sua espera. — O que faz aqui? — ela perguntou a Howard. — Onde está o Alec? — Senhor Castello precisou fazer uma viagem de emergência e me deu uma missão. Preciso levá-la e buscá-la das aulas todos os dias. — Não precisa. — Evie respondeu, rindo. — Você deve ter coisas mais importantes para fazer. — Na verdade senhorita, eu sirvo apenas ao Alec. E como ele está fora, me designou a cuidar da sua seg
— Não conte a ninguém para onde estou indo. — Alec diz, quando abandona o carro diante do aeroporto. — Muito menos para o meu pai. — Não vou, senhor. Apenas me mantenha informado. — Eu vou. Ah... quero que leve e busque Evangeline da aula durante esses dias. Eu sinto que o que estou indo resolver, pode e vai interferir na nossa vida aqui na América. — Ela não vai aceitar. — Howard diz, já conhecendo o instinto de Evangeline. — Não a deixe recusar. Sei que você conseguirá. Alec saca seu celular e vê uma mensagem de seu piloto particular. O jatinho já estava a sua espera. Ele se despede do seu fiel escudeiro e vai de encontro ao piloto. Acomodado em sua poltrona, Alec checa o celular mais uma vez, antes de colocá-lo em modo avião. Ele chegaria na Itália pela manhã, então precisava estar bem-disposto para o que estava indo enfrentar. [...] O carro alugado de Alec, voa pelas ruas de Roma. Algumas pessoas lhe desferem xingamentos e ele buzina em resposta. Ao chegar em sue destino,
— Foi ela que enviou aquela mensagem que fez você sorrir? — Audrey pergunta para o irmão, que lhe dá um sorriso em resposta. — Uau! Ruiva. Linda! Evangeline ainda se sentia idiota, por ter se sentido enciumada. Ela não queria e nem iria assumir que foi ciúme, mas internamente sabe o que sentiu. — Obrigada. — ela responde, sorrindo para o chão. — Audrey, eu vou resolver umas últimas coisas com a Evangeline e nós já vamos. Tudo bem? — Leve o tempo que for! Audrey soprou um beijo para Evangeline e se afastou, voltando a ocupar a mesma cadeira de antes. — Agora nós podemos nos ver depois? — ele ironiza. — Não sei do que você está falando. De forma engraçada, Alec abre o paletó e coloca as mãos na cintura, fazendo um bico para Evangeline. — Eu não tenho certeza de muita coisa. — Alec diz. — Mas sei que você sentiu alguma coisa ao me ver com Audrey. — Eu? Eu hein! Que ideia. Claro que não. Eu não senti nada. Nem gosto de você. Esqueceu? Alec acabara de notar, uma coisa que apenas
— Isso é uma péssima ideia, Alec. Papai vai me escorraçar daqui. Os irmãos Castello estavam parados diante da porta da casa onde cresceram. Apesar de ser dois anos mais velha que Alec, Audrey se sentia uma criança desprotegida naquele momento. — Se ele aceitou a Dom de volta, pode aceitar você. — Mamãe está aqui? — Audrey questiona, se viando para o irmão. — Por que não me contou antes? — Achei que soubesse. — Não. Não falo com mamãe há alguns anos. Alec abre a porta e entra com Audrey em seu encalço. A primeira coisa que ela nota, era que tudo permanecia da mesma forma. Desde os pisos de madeira, ao lustre gigante no meio da sala. Eles vão diretamente para o escritório de Blake, onde o mesmo está sentado em sua poltrona velha, de costas para a porta. Alec faz um movimento para a irmã, pedindo que ela espere um pouco. — Pai. — Alec murmura, informando sua presença para o homem mais velho. — Três dias, Alec. — Eu sei. Eu... — Você sumiu por três dias! Largou suas obrigaç
Os dias se passaram e a segunda-feira chegou. Era o dia em que os moradores do campo de trailers, iriam se mudar temporariamente para o Golden Hotel. Do dia para a noite, todas aquelas pessoas deixariam de viver no Bronx, para vivenciar o luxo de Manhattan. Enquanto Felippa ajudava os pais a terminar de arrumar suas bagagens, Evangeline estava sentada na porta do trailer da amiga, encarando o seu. Ela já tinha arrumado tudo o que tinha para arrumar e estava à espera de sua mãe. Apesar de nunca se importar com o onde Leah estava, Evangeline começava a se preocupar. Leah não havia aparecido na reunião com os outros moradores e não havia sido vista mais. — Ei!? — Felippa j**a uma almofada em Evangeline, para que ela a olhe. — O que foi? — Perguntei se Alec vem buscar você. Desde que fora semi sequestrada, Evangeline não tinha mais falado com Alec. Ele chegou a enviar algumas mensagens que não foram respondidas e fez algumas ligações que ela também não atendeu, mas por estar t
— Alec? — Estou brincando, Evangeline. — Alec gargalha, da cara de espanto que Evangeline tinha. — Bem... não totalmente. — Você pode fazer sentido? Por favor? Alec ergue um dedo e se encaminha para o minibar que tinha no quarto. Ele se serve de uísque e olha para Evangeline, que entende e balança a cabeça em negativa. — Leah falou que sabia do meu interesse por você. — ele diz, se aproximando dela novamente. — Disse também que você era muito centrada e não cairia tão fácil no meu papo. — Pelo menos ela me conhece... — Então ela disse que por um bom valor, ela passaria sua tutela para mim e eu poderia fazer o que quisesse com você. — Retiro o que disse antes. — Evie resmunga, se sentando. — Aquela mulher não sabe nada, além de onde encontrar o melhor pó e a melhor bebida. Evangeline se entristece com aquilo. Além de Leah não ter noção da sua idade, ela ainda tentou vendê-la. Vendê-la como se fosse uma mercadoria qualquer. E apesar de sempre esperar o pior de sua mãe,
Uma semana se passou, desde que Alec contara sobre ser um mafioso, para Evangeline. Embora Evie duvidasse de que ele cumpriria o acordo sobre deixá-la em paz, Alec assim o fez. Ele não mandava mensagens, ligava, ou tampouco aparecia no hotel. Evangeline só sabia que as construções no antigo campo de trailers, estava a todo vapor, pois Felippa a tinha convencido de ir até lá e xeretar. — Resolveu se juntar aos mortais no almoço? — Felippa brinca, encontrando sua melhor amiga no restaurante do hotel. — Desisti de Leah. Se ela não se importa em dar uma ligação, para ao menos me dizer que está viva, eu não preciso mais me preocupar com ela. Felippa suspira pesadamente e assente com a cabeça. Ao puxar a cadeira e se sentar, ela rapidamente pega o cardápio, buscando qual seria o prato do dia. Todos estavam adorando estar vivendo no hotel com tudo liberado, mas não mais do que Felippa. Ela podia se alimentar com comidas diferentes todos os dias e aquilo não a cansava. — E o Alec? —