Depois de dizer ao seu pai como se sentia em relação a Evangeline, Alec voltou para o seu quarto e trocou o moletom por um terno de alta costura. Ele teria um dia cheio e já se sentia cansado antes mesmo de sair de casa. Então após se vestir, ele desceu a procura de seu pai. — Blake não está se sentindo muito bem. — Dominique aparece, quando escuta o filho perguntar pelo pai, a uma das empregadas. — Foi se deitar. — O que ele tem? — Apenas uma indisposição. Não precisa se preocupar. — Entendi. — Alec murmura, retirando o celular do bolso. — Então irei sozinho. — Alec... — Dominique segura o braço dele. — eu preciso dizer. Não me sinto bem com você seguindo os passos do seu pai. Não devia ser assim. — Não acho que isso seja da sua conta, mas o que eu poderia fazer, Dominique? Blake me treina para isso desde a infância. Sabe disso. Você permitiu! — Eu sei dos meus erros, Alec. Só esperava que você fosse... mais firme. Lutasse pelo que quer realmente fazer. Alec riu. Pelo fato
As batidas frenéticas na porta do trailer de Felippa, não cessavam. Evangeline se levantou da cama com pressa e entrou no pequeno banheiro, enquanto sua amiga ia até a porta. — Será que você poderia parar de bater? Está enchendo o saco já. — Eu quero falar com ela! — Leah, já falei que Evangeline não está aqui! Que inferno. — Eu a vi entrar aqui! — Leah tenta entrar, mas Felippa desce o degrau e a impede. — Ela é minha filha. Tem que me ouvir. — Se você continuar batendo na minha porta desse jeito, vou ignorar que é mãe da minha melhor amiga e vou ser violenta! Leah era magra e fraca, devido ao uso de tanta droga e bebida. Ela tinha total noção de que não aguentaria um soco de qualquer pessoa. Menos ainda de uma garota raivosa. — Avise a Evangeline, que eu não vou desistir! Leah caminha pesadamente de volta para o seu trailer. Felippa só retorna para o seu, quando tem certeza de que Leah não voltará. — Meu Deus! — Evie murmura, saindo do banheiro. — Ela vai me enlouquecer. —
— Boliche? Evangeline olha para o imenso letreiro piscante, com o mesmo preconceito com que Alec olhara para os tacos. — Esse é o seu lugar favorito? — Eu costumava vir aqui com a minha irmã, quando éramos crianças. — Não sabia que você tinha uma irmã. — Evangeline o olha, enquanto ele ainda contempla o letreiro, tendo lembranças o consumindo. — Nós não somos próximos. Vamos entrar? Evangeline detestava boliche. Ela odiava toda aquela gritaria, cheiro de álcool e sapatos compartilhados. Mas ela olha para Alec e lembra do esforço que ele fez para experimentar algo que ela gostava. Evangeline não devia se importar com aquilo, já que ele não era ninguém importante para ela, mas... — Vamos. Alec já havia retirado o paletó e deixou no carro. Ele entra no estabelecimento, arregaçando as mangas de sua longa blusa e vai até o balcão de sapatos. — Alec... — Evie segura em seu braço e o puxa para trás. — eu não me sinto confortável em calçar o sapato que outras pessoas usaram... não m
Depois de Alec fazer mais alguns strikes e Evangeline errar todas as bolas, ele decide levá-la para casa. Ela olhava pela janela, pensando no arrepio que sentiu, ao ter Alec tocando seus braços. Até outro dia, Evangeline tinha repulsa ao lembrar do rosto de Alec e agora ela se arrepiava ao lembrar do arrepio. Alec por sua vez, encarava o celular com bastante estranheza. Um número privado, ligava insistentemente. Por mais que ele negasse ou evitasse atender, a ligação persistia. — Você acha que consigo conversar com seus vizinhos quando? — Alec questiona, rejeitando a ligação mais uma vez. — Não tenho certeza... acho que eu e Felippa podemos falar com todos amanhã. E talvez na sexta... é. Sexta eu acho que seja uma boa data para todos. Depois de rejeitar diversas ligações, chega uma mensagem no celular de Alec. Ele a lê com o semblante furioso e segura o aparelho com mais força, para não o jogar longe. — Está tudo bem? — Evie pergunta, ao notar a aparente irritação em Alec. — Não
Alguns dias se passaram e Evangeline não havia mais visto Alec. No dia seguinte ao boliche, ela e Felippa conversaram com todos os moradores do campo de trailers. E com exceção de Leah, a quem a novidade não fora contada e o casal de idosos repletos de gatos, todos os outros apoiaram a ideia de revitalização. Evie ligou para Alec, querendo lhe contar a boa notícia, mas a chamada caia na caixa postal. Ela tentara mais algumas vezes durante aquele dia e todas sem sucesso. Até que na hora de ir para a aula de violino, ela deu de cara com o belíssimo carro de Alec e seu motorista, parado a sua espera. — O que faz aqui? — ela perguntou a Howard. — Onde está o Alec? — Senhor Castello precisou fazer uma viagem de emergência e me deu uma missão. Preciso levá-la e buscá-la das aulas todos os dias. — Não precisa. — Evie respondeu, rindo. — Você deve ter coisas mais importantes para fazer. — Na verdade senhorita, eu sirvo apenas ao Alec. E como ele está fora, me designou a cuidar da sua seg
— Não conte a ninguém para onde estou indo. — Alec diz, quando abandona o carro diante do aeroporto. — Muito menos para o meu pai. — Não vou, senhor. Apenas me mantenha informado. — Eu vou. Ah... quero que leve e busque Evangeline da aula durante esses dias. Eu sinto que o que estou indo resolver, pode e vai interferir na nossa vida aqui na América. — Ela não vai aceitar. — Howard diz, já conhecendo o instinto de Evangeline. — Não a deixe recusar. Sei que você conseguirá. Alec saca seu celular e vê uma mensagem de seu piloto particular. O jatinho já estava a sua espera. Ele se despede do seu fiel escudeiro e vai de encontro ao piloto. Acomodado em sua poltrona, Alec checa o celular mais uma vez, antes de colocá-lo em modo avião. Ele chegaria na Itália pela manhã, então precisava estar bem-disposto para o que estava indo enfrentar. [...] O carro alugado de Alec, voa pelas ruas de Roma. Algumas pessoas lhe desferem xingamentos e ele buzina em resposta. Ao chegar em sue destino,
— Foi ela que enviou aquela mensagem que fez você sorrir? — Audrey pergunta para o irmão, que lhe dá um sorriso em resposta. — Uau! Ruiva. Linda! Evangeline ainda se sentia idiota, por ter se sentido enciumada. Ela não queria e nem iria assumir que foi ciúme, mas internamente sabe o que sentiu. — Obrigada. — ela responde, sorrindo para o chão. — Audrey, eu vou resolver umas últimas coisas com a Evangeline e nós já vamos. Tudo bem? — Leve o tempo que for! Audrey soprou um beijo para Evangeline e se afastou, voltando a ocupar a mesma cadeira de antes. — Agora nós podemos nos ver depois? — ele ironiza. — Não sei do que você está falando. De forma engraçada, Alec abre o paletó e coloca as mãos na cintura, fazendo um bico para Evangeline. — Eu não tenho certeza de muita coisa. — Alec diz. — Mas sei que você sentiu alguma coisa ao me ver com Audrey. — Eu? Eu hein! Que ideia. Claro que não. Eu não senti nada. Nem gosto de você. Esqueceu? Alec acabara de notar, uma coisa que apenas
— Isso é uma péssima ideia, Alec. Papai vai me escorraçar daqui. Os irmãos Castello estavam parados diante da porta da casa onde cresceram. Apesar de ser dois anos mais velha que Alec, Audrey se sentia uma criança desprotegida naquele momento. — Se ele aceitou a Dom de volta, pode aceitar você. — Mamãe está aqui? — Audrey questiona, se viando para o irmão. — Por que não me contou antes? — Achei que soubesse. — Não. Não falo com mamãe há alguns anos. Alec abre a porta e entra com Audrey em seu encalço. A primeira coisa que ela nota, era que tudo permanecia da mesma forma. Desde os pisos de madeira, ao lustre gigante no meio da sala. Eles vão diretamente para o escritório de Blake, onde o mesmo está sentado em sua poltrona velha, de costas para a porta. Alec faz um movimento para a irmã, pedindo que ela espere um pouco. — Pai. — Alec murmura, informando sua presença para o homem mais velho. — Três dias, Alec. — Eu sei. Eu... — Você sumiu por três dias! Largou suas obrigaç